capítulo 08

Elisa Franco

O voo foi bem tranquilo. Peguei um táxi até o hotel e tomei um banho demorado. Aproveitei para tomar café da manhã no restaurante do hotel, pois meu primeiro compromisso seria daqui a uma hora.

Cheguei na hora certa para a primeira reunião que teria com Rodrigo. Ele estava muito interessado no meu trabalho, foi educado e me elogiou bastante, o que achei um pouco demais. O homem pediu para que uma de suas modelos experimentasse o vestido que fiz com Sophie, só precisei fazer alguns ajustes no comprimento.

Rodrigo gostou muito do vestido. Disse que era inovador e elegante. Isso foi o suficiente para ele aceitar a parceria que eu estava propondo. Combinamos de nos encontrar em sua fábrica, naquela tarde.

Aproveitei o tempo que tinha para almoçar. Fui até um restaurante que já conhecia perto do Central Park. Fiz o meu pedido e fiquei sentada na mesa observando as pessoas ao redor. Um casal entrou. Eles se tocavam o tempo todo, e a alegria deles era contagiante. Pensei em Sophie; se algum dia faríamos o mesmo. Quando terminamos de transar ontem à noite, senti vontade de dizer que a amava, mas lembrei que isso só a assustaria. Precisei de muita força para levantar da sua cama e mudar de assunto. Nunca me senti assim antes. Queria gritar para os quatro ventos que eu amava Sophie Lopes. Não podia forçar a barra, o que se tornou muito difícil. Queria reivindicá-la como minha mulher, mas ela não aceitaria, pelo menos não agora. Precisava me concentrar no meu trabalho, mesmo que fosse impossível, pois a morena voltava à minha mente a cada segundo e eu não conseguia me concentrar em nada.

A tarde passou bem lentamente. Apresentei meu portfólio para a costureira chefe de Rodrigo, e depois ele me levou para conhecer todos os setores da sua fábrica. Era muito grande e com muitos funcionários. O estilista falou que, após a confecção das roupas, precisaríamos de um catálogo com fotos minhas vestindo todas as peças da coleção. Isso impulsionaria as vendas e ajudaria na propaganda do produto. Claro, ele tinha razão. As roupas ficariam prontas na segunda-feira; até lá, eu daria várias entrevistas e trabalharia diretamente com as costureiras para fazer algumas mudanças, se precisassem. Ao todo, minha coleção teria 10 peças.

Rodrigo me incentivou a fazer um desfile para o lançamento da coleção. Ele disse: "Querida Elisa, se você quer ser reconhecida nesse meio, tem que entrar de cabeça. O mundo precisa saber do seu talento!" Sim, ele é bem espirituoso. Eu sabia que aquilo não seria nada fácil. Fazer um desfile era muito complicado e trabalhoso, mas necessário. Afinal, aquele era o meu sonho. As coisas estavam acontecendo muito rapidamente, e eu precisava correr para acompanhá-las.

Saí da fábrica e fui para o hotel fazer diversas ligações; não tinha tempo a perder. Não seria nada fácil contratar várias pessoas até quinta-feira, mas eu estava focada, e ter tanto trabalho seria bom para me manter distraída, pois Sophie não saía da minha cabeça.

Sábado e domingo foram dias de contratação. Contratei modelos, fotógrafos e outros funcionários. Reservei um salão e entrei em contato com alguns fornecedores de coquetéis. Na segunda-feira, pela manhã, as primeiras roupas da coleção já estavam prontas. Fui até a fábrica buscá-las e depois dirigi até o estúdio de fotografia para tirar as fotos que seriam usadas no catálogo. Enquanto observava o estúdio, não conseguia parar de pensar na bela fotógrafa que virou minha vida de cabeça para baixo; tudo ali me lembrava ela. O que estava acontecendo comigo? Eu só podia estar ficando louca. Mesmo com muita coisa para fazer, ela sempre estava em meus pensamentos, principalmente na hora de dormir.

