Era o fim da tarde de um sábado e Raul estava em casa, ele já tinha dado lanche aos filhos e estava assistindo TV com eles deitado ao seu lado. O seu telefone toca e ele estende a mão para pegá-lo na mesa do centro "Mãe".
– Oi mãe. — Atende ainda deitado.
– Oi meu filho, como estão as crianças?
– Estão bem, já lancharam e estão aqui assistindo desenho.
– Não está no restaurante hoje?
– Só vou mais tarde, a babá não pode vir mais cedo, mas daqui a pouco ela chega. Eu gosto de ficar com as crianças aos finais de semana, a senhora sabe. Só vou mesmo no restaurante para vê como foi o dia e vê como as coisas estão.
– Vou te apresentar a alguém. — Glória fala animada.
– Mãe, de novo com esse assunto.
– Nunca vou desistir
– Mas devia, estou muito bem com a Helena.
– Mulher insuportável, nem as crianças gostam dela.
– Mãe!!!!
– Quer saber quem é?
– Não tenho o mínimo interesse.
– Quando a conhecer vai mudar de ideia.
– Vai pode ficar com as crianças semana que vem? – Raul pergunta, mudando de assunto
– Claro que sim, eu adoro ficar com eles, me sinto até com mais disposição quando eu estou com eles.
Glória sorri com mil planos na cabeça para apresentar a nova vizinha ao seu filho, mesmo o filho não demonstrando interesse como todas as outras vezes. Algo em seu coração dizia que dessa vez seria diferente.
Quando ela saiu do apartamento de Liz seus lábios não conseguiam fechar, não conseguia parar de sorrir. Achou Liz bonita e diferente, ela não tinha cara de garotinha e pelo que disse dos pais, era uma moça de respeito, já que os pais ainda lhe chamavam atenção quando necessário.
A mudança ela estava fazendo com a irmã mais velha e o cunhado, ela teve uma boa impressão daquela jovem, era uma moça de família. E os cabelos? seus netos seriam ruivos e lindos, eles poderiam ter mais dois filhos, assim ela ficaria com quatro netos, seria perfeito. Glória sorri feliz, seria maravilhoso ter Liz como nora.
...
Chegou o domingo e Liz ainda estava dormindo quando escuta a campanhia. Ela tinha ido dormir tarde, pois quando conseguiu acabar de arrumar as coisas era quase uma da manhã. Beth foi embora um pouco depois das dez horas da noite, depois de comerem uma pizza, e o restante do bolo que Glória lhes deu, mas depois que a irmã e o cunhado foram embora, ela continuou colocando as coisas no lugar.
– Quem será uma hora dessa em pleno domingo? – Liz se pergunta sem acreditar que estão tocando a campainha, ela se levanta da cama obrigada e nem se dá ao trabalho de olhar a hora. Estava se sentindo um bagaço de tão cansada.
Ela pega um elástico e apenas prendeu os cabelos em um coque frouxo, sem os pentear, nem se quer lava o rosto. Se arrasta até a sala para abrir a porta, não se importando em quem estaria a sua porta em uma manhã de domingo.
– Bom Dia querida! Trouxe um café quentinho para você, pensei que pudesse estar cansada devido a mudança.
–Bom Dia, Glória – Liz continua na porta vendo a sua vizinha entrar, sem ser convidada, com uma pequena garrafa de café e uma pequena cesta com várias coisas dentro. Liz abre a boca em um bocejo e não diz nada, pois a cena não parece real.
– Não vou incomodar – Glória fala olhando para Liz, que estava vestida com um pijama de malha azul claro com estampas de fadas, ela estava descalça e com o cabelo um pouco bagunçado – Já estou indo, mas querendo pode almoçar comigo hoje, já está convidada.
– Não quero abusar...
– Te espero para o almoço, querida.
