(Ainda no passado)
Os dois se fitavam.
— Raul... Por que você está assim desse jeito? — Ela perguntou tentada a se aproximar.
O olhar de Raul a atraía como um imã, enquanto o seu corpo correspondia ao chamado silencioso e ardente dele.
— Mel... Se você começar a dançar assim pra mim, vai ser difícil eu resistir. Estou tentando me controlar…
Ele se levantou e diminuiu a distância entre eles.
— Não era a minha intenção, Raul...
Os dois se contemplavam com desejo. Um desejo, que em vão tentaram acalentar nos últimos dias.
Raul, novamente passou a acariciar o seu rosto com uma das mãos, e a outra, pressionou o seu quadril para que os seus corpos se encaixassem.
Ela fechou os olhos sentindo o vento nos seus cabelos.
Com expectativa, entreabriu os lábios, e num segundo depois, a língua dele invadiu a sua boca, sôfrego, fazendo movimentos circulares.
O beijo apaixonado prolongou-se por alguns minutos. Paravam apenas para pegarem fôlego e continuavam a se beijar.
Excitados, deslizavam as suas mãos por seus corpos, o que aumentava a vontade de ficarem mais colados um no outro.
Raul a fitou, com a respiração acelerada e num impulso, sussurrou:
— Oh, Mel, sei que é muito cedo... Mas eu te quero tanto!
Ela abraçou-o bem forte, escondendo o rosto no seu ombro. Estava diante de uma escolha que poderia trazer repercussões futuras, mas naquele momento, não iria mais esperar. Enquanto o acariciava, acabou respondendo:
— Quero você também, Raul, não suporto mais... O meu corpo deseja você dia e noite.
Eles fitaram-se novamente. O olhar era de concordância mútua.
Então, tendo como cúmplice a natureza exuberante do Lago das Flores, ambos, consumidos pelo desejo, descobriram-se pouco a pouco, deliciando- se em cada revelação.
Era um prazer inexplorado, profundo, sem limites.
Mel sentiu o corpo ficar à mercê do homem que a tocava de forma reveladora.
Assim que ficaram nus, os olhares passeavam, desejosos.
Raul tomou a iniciativa e num pedido silencioso, levou-a para o lago.
Em seguida, voltaram a se explorar na água, enquanto se beijavam apaixonadamente.
Os lábios dele, buscaram os seus seios pequenos, sugando-os sem pudor.
Depois, as mãos dele envolveu a sua intimidade e ela sentiu que aqueles dedos podiam levá-la a loucura, enquanto ficava cada vez excitada.
Os olhares de desejo, eram uma delícia à parte e já demonstravam, que nada ia fazer com que parassem.
Queriam descobrir juntos pela primeira vez, o prazer inexplicável dos seus corpos unidos em um só.
Em seguida, ela também se aventurou em explorar o corpo dele até alcançar o seu membro rijo.
Ele estremeceu e deixou-a tocá-lo intimamente, enquanto suspirava de prazer.
As mãos macias, tocavam delicadas, ainda conhecendo a textura, entendendo o formato, desejando dentro de si.
Raul, sem aguentar a tortura, beijou-a até tirar-lhe o fôlego, aprofundando a proximidade dos corpos.
— Quero que você nunca esqueça da nossa primeira vez, Mel! Venha, meu amor!
Ele a carregou, conduzindo-a a enlaçá-lo com as pernas. Devagar, Mel sentiu que o seu sexo, lentamente fora sendo envolvido pelo dele.
A sua região íntima, ainda inexplorada, foi aos poucos se encaixando a dele. Havia um misto de dor e expectativa, até que algo rompeu, o que fez com que diminuísse num breve momento, o prazer que até então ela estava sentindo.
Raul parou, e delicadamente, buscou seus lábios, e beijou-a repetidamente, falando palavras de carinho .
O incômodo inicial deu lugar a um desejo que foi sendo retomado com o corpo reagindo rapidamente.
