Na segunda feira, Raul busca as crianças na escola. Antes de chagar em casa eles já estavam contando o que fizeram. Eles estavam eufóricos, querendo falar tudo o que fizeram no final de semana com a tia Liz. Depois do almoço eles ainda estavam contando, e não esqueciam dos detalhes, até do pijama de vaquinha de Liz eles contaram, o fazendo rir.
– Tia Liz é muito legal papai, sábado ela dormiu na casa da vovó. Papai, Tia Liz levou um castelo e dormimos dentro dele.
– Ela me colocou para dormir papai – Falou Pedro feliz – E contou a história do porquinho. Papai, ela beijou eu e irmã pra gente dormir.
— Papai, tia Liz dormiu no meio da gente com um pijama de vaca molhada — Betina conta feliz, Raul nunca tinha visto os filhos tão felizes, eles estavam extasiados.
— O pijama deve ser de vaca MALHADA — Raul corrige por ter visto o pijama, ele sorri ao se lembrar de Liz dançando com aquele pijama. — Trouxe algo para vocês darem a ela – Betina quando viu o kit de pequenos quadros, ficou encantada, em cada um dos quadros tinha uma espécie de bromélia e havia alguns dizeres sobre a flor.
– É lindo papai, acho que ela vai gostar.
– Lindo papai – Pedro confirma subindo no colo do pai.
– Agora vamos tomar um banho e descansar um pouco.
No dia seguinte, Betina e Pedro entregaram o presente para Liz, que achou lindo e garantiu que colocaria no corredor do seu apartamento.
Eram três quadros com um tipo de bromélia em cada um, as bromélias eram fortes e resistente e floresciam apenas uma vez. Liz vê a explicação das flores e se encanta, talvez ela se parecesse com uma bromélia, e talvez se apaixonasse de verdade apenas uma vez. A pergunta era, quem seria esse que roubaria o seu coração a fazendo se apaixonar? Ao pensar em quem seria essa pessoa, pensa em Raul, mas ela acredita ser por ele ter-lhe comprado o presente.
Os dias seguintes são tranquilos, e Liz no trabalho já tinha conquistado a todos, mas quem se tornou um companheiro para ela foi Sandro, ele era professor de educação física, ele era um loiro bonito. Mas eles só eram amigos mesmo, nem interesse Liz sentiu por ele, já que ele era homossexual. Eles sempre estavam juntos, e conversavam sobre tudo, Liz adorava a sua companhia.
Beth o conheceu e o achou fofo, os seus pais o conheceram através de uma chamada de vídeo, a sua mãe logo pensou ser o mais novo namorado dela, por saber que Liz adorava namorar, principalmente homens bonitos. Já o pai de Liz ficou um pouco desconfiado dos trejeitos do rapaz, mas decidiu não falar nada.
Liz estranhou por não ver Raul, já fazia quase um mês que ela não o via, a princípio ela queria evitá-lo, mas pelo que parecia ele também queria, talvez por não ter despertado o interesse dele, e ela pensando que ele não havia esquecido dela, por ter-lhe comprado o presente.
Ela queria tê-lo visto para agradecer o presente, mas nem isso ele lhe deu chance, já que a ignorou totalmente.
Sentiu vontade de perguntar por ele inúmeras vezes, mas sempre que estava com Glória lhe faltava coragem. Mesmo sem perguntar por ele, Glória lhe disse que ele estava trabalhando muito, mas não entrou muito em detalhes, o trabalho dele deve ser namorar aquela megera, ela pensou.
Raul deu um fim no relacionamento com Helena, ele reconhecia haver mudado em relação a ela, nem mesmo desejo sexual sentia mais por ela, sendo difícil manter o caso deles. Ela o ligava quase todos os dias pedindo outra chance, mas ele estava decidido a não reatarem.
Já estava há alguns dias sem ter relação e uma noite ele acordou suado e excitado por sonhar que estava transando com a sua ruivinha. Ele tentou afastá-la dos seus pensamentos tomando um banho gelado, mas mesmo deixando de ficar excitado, se sentiu mal por ter tido um sonho como aquele, isso nunca havia acontecido antes.
As crianças começaram a sentir falta da avó e de Liz, mas ele arrumava sempre uma desculpa. Chegou a chamar a sua mãe para ficar com os filhos na casa dele, para ele não precisar ir até o apartamento dela, não queria correr o risco de se encontrar com Liz. Ele tentava não pensar nela, mas os filhos não ajudavam, Pedro chegou a pedir para ir dormir com a tia Liz, mas Raul contornou a situação os deixando dormir com ele.
— Filho, o que está acontecendo com você? Porquê está afastando as crianças de Liz?
— Porque não quero que eles se apeguem a ela, ela não é a mãe deles.
— Mas eles gostam dela, e Liz os trata bem.
— Sempre vivemos bem assim, vamos deixar como está.
