capítulo 06

SOPHIE LOPES

Elisa abriu a porta do hotel e começou a me beijar. Não sei o que aconteceu, em um momento eu estava decidida a recusar sua proposta, mas quando entrei e vi aquela mulher em cima de Elisa, tudo o que quis foi afastá-la e acabei esquecendo o que tinha ido fazer ali.

O beijo se tornou cada vez mais urgente. A loira me imprensou contra a parede, suas pernas pressionavam meu sexo e eu estava à beira de um colapso. De surpresa, ela parou e com muito esforço falou.

— Se você quiser ir embora, entendo, Sophie.

Mesmo que minha mente não estivesse totalmente segura, o meu corpo tinha vida própria em suas mãos.

— Eu não quero, Elisa. Por favor, não para.

A loira me levou para perto da cama e acariciou minhas coxas. Devagar, ela subiu meu vestido, enquanto seus dedos roçavam em minha pele. Senti meu corpo inteiro em chamas.

Elisa olhava fixamente para mim, e eu estava hipnotizada com a sua boca. Ela tirou meu vestido, e fiquei apenas com uma lingerie rosa de renda.

— Jesus, Sophie! Você vai me matar. Como você é linda!

Fiquei com vergonha das suas palavras, mas me sentia segura com ela.

— Quero tanto te provar por inteira.

Nunca fiz sexo enquanto falava, mas Elisa se expressava o tempo inteiro. E isso tornava tudo mais excitante.

— Por favor, faça isso.

Hoje eu não teria filtro nenhum. Pediria e faria tudo o que eu tivesse vontade. Afinal, esse era o acordo. Somente prazer.

Elisa voltou a me beijar. Sua boca desceu para o meu pescoço, e ela sugou em um ponto que me fez gemer. Depois, desceu até a pele exposta do meu seio e sugou com mais vontade. Minhas mãos passeavam pela sua costa. Passava minhas unhas de leve em sua pele e sentia seu corpo arrepiar. Ela olhou em meus olhos e disse.

— Esperei tanto por esse momento. Por sentir sua pele sob minhas mãos. O seu gosto, o seu cheiro é quase impossível resistir.

— Então não resista!

Queria experimentar tudo o que aquela mulher tinha a me oferecer.

Esse prazer era totalmente novo. Eu nunca quis tanto que ela continuasse e, ao mesmo tempo, parecia que esse tesão nunca teria fim.

— Você que pediu. Agora eu não vou te largar até ter todo o seu prazer, só para mim.

Sua voz era sexy, e eu queria muito que ela cumprisse essa promessa.

Elisa beijou todo o meu corpo, e em cada cantinho que a sua boca encostava, eu me arrepiava. Ela sabia o que estava fazendo. Seu olhar se prendeu nos meus seios, e logo ela começou a me provocar novamente. O prazer percorreu meu corpo como uma corrente elétrica que se concentrava em meu sexo. Sem eu perceber, meu sutiã estava no chão, e Elisa beijava, chupava e mordia meus mamilos. Aquilo estava me deixando louca de desejo. Não sei o que estava acontecendo comigo.

Joguei a loira na cama e tirei o seu vestido em desespero.

— Nossa, estou adorando seu lado selvagem.

Ela me provocou, e eu a calei com um beijo. A loira me puxou, colando meu corpo ao seu. Sua pele era tão macia! Nunca me esqueceria daquela sensação.

— Elisa, por favor! — Falei impaciente.

Mudamos de posição e agora a loira estava em cima de mim. Pude ver sua lingerie vermelha. Não era chamativa, o que era perfeito, porque seu corpo, com certeza, tinha sido esculpido por deuses. Seus seios eram médios e durinhos, o abdômen sequinho, as pernas magras e tonificadas, e o bumbum empinado e macio. No jogo de futevôlei eu já tinha visto seu corpo, mas agora era diferente. Ela estava em cima de mim com a pele corada e uma cara de tesão que fazia meu sexo apertar várias vezes. Nem acredito que uma mulher estava despertando todas essas sensações que eu nem sabia possuir. Estava curiosa para saber o que mais eu poderia sentir com ela.

