capítulo 02

Sophie Lopes

— Agora que todo mundo já foi embora, me fala: que bicho te mordeu, Sophie? — Flávia não fazia nem um pouco de cerimônia quando queria saber algo.

— Peguei o Marcos na cama com outra mulher ontem à noite. — Falo friamente. Como eu o odiava.

— Amiga, não acredito que aquele canalha fez isso! Ele não te merece. Você sempre foi a namorada perfeita. — Eu sei que Flávia só quer me ajudar, mas eu não quero falar sobre o que tinha acontecido. Meu humor já estava terrível o suficiente.

— Podemos não falar sobre isso agora? Eu não quero nem lembrar o que aconteceu. — Volto minha atenção para os papéis em minha mesa.

— Tudo bem, amiga. Quando estiver pronta, eu vou estar aqui pra te ouvir. — Flá sempre foi assim, compreensiva e cuidadosa.

— E aí, vadias. O que estão aprontando? — Conheça meu melhor amigo, Henrique. Além de tudo, ele é meu vizinho e também é um ótimo designer de interiores. Todos os móveis da minha casa foram projetados por ele. Como vocês já perceberam, Rick é espalhafatoso, o que me irrita às vezes.

— Oi, Rick! — Flá e eu falamos ao mesmo tempo.

— O que vamos fazer hoje, gatas? Estou louco pra sair. O trabalho tá me matando. Tenho que pegar uma cor nessa minha pele branquela.

— O pessoal aqui do estúdio vai pra praia hoje. E se a gente for também? — Flá sugere.

— Podem esquecer. Não estou com cabeça para sair hoje. — Falo e Rick me olha curioso. Se aproxima e se apoia na mesa.

— E desde quando você recusa uma tarde na praia, Soph? — Era impossível esconder algo desses dois. Tinha que dar alguma coisa para que eles me deixassem em paz.

— Eu e Marcos terminamos. Estão satisfeitos? Agora, será que posso continuar trabalhando? — O olhar de contentamento de Rick não me surpreendeu, ele não gostava de Marcos desde sempre.

— Ei gata, você vai ficar bem. Tem um monte de caras legais por aí, eu sei por experiência própria. Você vai à praia com a gente, nem que eu tenha que te levar a força, e a Flá concorda comigo. — Os dois fizeram menção de que iriam me pegar no colo.

— Tá, tudo bem, eu vou. — Falei fugindo deles. — Mas, nada de ficar me jogando pra cima de macho. Eu estou bem sozinha e é assim que quero ficar.

Vou para o meu quarto trocar de roupa, antes que Henrique comece a me interrogar sobre eu querer ficar solteira.

POV FLÁVIA E HENRIQUE

— Pode me contar o que o embuste do Marcos fez dessa vez, Flávia?

— Sophie o pegou traindo ela, mas é só isso que sei.

— O que? Eu vou matar aquele desgraçado. Quem faz isso com a Soph? Ela é a namorada mais devotada que eu conheço.

— Eu também estou querendo matar o Marcos. Então, entra na fila meu bem. A Soph precisa do nosso apoio agora. Vamos agir como bons amigos que somos e vamos fazer ela se divertir.

— Claro, amiga, esse passeio vai ser bom pra ela.

— E certa pessoa que vai estar lá também.

— O que, como assim? Eu perdi alguma coisa?

— Calma, veado! Não é nada certo, mas até um cego sentiria as faíscas voando das duas.

— Quer dizer que é uma mulher? Ai meu pai.

— Não é apenas uma mulher... É a ELIZA FRANCO, modelo internacionalmente conhecida.

— Você não precisa me lembrar quem é a ELIZA FRANCO. Ela é tipo minha deusa da moda. Nossa agora a Soph acertou em cheio!

— Em quê eu aceitei em cheio? — Sophie volta para a sala assustando os dois.

— Você acertou em cheio em aceitar ir para a praia com a gente. — Flávia fala disfarçando e depois olha para a amiga. — Amiga, que biquíni é esse? Não deixa nada para a imaginação.

— É só mais um dos meus muitos biquínis. Nada a ver, Flá. E vocês dois parem de fofocar, vamos logo antes que eu mude de ideia. — Sophie vai em direção à porta.