Os movimentos lentos de Raul, foram se tornando mais precisos, à medida que de maneira previsível, Mel ia correspondendo com avidez a tudo o que ele lhe proporcionava.
Ele segurava-a com firmeza e após movimentos cada vez mais rápidos, os gemidos roucos só intensificavam o momento esplêndido em que se encontravam.
De repente, após os movimentos em sintonia, cadenciados, por uma força que os impeliam a querer mais e mais, sem se conterem, os gemidos e os suspiros enlouquecidos foram substituídos por um êxtase inigualável.
Ambos sentiram pela primeira vez uma sensação maravilhosa, que se espalhava pelos seus corpos.
Finalmente, saciaram o desejo que os consumia. Agora pertenciam um ao outro para sempre.
Raul, soltou delicadamente sua amada, de modo que ela ficasse em pé, na água.
Lágrimas de alegria começaram a saltar dos olhos deles, que emocionados, acariciavam-se em harmonia.
Abraçados, sob as águas, ouviam seus próprios corações se acalmarem aos poucos.
— Perfeito, Raul! Não imaginava que podia ser tão lindo!
Ele a abraçou mais forte, embalando-a.
— Entre nós , nao tinha como ser diferente, Mel, na verdade foi muito melhor do que eu pensava.
— Sim e sempre será.
Mel, depois, desprendendo-se dos braços de Raul, afastou-se um pouco dele. Ele estranhou seu gesto, mas logo entendeu.
— Eu te amo, para sempre, Raul! — Ela gritou. Alguns pássaros, voaram assustados. A sua voz ecoou naquele lugar paradisíaco. Um sorriso dele encheu o coração de Mel de alegria.
— Eu te amo, Mel, para sempre! — Ele a imitou, e felizes, voltaram a se beijar.
Os dois voltaram em direção à casa de Rose, ouvindo músicas sertanejas e contemplavam-se sorridentes.
Antes de deixá-la na casa da amiga, alcançou seus lábios num beijo avassalador e despediu-se.
Mel bateu na porta e Rose surgiu preocupada.
— Ai, Mel, graças a Deus, você chegou!
— O que foi? Por que está preocupada?
— A sua tia ligou para cá... Eu tive que inventar que você estava tomando banho e ela disse que vai passar por aqui para buscar você!
— Ai, Meu Deus!
— Imagine se você não estivesse aqui? Ela ia me banir da sua amizade para sempre!
— Nem me fale uma coisa dessas!
— Poxa, vocês demoraram... É impressão minha ou seu cabelo está mesmo molhado?
Mel arregalou os olhos e desconversando, disse:
— Nós estávamos num lago!
Rose a observou com atenção.
— Você quer falar sobre isso?
Mel balançou a cabeça em negativa. Sentia as bochechas avermelhadas, tímida.
A amiga não insistiu. Abraçou-a com carinho e disse:
— Você é a bebezinha do grupo! Por favor, tenha cuidado!
— Tudo bem, Rose!
Naquele dia, ela havia saido de casa como uma menina para voltar uma mulher, sua mulher.
Voltando ao presente, aconchegando-se mais no sofá, com os pensamentos no passado, Mel lembrou que voltaram outras vezes para o lago das flores, e viciados um no outro, faziam amor incansavelmente.
Agora, voltar àquele lugar era ter que recordar o tempo em que os sorrisos, os carinhos e o amor de Raul eram dela.
Como pôde um amor tão lindo, acabar naquele vazio sem explicação?
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Atualizado até capítulo 60
Comments
Jane Cleide
muito lindo os jovens se descobrindo !!!!!
2024-12-20
1
Clau...Clau
Foi maravilhoso
2024-11-27
1
Vilma Teixeira Roquete
Simplesmente espetacular, maravilhoso, estou perdidamente apaixonada 💘💘💘💘💘💘❤️❤️❤️❤️❤️💘💘💘💘❤️❤️❤️❤️💘💘💘💘❤️❤️❤️❤️
2024-10-22
1