Na terça-feira, levei as fotos para uma gráfica e decidi o designer do álbum. Voltaria na quinta de manhã para buscar alguns catálogos, pois eu iria apresentá-los no desfile.

Quarta-feira não demorou a chegar. Todos os modelos já estavam fazendo a prova de suas roupas, o decorador estava finalizando o seu trabalho, e o salão estava quase pronto. Eu estava muito nervosa; tudo estava acontecendo tão rápido. Meu sonho estava perto de se realizar. Mesmo assim, algo estava faltando. Na verdade, alguém. Nada parecia completo sem Sophie aqui comigo. Senti a sua falta mais do que eu imaginei ser possível. Eu não pensaria duas vezes em trocar tudo isso pelo seu amor. Mas a vida não funcionava assim. Já estava tão caída por ela que tinha medo do que poderia acontecer. Mesmo assim, não conseguia deixar de amá-la. Meu coração é teimoso e já escolheu sua dona. Agora, tudo o que posso fazer é esperar que ela não o destrua.

-------*****-------

O dia do desfile chegou. Na parte da manhã, fui buscar o resto da coleção, e à tarde, voltei para o salão do evento. Os modelos estavam ensaiando, e a equipe do Buffer já finalizava os pratos que seriam servidos.

Mesmo sabendo que Sophie não viria, eu mandei um convite para ela. Minha mãe chegaria daqui a uma hora, e Mateus já estava me ajudando desde hoje de manhã. Pedi para que ele fosse buscar minha mãe no aeroporto e fui direto para o hotel me arrumar.

Depois de alguns minutos, me olhei no espelho. O vestido que estava usando era o que fiz com Sophie. O ajustei durante a semana para o meu corpo, que era mais magro e alto que o dela. O vestido era vermelho, longo, brilhoso, tomara que caia e tinha uma fenda na perna direita. Meu cabelo estava preso em um coque clássico, e meu sapato também era vermelho e muito alto. Coloquei um brinco dourado de argola e fiz uma maquiagem bem trabalhada.

— Você está linda, filha! — minha mãe entrou no quarto emocionada, e nos abraçamos.

— Obrigada, mãe. Estou muito feliz. Nem acredito que realmente tudo isso está acontecendo. Obrigada por você estar aqui comigo.

— Está realmente acontecendo, filha, e eu estou tão orgulhosa de você. — Mamãe me abraçou, e segurei as lágrimas para não borrar a maquiagem.

— Eu te amo, mamãe. — A abracei mais forte.

— Eu também, meu amor. Mas vamos parar com essa melação, senão não sairemos daqui hoje. Ainda tenho que me arrumar. — Dona Cláudia falou toda orgulhosa, e eu só consegui rir do seu jeito.

— Deixei um vestido bem bonito na sua cama, mãe. — Ela sorriu largamente.

— Você é a melhor, minha loira. — Mamãe me jogou um beijo no ar. — E filha?

— O que? — Perguntei.

— Sei que você queria que Sophie estivesse aqui...

— Tudo bem, mãe. — Tentei argumentar.

— Sei que não está tudo bem. Eu te conheço como a palma da minha mão. Você é tão doce, minha filha. Tenho medo que se machuque. — Ela se aproximou novamente.

— Eu também tenho medo, mas não sei amar de outra forma. — Me peguei dizendo.

— Você é igual o seu pai. Ele amava intensamente. — O semblante de mamãe ficou pensativo, como se as lembranças a atingissem. Me aproximei e a abracei.

— Ele era um homem maravilhoso. — Falei, deixando as lágrimas percorrerem por meu rosto.

— Eu tive muita sorte... E sabe o que mais?... Sophie também tem. Ela seria uma tola de te deixar escapar, meu amor. — Mamãe limpou as lágrimas dos meus olhos.

 

— Obrigada, mãe. Eu precisava ouvir isso. — Aquele momento foi de puro amor e cuidado. Minha mãe era meu porto seguro, e só as suas palavras poderiam me colocar no eixo novamente.

