Capitulo 7

Pela manhã assim que acordei tomei um banho e escolhi meu melhor de jeans, blusa e sapatilha das caixas, por volta das seis abri a janela fazendo o café e esvaziei a geladeira, o café ainda estava sendo preparado quando  escutei batidas na porta "Ué quem vem bater na porta a essa hora?" disse sozinha indo até as batidas constantes "Quem é?" Perguntei alto para que escutassem.

"Carmem, querida" disse a voz feminina respirei fundo e busquei a paciência divina.

Abri girando a chave permitindo a entrada, Carmem olhou ao redor fazendo uma verificação nos itens que outrora fora de Selma, seus cabelos curtos estavam presos com a presilhas apenas seu corpo gordinho estava envolvido com um vestido roxo    e sapatilha preta.

Ela sentou na cozinha enquanto passava o café "Pode levar a geladeira" eu disse escoando o café o cheiro dele se espalhava pela cozinha " e pode levar as roupas e a tv" completei certa que tinha notado as sacolas para doação "O que não servir pode doar" avisei pegando as xícaras na parte de cima do armário.

"Oh, obrigada acho que vai servir tudo Selma e eu tínhamos os mesmo gostos e tamanhos" disse ela, fiquei em silêncio adoçando o  café e lhe oferecendo uma xícara tomando a minha olhando o relógio "Posso pedir para o Papi pegar em algumas horas"

"Eu tenho que sair" aviso. Ela para e da riso.

"Deixa de besteira menina as pessoas lá compram trufas de manhã " disse rindo.

Deixo a xicara na bancada e cruzo os braços eu não gostava que menosprezassem meu trabalho eu não fazia com ninguém. E Papi era o marido dela que trabalhava na padaria a três esquinas acima.

"As vezes compram e dona Carmem como disse irei sair" disse tentando manter o tom calmo "Se não quiser pegar agora pode vir pegar amanhã ou caso não queira me avise que passarei para outros"

"Não, não querida eu quero sim" disse ela levantando " Vou arrastar o Papi da cama agora " o sorriso dela ficou tenso balancei a cabeça concordando quase arrependida.

Quase, passou rapidinho a dó a vendo levar as sacolas todas as arrastando no chão só para que ninguém mais pegasse nada.

E  Papi veio como prometido com pijama de blusa e calça mole azul bebe com desenhos de bananinhas espalhada pela malha sua cara, amaçada dizendo bom dia ao entrar descalço eu acreditei mesmo que sua mulher o tivesse jogado da cama " A geladeira home!" Exclamou irritada. E o homem de quase dois meses magrelo coçou a barba grisalha branca antes de fazer o ordenado... pobre Papi.

Suando e ofegante retornou pela TV deixando para minha infelicidade Carmem para trás. Como estava já arrumada apenas tinha que descer o morro e esperar no ponto de encontro  mas com ela ali parecia impossível.

Achei melhor a apressar antes de ficar atrasada "Dona Carmem eu preciso muito sair agora" avisei e ela se servia do bolo na pia que fora feito por minha tia.

Com a boca cheia e bolo nas mãos enquanto trancava a casa a senhora permaneceu ao lado.

"Quando voltar meu bem podemos falar sobre seu antigo barraquinho?" Disse ela me virei desconfiada " Minha filha Gislaine acabou de dar a luz e ela e o namorado estão pensando em fazer um barraquinho perto, como o seu..."

Respirei fundo e olhei o horário " Depois conversamos" disse descendo a rua sem olhar para trás, quase correndo pelo tempo gasto.

Esperei no lugar combinado e pensei nas palavras ditas de Carmem, sua filha era uma adolescente irresponsável que só trazia dor de cabeça, diziam as mas línguas que foi num pancadão que engravidou de um dos vendedores de drogas de baixo calão de Beraru, era apenas um moleque também com 20 anos.

O problema de ajudar Carmem era que eu não queria confusão com sua filha barraqueira grávida.

Recusar também não parecia muito sábio.

Um carro encostou e reconheço o delegado logo pela janela " Bom dia, Pedro" disse eu recordava bem que preferia não ser chamado de senhor. E era justo pois não me chamava de senhora Jordana por aí.

Ele abriu a porta, e entrei "Bom dia, Jordan" disse ele.

Pedro continuava casual sem os ternos como lembrava jeans, camiseta e tênis. O perfume madeira era forte e atraente. E tudo no delegado me atraía sinceramente e terrivelmente como um imã e comecei a me arrepender de aceitar ser a babá.

Eu acabaria caindo por ele como uma idiota apaixonada caso não tivesse cuidado.

O que não era uma boa alternativa para nenhum de nós dois, éramos de mundos diferentes, realidades opostas.

Prendo os cabelos num coque com calor. Pedro ligou o ar condicionado, olhando a paisagem que se transformava a medida que seguimos para as zonas mais nobre da cidade com a chegada ao condomínio de uma rede famosa.

Eu pude perceber que era realmente lindo lá dentro quando o carro foi estacionado lindo e gigante.

Um caminho de água se seguia pela calçada com fontes de água transparentes o som da água caindo era calmante a área era toda arborizada com árvores frutíferas com alguns frutinhos nascendo, pitangas e coquinhos foram o que consegui reconhecer.

Segui o delegado pelo caminho que passava "Eu moro no bloco 4 apartamento 141" disse ele olhei para trás decorando o caminho. E de fato era longe de casa.

"Eu vou precisar que durma durante a semana em casa, porque as vezes viro a noite nos casos" disse justificando ao apertar o botão do elevador  " Você tem problemas com isso, namorado, filhos como um impedimento?" Disse e as portas se abriram entramos.

"Não, não tenho namorado e não tenho filhos" disse e ele concordou se encostando na parede do elevador "Eu posso ficar durante as semana sem problemas "

"A rotina em casa é bem simples o Henry acorda, toma café da manhã, brinca lá fora ou assiste desenhos, toma banho, almoça, escova os dentes e vai para a escola na vã escolar  a uma hora até as cinco da tarde nesse meio tempo você pode resolver suas coisas até que a vã venha o trazer eu chego por volta das sete horas da noite às vezes passo " avisou e o elevador abriu dando acesso a entrada privativa da casa "Caso fique fora nos finais de semana eu pagarei o seu dia, o salário fixo é de três mil e quinhentos " disse ele.

Estava mais que satisfeita com o salário. Por isso balancei a cabeça concordando quando ele abriu a porta "Eu vou te apresentar aos empregados enquanto o Henry dorme" disse ele.

Eu sorri conhecendo a cozinheira Bia, que era uma jovem linda ruiva que parecia uma boneca que trabalhava todos os dias até a uma da tarde, o motorista Rafael um senhor de idade que era pai de Bia e parecia muito com a mesma. Bloom a faxineira que tinha a idade de Rafael aparentemente e era a mãe de Bia,  tinha cabelos castanhos e olhos também castanhos e grandes.

Eu sorri para aquela família torcendo para que nos decemos bem no mínimo.

Mais populares

Comments

Jossileide cardeal

Jossileide cardeal

tomare que essa bia não seja mais uma que é apaixonada no delegado
e a namorada dele não seja das problemática da vida

2024-12-03

2

Ver todos

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!