capítulo 11:

Carlos saiu do banheiro já vestido, Alberto estava sentado no sofá onde fizeram tudo aquilo, digitava alguma coisa no celular, ao perceber que Carlos saiu, deixou o celular no sofá, pegou seu copo de bebida na mesinha e foi até Carlos – Me acompanha? – Carlos negou com a cabeça a oferta, ainda se sentia constrangido com tudo que aconteceu.

– Obrigado, mas já está tarde, acho melhor voltar para meu quarto e dormir um pouco – Alberto levantou um sobrancelha chegando mais perto de Carlos – Não vai dormir aqui?– Carlos desviou o olhar antes de responder – melhor não, me mexo muito na cama, posso esbarrar em seu ferimento. –

Alberto sorriu, sabia que era uma desculpa para não dormir ali, não insistiu porquê imaginou que talvez estivesse tímido ou constrangido com o que aconteceu. – tudo bem, boa noite– puxou seu queixo para que olhasse para ele e deu um beijo terno em Carlos. Carlos sorriu para ele e saiu do quarto.

Carlos entrou em seu quarto e se jogou na cama enterrando o rosto no travesseiro, não acreditava que tinha feito aquilo com Alberto, desde quando se entregava a alguém tão rápido assim? Levou semanas depois que começou a namorar com Lucas para terem sua primeira relação, agora não tinha nem uma semana direito que conhecia Alberto e já tinha acontecido isso.

Se endireitou na cama e continuou pensando no que aconteceu, pois a mão em sua lábios lembrando dos beijos e dos toques em seu corpo, cada vez que se lembrava da sensação sentia um frio na barriga.

– Merda, se concentra Carlos, não vai bancar o adolescente apaixonado– resmungava para si, precisava recuperar o controle da sua vida o mais rápido possível.

Alberto olhava a porta que acabou de se fechar, respirou fundo e passou a mão por seus cabelos, foi novamente em direção ao sofá onde passou aqueles momentos com Carlos, seus lábios levantaram em um sorriso assim que olhou para ele, só de pensar nas expressões que ele fazia quando estimulado por seus toques começava a ficar duro de novo. Lembrou do cheiro de Carlos e até mesmo que conseguiu gozar somente o vendo sentir prazer.

Balançou a cabeça pensando que isso nunca aconteceu antes, sentiu tanto prazer ao dar prazer a Carlos que gozou sem nem precisar ser estimulado, ouvir seus gemidos e sentir ele, já foi estimulação suficiente. Nem quando conheceu Pablo se sentiu assim, aquilo era novo para ele.

Foi em direção a janela olhando o horizonte escuro – Não posso mais deixar você se afastar de mim, preciso de você Carlos.– Falou suspirando.

Tinha que conseguir acabar com Andrey para deixar Carlos seguro, assim poderia aproveitar o máximo possível a companhia daquele homem.

O dia já estava claro quando Carlos acordou, demorou pegar no sono perdido em seus pensamentos. Desceu para tomar café, pensando como seria sua reação ao ver Alberto. Bruno estava na cozinha conversando com algumas empregadas, todos pararam de conversar ao verem Carlos.

– Bom dia senhor, deseja tomar café agora?– uma das mulheres tomou a iniciativa de cumprimentá-lo.

– Bom dia, sim vou tomar agora, o Alberto já se levantou?– Carlos perguntou mas dessa vez foi Bruno que respondeu.

–Sim, ele saiu cedo com Paulo, tinha algumas coisas para resolver, mas ele deixou algo pra você – Bruno saiu da cozinha indo buscar algo.

A mulher que era mais nova parecia um pouco corada e perguntou – O senhor quer que eu mostre onde é a sala de jantar?

Carlos não queria tomar café sozinho – se importam se eu tomar café aqui?

As duas ficaram surpresas por ele querer tomar café ali – Não, fique a vontade, onde o senhor desejar.

Carlos se sentou e as duas foram buscar as coisas que estavam na outra sala. Enquanto aguardava Bruno voltou trazendo algumas sacolas para ele.

– Aqui, são roupas que Alberto providenciou para você, como não deu prazo de pegar nada ontem.

Carlos deu uma pequena olhada dentro das sacolas, tinha camisetas, camisas, calças, roupas íntimas e mais algumas coisas. Carlos revirou os olhos com aquele exagero de Alberto.

As mulheres colocaram a mesa, Carlos agradeceu e olhou novamente para Bruno – Já tomou café?