— A VOCÊ SABE QUEM vai ter um infarto quando Sophie aparecer na praia. — Rick fala baixo para que apenas Flávia escute e os dois começaram a rir. Sophie não consegue escutar e fica curiosa para saber o motivo das gargalhadas, mas não fala nada. Ela já está nervosa o suficiente e não sabe o porquê.

ELIZA FRANCO

Depois do ensaio vou pra casa da minha mãe. Dona Cláudia só vai chegar para o jantar, então pego qualquer coisa na geladeira e esquento para almoçar. Vou até o meu quarto tentar achar um biquíni, o que não dá muito certo. Eu quase nunca vou à praia, por isso, meu guarda-roupa era escasso de biquínis. Vou ter que fazer compras antes de ir pra praia. Apressei-me porque estava quase na hora que marquei com Flávia.

Quando cheguei à praia de Ipanema, Flávia veio falar comigo. Ela estava com mais dois caras que eu reconheci de hoje mais cedo.

— Que bom que você veio, Elisa. — Abraço-a e depois cumprimento os rapazes.

— Cadê o resto do pessoal? — Pergunto. Na verdade, eu queria saber se Sophie tinha vindo.

— Eles estão mais pra lá. Vamos, eu te mostro.

Caminhamos por um tempinho até que eu vi uma rede de vôlei e algumas pessoas jogando futevôlei. Dentre elas estava à morena linda que usava um biquíni minúsculo, o que me fez babar por seu corpão. Ela percebeu minha presença e deu um sorriso discreto. Se eu não tivesse prestando atenção não teria visto. Sentei-me junto com outras pessoas e Flávia.

— Elisa, esse é o Henrique. Ele é um grande fã seu. — O homem me cumprimentou com dois beijinhos, o que achei engraçado, ele parecia bem nervoso. Ele era bem alto, talvez uns dez centímetros a mais do que eu. Seus cabelos negros contrastava com sua pele alva e pálida, o que se destacava mais ainda entre tantas peles bronzeadas.

— Oi, Henrique, é um prazer conhecê-lo. Fico muito feliz por apreciar o meu trabalho. — Falo com sinceridade

— Eu adoro seu trabalho, Elisa. Você me inspira a ser criativo no meu. — Fala todo animado.

— É mesmo? E o que você faz? — Pergunto curiosa, mesmo que eu só consiga me concentrar na morena à nossa frente. Aquelas pernas torneadas e aquele abdômen esculpido pelos deuses.

— Eu projeto móveis e também faço decoração de interiores... — Juro que tento prestar atenção no que Henrique fala, mas a cena à minha frente acaba me irritando. A dupla de Sophie, um homem baixo e em forma, que não tira os olhos da bunda dela.

— Eu adoraria ver seu trabalho qualquer dia desses. — Falei, ainda desconcentrada.

— Você tá falando sério? — Ele bate palmas todo alegre o que me faz sorrir. — Vou te mostrar o meu portfólio outra hora.

— Seria perfeito... Mas vamos parar de falar de trabalho e vamos nos divertir. Alguém aqui quer ser minha dupla no jogo? — Falo me levantando e começo a me aquecer.

— Vou ter que me desculpar, Elisa, mas eu sou péssima nesse jogo. — Flávia faz uma cara que me faz rir. Ela deixa bem claro que não gosta de futevôlei.

— Tudo bem. E você, Henrique, sabe jogar?

— Sim, só estava esperando uma dupla, mas parece que já encontrei. — Ele fica ao meu lado e começa a se aquecer também.

— Ótimo, vamos arrasar.

— Só mais uma coisa. — Henrique falou.

— O que?

— Pode me chamar de Rick, todo mundo me chama assim. Quando escuto Henrique só me lembro do meu chefe me dando bronca. — Dessa vez não disfarço a risada. Rick era um palhaço.

— Sério? Tudo bem, Rick.

— Tá certo. Agora vamos acabar com o time da Soph porque ela já ganhou demais e tá se achando muito. — Rick fala alto para que a morena escute.

