Quando Raul entra no carro já se sente estressado com as reclamações de Helena.
– Aquela mulherzinha estava se oferecendo para você, pensa que eu não percebi.
– Ela nos fez um favor de entreter as crianças, já que você não gosta de brincar com elas. — Raul fala irritado.
– Ah Raul, faça-me o favor, ela com aquela bunda enorme toda hora virando para você com a desculpa de estar fazendo um maldito castelo – Ele controla a vontade de ri, pois ela realmente tinha um bumbum de chamar atenção, 'lindo' ele pensa.
– Nem reparei a bunda dela.
– Impossível, acho que todos os homens olharam, e até as mulheres.
– Você está elogiando a...
– Cale a boca, chega de falar daquela garota bunduda, insuportável, oferecida... que raiva!!!
– Vamos esquecer isso. E por favor tente se controlar, não se esqueça que as crianças estão no carro.
— Me desculpe, mas aquela mulherzinha me irritou.
— Tia Liz é muito legal papai.
— Tia Liz me deu biscoito papai...
— Chega vocês dois, ela não é tia de vocês. — Helena fala irritada.
— Helena, você não pode falar assim com os meus filhos, eles são crianças e gostaram da atenção que receberam.
— Ela é uma estranha...
— Helena, vamos parar por aqui, não quero brigar com você, mas lembre-se nunca mais levante a voz para os meus filhos. Melhor almoçarmos, as crianças estão com fome.
Raul não consegue esquecer a ruivinha, mesmo que ela estivesse fazendo sem maldade, mas cada vez que ela ficava de costas para ele os seus olhos tinham vontade própria. Ele balança a cabeça tentando espantar a imagem dela da sua cabeça, mas é difícil.
'Mas realmente, aquela ruivinha parece um furacão, mesmo pequena parece ser capaz de causar um estrago. Que corpinho era aquele, sorte a minha que estava de óculos escuros' Raul pensa enquanto leva os filhos ao restaurante para almoçarem.
Helena se mantem calada por todo o trajeto, parecia estar irritada, mas Raul não podia voltar atrás no que disse, eles nunca brigaram antes, mas foi a ruivinha surgir e a primeira briga acontecer. Helena nunca foi problema para ele, mas jamais aceitaria que ela falasse alto com os seus filhos, ela não tinha o direito de os criticar em nenhum assunto.
Quando ele chega ao restaurante arruma os pratos dos filhos e ajuda Pedro a se alimentar.
Quando acabam de almoçar eles vão embora, mas as crianças chegam em casa dormindo, Raul os pega com cuidado e os leva para o quarto, mas antes de os colocar na cama, lhes dá um banho rápido, nem o banho os despertou, a praia os deixou cansados.
Helena vai para o quarto de Raul, estava decidida a ficar com ele aquela noite. Mas o que Raul não esperava era que ela fosse voltar ao mesmo assunto, a bunduda.
— Não acredito Helena, você ainda não esqueceu esse assunto?
— Você esqueceu? Duvido que tenha esquecido aquela bunduda...
— Pare de falar assim dela, ela não fez nada para causar toda essa irritação em você.
— Ah Raul, ela estava fingindo ser legal com as crianças para dar em cima do pai .
— Se ela estava fingindo, lembre-se que nem isso você consegue fazer, pelo menos ela deixou os meus filhos felizes, mas você não satisfeita tinha que destruir o castelo. — Raul sai do quarto aborrecido, ele vai para a sala, mas Helena segue atrás dele.
— Eu ainda não acabei...
— Mas eu já. Estou cansado dessa discussão, melhor você ir para a sua casa Helena, não sou obrigado a ficar aqui ouvindo tantas besteiras.
— Raul...
— Não quero que as crianças nos veja discutindo, já chamei um carro para você, que por sinal, acabou de chegar. — Raul fala olhando o celular.
Raul nem consegue se despedir dela, ele volta para o seu quarto e pensa naquela ruivinha sem papas na língua, que o encarou com altivez, e que enfrentou Helena para defender os seus filhos. Ela deu toda a atenção a eles, pôde vê a paciência que teve. Ao pensar nela cuidando das crianças um sorriso bobo surge em seus lábios, ele nunca viu as crianças tão a vontade com alguém.
...
