Eu sei que estou tentando, eu preciso me encontrar, assim que eu resolver a minha história eu quero começar a publicar outras histórias, cada ser humano carrega dentro de si uma história, eu me sinto uma idiota, eu começo a ouvir vozes debochando de mim, sou eu mesma, contra mim mesma, eu tô cansada, eu preciso melhorar a forma como me expressar, eu sinto que não sou eu mesma, eu tenho outra de mim, somos duas, porque eu sinto, tem momentos que que parece que eu já vivi antes, então pode ser real, eu tenho momentos que não consigo identificar o que é real, um exemplo é quando estou com outras pessoas fora do meu convívio, eu fico com o coração acelerado, e os pés fora do chão, a sensação de flutuar, e também ao mesmo tempo eu começo a ver um filme ridículo de mim mesma, eu falando, gesticulando e interpretando, eu me sinto ridicularizada, minha psicóloga ou minha terapeuta não acreditam em meus sentimentos, é um fato real, eu sei, eu sinto.
Quem dera eu saber quanto tempo leva pra curar as feridas da alma.
Hoje me peguei pensando sobre meus sentimentos e minhas ações, eu consigo me ver como se eu estivesse fora do meu corpo enquanto vejo outra parte de mim viver por mim, tomar decisões por mim, falar e gesticular como se fosse eu, mas não sou eu, não é a mesma de mim.
O medo da morte é confuso, na realidade sinto medo de tudo, medo da vida, de coisas naturais e vividas no cotidiano, estou sempre me cobrando, me aperfeiçoando, estou em busca da minha perfeição, tal qual só existe dentro da minha cabeça.
A ansiedade me assombra esses dias de extrema pressão, a preocupação e o medo chegam e me domina e paralisa, eu sinto o coração saltar pela boca, borboletas no estômago, as mãos formigando, o frio, calafrios, e por hora o calor intenso, o enjoo repentino, são só alguns dos sinais físicos que sinto, isso me mostra que meu funcionamento está desregulado e que não tenho muito tempo de vida e o pouco que resta eu não estou vivendo como deveria.
Eu me arrependo de falar, de me comunicar, eu sinto que não passo de uma piada uma chacota para as pessoas, eu me sinto sufocada, preocupada, o remédio para depressão tratou de me recompor, eu me sinto aos poucos mais lúcida, mas a ansiedade tem me causado muito dano, as pessoas notam e dizem que estou com aparência cansada e abatida, e eu não sei como dizer as pessoas que eu passo muito tempo ansiosa, chorando, remoendo, preocupada, e as noites tem sido bastante caótica, eu durmo mas logo acordo, perco o sono e é nas madrugadas que vem o choro, o arrependimento, vez ou outra as ideais suicidas, isso tem me esgotado de tal forma que eu sinto que não tem mais nada que eu possa fazer, eu já não tenho imaginação para pensar em um futuro melhor.
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Atualizado até capítulo 27
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