Sophie o provoca com um olhar de desafio e eu aproveito pra tirar meu vestido e ficar só de biquíni. Minha escolha foi meticulosa. Mesmo não sabendo se Sophie viria, eu escolhi pensando nela. Meu biquíni era fio dental, tomara que caia, na cor azul e a parte de cima formava um X na frente enquanto a de baixo estava fixa por lacinhos na lateral do meu quadril. Minha satisfação aumentou quando percebi a morena olhando pra mim e seu olhar não estava nada discreto.

SOPHIE LOPES

Ainda estava tentando recuperar minha sanidade quando Elisa entra na quadra de areia. Agora, ela prendia seu cabelo loiro em um rabo de cavalo e ria das piadas de Henrique. Eu sabia que ela estaria aqui, mas não sabia que meu corpo ficaria me pregando peças. Tudo estava mais quente agora, inclusive o V entre minhas pernas. Me abanei tentando amenizar o calor, o que estava acontecendo comigo?

Elisa se posicionou de maneira que eu consegui ver a parte de cima dos seus seios. Engoli em seco e ela sorriu sabendo muito bem o quanto me afetava. O que estava acontecendo comigo? Seus olhos de esmeralda estavam desafiadores e aquilo despertou meu lado competitivo.

Me posiciono no canto da quadra, coloco a bola em um montinho de areia e chuto. Rick recebe com dificuldade, mas Elisa domina a bola devolvendo na cabeça dele, que não precisa de muito para marcar um ponto. Os dois ficaram super alegres se abraçando e comemorando. Aquela cena me deixa irritada, quer dizer, eu sabia que Rick era bissexual. Apesar de sua preferência por homens, ele podia muito bem tá afim da Elisa. E o que eu tenho haver com isso? Tenho que me concentrar. "Vamos, Sophie, para de pensar nessas coisas".

Elisa foi a próxima a fazer o serviço. O seu chute foi preciso, o que me surpreendeu. Dominei e passei para Pedro, que era minha dupla. Ele colocou a bola alta e próxima da rede.Cabeceei e Rick não conseguiu dominar. Sorri vitoriosa, provocando Elisa, e ela me olhou como se dissesse "o jogo está só começando".

Foi a vez de Pedro começar. Ele chutou em Elisa, que passou a bola de costas para Henrique, e ele a devolveu para ela alguns centímetros da rede. Ela se impulsionou e literalmente empurrou a bola com a sola do pé, depois caiu no chão se levantando rapidamente. Aquilo foi impressionante! A bola bateu no peito de Pedro e ele não conseguiu dominá-la. Elisa me olhou, levantando a sobrancelha e mordendo os lábios. Que maldita. Ela era muito boa. Coitado do Pedro. Se eles não tivessem se conhecido hoje, eu ia achar que ela estava chateada com ele.

Vencemos o primeiro set, mas Elisa e Rick venceram o segundo. O jogo estava acirrado, e todos os nossos amigos estavam eufóricos do lado da quadra. A pontuação estava 19 a 20 para nós. Se marcássemos, ganharíamos, e eu estava louca para que isso acontecesse.

O serviço era de Henrique. Ele se posicionou e chutou. Matei no peito, passando para Pedro, que me devolveu a bola. Cabeceei perto da rede. Aquele ponto já era nosso. A bola estava próxima do solo quando Elisa se jogou e recuperou com a ponta do seu pé. Foi o suficiente para Henrique colocar a bola no fundo da nossa quadra. Foi uma jogada rápida, e agora tudo estava empatado. O jogo iria a dois.

Elisa faz o serviço, e Pedro domina, levantando para mim. Jogo para o time adversário, que devolve a bola. Pego de costas, e Pedro ajeita perfeitamente para eu fazer uma bicicleta. A bola cai no campo adversário, e a torcida começa a gritar meu nome. Eliza estava suada e visivelmente cansada. Para quem não praticava, ela estava em muito boa forma. Não consigo parar de olhar o suor escorrer pelo seu abdômen sequinho, se perdendo na sua calcinha. O sol estava se pondo, e seus olhos ganharam um tom muito claro. Seu bumbum estava com terra, e minha mão coçou para tocá-lo.

