capítulo 17

Alberto observou Carlos dormir tranquilamente por um tempo, se levantou indo para a sacada do quarto, olhou as horas no celular, fechou a porta da sacada e fez uma ligação.

– alô, como estão as coisas por aí? – Alberto ligou para Bruno.

– oi, conseguimos interceptar o carregamento do Andrey, ele deve estar puto. Ele não tem saído ultimamente, acredito que não queira se arriscar com nada, já que seu ombro ainda não está bom, ele tem outros inimigos além de nós.–

Alberto olhou para dentro para ter certeza que Carlos ainda dormia – se tudo correr bem volto amanhã a tarde, mandem preparar meu apartamento, tenho uma reunião importante de manhã e quero ganhar tempo – Alberto bebeu uma dose da bebida que estava com ela nas mãos – encontrou o Pablo?–

– sim, ele está em clínica dos Marastrove, está sendo vigiado, não seria prudente invadir o local– Bruno reportou a situação.

– e quanto a situação do porto? Matou o desgraçado? – Alberto ainda olhava para Carlos na cama pelo vidro da porta. – sim senhor, a essa altura já virou comida de tubarões.

Bruno repassou mais algumas informações sobre os negócios que Alberto deixou em suas mãos para resolver e encerraram a ligação. Alberto terminou sua bebida e entrou para o quarto novamente parando em pé próximo a cama olhando Carlos.

Ele dormia dão docemente sem nem imaginar os perigos a sua volta, dormia o sono da inocência, sono esse que Alberto nunca pode desfrutar. Ele se deitou ao lado de Carlos ainda pensando, como teria sido sua vida se não tivesse nascido na família castelhano. Será que teria se transformado em um homem bom que poderia dormir inocentemente como Carlos dormia? Isso ele jamais saberia, mas iria tentar preservar essa inocência de Carlos como pudesse.

Já era por volta de quatro da manhã, Alberto estava sem sono, havia dormido pouco aquela noite. Ele estava acostumado a essa rotina, fazia muito tempo que não dormia bem, ou a noite toda. Sempre acordava no meio da noite e não conseguia dormir mais, as vezes era por pesadelos com sua mãe, outras por algum problema envolvendo a organização.

Alberto levantou sem acordar Carlos, foi para a outra parte do quarto onde estava seu laptop, iria trabalhar já que não conseguia dormir. Antes ele foi até sua maleta e pegou uma caixa pequena como de uma joia, abriu o laptop e depois a caixinha, mexeu dentro dela e depois mexeu no computador. Olhou para a caixinha deu um sorriso e a guardou novamente na sua maleta.

A Claridade que entrava no quarto acordou Carlos, ele ainda estranhava o fuso horário. Procurou por Alberto na cama mais não o encontrou, levantou a cabeça e não o viu no quarto nem do lado de fora.

Carlos se levantou fez sua higiene e saiu para procurar por Alberto, ele o viu na sala dormindo na mesa em frente ao computador, imaginou que que ele deve ter perdido o sono e foi trabalhar. Ele estava de roupão ainda e David o observava, se aproximou devagar e abraçou por trás.

A reação de Alberto foi rápida assustando Carlos, Alberto se levantou bem rápido apontando a arma que estava no bolso do roupão. Carlos não conseguiu não ficar com medo de ter mais uma vez uma arma apontada pra ele, assim que Alberto se deu conta que era ele abaixou a arma e a travou colocando no bolso novamente.

Alberto respirou fundo e se aproximou de Carlos e o abraçou – me perdoe, me perdoe, eu agi por instinto, me desculpe por favor – Alberto soltou Carlos e segurou seu rosto – você pode me perdoar? Eu jamais machucaria você, não quero que tenha medo de mim –

Carlos ainda permanecia sem dizer nada, não pode evitar sentir medo dele naquele momento, mas tinha entendido que ele não fez por mau. – Tudo bem Alberto, eu só me assustei, porquê você dorme com uma arma no bolso?

Alberto o levou até o sofá e o sentou e ficou de frente para ele segurando sua mão – nesse meu mundo sempre estamos armados Carlos, nunca sabemos quando podemos ser atacados por alguém, então sempre temos uma arma ao nosso alcance.– Carlos só balançou a cabeça.

– Não estou acostumado a dormir nesse horário, foi por reflexo mesmo – Alberto tinha que explicar para ele, como as coisas funcionavam com ele, se estavam entrando em uma relação Carlos tinha que saber certas coisas sobre ele, até mesmo para não se machucar.

– Não quero que fique chateado com o que vou te pedir agora, isso é pra sua própria segurança está bem? – Carlos levantou uma sobrancelha e continuou ouvindo.

