capítulo 09

SOPHIE LOPES

A semana tinha sido longa e cheia de trabalho. Pensei que os dias passariam rápido por conta da agitação que estava no estúdio, mas era como se essa semana não tivesse fim. Eu estava ansiosa e agitada. Desde o momento em que Elisa saiu do meu apartamento, senti sua falta. Ela se tornou uma pessoa muito especial para mim. Sabia que aquela viagem seria decisiva para o seu futuro. Estava torcendo para que tudo desse certo.

Na terça-feira, recebi um convite do desfile que Elisa iria promover para lançar a sua coleção de roupas. Queria muito ir, mas não tinha como reagendar meus compromissos. Passei a quarta-feira toda pensando no convite de Elisa. Tinha que ligar para ela me justificando, seria um grande momento em sua vida. Na quinta-feira à noite, tomei coragem e liguei. Quando Elisa atendeu, tive uma reação que não esperava: meu coração começou a acelerar e minha boca ficou seca; ao mesmo tempo, senti uma alegria tomar conta de mim.

Quando ela falou que estava usando nosso vestido, lembrei dos seus dedos delicados tirando o vestido do meu corpo. Elisa era tão carinhosa. Nas duas vezes que transamos, eu me senti como uma rainha. Ela me dava atenção e percebia cada sinal do meu corpo. Sabia o que eu queria antes mesmo de eu falar, como se tivéssemos uma conexão. A loira começou a me provocar pelo telefone; meu corpo todo aqueceu. Por um momento, senti como se ela estivesse aqui comigo. Sua voz sedutora fez com que eu ficasse toda arrepiada. Mal podia esperar a próxima vez em que estaria em seus braços para que ela pudesse cumprir a promessa que me fez ao telefone.

Depois que encerrei a ligação, fui para a internet assistir o desfile. Tudo estava muito lindo. As roupas eram maravilhosas, muito estilosas e chiques. Conseguia ver a criatividade de Elisa por trás de cada peça. Ela apareceu para agradecer a todos, e meu coração parou de bater por alguns segundos. Ela estava incrível, mais linda do que eu me lembrava. Como ela fazia isso? O vestido vermelho lhe caiu muito bem, a deixou super sexy e elegante. Senti vontade de estar ao seu lado, vivendo esse momento junto com ela. Me arrependi de não ter ido para Nova Iorque; depois do evento, poderíamos ter tido uma noite incrível. O que estava pensando? Precisava me manter distante; não podia deixar esses sentimentos tomarem conta de mim.

Voltei minha atenção para o computador e assisti mais um pouco, até que Elisa começou a responder algumas perguntas. Fechei o computador e me encostei no sofá. Ela estava tão linda que meus olhos foram fechando, e acabei adormecendo com o sorriso de Elisa em minha mente.

------******------

No início da semana, meu objetivo era fortalecer o muro que fiz ao redor do meu coração. Por um momento, pensei ter conseguido, mas só foi eu ouvir a voz de Elisa e depois vê-la tão linda, que percebi que a distância só deixou mais forte o que eu lutei tanto para não sentir.

Depois de duas partidas de futevôlei, fui até o meu celular para ver se ela já tinha me ligado. Já estava tarde; o jogo já ia terminar. Será que Elisa esqueceu do meu convite ou aconteceu alguma coisa? Arrumei minhas coisas e caminhei até o meu carro. No caminho, disquei o número dela, que chamou algumas vezes até que ouvi sua voz.

— Alô. — Elisa falou baixo.

— Oi, tá tudo bem? — Perguntei preocupada.

— Me desculpa não ter ido à praia, Sophie. Será que podemos nos encontrar no seu apartamento? — Sua voz estava séria.

— Claro, mas aconteceu alguma coisa? A linha ficou em silêncio por alguns segundos.

— Só estou um pouco cansada. Podemos conversar depois se quiser.—- Elisa estava me deixando preocupada.