Pedro faz o serviço, e Henrique devolve no susto. Aproveito sua instabilidade e cabeceio em sua direção novamente. Rick cai com o impacto da bola, e Elisa se joga para tentar recuperar a bola, mas já era tarde demais. Ganhamos!

Pedro vem em minha direção e me carrega. Tento me afastar, mas ele está muito eufórico. Quando me livro dos seus braços, olho para Elisa, que me encarava séria. Seus olhos estavam escuros. Isso provocou arrepios em meu corpo.

O sol já tinha desaparecido, dando lugar à lua e às estrelas. Me aproximo de onde ela está e estendo minha mão para cumprimentá-la.

— Parabéns! Onde você aprendeu a jogar? — Ela segura minha mão, e eu sinto sua pele macia contra a minha.

— Jogava Futsal no colégio, e acho que essas coisas não se desaprendem. A propósito, você foi maravilhosa! — Agradeço a Deus por estar queimada do sol, assim ela não perceberia minhas bochechas vermelhas de vergonha por causa do seu elogio.

— Obrigada. Eu não ia vir, mas acabei mudando de ideia. — Não sabia por que, mas estava me justificando pra ela.

— Que bom que veio. — Elisa continua me encarando, e um silêncio constrangedor fica entre nós. Me pego olhando para sua boca e logo viro o rosto envergonhada. Graças a Deus, Flávia me chama naquele momento. Sento com algumas pessoas e tento me concentrar em outras coisas.

ELIZA FRANCO

O clima na praia estava ótimo. Observava alguns de nossos colegas entrando no mar, pegando algumas mulheres que estavam com frio e as carregando até a água. Flávia e Rick me atualizaram sobre o nome de todos, mas ainda assim, eu não consegui decorar todos.

Sophie estava sentada em uma cadeira de praia, seu olhar perdido. Vi aquele semblante triste desde hoje cedo e desejei profundamente vê-la sorrir novamente. Levantei e sentei no chão ao lado dela.

— A noite está linda hoje. — Olhei para o céu, repleto de estrelas. Ela também olhou para o céu e sorriu.

— Como eram as suas noites em Paris? — Ela perguntou sem virar o rosto para mim.

— Bem diferentes daqui. Lá, eu não tinha tempo para contemplar o céu; havia tantas coisas para fazer que momentos simples como este eram raros. — Sophie me olhou, curiosa, mas não disse nada. Continuei: — Estou adorando o Rio de Janeiro. Há muito tempo que não me divertia tanto.

— Sua vida não parecia ser tão boa. — Ela disse, imediatamente parecendo se arrepender. - Me desculpe, não era isso que eu queria dizer. — Sophie ficou séria e voltou a olhar para o céu, evitando me encarar.

— Não, você está certa. Minha vida não era boa. — Lembrei de tudo o que minha mãe e eu passamos após a morte de meu pai, e me senti um pouco triste. Já fazia muito tempo, mas ainda me afetava profundamente.

— Sério, não queria te ofender. Não era essa minha intenção. — Sophie tocou meu braço, e eu coloquei minha mão sobre a dela.

— Estou bem agora, muito melhor. — Como num passe de mágica, o clima entre nós mudou. Ficou tenso, mas era uma tensão boa, daquelas que dão frio na barriga. Acariciei a mão de Sophie e percebi que ela mordia os lábios.

— Você é muito linda. — Soltei, sem pensar. Sophie olhou para mim assustada, e naquele momento eu soube que tinha sido direta demais. Pedro e Henrique correram em nossa direção, e ela puxou rapidamente a mão.

— Ei, garotas, vamos nadar? — Pedro falou.

— Estamos bem. — Respondi, percebendo que Sophie continuava calada.

Eles trocaram olhares como se estivessem prestes a fazer algo. Rick me pegou e me jogou em seu ombro; gritei, e ele riu. Vi Sophie sendo carregada por Pedro, e os dois nos jogaram na água ao mesmo tempo. Olhei para Sophie, que parecia prestes a surtar, mas de repente, ela se jogou em cima de Pedro e começou a afogá-lo. Juntei-me ao seu time e joguei água na cara de Henrique, o que claramente foi um erro. Ele me pegou pela cintura e me derrubou. No final, acabamos rindo muito.