Liz fica na praia mais um pouco, e não consegue esquecer as duas crianças que lhe fez companhia. O pai era um caso a parte, que homem era aquele, se a sua mãe soubesse que ela estava cobiçando um homem casado com dois filhos, ela convenceria o seu pai a arrastá-la de volta para o sítio.
Decide passar na casa de Beth antes de ir para casa, precisa contar a ela sobre o deus grego que conheceu na praia. Quando chega conta toda a história inclusive sobre a loira oxigenada. Ao falar das crianças, sente o seu coração se aquecer.
— Então o poseidon é divorciado?
— Ele estava de aliança, mas a loira não. Mas o que mais me irritou foi a maneira que ela lidava com as crianças, era como se elas não fossem importante para ela.
— E você tinha que discutir com a mulher.
— Eu não discuti, apenas dei um conselho, mas se não fosse as crianças ela ia ouvir o que realmente precisava.
— Pena que nem pegou o número do poseidon — Beth fala rindo.
— Ah... que corpo é aquele, meu Deus. Deve ter uma pegada de deixar as pernas bambas. — Liz fala mordendo o lábio inferior.
— Safada! Deixa mamãe ouvi isso.
— Estou brincando, ele é casado ou enrolado, sei lá. Preciso ficar longe de problemas, além disso, provavelmente nunca mais irei vê-los.
— Provavelmente, já que nem o nome dele você sabe.
Davi logo se junta a elas e não pode deixar de zombar de Liz por causa do poiseidon, a deixando arrependida de tê-lo deixado escutar a conversa.
Segunda feira, primeiro dia de aula na escola nova, onde irá trabalhar. Liz chega cedo, estava ansiosa para conhecer os seus colegas de trabalho e os seus alunos. Depois de conhecer os novos colegas e já fazer amizade com alguns deles, ela se dirige a sala onde irá lecionar. Fica na porta recebendo os seus alunos, cumprimentando um por um, ela nem percebe a aproximação de duas crianças que iam passando direto por ela, era uma menininha segurando a mão do irmão.
– Betina!?
– Tia Liz – Os dois correm até ela e ganham um carinhoso abraço.
– Vocês estudam aqui? Que coincidência – Liz fala os abraçando com carinho.
– Você é professora? Quero estudar na sua sala. — Betina fala abraçada a Liz.
– Sim eu sou professora, mas não quero que se atrasem, vão para a sala de vocês e depois conversamos mais – Ela dá um beijo na cabeça de cada um e se sente feliz por ter reencontrado aquelas crianças, e não consegue deixar de pensar no pai delas.
A manhã passa rápido, e logo a aula termina, Liz não viu mais Betina e Pedro quando saiu da sala dos professores, provavelmente eles já tinham ido embora.
Quando ela chega em frente ao seu apartamento, a porta do 302 se abre.
– Oi minha filha, você saiu cedo. Eu vim te dar bom dia e trazer um pedaço de bolo, mas você já tinha saído
– Boa Tarde Glória. Eu dou aula de manhã.
– Você é professora? Que maravilha, isso é sinal que gosta de crianças.
– Eu as amo e se eu me casar algum dia irei querer ter uns cinco filhos – Fala sorrindo, sabendo que esse não era o seu sonho, mas Glória fica ainda mais feliz por saber que ela gosta de crianças – Vou entrar, depois nos falamos.
Glória entra com um imenso sorriso no rosto, por acreditar que encontrou a nora perfeita.
Raul está no trabalho e entra uma jovem ruiva no restaurante, ele a vê de costas e sorri sem perceber e vai até a jovem ainda sorrindo, ela havia sentado em uma mesa sozinha.
– Boa Tarde! – Ele a cumprimenta feliz, mas logo percebe que não é a sua ruivinha.
'Minha ruivinha???' Que pensamento louco, Raul se assusta com esse pensamento.
Mas a questão é que ele não conseguiu esquecê-la, e se pegava rindo ao pensar naquela ruivinha invocada e bunduda.
A semana passa rápido, na escola, todos os dias duas crianças passam na sala da tia Liz para ganhar um beijo de bom dia, e Liz se sentia feliz por ver aqueles dois todos os dias.
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Atualizado até capítulo 55
Comments
Di Rocha
não reparou, sei kkkkkkkkkkkkkkkkkk 😂
2025-03-21
0
Ely Ana Canto
já paixonou pela ruiva bunduda kkkkkk
2024-12-05
0
Di Rocha
cara de pau kkkkk
2025-03-21
0