— Estou indo para o apartamento agora, vou te esperar lá, tá bom? — Tentei parecer tranquila.

— Ok, até daqui a pouco.

— Até. — Desligamos.

Quando cheguei em casa, fui tomar um banho. Depois fiz um jantar e liguei a TV enquanto Elisa não aparecia. Seu telefonema não saía da minha cabeça; tinha acontecido alguma coisa. Depois de alguns minutos, a campainha tocou. Pulei do sofá e abri a porta. E lá estava ela, a mulher que não saiu dos meus pensamentos a semana inteira.

Elisa me abraçou, e ficamos assim por um tempo. Sentir seu cheiro e saber que ela estava comigo me trouxe tranquilidade. Ao mesmo tempo, fiquei preocupada porque era visível a sua tensão.

— Você quer comer? Eu fiz o jantar. — Ofereci.

— Quero, estou morrendo de fome. — Sua voz estava neutra.

Fomos até o balcão da cozinha e Elisa sentou, servi nossos pratos e sentei ao seu lado.

— Tá aqui, especialidade da casa, macarronada. Uma das poucas coisas que sei cozinhar. — Rimos e começamos a comer.

— Hummm... está ótimo. — A loira elogiou.

— Ei, não vale mentir. Eu aguento a verdade. Sei que os meus dotes não são para cozinhar. — Elisa riu e disse.

— É mesmo? E onde você tem dotes? — ela falou com uma voz sedutora.

— Depende. — A provoquei.

— Do que? — Perguntou curiosa.

— Do lugar onde fico excitada. — Por que Elisa despertava essas coisas em mim? Ela fazia com que eu quisesse provocá-la. A loira veio até mim, me suspendeu para que eu ficasse sentada no balcão e se colocou entre minhas pernas.

 

— E se eu quiser você bem aqui? — Ela colocou o dedo apontando para o balcão. Aquilo me fez estremecer por inteira.

— Podemos resolver isso. — Coloquei uma mecha do seu cabelo para trás da sua orelha e me aproximei da sua boca. Por um tempo não a beijei, só senti sua respiração. Depois, encostei meus lábios nos seus e ela fechou os olhos. Puxou forte minha cintura contra seu corpo.

Eu envolvi minhas pernas em seu quadril e nos beijamos lentamente. Aproveitei para saborear cada canto da sua boca.

— Sophie, você é tão doce. — Sua voz estava rouca e necessitada. — Posso te beijar a noite inteira bebê.—- Meu corpo reagiu aos seus carinhos.

— Elisa, eu quero que você me beije a noite inteira. — Suspirei em sua boca.

Tirei minha camisa e logo em seguida tirei a dela também. Beijei seu pescoço e ombros, depois desci para seus seios. Abri seu sutiã e o tirei completamente. Peguei uma mama em cada mão e as devorei. Elisa se arqueou me dando mais acesso aos seus seios maravilhosos. Eu queria tanto, queria seu corpo inteiro. Me enchi de coragem e puxei ela para cima do balcão comigo. Coloquei os pratos na pia ali perto e abri caminho para que nossos corpos ficassem em cima do balcão. Depositei beijos em seu abdômen e baixei o cós da sua calça para beijar sua virilha. Queria mais, muito mais. Ajudei ela a tirar sua calça e distribui beijos pelas suas pernas. Fui até o seu encontro novamente e beijei seus lábios enquanto minha mão invadia sua calcinha.

— Sophie, isso é tão bom. — Ela suspirou.

— Você é tão quente. — Brinquei com seu ponto de prazer e seus gemidos ficaram mais altos.

Minha mão acelerou os movimentos e segurei seu corpo colado ao meu, cobrindo sua boca com a minha. Elisa se contorcia embaixo de mim e a imagem dela gozando era coisa mais sensual que eu já tinha visto. Sua respiração foi voltando ao normal aos poucos. O brilho nos seus olhos se tornou suave; eu não conseguia deixar de me sentir feliz em tê-la assim comigo.