— Calma, bebê, eu sei do que você precisa. — Suas mãos repousaram ao redor do meu quadril, e ela tirou minha última peça de roupa. Seus olhos ficaram mais intensos, e sua língua umedeceu seus lábios. — Queria que essa noite fosse doce e lenta, mas eu mal consigo ter controle de mim ao seu redor. Você é tão linda! — Eu engoli em seco; suas palavras me deixaram com mais tesão do que deveriam. Eu não estava me reconhecendo.

— Só faça o que tiver vontade. O acordo é para as duas sentirem prazer. — Ordenei, e ela não pensou duas vezes.

Abriu minhas pernas e colocou seu rosto entre elas. Meu Deus, como era fantástico! Ela me lambia com vontade, e eu estava à beira de um colapso.

— Você está tão molhada! — A loira usou suas mãos para acariciar meu seio. Sua língua se movia com maestria, e meu corpo não aguentaria por muito tempo.

— Elis... — minha voz estava irreconhecível.

— Eu sei, bebê, eu sei. — Ela fez movimentos mais rápidos, e eu já não podia controlar meus gritos.

Pela primeira vez, senti como se meu corpo estivesse explodindo de prazer. Minha mente ficou nublada, e meus músculos estavam muito tensos. Os espasmos eram fortes, e me senti tão viva. Depois daquele pico de prazer, meu corpo relaxou, e minha respiração foi voltando ao normal. Era como se o orgasmo fosse um estado de anestesia e, depois, aos poucos, tudo ia relaxando.

— Você é tão linda, Sophie! — O olhar de Elisa era de adoração. Nunca tinha gozado antes e era tão maravilhoso! Com ela foi tão fácil e aquilo me assustou.

— Você tá bem? — Ela perguntou. Acho que percebeu minha tensão.

— É... Só que... Eu nunca tinha sentido isso antes. — Falei.

Elisa deitou ao meu lado e tirou uma mecha de cabelo do meu rosto.

— Você tá falando de um orgasmo? — A loira perguntou.

— Sim. — Falei envergonhada.

— E foi bom? — Não conseguia pensar direito com ela tão próxima de mim e seu corpo tão quente e ainda muito coberto. Ela desceu sua mão até o meu abdômen e ficou fazendo pequenos círculos com a unha.

— Acho que meus gritos responderam a sua pergunta. — Elisa deu uma gargalhada gostosa e me puxou para cima do seu corpo. Eu também comecei a rir, mas de nervoso.

— Esse é só o começo do seu prazer, minha linda. — Seu olhar estava quente e meu corpo voltou a aquecer.

— Como assim, ainda tem mais? — Perguntei surpresa.

— Você quer saber como eu fiz você chegar até o céu? — Elisa me lançou um sorriso malicioso. Apenas confirmei com a cabeça.

— Eu vou te mostrar. — Ela virou meu corpo de maneira que a minha costa pressionava o seu corpo contra a cama.

— O que está fazendo? — Falei um pouco nervosa.

— Confia em mim tá. — Suas palavras me acalmaram e percebi que confiava nela. Relaxei e respirei fundo.

— Ok bebê, agora vamos tocar em você. — Sua mão segurou a minha e começou a acariciar meu abdômen. Depois, subiu até meu ombro. Meus pelos se arrepiaram. O seu corpo estava atrás de mim e ter nossas mãos passeando pelo meu corpo era a coisa mais sexy que eu já tinha feito na vida.

— Você gosta Sophie? Gosta de ser tocada assim? — Ela sussurrou perto da minha orelha e sua voz estava tão sensual. Gemi baixinho.

— Precisamos nos comunicar para que isso funcione. — Elisa falou.

— Sim, está perfeito assim. — Falei tentando me concentrar, pois sua mão continuava guiando a minha em direção aos meus seios.

— Isso mesmo, bebê, você é maravilhosa e toda mulher merece sentir prazer. — A loira sussurrou em meu ouvido.

Acariciei meus seios e meus olhos se fecharam. Engoli em seco e minha respiração começou a acelerar novamente. Elisa foi até o meu sexo e acariciou com a ponta dos seus dedos. Abriu minhas pernas e senti seus dedos na parte interna da minha coxa.