O resto do passeio foi cheio de risadas e brincadeiras, exceto por Sophie, que voltou a ficar calada. Não tivemos mais oportunidades de conversar a sós, mas fiquei bastante próxima de Henrique, que me contou mais sobre seu trabalho. Descobri também que ele era vizinho de Sophie e que se conheciam há cinco anos, desde que ela se mudou para o apartamento ao lado do dele.

Meu celular começou a tocar na minha bolsa. Pedindo licença a todos, me afastei do grupo. Era minha mãe, e eu estava ansiosa para falar com ela.

— Oi, mãe.

— Oi, meu bebê. Já estou indo para casa. Quer fazer alguma coisa hoje? — Minha mãe sempre foi muito animada.

— Estou na praia com alguns amigos, mas quero jantar com a senhora. Que tal assistirmos um filme?

— Perfeito, filha. Nos encontramos em casa. Te amo. — Sempre me senti a pessoa mais feliz do mundo quando estava com minha mãe.

— Mãe?

— O que foi, filha?

— É tão bom estar em casa. Te amo muito.

— É tão bom te ter em casa, Lizzy. Até daqui a pouco.

Desliguei o celular e me despedi de todos. Perto do meu carro, ouvi Sophie me chamar, e meu coração acelerou.

— Elisa! Você esqueceu seus óculos. — Ela se aproximou e me entregou meus óculos Ray-Ban.

— Obrigada, Sophie. Sou muito esquecida. — Ela sorriu, e logo aquele silêncio voltou entre nós.

Se eu não perguntasse, nunca saberia a resposta, então resolvi correr o risco da rejeição.

— Você quer sair comigo em um encontro amanhã? — A pergunta saiu em um sussurro.

— Elisa, eu... É complicado. Acabei de sair de um relacionamento e não quero me envolver em outro tão cedo. — Sua confissão me deixou surpresa. Ela estava se justificando?

— Claro. Eu entendo. — Foi tudo o que consegui dizer, embora estivesse triste com sua resposta.

— Você é linda, e qualquer um teria sorte de te conhecer, mas estou em um momento confuso da minha vida. — Sua voz ficou embargada, como se ela fosse chorar. Eu não queria fazê-la chorar, então mudei de assunto.

— Essa linda aqui quase acabou com você no jogo hoje. — Brinquei, e ela sorriu imediatamente. Fiquei encantada! Aquele, com certeza, era o sorriso mais sincero que ela me deu desde que nos conhecemos.

— Da próxima vez, você será minha parceira. — Agora tinha certeza de que estava com um sorriso bobo no rosto.

— Vou adorar. Até a próxima vez. — Beijei seu rosto. — Boa noite, Sophie.

Ela continuou sorrindo, e nesse momento, consegui ver a verdadeira Sophie, uma pessoa leve e descontraída. Entrei no carro, e a morena acenou. Acenei de volta e continuei olhando sua imagem, pelo retrovisor do carro, desaparecendo aos poucos. Pensei no que ela tinha dito sobre ter saído de um relacionamento, e compreendi melhor suas atitudes desde a sessão de fotos. Ela estava claramente magoada e com raiva. Senti vontade de dar umas boas verdades para a pessoa que a tinha machucado. Como alguém podia deixar Sophie tão triste e ainda dormir com a consciência tranquila? Isso tinha cara de homem insensível. Só de imaginar Sophie com alguém assim, minha raiva aumentava. Sacudi a cabeça para tentar afastar esses pensamentos e liguei o carro, seguindo em direção à casa da minha mãe.

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Comments

Pattrycia Rafaelly Mendes

Pattrycia Rafaelly Mendes

mais maissssssssssssssssssssssss mais maissssssssssssssssssssssss mais maissssssssssssssssssssssss mais

2024-01-04

1

rafa

rafa

história muito interessante goatei

2024-01-01

0

Sophia

Sophia

esse seria definitivamente o momento em q eu diria q queria embora tipo não q eu queira mas o momento permite sabe?? kk tipo isso mdssss cals

2023-12-22

0

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