— Agora é sério. Vou me arrumar. — Falou indo para a porta e sumindo da minha vista.

Meu celular começou a tocar. Quando vi o nome na tela, não acreditei. Respirei fundo e atendi com um sorriso enorme na cara.

— Oi, Elisa! — Sua voz estava agitada.

— Oi, Sophie. Tudo bem? — Meu coração estava saindo pela boca.

— Estou bem, só liguei para te desejar sorte no desfile de hoje. Não vou poder ir, mas obrigada pelo convite.

— Obrigada, Soph, você não sabe o quanto me sinto melhor agora. Estou tão nervosa! — Minha voz só confirmava meu nervosismo. Eu já imaginava que ela não poderia vir, mesmo assim, fiquei um pouco triste.

— Tenho certeza que vai dar tudo certo. Queria tanto estar aí, mas não consegui remarcar meus compromissos a tempo. — Percebi a tristeza na sua voz.

— Eu também queria que estivesse aqui. Estou usando o nosso vestido. — Ela riu do outro lado da linha.

— Seu vestido. Eu apenas fui a modelo.

— Uma modelo muito linda. — Ela ficou em silêncio por um tempo e depois falou.

— Quero te recompensar por não estar aí. O que você acha de ser minha dupla no futevôlei amanhã à tarde?

— Eu vou adorar, Sophie! Mal posso esperar! — Só faltei pular de alegria, mas me contive.

— Que bom, Elisa. Vamos acabar com todo mundo. — Achei graça da sua competitividade. Mateus me chamou, pois já estava na hora de ir.

— Eu vou ter que desligar, Soph. O show vai começar.

— Vai lá e arrasa. Eu acredito em você. Beijos e até logo.

Saber que Sophie acreditava em mim fez com que o meu nervosismo fosse embora. Não podia desligar o telefone sem provocá-la.

— Quando eu voltar vou te dar tantos orgasmos que você não vai nem conseguir andar direito no outro dia. — Falei com a minha voz mais sedutora.

— Agora estou mais ansiosa para que amanhã chegue logo. — Sua voz também era sedutora, e senti meu corpo esquentar.

— Faz um favor pra mim? — Perguntei sapeca.

— O quê? — Ela parecia curiosa.

— Se toca hoje imaginando que eu estou aí com você. — Sua respiração ficou pesada.

— E se eu disser que já faço isso todas as noites desde que você me mostrou o que é prazer? — Me entalei surpresa. Fiquei sem reação, e ela riu.

— Até logo, Lizzy. — Ela desligou, e eu ainda estava sem palavras. Tentei me recompor, peguei minha bolsa e caminhei até o elevador.

Durante o trajeto até o salão, eu só conseguia pensar em Sophie se masturbando enquanto pensava em mim. Aquela mulher era o meu fim, e eu estava muito bem com isso.

Chegamos ao salão, e muitos paparazzis estavam na entrada. Depois de algumas fotos conseguimos finalmente entrar. Fui direto para os camarins ver se estava tudo certo.

Antes do desfile começar, apresentei o álbum da coleção, e todos aplaudiram. Em seguida, fui para trás das cortinas organizar as modelos. A cada peça que era apresentada, os aplausos ficavam mais altos. Uma sensação de dever cumprido me invadiu. Era como se eu estivesse do alto assistindo tudo. A minha ficha ainda não tinha caído. Eu estou em Nova York apresentando minha primeira coleção para muitos nomes importantes do mundo da moda. Esse era meu cartão de entrada para ter sucesso na carreira de estilista, e as pessoas estavam realmente gostando.

No final do desfile agradeci a todos pela presença e disse que responderia algumas perguntas no salão de entrada. Caminhei até os repórteres e eles começaram a perguntar eufóricos.

— Elisa, qual a data de lançamento da sua coleção nas lojas de Nova York? — Diz um repóter euforico.