— O que foi? — Perguntou.

— Adoro ver você gozando, é tão intenso e profundo. — Elisa sorriu timidamente.

— Só você faz eu me sentir assim. — Sua expressão ficou muito séria.

— Você também faz eu me sentir assim.

Ela merecia minha sinceridade. Seu sorriso se tornou enorme. Elisa desceu do balcão me pegando no colo e me levando para o sofá, que não ficava muito longe.

— Quero te dar prazer, quero seu corpo, quero sua energia, quero... — Ela me beijou tão forte e desesperada. Era como se aquela semana tivesse se tornado anos de distância.

O resto da minha roupa foi para o chão. Elisa provocou cada canto do meu corpo, mesmo assim não era suficiente porque seus beijos ficavam cada vez mais urgentes. A loira se afastou o suficiente para tirar sua calcinha e suspender minha perna.

— Quero tentar uma coisa. — Falou, e a curiosidade tomou conta de mim.

— Sim, vamos fazer. — Falei apressada.

— Minha pequena exploradora do sexo. — Elisa brincou e depois encaixou seu sexo no meu. No primeiro contato senti ela molhadinha; era gostoso! A loira se esfregava contra mim e eu empurrava meu quadril contra o seu ponto de prazer. Apertei sua coxa porque o prazer é muito forte. A essa altura já estávamos frenéticas.

— Mais! Quero mais, Elisa. Quero te sentir mais. — Falei ofegante.

Caímos no tapete ao lado do sofá. Coloquei minhas pernas ao redor de Elisa e sentei em seu sexo, me esfregando sem pudor nenhum. Ela me abraçou forte. Seguro o meu bumbum contra o seu quadril, e eu entrei em um clímax muito longo. Agarrei a beirada do tapete e apertei, era uma corrente elétrica muito forte. Elisa gemia embaixo de mim, e chegamos ao orgasmo juntas.

ELISA FRANCO

Sophie ainda estava em cima de mim, seu cabelo grudado em seu rosto por causa do suor que escorria em sua testa. Mantive meus braços em volta do seu corpo e não queria soltá-la. Nunca me cansaria de fazer sexo com essa mulher.

— Vamos tomar um banho? — A morena sugeriu.

— Só se for agora. — Nós levantamos apostando corrida até o banheiro.

Depois de mais uma rodada de sexo no chuveiro, Sophie se jogou em sua cama.

— Estou acabada. — Confessou.

— Você não tem ideia das coisas que tenho vontade de fazer quando você deita nua na minha frente. — Provoquei.

— Me mostra. — Falou me provocando de volta.

— Pensei que estivesse acabada. — Brinquei.

— Já estou melhor. — Ela me olhou, e caímos na gargalhada.

— Você é insaciável. — Fingi surpresa.

— Não tenho culpa. Você que me provoca e depois não aguenta.

Pulei na cama e fiquei em cima dela, prendendo suas pernas e braços. Comecei a fazer cócegas com a boca em seu corpo, Sophie se contorcia tentando escapar.

— Para, Elisa, você tá me matando. — Falou dramática, ainda se esperneando.

— Depois sou eu que não aguento. — Provoquei.

Deitei ao seu lado, olhando para o teto. Ficamos assim por um tempo. Sophie nos cobriu com o edredon, e eu a abracei. Pensei na foto que estava circulando pela internet. Ela precisava saber o porquê de eu não ter aparecido na praia. Respirei fundo e comecei.

— Desculpa ter furado com você hoje. — Ela virou na mesma hora para mim.

— Aconteceu alguma coisa? — Sua voz se tornou preocupada.

— Deixa eu te contar como foi minha semana primeiro. — Contei cada detalhe até que comecei a contar sobre o desfile.

