Primeiros passos.
Quando disse a ela a minha intenção, ela arregalou os olhos.
Por um instante acreditei que ela tinha ficado mesmo surpresa.
Seu olhar de descrença quase me fez rir ... Quase.
— C-como? Majestade?
— Decidi que você será a minha amante, não poderá sair do palácio, até que eu permita.
— Eu não quero ser sua amante, majestade, eu nem te conheço, não sei o que fiz para te zangar, mas só me diga, que eu tentarei me redimir.
— Você tem uma língua afiada e fala muito bem para uma pessoa comum.
Será que foi o meu irmão que a ensinou?
Já tinha até esquecido daquele pobre coitado que estava lá no fundo, quando ele se manifestou:
— Vossa Majestade, eu a ensinei a ler e escrever, e ela sempre lê muitos livros desde então.
Por isso esse vocabulário tão vasto, ela fez esse homem ensiná-la.
Então a história que aquela senhora disse que ela estava se encontrando com ele há muito tempo bate, pois ninguém aprenderia a ler e a escrever em tão pouco tempo.
— Isso não importa, então, explique para sua amada que ela não tem outra escolha.
Nisso, ele olhou para ela, quando ele estava prestes a dizer algo ela explode:
— Pouco me importa, eu não vou ser amante de ninguém, eu quero ir pra casa.
— Essa é a sua casa (seu pesadelo) agora.
— Eu já disse, Majestade! Me diga o que fiz de errado, irei me redimir, e voltarei pra casa.
Por um instante, tive vontade de dizer, que se ela trouxesse meu irmão a vida, ela estaria livre, mas me controlei, sei que esse tipo de mulher é dissimulada o suficiente pra se fazer de vítima, e além disso, não tenho provas.
Já estava cansado desse temperamento, dessa teimosia toda, eu não iria voltar atrás, e ela com certeza não mudaria de ideia... Por enquanto.
— Acho que você ainda não entendeu, então, talvez alguns dias na masmorra te ajudará a aceitar. Guardas!
— Sim, majestade!
— Levem ela a masmorra mista. Só dê água para que não se desidrate.
— Sim.
Estava esperando que ela se desesperasse, que ela gritasse de angústia algo do tipo, mas ela não fez nada disso, acredito que ela parecia... Aliviada.
Ela estava mais disposta a ficar presa do que ser uma amante?
Se não soubesse do que ela era capaz, ficaria impressionado com a sua honra, mas esse tipo de mulher não sabe o que é isso.
Mas ela parecia bem preocupada com aquele pobre coitado! E por falar nisso...
— Guardas!
— Durante três dias, quero que deem 20 chicotadas nesse homem, o primeiro dia, por ensinar uma mulher a ler e a escrever antes do decreto oficial que foi feito apenas 20 dias atrás, no segundo dia, por ter tentado se intrometer numa conversa quando estávamos na cabana, e no terceiro dia, por tentar se intrometer agora há pouco.
— O que você está dizendo? Você está cometendo um erro! Eu não fiz nada de errado, eu e a Irina somos inocentes...
Isso! Era isso o que eu queria que aquela mulher fizesse, que se desesperasse por ser presa por algo sem sentido, mas vou dar um tempo para ela pensar.
— Chad!
— Sim, majestade!
— Depois desses três dias, quero que coloque ele numa cela ao lado daquela mulher, nesses três dias deixe ele pendurado, e peça para o guarda mais forte darem as chicotadas, deixe-o sem comer nem beber, quanto mais miserável ele aparentar nesses três dias melhor.
— S-sim, majestade!
Mas ele vai sobreviver sim, disso eu sei.
Mas o que eu mais odeio nisso tudo, é que todas essas ações, desde fazer de alguém uma amante, até decretar uma sentença que eu sempre fui contra, fiz numa só tarde, por causa de uma única mulher.
E essa conta, alguém vai ter que pagar.
Sei que minha irmã está para chegar a qualquer momento, preciso me recompor para ficar ao lado dela.
Estamos sozinhos nesse mundo agora, e sei que ela vai ficar extremamente arrasada quando voltar.
Mas, enquanto isso, vou ter que pensar num outro método, se aquela mulher continuar a insistir em não ser a minha amante , vai sobrar para aquele homem, que como eu disse:
Um pobre coitado.
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Atualizado até capítulo 34
Comments
Angela Valentim Amv
Com certeza não é está pessoa , e quando ele descobrir ,vai ser tarde a outra sumiu , ele judiou dessa e do coitado .
2023-11-03
1
lira
Faz sentido, Rosa!!!
2023-04-17
2
Rosa Maria Di Lernia
Sempre confie e desconfie, a mulher que fugiu na carruagem é a vilã.
O irmão dele se apaixonou por outra que se passou por ela.
O Rei vai descobrir que ela é virgem e vai ficar arrasado.
2023-03-10
4