...Ele não vai deixá-la ir...
Rei Dimas.
Três dias que passaram rápido que foram esses.
Acho que as pessoas tem razão, quando dizem que quando a gente quer que o tempo "se arraste" aí é que ele decide voar... Um pouco injusto pra uma decisão tão drástica diga-se de passagem.
E não só, por causa do prazo que pedi a minha irmã.
Mas porque decidi observar mais de perto a amante, talvez por isso que o tempo tenha ido tão depressa.
Sempre confiei no meu pré julgamento, mas existem alguns detalhes nela especificamente que me confundem.
Essa mulher, mesmo que ela finja, (algo que eu sempre quero acreditar , e na verdade, procuro sempre encontrar uma razão para isso) em algum momento ela teria que mostrar quem era, pois nunca conheci uma pessoa que conseguiria fingir por tanto tempo, ou melhor, o tempo todo como no caso dela.
Mas ela continuou do mesmo jeito, trabalhando e... ajudando.
Ouvia muitos relatos dela ajudando algumas servas e alguns guardas com suas ervas e até mesmo as crianças, ela não se limitava a ninguém, não dá para negar que ela é muito habilidosa, e que ela tem um talento raro e eu sou a prova viva.
É como se ela tivesse tirado essas fortes dores de cabeça que eu sentia com as "mãos".
Todas as noites, nas últimas semanas, tenho me reunido com alguns nobres que me ajudam a tomar decisões menos importantes.
Tomar conta de um reino tão grande é quase impossível para uma só pessoa tomar as decisões.
Esses dois, inclusive, também estavam ao meu lado quando eu era um Justiceiro, então eu sei que posso contar com eles, são de minha inteira confiança, embora sejam de personalidade distintas.
Uma prova disso é a reação que cada um deles tiveram à morte do meu irmão, e a "causa" dela.
Sim! E acabo contando por cima a história da amante, não todos os detalhes, mas o básico para quem sabe eles possam me dar alguma ideia do que está acontecendo ou de como devo proceder, se seria ou não prudente deixá-la ir.
Um deles, o Tristan Pattel, que também era muito achegado ao meu irmão, não só concordou com o que eu fiz, mas ainda deu muitas ideias de como fazer pior.
Não nego que me trouxe certo incômodo a capacidade que algumas pessoas tem de prejudicar as outras.
Sei que não a estou tratando como deveria, ou melhor, como sempre achei que uma mulher deve ser tratada.
Mas não vejo agora um motivo para tratá-la de acordo com o ponto de vista e as ideias dele.
Mas o outro, o Robbin Hopkins, sugeriu que eu fizesse uma investigação mais... precisa, ou detalhada:
— Eu já fiz a investigação, e deu o sobrenome dela.
— Não deve existir só ela, eu sei que esse sobrenome é diferente, mas é só o sobrenome. porque não procura a árvore genealógica desse sobrenome, você pode encontrar mais.
Poderia fazer isso, sei que dizem que esse tipo de investigação pode demorar muito tempo, mas vai servir para saber se a minha irmã tinha razão ou não.
Ele também disse que o investigador faz perguntas aos vizinhos de uma maneira que as pessoas não percebem e por isso, as pessoas acabam se sentindo mais à vontade, e sem perceber, contam tudo o que sabem.
Diferente de um guarda real que chega em sua casa e te pergunta de maneira direta sobre alguém que pode até mesmo falar a primeira coisa que vem à mente só para fugir daquela situação.
Não posso negar que isso é uma ideia excelente, e agradeço por ainda ter um amigo tão sensato.
— E você conhece alguém que trabalha nisso?
...3 dias depois...
Enrolei o máximo que pude, passei até três dias depois do prazo que a minha irmãzinha tinha me dado.
Sempre dizendo que estava em reunião e que depois conversaria com ela, e então conseguia enrolar com algum assunto do interesse dela, pois afinal, a conheço como a palma da minha mão.
Mas é claro que ela percebeu que eu estava enrolando, e não deixou passar um segundo sequer, ela apareceu e já perguntou:
— Qual é a sua decisão?
Pensei muito nisso, na verdade, esse foi um verdadeiro teste para ver se a minha enxaqueca voltaria, pois além dessa questão, ainda tinha os problemas do reino, que não eram poucos.
— Vou cumprir o decreto, se é isso que quer saber.
Foi lindo ver o sorriso de alívio dela, mas estava prestes a tirá-lo.
— Mas ela será a minha esposa.
— Como é? você enlouqueceu?
— Não mesmo, você sabe que não tenho interesse em ninguém, e o rei não pode ficar muito tempo sozinho.
— Mas você a odeia.
Essa palavra, me incomodou muito mais do que deveria, do que seria ou do que foi no começo, antes de conviver com ela. Então com isso tive a certeza de que não era bem assim.
— Não importa o que eu sinto, ela não vai sair daqui, além do mais será um casamento secreto.
Casamento secreto era o que o meu pai queria fazer com a mãe do Harry, assim que minha mãe morreu.
Envolve um casamento, só que só no civil, ela recebe o título de rainha, mas se o Rei decidir, ele pode se divorciar dela a qualquer momento, diferente do casamento comum em que a separação só acontece na morte.
Com um olhar de descrença e um bufo que eu não sei se era de alegria ou de tristeza ela diz:
— Eu juro, que algum dia eu vou conseguir entender o que se passa na sua cabeça, Dimas.
— Ótimo, aí você me fala, porque eu também quero saber, agora avisa a sua nova amiga e futura cunhada que ela tem que se preparar para um casamento amanhã.
Outro fato do casamento secreto, por não haver preparativos, pode ser rápido, então antes que a minha irmã invente algo, farei essa cerimônia o mais rápido possível.
Não sei o porquê decidi fazer isso, mas a ideia dela ir embora me fez tomar essa atitude, não gosto do rumo em que isso está tomando, mas tenho que usar as armas que possuo.
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Atualizado até capítulo 34
Comments
Angela Valentim Amv
Kkkkkk ele gosta dela e não quer admitir e fica inventando moda kkkk
2023-11-04
1
Valéria
Pq será que isso não me surpreende hein???
2023-04-19
4
lira
ahhh.. acabou!!!
Naaaaaooooooo
2023-04-19
4