— Eu vi o desfile pela internet. Foi muito lindo. — Fiquei surpresa ao saber disso, mas também fiquei um pouco apreensiva. Será que ela tinha visto a parte das perguntas e já até tinha entrado na página de fofocas para ver nossa foto? Acho que não, Sophie não parecia estar chateada.

— O desfile foi ótimo mesmo. Mas o motivo de eu não ter ido à praia veio depois.

— O que aconteceu? — Perguntou. Era agora, precisava ser honesta e esperar que ela não se afastasse de mim.

— Um repórter me perguntou sobre uma foto nossa que tá rolando na internet. — Senti Sophie ficar tensa, mas continuei. — Ele me perguntou quem era a mulher ao meu lado e o que ela era para mim. — Esperei que Sophie falasse alguma coisa, mas a morena continuou calada. Aquilo me deixou um pouco nervosa. — Me perguntaram seu nome. — Falei. Nesse momento ela perguntou.

— O que você disse? — Sua voz era cautelosa.

— Disse que éramos amigas e depois mudei de assunto. — Tentei agir como se aquilo não fosse nada demais.

— Hummm. Amigas? — Ela sussurrou.

— Sim, não queria falar de você para eles. — Sua expressão ficou séria, ela estava chateada.

— Tudo bem... Você tem razão... Foi o melhor a dizer... Vamos dormir, estou cansada. — Se virou e foi só isso.

— O quê? Como assim? Eu tinha certeza de duas coisas. Primeiro nada estava bem e segundo eu não tinha razão porra nenhuma.

SOPHIE LOPES

Estava chateada e nem eu mesma sabia a razão. Aquela conversa me deixou aborrecida. Primeiro fiquei chocada em saber que tinham fotos minhas com Elisa pela internet. O que eu esperava? Ela era uma super modelo. Depois Elisa disse que éramos só amigas para os repórteres, e aquilo me deixou brava. Porque estava me sentindo assim? E por que isso me incomodava tanto?

— Soph, não fica chateada. — Elisa sussurrou.

— Eu não estou chateada. — Tentei mentir.

— Me fala o que foi então? — Perguntou nervosa.

— Você podia ter ido na praia hoje e me falado para tomarmos cuidado. Só era um jogo, Elisa. — Quanto mais eu falava, mais chateada eu ficava.

— Eu sei, me desculpa. Pensei que fosse querer se afastar de mim. — Sua voz ficou chorosa. Me virei rápido para ela e toquei seu rosto.

— Porque você pensou isso? — Perguntei, mesmo sabendo qual seria a resposta.

— Não sei, minha vida é muito exposta. Não queria te colocar nessa situação. — Era verdade, eu não queria pessoas se intrometendo na minha vida.

— Você tem razão. Vamos tomar mais cuidado. Mas agora vamos esquecer isso, tá bom? Vem aqui. — A abracei. — Não chora, tá? — Fiz carinho em seu cabelo até que ela parasse de chorar.

— Eu senti muito sua falta, Sophie. — Sua declaração me surpreendeu.

— Eu também senti sua falta, Elisa. — Me peguei dizendo. Vi quando seus lábios se curvaram em um sorriso.

Logo senti sua respiração ficar mais calma e depois de um tempo percebi que ela tinha dormido. Cobri seu corpo com o cobertor e a abracei mais forte. O que era aquilo crescendo dentro de mim? Não conseguia evitar, era mais forte do que eu. Um sentimento de cuidado tomou conta de mim. Nunca me senti tão completa. Não só completa como transbordando. Era uma euforia e ao mesmo tempo uma calmaria. Como se meu peito fosse explodir. O que estava acontecendo comigo?

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Comments

Samila Ferreira

Samila Ferreira

uau

2024-05-06

1

Samila Ferreira

Samila Ferreira

tá cortando alguns textos, pq será?

2024-02-24

1

Silvia Maria da Silva

Silvia Maria da Silva

autora que livro é esse e espetacular maravilhoso 👏👏👏👏

2024-01-02

0

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