15/02/23
Não dormi bem durante a noite, acordei indisposta pela manhã. Me senti preocupada com os afazeres do dia antes mesmo de começar a realizar as tarefas. Ônibus lotado, a sensação de estar sendo observada, olhares críticos e debochado.
Me sinto desconfortável, não gosto de me sentir sendo encarada e observada. Agora são 18:38, estou triste, aflita, sinto um nó na garganta, tenho sentido que logo vou desabar. É comum eu chorar no ônibus, caminhando na rua, eu evito chorar perto das pessoas na minha casa,eles não me entenderiam.
Eu estou me sentindo incapaz e muito frustrada por conta do meu estágio. Minha coordenadora de estágio não me passa muitas tarefas, eu acredito que ela me ache incapaz. Amanhã é dia de prova, a Coordenadora não me colocou para aplicar prova, ela escalou outras estagiárias, eu acredito que ela pensa que eu não tenho técnica suficiente, e também penso que logo ela irá me dispensar.
Passo muito tempo do meu dia pensando que eu não sou tão boa, pensamentos muito negativos, inseguranças, medo do futuro e medo constante que algo possa estar acontecendo ou que vai acontecer, sobre algo ruim, sobre a morte, ou que eu vou errar, ou vou falar algo que não deveria ou me portar de maneira que não deveria e medo de fazer mal para as pessoas.
Sempre estou tendo pressentimentos ruim. Enquanto estou em casa a sensação de ser fútil, incapaz, baixa autoestima. Na rua medo, desconforto por olhares, medo que algo possa acontecer, sensação de estar sendo observada, criticada, medo do que possa vir a acontecer.
Quando vejo as pessoas sorrindo, conversando, eu automaticamente penso que podem estar falando mal de mim, zombando de mim. Isso dói, machuca por dentro, me faz querer me afastar, me faz sentir raiva.
Sempre estou preocupada pensando que pode ocorrer um acidente a qualquer momento quando estou no ônibus ou no carro. Ao caminhar sinto que vou ser esfaqueada, ao atravessar a rua sinto que vou ser atropelada.
Tenho tido sensações estranhas, me sinto com os pés longe do chão, a sensação de flutuar. Enquanto as pessoas conversam e vivem suas vidas normalmente eu as vejo com os olhos derretendo.
Tenho lembranças de quando era criança, minha mãe frequentava a igreja adventista e eu me sentia entediada e então via pessoas morrendo, exemplo, uma mulher usando salto eu a via tropeçar, cair e a cabeça estourada no chão da igreja. Atualmente frequento a missa, tenho me imaginado morta, deitada no caixão coberta por margaridas, eu não consigo nem mesmo prestar atenção na missa, meus pensamentos vão para bem longe.
Eu não posso muito bem falar sobre a voz na minha cabeça, eu acho que é normal e todas as pessoas devem sentir o mesmo que eu.
Eu só ouço essa voz quando me sinto em crise, quando sou atacada por coisas ruins e essa coisas ruins me surgem como vozes no pensamento, a voz torna-se intensa, sou atormentada, críticas, conselhos para tirar minha vida ou matar a quem me fez mal, chego a ter momentos que eu não suporto a voz do meu pensamento e acabo tomando remédio em doses maiores e também já fiz uso de álcool, além da mutilação e me bater, socos, bater a cabeça contra parede, me morder, beliscar, qualquer coisa que cale a voz do meu pensamento.
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Atualizado até capítulo 27
Comments
Imaculada Abreu
Autora está estória é muito estrantra, não estou entendendo .Uma pessoa nasce e passa a vida só com sofrimento.
2023-06-26
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