— Liz é uma boa moça...
— Ela é irritante, isso sim.
— Acredito que fugir não vai adiantar de nada.
— E quem disse que eu estou fugindo dela?
Raul não queria que as crianças se apegassem a Liz, pois não havia possibilidade dele se relacionar com outra pessoa, mesmo que essa pessoa fosse a sua ruivinha. Ter um relacionamento com Liz seria como trair Cecília, já que o relacionamento dela com os seus filhos poderia ser tornar ainda maior, se eles tivessem algo. Ele não queria que ninguém ocupasse o lugar de Cecília na vida das crianças, ninguém poderia substituí-la no coração deles.
Ele atualmente fazia de tudo para não pensar nela, ela parecia ter o enfeitiçado, pois o seu coração era atraído para ela e a sua razão tentava o afastar dela a todo custo.
Era uma sexta feira e ele estava em seu restaurante a noite, estava conversando com o gerente no bar, quando ele vê chegar um grupo de 5 pessoas, Liz fazia parte do grupo e ele a achou ainda mais linda aquela noite. Ela usava um vestido de alças amarelo, que pouco mostrava as suas curvas, mas lhe dava um ar romântico. Os seus cabelos estavam presos na frente com alguns fios soltos, ela não usava muita maquiagem, mas o brilho labial que ela usava despertou nele o desejo de beijá-la, sugando aqueles lábios convidativos.
Liz o viu no bar, mas fingiu não o ver, eles foram encaminhados a uma mesa pela recepcionista, Raul ficou os observando, ela sorria e ele não conseguia tirar os olhos dela. O restaurante não estava cheio, e o cozinheiro estava dando conta do trabalho com o subchefe.
Ele resolve se aproximar quando já estavam jantando.
– Boa Noite, espero que estejam gostando da refeição.
– Está ótimo – Todos são honestos ao responder.
– Oi Liz, que bom te ver aqui, espero que volte outras vezes.
– Oi Raul, com certeza voltaremos outras vezes, a comida é realmente maravilhosa, pelo menos nisso a sua mãe acertou, foi ela quem nos deu o endereço daqui. — Liz sente o seu coração acelerado, pois ela quis ir ao restaurante dele para vê-lo, já tinha muito tempo sem ver o seu poiseidon e as crianças.
Ela tenta disfarçar o nervosismo por ver Raul após tanto tempo. 'O que está acontecendo comigo?' Se pergunta assustada pelo seu comportamento.
– Não ligue para o que ela fala — Raul responde a olhando nos olhos, Liz enfrenta o seu olhar sem desviar
Ela lhe sorri, mas não sabe o motivo de se sentir irritada.Tudo o que mais queria era ser arrastada por ele, ser jogada na parede e devorada por aquela boca.
– E as criança?
– Estão com a babá.
– Pensei que estivesse com a megera – Ela percebe que os seus amigos os observavam – quer dizer, com a sua namorada. — Raul sorri ao perceber o desagrado dela ao falar de Helena.
– Infelizmente ela não pode ficar com eles
– Felizmente para as crianças – Ela reamuga, mas ele é capaz de ouvir, mas apenas continua sorrindo.
– Com licença, aproveitem a refeição, bom apetite.
– Idiota – Liz fala quando ele se afasta.
– Vocês pelo jeito se conhecem bem – Sandro fala rindo da cena que acabou de assistir. – Amiga, quem é esse Deus grego?
– Ele já tem dona, uma loira oxigenada, ridícula e insuportável...
– Isso tudo é ciúme?
– Porquê eu teria ciúme desse idiota? Não tenho nenhum interesse nesse cego. Ele tem dois filhos e eu jamais ficaria com alguém com filhos.
— Duvido que não esteja interessada, e pelo jeito ele também.
— Ele deve ser apaixonado pela megera da namorada, que não gosta dos filhos dele e mesmo assim ele aceita.
– Como assim??? A mulher vai para a cama com o pai, mas não gosta de por os filhos dele na cama.
– Pior para mim é ele, que finge não perceber — Liz o olha, e ele a está olhando, ela vira a cara e se sente aborrecida sem saber o motivo.
— Pelo que vejo você queria estar no lugar dessa megera e se tornar a mãe dos filhos dele.
— Impossível, não nasci para ser mãe.
Eles vão embora e Sandro abraça Liz ao sair, fazendo Raul os observar e uma raiva o invade por vê-la sendo abraçada por outro. 'Será que é o namorado dela?' Ele se pergunta ao ver eles saindo abraçados.
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Atualizado até capítulo 55
Comments
marluce afleite
Raul com ciúmes kkkk
2025-01-08
0
Jurupeca
tudo que é reprimido, explode /Angry/
2024-12-17
2
karvalho Heloiza😍
kkkkkkkk o ciúmes está na cara
2024-12-13
1