Bruno ergueu uma sobrancelha respondendo – Sim, tomei junto com Alberto mais cedo.

Carlos fez um sinal com a cabeça – Mais sente-se e me faça companhia, assim podemos conversar enquanto eu tomo café – Carlos falou com um sorriso e Bruno ficou meio sem jeito.

Se sentou e colocou um pouco de café acompanhando Carlos – Acha que posso voltar para casa?

Bruno coçou a cabeça antes de responder – Sinceramente, não acho conveniente voltar agora, Andrey ainda pode estar vigiando, esperando você voltar para lá.

Carlos ficou pensativo e continuou – Então Alberto pretende me manter aqui?.

– Aqui seria a melhor opção, temos sistema de segurança, sem falar que toda propriedade é vigiada, você estaria mais seguro aqui.

Carlos respirou fundo ponderando o que foi dito, realmente ali estaria mais seguro, mas ali também veria Alberto todos os dias. Esse pensamento o fez ficar nervoso, tentou mudar o foco.

– Mas preciso ir em casa, todas as minhas coisas ficaram lá, meu celular, documentos, minhas roupas.

–Alberto imaginou que você fosse querer ir até sua casa, deixamos homens na sua casa de vigia, vou verificar se está tudo bem por lá e te aviso. Alberto me pediu para que te acompanhasse caso você quisesse ir lá, e ele não estivesse aqui.

Carlos terminou seu café imaginando como faria com o hospital, se ele aparecesse com seguranças iria levantar suspeitas, mas também não poderia ir sozinho.

Carlos agradeceu o café e se levantou pegando as sacolas, as duas mulheres tinhas sorrisinhos nos lábios enquanto olhava Carlos se afastando, Bruno viu aquilo, balançou a cabeça e sorriu. Realmente Carlos era muito bonito e chamava a atenção, tanto das mulheres quanto dos homens. Bruno o seguiu e Carlos parou na escada.

– Vou tomar banho e desço, se estiver tudo bem na minha casa podemos ir lá.

Bruno concordou e pegou o celular para fazer a ligação, Carlos foi para o quarto, e colocou as coisas que Alberto deixou na cama, tudo era de bom gosto e todas no tamanho certo, teria que agradecer Alberto por aquilo tudo, mas não se sentia bem com ele lhe dando todas essas coisas. Não estava acostumado com alguém lhe bancando daquela forma, sempre teve que correr atrás para conseguir o que queria.

Carlos perdeu seus país muito cedo, era filho único, então acabou sozinho. Teve que se forçar a crescer e a ser independente, foi aí que começou sua mania por controle, pensava que assim nada poderia continuar dando errado em sua vida. Mas por outro lado isso não era tão benéfico, Carlos deixou de fazer e viver muita coisa para não sair de seus planos. Hoje parando para pensar, talvez teria sido mais feliz deixando as coisas acontecerem sem tanto planejamento.

Carlos terminou seu banho enquanto pensava em todas essas coisas, vestiu uma roupa mais casual, das que Alberto comprou. Hoje não iria trabalhar já que o diretor lhe deu o dia de folga para descansar, mas teria que pensar o que faria amanhã e nos próximos dias. Se olhou no espelho, o hematoma no rosto quase não dava mais para ver, já que tinha colocado compressas ali, a gaze do braço aparecia um pouco na manga, mas não era problema.

Carlos desceu e Bruno o estava esperando – Nenhum sinal de alguém vigiando ou tentando entrar na casa, podemos ir.

Carlos sorriu e foram em direção ao carro, Bruno abriu a porta de trás do carro de Carlos, para ele entrar. Aquilo já era demais para ele, Carlos olhou Bruno e falou sério.

– Não sou o dono dessa casa e você não é meu chofer, então não precisa me tratar com toda essa gentileza, isso me deixa desconfortável. E vou no banco da frente.

Carlos falou fechando a porta e deixando Bruno sem reação – Você dirige ou eu? – Carlos perguntou fazendo Bruno se mexer.

– Eu dirijo, por precaução.

Ele passou para o outro lado do carro e Carlos ficou ali sorrindo, entrou do lado do passageiro colocando o sinto. Bruno ligou o carro e saíram da propriedade.

— Senhor, o carro do médico saiu da propriedade, sim vamos informar para onde ele está indo— um carro que estava estacionado, saiu em seguida indo atrás do carro de Carlos.

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