Alberto saiu do quarto de Carlos indo em direção à recepção. Seu semblante agora era totalmente diferente de quando estava com Carlos; ele parecia imponente e intimidava qualquer um que olhasse para ele. Foi em direção aos seus homens, dando ordens:
— Vocês fiquem por aqui. — Olhou para Paulo acrescentando — Andrey está de olho no médico, não sei que forma será o interesse dele, quando descobrir que Carlos me salvou.
No quarto, Carlos ainda pensava no que Lucas disse e no que iria responder. Não esperava que sua reação fosse essa, sempre imaginou que, se Lucas o pedisse para voltar, diria sim imediatamente sem nem pensar duas vezes. Naquele momento tinha dúvidas se realmente funcionaria novamente entre os dois, pensava que se não tivesse acontecido o episódio no hospital, então Lucas provavelmente não pediria para voltar.
Enquanto vagava em seus pensamentos, nem percebeu que Nina havia entrado no quarto, só percebeu porque ela tocou seu ombro.
— Minha nossa, o que você tanto pensa? Nem me ouviu entrar e te chamar.
Carlos suspirou e balançou a cabeça como se não fosse nada.
— Por acaso está pensando no bonitão que estava do seu lado? — Ela pergunta, parecendo entusiasmada.
— O quê? — Carlos perguntou, mas sabia que Nina falava de Alberto.
— Não se faça de bobo, o cara estava todo preocupado com você e quase estava tirando Lucas à força do quarto — Nina falou sorrindo e pegou o celular, mostrando o vídeo que havia gravado.
Carlos assistia ao vídeo vendo a discussão entre Alberto e Lucas, em alguns momentos levantava seus lábios sorrindo, não imaginava ver Alberto daquele jeito e ainda o chamando de bebê tão descaradamente.
— E então? Que história é essa de “meu bebê”? Vocês estão saindo desde quando? E onde você conseguiu aquele homem maravilhoso?
Carlos suspirou ouvindo todas aquelas perguntas de Nina, se ela ao menos soubesse o que aconteceu naquela madrugada, não ficaria tão eufórica.
— Não estamos saindo, Nina. Não somos namorados e só o conheço há dois dias, então não precisa fazer esse escândalo, ok? — Carlos queria encerrar aquele assunto ali mesmo, não queria ficar respondendo às perguntas de Nina.
— Ok, mas não pode negar que aquele homem está caidinho por você, e é uma ótima oportunidade para você seguir em frente e deixar de pensar no idiota do seu ex.
Carlos se lembrou do assunto com Lucas novamente, olhou para o soro quase acabando e decidiu que iria embora.
— Nina, tire o soro, quero ir embora para casa. Vou falar com o diretor e pedir uma licença de uns dois dias.
Ela estranhou um pouco seu amigo, mas já que tinha uma bandeja com as coisas que usou para o procedimento de outro paciente, ela tirou.
— Você deveria pedir umas férias e sair para viajar com aquele bonitão, ou sei lá, conhecer alguém diferente na sua viagem. Só saia um pouco desse hospital.
Carlos queria repreender Nina, mas, no fundo, ela estava certa, já tinha um tempo que não saía de férias, precisava mudar de ares um pouco, estava se sentindo muito estressado nos últimos dias.
— Vou conversar com o diretor sobre isso. Por um lado, você está certa, preciso sair um pouco daqui.
Carlos, nesse momento, pensou que não queria dar uma resposta para Lucas de imediato. Precisava pensar bem no que ia fazer e sair de licença seria uma boa escolha. Levantou e se preparou para sair do quarto. Nina tirou os lençóis, e Carlos saiu.
No momento em que saiu do quarto, topou com Lucas no corredor. Tentou desviar o olhar e sair dali, mas Lucas segurou seu pulso.
— Por que você se levantou? Eu não te dei alta. — Lucas falou com um sorriso no rosto.
Antes, Carlos poderia se derreter todo com aquele sorriso, mas naquele momento foi estranho todos aqueles sentimentos e só queria sair dali. Carlos tirou a mão que segurava seu pulso, falando de forma séria.
— Eu já estou bem, não preciso ficar o resto do dia na cama e por favor, evite me segurar assim nos corredores. Seu namorado trabalha aqui, e não quero fofocas se espalhando com meu nome.
Carlos se virou e saiu e Lucas ficou ali sem entender o que tinha acontecido com ele. Ele voltou rapidamente para seu consultório depois de ir falar com o diretor. Carlos pediu o resto do dia e mais o outro de licença; sobre sair de férias, iria falar quando voltasse. Começou a pegar suas coisas e olhou para as flores que Alberto levou para ele. Foi em direção à porta, mas parou antes de abrir, se virou e olhou novamente para elas. Levantou o canto dos lábios em um pequeno sorriso e voltou para pegá-las.
