Capítulo 10

...Seu lado obscuro começa vir à tona....

Rei Dimas.

Como eu imaginava, ela se importava mesmo com aquele pobre coitado.

Foi só ela ver o estado em que ele estava, e com uma ameaça de que poderia continuar com a tortura, foi o suficiente para ela aceitar.

De certa forma até fiquei aliviado, pois não iria permitir que essa tortura continuasse com esse pobre coitado.

Afinal, essa vingança tem como alvo somente aquela mulher.

Mas achei bem estranho que ela tenha se apegado a esse pobre coitado, mas não teve a mínima consideração pelo filho que ela carregou.

Mandei levarem para um quarto que eu fiz especialmente para ela, mas disse que era de amantes, para que ela entendesse qual seria a sua posição a partir daquele momento.

E também percebi que ela não queria esse título.

Na minha opinião também é repugnante, mas para ela, isso é só o começo.

O lugar não era nada demais, só me certifiquei de ser no lugar mais alto do Palácio, caso ela tivesse a audácia de tentar escapar.

Embora tenha deixado claro que seu amante estaria em meu controle, nunca se sabe se tudo isso foi apenas um teatro para me fazer acreditar que ela se importava com alguém.

Também deixei três empregadas para cuidarem da sua higiene, percebi que ela tem muita noção disso, mas queria que a Ayla a conhecesse.

Como ainda não sou casado, não preciso me preocupar com quem eu levo ou não para cama, ou melhor para qualquer outro lugar, menos para minha cama.

Essa é a única coisa que posso garantir a minha futura esposa.

Isso, e a certeza de que não terei amantes, inclusive essa Irina.

Embora não pretenda tocar nela, mas não quer dizer que não ordene que ela toque em mim.

Percebi que ela me odeia e isso só me beneficia.

Mas a Ayla nesse momento, deve estar descontando sua raiva nela, e é isso o que eu quero.

Mas eu tenho algo planejado para ela esta noite, pode ser que ela goste até pelo jeito, mas

preciso que ela tire logo essa máscara de "boa

moça" pois já está me incomodando.

Estava terminando um dos decretos, quando ouço Chad anunciar que a amante estava a espera.

— Mande-a entrar.

Cada vez que eu olho, sinto mais raiva de como ela consegue seduzir os homens.

Como sempre, ela entrou e ficou de cabeça baixa. O show Vai começar:

— Tire a capa.

No mesmo instante, ela me olhou e arregalou os olhos, que começaram a encher de lágrimas, quem ela pensa que engana.

— N-não, por favor, não faça isso.

Nessa hora, eu não me contive, fui até ela que abaixou a cabeça de novo, segurei o seu cabelo perto do couro cabeludo, e puxei de modo que ela olhou para cima.

— AAh!

— ESCUTE AQUI, AMANTE, VOCÊ NÃO TEM DIREITO A MAIS NADA, VOCÊ SERÁ O QUE EU QUISER QUE SEJA, E FARÁ O QUE EU MANDAR, A ÚNICA COISA QUE IRÁ DIZER É: "SIM, SENHOR" ENTENDEU?

Houve um silêncio... Como é corajosa, ou estúpida, puxei mais forte.

— Entendeu?

— S-sim.

— Sim, o quê?

— S-sim, senhor.

— Perfeito, Agora você tem duas escolhas, ou é fazer o que eu mando por bem ou será por mal, Você pode tirar essa capa sozinha, ou posso mandar que os guardas tirem por você.

Nesse momento, ela começa a tirar a capa.

— Sábia decisão!

Para haver uma diferença, as rainhas se vestem diferente das amantes.

Essas sempre usam algo, ou muito chamativo, ou transparente.

Quando pedi que colocassem roupas para ela, pedi as mais humilhantes possíveis, pelo menos as que eu achava, não sei se esse tipo de mulher sabe o que é isso.

Ela estava usando uma roupa justa, com decote deixando metade dos seus seios à mostra e transparente.

Essa visão, me agradou, mais do que deveria.

— Fica de joelhos.

Ela ficou, aquela visão acordou uma certa parte abaixo da minha cintura, e era ela quem iria acalmá-lo.

— Você já sabe o que fazer, então faça logo.

Vi uma confusão no olhar dela quando ela me olhou para perguntar o que era. Só pode ser brincadeira, essa mulher não cansa de fingir.

— Não me faça esperar, amante, ou vou te dar 20 chicotadas pela insolência.

— Mas eu não sei o que fazer, eu juro.

A ideia de que não só ela estava fingindo, como provavelmente já tenha feito isso com aquele pobre coitado, me enfureceu, e fui para cima dela como uma fera, peguei ela pelo pescoço, a empurrei até a parede, e a levantei:

— Até quando você vai continuar fingindo, hein? Você quer sofrer até quando? Quer que eu mate o seu amigo na sua frente?

Mesmo com dificuldade e já vermelha, ela disse:

— E-Eu juro que não sei o que você quer.

Toc, toc,toc

Continuei segurando o seu pescoço, só que com menos intensidade, essa batida me fez recuperar um pouco da razão, não é um momento de matá-la... Ainda.

— Quem é?

— Majestade! A sua irmã, acabou de chegar.

E então a soltei.

— Agradeça aos céus por se livrar dessa por hoje, agora, vá para o seu quarto e amanhã cedo, alguém vai te levar para as minas.

Saí do quarto sem olhar pra trás.

E a única coisa que eu ouvi, foi a sua tentativa de recuperar o seu fôlego.

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