— Primeiramente, boa noite a todos. Agradeço por estarem aqui e, se tudo der certo, a partir do início da semana que vem minha coleção vai estar nas lojas para o consumidor.

— Você ainda vai desfilar nas passarelas?

— Sim, mas só em eventos selecionados. Quero me focar nessa nova fase da minha carreira como estilista.

— Pode nos dizer o motivo dessa sua mudança de área? — Outro deles pergunta curioso.

— A verdade é que não existe mudança nenhuma. Desde o início, esse foi meu sonho. Adoro ser modelo, mas criar roupas me faz muito mais feliz.

— O que você tem a dizer sobre uma foto sua e de uma mulher que saiu num site de fofocas está semana?

Aquela pergunta me pegou de surpresa. Não sabia dessa foto. Teria que tomar mais cuidado no futuro. Com certeza Sophie não gostaria de ser alvo de fofocas.

— Se saiu em um site de fofocas não deve ser uma informação muito confiável. — Tentei encerrar aquela conversa antes que se tornasse maior.

— Mas quem é a morena da foto, Elisa? Vocês são íntimas?

Eles estavam passando dos limites. Nunca colocaria Sophie em uma situação comprometedora.

— É apenas uma amiga. Alguém tem mais alguma pergunta sobre o real motivo desse evento?

Nunca tinha sido rude com nenhum repórter, mas também nunca tive alguém para proteger desse mundo de assédio. Algumas outras perguntas foram feitas, respondi todas e depois fui para o hotel. Onde preparei uma festa fechada para os funcionários e convidados do desfile.

Quando cheguei, meus convidados já estavam se divertindo. Fui até o meu quarto e coloquei uma roupa mais casual, tirei aqueles saltos enormes e coloquei um tênis confortável, voltei ao salão de festas e fiz questão de agradecer e conversar com todos. A noite seria longa e a festa não acabaria tão cedo. Mesmo que eu não estivesse bebendo ou dançando não queria subir para o quarto, afinal eu era dona da festa.

Sentei pela primeira vez naquela noite, e Mateus se aproximou sentando ao meu lado.

— O desfile foi incrível, Lizzy! Você mandou muito bem. — Ao contrário de mim, Mat já tinha aproveitado muito a festa. Dava para perceber que ele estava um pouco alegre demais.

— Obrigada, Mat. Estou adorando tudo isso. Mas, para ser sincera, não vejo a hora de voltar para o Rio de Janeiro. — Falei.

— Até imagino o motivo dessa sua pressa. Me conta o que aconteceu depois daquele dia no parque. — Ele estava todo curioso.

— Nem eu acredito que realmente segui seu conselho e fiquei mais surpresa ainda quando Sophie aceitou, quer dizer, mais ou menos.

— Sério! Não acredito! Quer dizer que vocês estão transando até o amanhecer graças a minha genialidade? — Mateus adorava me irritar.

— Você é um convencido mesmo. — Fingi chateação. — Não vou te dar detalhes se é isso que você quer, seu pervertido. — O provoquei.

— Claro que não, né. Só quero saber se a Sophie já está caidinha por você. — Ele se aproximou para ninguém escutar nossa conversa.

— Mateus, eu estou fodida. — Falei frustrada.

— Então é você que é a trouxa da relação? — Ele adorava tirar sarro de mim.

— Se ao menos tivéssemos um relacionamento eu não me importaria de ser a trouxa da relação. — O que era verdade, Sophie me deixava de quatro por ela.

— Poxa amiga, do jeito que você fala parece que ela tá te cozinhando.

— Não é isso. É só que a Sophie saiu há pouco tempo de uma relação e não quer se envolver. Além do mais eu disse que seria apenas sexo, e você também falou, lembra?

— Eu sei, mas isso foi antes de ver o quanto você tá sofrendo com essa história, mesmo que você disfarce, eu te conheço, Lizzy. Nunca te vi assim antes. Só toma cuidado para não se machucar, tá bom. — Mateus tocou em minha mão, e eu o abracei.

