Eluar muda a estratégia

Quando Rafael e Eluar entraram na sala onde Katarina estava, sentiram na mesma hora que o clima não estava bom. Olhando para o filho com ódio, arremessou um jornal nos peitos dele.

— Resolva isso. Não me importa como fará isso, só espero que suma com essa história. E você, Eluar, vamos. Quero que você me acompanhe na ronda e depois ficará na triagem do PS. — Katarina disse levantando da cadeira e colocando sua máscara.

— Mãe! Não posso fazer isso depois? Não queria perder a ronda. — Rafael falou olhando para o jornal. Havia uma matéria na capa estampando Eluar como amante de Rafael. Ele sabia que isso seria complicado de resolver.

— Se você realmente tivesse preocupado com seu estágio. Não teria chego atrasado e desarrumado. Não se importa com nada. Nem mesmo a imagem da família você está mais cuidando. Eu não criei você dessa forma. Vamos, Eluar. — Katarina disse, Eluar correu atrás dela.

— Sim, senhora. — Eluar concordou continuando a andar atrás de Katarina, mas olhando para trás. Não tinha entendido nada que estava acontecendo.

— Posso te dar um conselho, de alguém que priorizou a carreira e mesmo assim, apanhou muito na cara? — Katarina falou ao entrarem no elevador.

— Sim, eu me sentiria honrada. — Eluar respondeu com um sorriso, Katarina balançou a cabeça, ela gostava de Eluar.

— Tenha cuidado com sua imagem, você quer ser reconhecida por seus feitos pela ciência ou por fofocas? Os dois são fama, claro, mas cada um tem sua meta. Eu mandei um detetive investigar você. Sei exatamente quem você é, também sei que não está mentindo, mas até onde você vai por amor? Até ponto de ter seu nome sujo? Vivemos em uma sociedade de imagens. Ninguém vai querer contratar uma médica que é conhecida nacionalmente por ser amante de alguém. — Katarina aconselhou antes de sair do elevador, o que deixou Eluar totalmente confusa. Para ela nada que estava ouvindo fazia qualquer sentindo.

— Eu não estou en— Eluar nem conseguiu terminar de falar.

Foi interrompida por Isabela, que ao ver Eluar correu acertando em cheio o rosto dela. O som da tapa ecoava pelos corredores dos hospitais, mas do que a fofoca que Eluar estaria com um caso com o filho da diretora do hospital. Katarina ao ver a cena, colocou a mão na cabeça. A sua vontade era jogar Isabela pela janela.

— Você estão vendo essa mulher? Enquanto espero em casa meu marido, ela finge de boa moça, parceira de estudos dele, mas na verdade, ela apenas é uma piranha. Que quer ganhar em cima do marido dos outros. Você é ridícula. Nem ao menos respeita uma mulher grávida. Fez isso de propósito? Queria que eu perdesse o meu filho? Acho que teria Rafael apenas para você. — Isabela gritava para todos ouvirem.

— Doutora Katarina, acho que compreendi o que a senhora quis me dizer. Peço desculpas por toda a confusão. Poderia me dar 5 minutos antes de continuar com a ronda? Não posso atender os pacientes assim. — Eluar estava com a boca cortada da tapa e vermelho. Precisava cobrir com maquiagem.

— Sim, espero você na sala dos médicos desse andar — Katarina cada vez gostava mais de Eluar. Estava na cara que Isabela nunca chegaria aos seus pés.

Na hora que Eluar se virou, irritada por está segundo ignorada, Isabela puxou os cabelos de Eluar, fazendo ela cair de bunda no chão.

— Esse é o seu lugar. No chão. Você não tem vergonha na cara? Acha mesmo que pode me ignorar. — Isabela gritou. Na mesma hora Rafael estava entrando, encontro Eluar no chão e Isabela puxando o seu cabelo.

Eluar nem ao menos perdeu tempo respondendo. Pediu seu celular e ligou diretamente para polícia. Explicou tudo que estava acontecendo, deu o endereço e desligou.

— Você blefa muito bem. Até parece que iria chamar a polícia. E se for mesmo, quem vai presa é você, por roubar homem alheio. — Isabela tava desesperada. Depois de ter visto a notícia, entendeu o motivo de Rafael está distante com ela.

— Vou falar apenas duas coisa. Espero que você entenda. Primeiro, você não existe para mim. É como um mosquito. Passa despercebido por onde quer que vá, quando consegue chamar atenção é incomodando alguém e por fim, ninguém atura você por perto. Segundo, você nem sequer chega ao meu nível, acha mesmo que irei me trocar com você? Sair no tapa? Gritar? Fazer escândalo? Me poupe. Pessoas de baixo nível com você lidam dessa forma com os problemas. Já eu, chamo a polícia e aciono meus advogados. Agora, se me der licença, apenas você é desocupada. Todos os resto estão aqui trabalhando. — Eluar disse limpando a roupa e deixando o local. Rafael tentou segurar sua mão, conversar com ela, mas ela passou direto.

— O que você está fazendo, Isabela? — Rafael estava se sentindo cansado até mesmo para discutir. Está até mesmo próximo de Isabela era cansativo.

— Eu descobri o motivo de você não querer ficar comigo ontem. É ela, né? Ela te seduziu. Você está caindo no golpe. Ela não é nada do que parece. — Isabela argumentou.

— Sabe o que é mais engraçado, a pessoa que mais me afasta de você, é você mesmo. Eu nem sequer suporto ficar ao seu lado. Você cansa. É sufocando conviver com você. Sempre está reclamando, brigando com alguém, falando sobre você mesmo ou usando a porra do bebê contra mim. Acha mesmo que foi ela que me seduziu? Ou foi você que é completamente inútil para fazer isso. De qualquer forma, tenha pelo menos o mínimo de noção que estamos em um hospital. Acho que você já conseguiu a atenção que queria. — Rafael disse saindo, mas a mãe dele segurou ele e puxou para o canto.

— Independente do que você sinta por Isabela, eu não me importo. Você conseguiu o problema, resolva. Aquela mulher é a sua noiva e está grávida do seu filho. Você tem um nome para zelar. Cresça! Não suje o nome da sua família por sua infantilidade. — Katarina sussurrou irritada para o filho.

— E se eu não quiser me casa com ela. — Rafael perguntou a mãe.

— Enquanto ela tiver um bebê seu na barriga e você for o meu filho, você irá se casar com ela. Querendo ou não. Escolhas tem consequências. Você terá que lidar com a suas. E um conselho, deixe Eluar longe da sua bagunça. Você não merece ela. — Katarina estava irritada. Todos os dias Isabela aprontava algo diferente. Rafael não estava nenhum pouco preocupado com a vida e nem com seu futuro.

Enquanto isso, Eluar estava sentada no banheiro feminino. Respirando fundo, enquando as lágrimas não paravam de cair. Ela nunca tinha sofrido uma humilhação tão grande. Depois de algumas lágrimas, ela respirou fundo, olhou no espelho, limpou o rosto, refez sua maquiagem e sorriu.

— Isabela, se você quer guerra, você terá guerra. Tentei ser pacífica, mas você não parece ser do tipo que merece. Vou te mostrar com quem você está mexendo. — Eluar pensou alto, enquando amarrava seu cabelo em um rabo de cavalo. — Eu vou destruir você.

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