– Obrigada pelo café – Mas Glória nem ouviu o agradecimento, pois já tinha entrado em seu próprio apartamento
– Só me faltava essa... – Liz nem se dá o trabalho de olhar o que tem na cesta, volta para o quarto se jogando na cama e dorme até às dez da manhã.
DO OUTRO LADO DA CIDADE
– Papai, já peguei os meus brinquedos.
– Pegou os do seu irmão?
– Simmmm... vamos papai. — Betina se aproxima do pai com um sorriso encantador.
Betina estava com 5 anos, ela parecia ser mais velha, era alta para a idade dela, tinha os cabelos e os olhos como os da mãe, castanhos claros. Ela cuidava do irmão com carinho, eles nunca brigavam e as vezes os dois ficavam olhando as estrelas se perguntando qual delas era a mãe deles. Raul apenas os observava, deixando eles pensarem na mãe, assim ela sempre estaria viva no coração deles.
Pedro estava com 3 anos, o seu aniversário era doloroso para Raul, pois era também o aniversário de morte da sua esposa, a quem tanto amou. Ele passou a comemorar o aniversário do filho sempre alguns dias depois, pois no dia ele não tinha forças nem para fingir estar feliz. Pedro era muito parecido com o pai, até o jeito de andar, mesmo sendo pequeno já andava igual o pai, com um certo charme. Seus cabelos eram negros assim como os seus olhos, a sua pele era morena, um pouco mais clara que a do pai, já que esse pegava muito sol quando ia a praia.
Estavam todos prontos para mais um domingo na praia quando a campainha toca.
– Oi meu amor, achei melhor vim te encontrar para te ajudar com as crianças...
– Meu pai não precisa de ajuda, não precisava vir.
– Betina!!!! – Raul chama a atenção da filha e dá um beijo no rosto da mulher que chegou – Oi Helena.
– Vamos papai, para a praia – Fala Pedro segurando a sua bola
– Vamos crianças – Fala Helena, tentando ser simpática e querendo os pegar pelas mãos, mas eles saem correndo para o carro.
– Não sei porquê eles não gostam de mim – Ela suspira, agarrando o braço de Raul.
– Não diga isso, eles apenas não são apegados a você – Ele lhe dá um selinho, fazendo ela lhe sorri.
— Então vamos a praia, estou mesmo precisando pegar um pouco de sol, não muito, para não estragar a minha pele.
Helena estava vestida com uma saída de praia branca e um biquíni vermelho com detalhes brancos. Usava óculos de sol grande e um chapéu. A sua pele era branca e os seus cabelos seriam pretos assim como os seus olhos, mas ela os descoloriu e os tingiu de loiro.
Quando eles chegam a praia, Helena deita-se na espreguiçadeira, enquanto Raul passa protetor nos filhos, os deixando brancos de tanto protetor.
– Vamos na água papai! – Betina grita animada.
Os dois irmãos correm para a água de mãos dadas e Raul vai atrás deles. Depois de brincarem um pouco na água eles voltam correndo e por estarem molhados, respigam água em Helena que logo reclama.
– Raul seque essas crianças, estão me molhando. — Reclama sentando na espreguiçadeira sem olhar para as crianças.
– Papai vamos fazer um castelo? — Betina pega o seu baldinho para brincar.
– Não quero castelo papai, quero brincar de bola — Pedro pede, segurando a sua bola.
– Helena, quer fazer um castelo com Betina? – Betinha revira os olhos.
– Ai amor, não quero me sujar de areia.
– Vem filha vamos fazer o seu castelo e depois eu brinco de bola com o seu irmão
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Atualizado até capítulo 55
Comments
Di Rocha
kkkkk essa é boa não quer se sujar de areia não kkk foi fazer o quê na praia 🏖️ querida 🙄
2025-03-21
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Di Rocha
tudo bem planejado pela glória kkkk
2025-03-21
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Paula Batista Ramos Batista Ramos
não gosto de vizinhos na minha casa , ainda fofoqueiroe trometindo affff, ninguém merece.
2025-01-25
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