— Eu vou convencê-la a tentar comigo. Só preciso ter paciência. Sophie vale a pena. Queria tanto que vocês se conhecessem.

— Eu também quero conhecer a garota que fez Elisa Franco se apaixonar. — Eu apenas revirei os olhos para sua provocação. — No mês que vem vou ir até o Rio te visitar, aí marcamos um rolê.

— Ótimo! Acho que até lá eu já vou ter minha casa, você pode ficar comigo. Estava pensando em comprar um canto para mim na próxima semana.

— Finalmente, Lizzy! Você tem mais é que viver e usufruir de tudo que conquistou. Eu dou total apoio.

Conversei mais um pouco com Mateus, mas já era 4 horas da madrugada e tinha que tentar dormir um pouco. Rodrigo ainda tentou me chamar para dançar, mas dei uma desculpa qualquer e subi para o meu quarto. A semana inteira ele ficou jogando flertes para cima de mim. Rodrigo não tentou mais do que inocentes investidas e sempre foi muito educado. Não tinha por que eu recusar uma dança, afinal ele era meu parceiro de trabalho. Mas a entrevista com os repórteres mais cedo me deixou com um mau humor terrível. Era melhor dormir de uma vez.

Meu voo sairia às 8 horas da manhã, e eu ainda não tinha arrumado nada. Minha mãe já estava dormindo. Ela só assistiu o desfile e voltou para o hotel. Dona Cláudia sempre diz que já não aguenta mais o meu pique, que tá ficando velha. Nem eu aguento mais fazer o que fazia antes. Virar noites em festas e emendar uma viagem atrás da outra não dá mais para mim. Esse tempo já passou. Fui para o quarto e tomei um belo de um banho, depois me deitei. Peguei meu celular e pesquisei a foto que os repórteres estavam comentando mais cedo. Não demorou muito para encontrar a manchete.

" Modelo internacional, Elisa Franco foi vista entrando de mãos dadas com uma mulher em um hotel do Rio de Janeiro. A modelo estava só carinhos com uma morena logo após o lançamento do seu mais novo produto na revista Bella cosméticos."

Embaixo tinha uma foto minha e de Sophie de mãos dadas saindo do meu carro em frente ao hotel. O rosto dela não estava muito nítido, mas o meu era impossível de não reconhecer. "Puta merda" xinguei alto e torci mentalmente para que Sophie não tivesse visto a matéria. Isso seria mais do que suficiente para ela cair fora do nosso acordo. Eu precisava ter muito mais discrição. Agora eu estava sendo mais assediada do que antes. Sei que isso faz parte da carreira que eu escolhi para minha vida, mas não significa que Sophie tinha que passar pelo mesmo.

Naquela noite, sonhei que eu e Sophie estávamos na praia, e o passeio estava ótimo até que um monte de paparazzis chegavam e tiravam fotos nossas. Sophie saía correndo e eu ia atrás dela. Ela estava tão assustada e dizia que não queria mais nada comigo e que era para mim ficar longe; depois, entrava no seu carro e ia embora. Eu ficava desesperada sem saber o que fazer, só conseguia chorar e sentir um aperto no peito.

Acordei suando muito. Meu coração estava acelerado. Que bom que foi apenas um pesadelo. Me levantei e bebi um copo com água. Olhei no meu relógio e ainda eram 6 horas da manhã. Não dormi nada, mesmo que tentasse, não conseguiria. Resolvi me arrumar e comer alguma coisa. Logo mais estaria no avião voltando para o Rio. Tentei ficar tranquila e acreditar que Sophie ainda não tinha visto a notícia.

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Comments

Angelica Saldanha

Angelica Saldanha

Eu não tenho está sorte da minha mãe falar isso para mim, ela morreu em 2008, e sinto tanta falta dela aqui comigo 😥😥😥

2024-05-07

0

Samila Ferreira

Samila Ferreira

uuu

2024-05-04

1

Silvia Galdino

Silvia Galdino

uouuuuuuu

2023-07-24

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