Capítulo 14

...Conhecendo melhor sua amiga...

Princesa Lizi

Soltei um suspiro de alívio, finalmente o convenci de sair daquele escritório, ficar no lugar onde tudo o que você faz é só trabalhar, não ajuda em nada na condição dele.

Quando eu saí do escritório e vi que ele foi mesmo para o quarto, me senti aliviada.

Então me lembrei da Ayla, uma das mulheres com quem meu irmão costuma se divertir.

Ela havia me dito que a Irina tinha ótimas habilidades no manuseio de ervas, e seu professor que já a conhecia que garantiu isso, foi dela que me lembrei quando o vi daquele jeito.

"Me desculpe Irina, mas se estiver dormindo, vou te acordar".

Fui até seu quarto para pedir ajuda.

Sei que estou arriscando, mas me recuso a acreditar no que o meu irmão disse, que o meu instinto falhou.

Ela é uma boa moça, ela é inocente, e essa certeza vou tirar agora.

Toc toc toc

Passou um tempo, e ela abriu a porta:

— Princesa Lizi? O que posso fazer por vossa Alteza?

— Posso entrar?

— Ah, sim! Claro! Me perdoe pela descortesia.

Descortesia? desde quando uma pessoa humilde fala assim?

Ela está ficando cada vez mais interessante.

O quarto era simples, mas limpo, foi outra coisa que me chamou atenção.

Pessoas humildes não se importam com a limpeza, me senti muito bem naquele quarto.

— Estou aqui, porque preciso muito da sua ajuda.

— Da minha ajuda? O que posso fazer por você?

bem, agora é a hora...

— Na verdade, não seria pra mim, mas para o Rei.

Observei a sua reação, seu conflito interno era intenso.

Alguém sem coração como meu irmão dizia, se quer teria tal conflito.

— O-o que quer que eu faça?

Aquilo me surpreendeu, embora parecia que ela iria ajudar, percebi que suas palavras estavam no modo automático.

Preciso entender melhor, deixa eu tentar examinar melhor...

— O que você acha dele como rei?

— Como rei? Ele está ajudando o reino a prosperar, tem ajudado os pobres a ter uma vida mais digna e aos poucos tem diminuído a diferença social entre os ricos e os pobres.

Puxa vida! Belas palavras, definitivamente, essa moça é diferente.

— E como pessoa?

Aí está! A reação que eu esperava, seus olhos se encheram de lágrimas, ela tentou segurar, mas foi vão.

— Eu não sei o que fiz pra ele, mas ele me odeia, eu juro que eu não sei, se eu soubesse, eu acharia um jeito de compensar, mas o seu ódio por mim, me apavora.

Soube apenas de algumas coisas que meu irmão fez com ela, e pela sua resposta, percebi que ela está no seu limite, talvez, o que eu estou planejando dê certo.

Mas isso vai depender dela.

— Fiquei sabendo que você é uma boa curandeira, ajudou uma criada nas dores dela, gostaria de saber se estaria disposta a ajudar o rei?

Usei a palavra "Rei" porque queria que ela entendesse que acima de tudo, a permanência dele no trono beneficia o povo.

— E qual é o problema dele?

— Enxaqueca e insônia.

— Geralmente, um sintoma está interligado com o outro, a enxaqueca dele pode estar causando a insônia e vice-versa, há quanto tempo ele sente isso?

— Um pouco depois da morte da nossa mãe. (Se intensificou quando ele se aventurou como "justiceiro" mas essa parte, eu deixo pra mim).

— Seus sintomas se tornaram algo crônico, não tem cura, mas tem um tratamento.

— E você sabe como ajudar?

Com os olhos arregalados, devido ao susto que ela levou quando pedi sua ajuda, ela perguntou:

— Você vai confiar em mim? Quer dizer e se eu der algo que possa prejudicá-lo?

— Sei que você poderia fazer, mas o seu olhar de cogitar essa possibilidade de prejudicar alguém mostra que não faria isso, por favor, ajude o meu irmão, ele é a única família que me restou.

Ela abaixou a cabeça, respirou o fundo, foi até a penteadeira, e num pedaço de papel, começou a escrever.

— Aqui está, essas ervas vão ajudá-lo na insônia dele, ele precisa ingerir como chá, já essas precisam ser misturadas até virar uma massa, precisa ser massageada na região das têmporas até a pele absorver tudo, tem que fazer isso pelo menos por três dias seguidos.

— Vou pedir para uma criada de plantão para colher essas ervas, hummm, mas não tem ninguém para prepará-la...

Depois que ela respirou o fundo.

— Eu posso fazer, só peça para pegarem as ervas e eu irei a cozinha para preparar.

Eu não esperava por isso, achava que teria que colocar mais apelo emocional, sem dúvida ela não é a culpada.

— Agradeço profundamente o que está fazendo, prometo que vou retribuir.

Ela deu um sorriso.

— Espero que eu consiga ajudar seu irmão.

Depois do chá, e da pasta preparada, fui até o quarto do meu irmão.

Dei apenas uma batida pra avisar que estava entrando, e como esperado, ele estava massageando a cabeça pra tentar aliviar a dor.

— Você ainda não foi dormir?

— Nem você, eu trouxe algo que pode te ajudar.

— E o que seria? Um facão para arrancar o meu cérebro, porque se for eu aceito.

— Você é um idiota ! toma esse chá e deite na cama.

Ele fez o que eu pedi, às vezes, dores de cabeça insuportáveis tem os seus benefícios.

Comecei a massagear a sua têmpora.

— Que negócio é esse?

— Isso vai te ajudar, agora fica quieto.

Parecia até um milagre, eu não teria acreditado se não estivesse presente, antes mesmo daquela pasta ser totalmente absorvida pela sua têmpora, ele já estava dormindo, chorei de alívio.

Saí de lá com a determinação de ajudar essa moça, e acho que já sei o que fazer.

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Comments

Angela Valentim Amv

Angela Valentim Amv

Hummm elas não eram em 2 , quando ele se escondeu a velhinha falou em 2 sobrinhas ?

2023-11-04

2

Débora

Débora

O que será que ela vai fazer hein???

2023-05-26

0

lira

lira

Que epi aliviante

2023-04-17

3

Ver todos

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