— O que você quer agora? — Ela perguntou sem parar as carícias. Não estava mais com vergonha então falei.

— Quero me tocar. — Sua respiração ficou forte em minha nuca. E senti seu sexo molhado no meu bumbum, ela estava muito excitada.

— Você me deixa louca, Sophie! Sua voz era quase inexistente. Sua mão foi em direção aos meus seios; ela mordeu minha orelha e depois lambeu.

— Quero que você se toque do jeito que tiver vontade. Eu vou te direcionar, mas você que vai fazer a maior parte. Ela continuou a tocar em meus seios; eu estava enlouquecendo com aquilo, meu sexo estava encharcado e senti uma necessidade enorme de tocá-lo.

Conforme o tempo passava, meu corpo pedia por alívio. Coloquei minha mão no lugar exato onde a pulsação era mais forte. Lembrei dos movimentos que fiz no banheiro da minha casa. Que ironia, a mulher que me fez quase chegar ao orgasmo, apenas nos meus pensamentos, estava agora embaixo de mim e me tocava tão sedutoramente que eu estava quase gozando de novo. Comecei a fazer círculos ao redor do meu clitóris, e o prazer se tornou mais intenso.

— Isso, bebê, estou aqui com você.

Esse foi o gatilho para que eu entrasse em um orgasmo ainda mais forte que o anterior. Meu corpo começou a tremer.

— Está tudo bem. Se joga nesse prazer. — Elisa me abraçou, e comecei a gemer sem pudor nenhum.

Explodi em milhões de pedacinhos. Era tão forte que meu coração poderia parar a qualquer momento. Fechei meus olhos tentando recuperar minha respiração. Fiquei parada por um tempo só sentindo os últimos espasmos do meu corpo.

Quando abri meus olhos, me virei para Elisa, que parecia uma deusa cheia de luxúria. Queria dar-lhe o mesmo prazer que ela me deu. Beijei sua boca com necessidade e tirei seu sutiã. Queria prová-la por inteira. Tirei sua calcinha e vi seu líquido escorrer. Minha boca secou na mesma hora. Estava tentando me recompor da cena linda à minha frente. Elisa Franco estava totalmente nua embaixo de mim, com seus seios rígidos e olhar cheio de tesão. Que mulher linda! Perfeição era pouco para a loira à minha frente. Encostei meu corpo no seu e adorei aquela sensação dos nossos mamilos se encostando. Voltei a beijá-la, e seu beijo era viciante.

Não estava pronta para pensar no que aconteceria amanhã, mas hoje eu iria prová-la até que estivesse exausta.

ELISA FRANCO

Ainda estou sem palavras para expressar tudo o que aconteceu nesse quarto. Só consigo olhar para a morena dormindo em meus braços. E se tudo tivesse sido um sonho? Estou com medo de dormir e perceber que nada disso foi real. Abraço Sophie mais forte e ela se aconchega mais para perto de mim. Coloco o meu rosto nos seus cabelos negros e inspiro até que seu cheiro invada minha mente.

Eu não tinha a ilusão de que Sophie não fez sexo com seus ex-namorados, mas saber que ela nunca tinha gozado me deixou surpresa. Não é incomum, na verdade, muitas mulheres nunca gozaram, mas ela era tão irresistível e tão cheia de prazer. Eu nunca presenciei uma cena tão linda quanto ver Sophie gozar. Que parceiro não iria querer ver seu rosto todo cheio de satisfação após o clímax? Isso me fez pensar na pessoa que a magoou, com certeza, não a merecia.

Meus pensamentos começaram a se embaralhar. Não queria dormir. Não queria que esse momento acabasse. Como fui tola em acreditar que não me apaixonaria por ela. Prometi que seria somente prazer, mas não foi. A todo momento ela atingiu meu coração e não sabia o que faria se ela não estivesse sentindo o mesmo. Meus olhos estavam pesados não estava mais conseguindo mantê-los abertos. O sono tomou conta de mim e apenas segui o fluxo.

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