– se eu estiver dormindo, não me acorde me abraçando por trás, se você se aconchegar no meu peito não vou me assustar, se tocar em meu braço ou até mesmo me beijar, mas me abraçar por trás enquanto durmo é um pouco complicado pra mim.–

Carlos achou estranho mais entendeu, se isso era alguma espécie de limite para Alberto teria que respeitar – isso vale para quando estiver acordado também, ou o problema é não ver quem está fazendo isso? –

– se eu ver você chegando e se eu não estiver distraído você pode fazer isso tranquilamente, como você disse o fato de não saber exatamente quem está me abraçando por trás me faz agir instintivamente com a intenção de me proteger.–

Carlos balançou a cabeça indicando que tinha entendido, sabia que tinha algo por trás dessa alto defesa de Alberto, mas não ia perguntar, se ele se sentisse seguro para contar iria contar.

Alberto segurou seu rosto novamente e o beijou – está com fome? Quer que eu peça o café? – Carlos confirmou dizendo que iria tomar um banho enquanto o café não chegava, se levantou e foi pro quarto.

Alberto o observou até que ele fechasse a porta do quarto – merda – Alberto xingou, isso não poderia ter acontecido, não queria que Carlos sentisse medo dele, não queria que ele o visse dessa forma. Não queria deixar Carlos ver o seu pior lado.

Alberto pediu o café e ligou para Paulo informando que trabalharia no quarto pela manhã e que reservasse uma mesa em algum restaurante. Começou a trabalhar novamente até alguém bater na porta, ele olhou pelo olho mágico vendo que era o serviço de quarto.

Alberto olhou para porta do quarto e não havia sinal de Carlos ainda, tirou a arma do bolso destravando e armando ela, colocou de volta do bolso do roupão e abriu a porta.

Alberto indicou onde poderia colocar, observou o homem verificando se havia algo suspeito nele, Carlos apareceu enquanto o homem colocava a mesa. Alberto percebeu a mudança na respiração do homem e que olhava algumas vezes para Carlos.

Carlos nem se deu conta de nada, se sentou olhando para mesa sorrindo, estava com fome. Alberto no entanto observava tudo, foi treinado para isso, Alberto percebeu uma certa tatuagem no pescoço do homem.

Carlos agradeceu e o homem o olhou mais uma vez antes de sair, Alberto foi até a porta e a trancou assim que ele passou por ela. Alberto pegou o celular enviando uma mensagem a paulo.

Ele se sentou junto com Carlos e começaram a comer, Alberto se lembrou de algo e se levantou pegando uma caixinha nas suas coisas.

– isso é pra você, comprei caso aceitasse meu pedido, são correntes de casal, não quis uma aliança de namoro – Carlos abriu a caixinha e só havia uma lá dentro – onde está a sua? – Alberto já estava com a dele no pescoço e puxou mostrando. –vem aqui deixa eu colocar em você–

Carlos se virou permitindo Alberto colocar a corrente em seu pescoço, Alberto colocou e deu um beijo no pescoço de Carlos. – vamos comer, eu precioso trabalhar agora de manhã, vou fazer isso no quarto mesmo, vamos sair para almoçar, depois do almoço vou a uma reunião e se tudo correr bem vamos embora a tarde.– Carlos concordou, sabia que essa viagem não era de férias, e sabia no fundo que Alberto só o trouxe para tirá-lo de perto do Andrey.

– se quiser aproveitar a piscina do hotel Paulo te acompanha – Carlos fez uma cara de desanimo quando Alberto mencionou Paulo. – tem alguma coisa errada com o Paulo? Você não gosta dele? –

– na verdade acho que ele é que não vai muito com minha cara – Alberto sorriu e tentou explicar – Paulo é assim mesmo, ele é mais fechado e na dele, diferente do Bruno, quando você o conhecer melhor vai ver que ele não é como você pensa– Carlos só concordou com a cabeça – vou deixar você trabalhar, vou assistir um filme enquanto você termina –

Carlos foi para o quarto e Alberto continuou seu trabalho, fez algumas ligações para os sócios no Brasil, e também para Bruno. Alberto tentava terminar o mais rápido possível seu trabalho ali, não tinha ido de férias mas queria que Carlos pudesse aproveitar o máximo, já que ele queria conhecer o Brasil.

Já longe dali Andrey estava lidando com a raiva de seu pai “incompetente, é assim que acha que vou acreditar que pode liderar a organização? Não conseguiu acabar com Alberto até agora” seu pai havia lhe dado um tapa na cara antes de sair. Andrey ficou ali se remoendo de raiva.

Andrey chamou por Douglas que entrou apressado –a garota está sendo vigiada?– Andrey se virou encarando Douglas com a aparente raiva que estava sentindo. – sim senhor, está tudo pronto, agora é só aguardar o momento certo.– Andrey deu um meio sorriso – vou ter que fazer isso eu mesmo.– Andrey não iria parar até destruir Alberto e conseguir Carlos.

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Comments

FOXHDvw33 💞

FOXHDvw33 💞

Wow esse aliperto não pode ficar distante não pelo Mor de Deus que não seja a Nina ela não

2024-05-03

0

FOXHDvw33 💞

FOXHDvw33 💞

aí ele não..eles são tão fofos,mas eu acho que tem rastreador nesse colar

2024-05-03

0

FOXHDvw33 💞

FOXHDvw33 💞

preservar inocência kkk
fui 💨

2024-05-03

0

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