Carlos passou pela recepção, despedindo-se das meninas e outras pessoas do hospital. Todos desejaram melhoras para Carlos, ele era muito querido no hospital. Lucas encostou no balcão assim que Carlos saiu e ficou olhando para suas costas saindo. Nina estava lá e estreitou os olhos vendo a expressão e o olhar de Lucas em direção a Carlos, e não perdeu tempo.
— Que sorte o Dr. Carlos tem, onde será que ele arrumou aquele Deus grego? Quero encomendar um também e vocês viram como foi atencioso com ele, trouxe flores e ainda ficou do lado dele até ele acordar, um verdadeiro príncipe. — Nina terminou de provocar, e as meninas sorriram e suspiraram.
Lucas, por outro lado, revirou os olhos, pegou alguns papéis e disse rispidamente para sua secretária mandar o próximo paciente. Nina analisou a reação de Lucas e sabia que ele estava tentando algo com Carlos depois de vê-lo com outra pessoa. Como amiga de Carlos, podia ver o que talvez ele não pudesse e sabia que Lucas só faria ele sofrer de novo. O que ela pudesse fazer para evitar isso, ela faria.
Em outra área da cidade, Andrey estava gritando com alguns de seus subordinados, estava irritado com uma entrega que foi apreendida pela polícia. Douglas, que era seu segurança e braço direito, entrou com um envelope na mão, e Andrey dispensou os outros homens.
— Me diga que tem alguma boa notícia para mim, meu dia está sendo uma merda.
Douglas abaixou o olhar, sabia que o que iria dizer deixaria seu chefe ainda mais irritado, e poderia sobrar para ele.
— Bom, senhor, as flores que pediu já foram entregues ao médico e aqui está a informação sobre Alberto daquela noite. Ele teve ajuda de alguém, mas acho que não vai gostar de saber quem o ajudou. — Douglas entregou o envelope para Andrey, recuou alguns passos e continuou. — Eles conseguiram imagens de segurança. Ele entrou em um táxi que o deixou em um bairro próximo, de lá saiu andando por algumas ruas até que encontrou alguém chegando em casa de madrugada.
Douglas parou de falar, engoliu em seco. Andrey olhava as fotos das imagens das câmeras e Douglas sabia que estava chegando perto da foto do médico.
— Ele abordou a pessoa e entrou na sua casa. Deve tê-lo obrigado a cuidar de seus ferimentos e retirar a bala. — Esperou Andrey continuar a passar as fotos até vê-lo parar em uma e olhar atentamente. — Como o senhor pode ver, a casa em que Alberto entrou foi a do médico que retirou sua bala. Ele também salvou a vida do Alberto naquele dia. — Douglas percebeu o olhar furioso que Andrey lançou a ele. — Nossos homens também informaram que viram Alberto chegando ao hospital hoje mais cedo. Deve ter ido falar com o médico.
Andrey bateu as mãos na mesa à sua frente, olhou novamente para a foto de Carlos em frente à sua casa e levantou os lábios em um sorriso sinistro.
— Ora, ora. Então você não salvou só a minha vida, mas também a do meu inimigo, doutor. E pelo jeito, não despertou só o meu interesse, mas também o daquele bastardo. — Levantou o olhar para Douglas e continuou a falar.
— Tragam ele para mim. Não decidi o que quero fazer com ele, mas não vou deixar Alberto colocar as mãos nele. Esse médico precisa ser meu.
Douglas engoliu a saliva novamente, sabia que seu chefe tinha ficado encantado pelo médico e faria de tudo para tê-lo.
— O senhor pretende usá-lo como fez com Pablo? Já que Alberto parece ter demonstrado interesse nele.
— Não seja idiota. Não ouviu eu dizer que não vou deixar aquele bastardo encostar nele? Pablo é uma situação totalmente diferente. Eu quero Carlos para mim. Ele deve estar no hospital. Verifique o horário que ele vai sair e o pegue no estacionamento. Se não der certo no hospital, vão à casa dele.
Andrey andou até a janela, olhando a foto em sua mão. Não iria perder para Alberto daquela vez. Mesmo que tivesse que manter Carlos preso, iria tê-lo.
— Você vai ser meu, Carlos. Esse seu rosto lindo somente eu poderei apreciar e seu corpo só eu poderei tocar.
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Atualizado até capítulo 83
Comments
Iracema Aparecida Costa
QUE NOJO SÓ QUER PEGAR O MENINO POR QUE O OUTRO GOSTOU PARECE QUE TEM TARA É NO ALBERTO SO NÃO SABE PEDIR
2024-05-06
1
Lucia Moura
vixi esse Andrey é psicopata coitado do Carlos da lascado ainda bem que Alberto c colocou homens para protege-lo
2024-04-13
5
FOXHDvw33 💞
oxe!! tem cadela que rugiu
2024-04-28
0