Capítulo 10

Acordo com a certeza que hoje é domingo e que posso ficar até mais tarde na cama. Estou abraçada a um travesseiro que exala o perfume dele. Abro os olhos e olho ao redor me espreguiçando.

Estou com fome. Vou para a cozinha e recordo que depois que cheguei a campainha tocou e que Carl, Beth, Luiza e Luke pediram para dormir aqui.

Vejo a Luiza dormindo no sofá e Luke no chão, o que os une são suas mãos entrelaçadas.

Luiza está acordada e me acena. Dou um sorriso e começo a preparar o café da manhã.

- Vamos fazer panquecas? – me pergunta assim que entra porta  adentro.

- Vamos!

Arrumamos a mesa e ela chama o Luke. Beth e o Carl levantam e tomam café.

- Os últimos devem arrumar a cozinha. – digo para os atrasados.

- Ei sou visita. – Beth reclama.

- Ajudei a preparar tudo então pode começar a arrumar. – Luiza está rindo da cara da Beth e Carl já responde no seu característico bom humor.

- Pode deixar.

Carl se aproxima e me pergunta:

- Ryan volta quando?

- Talvez hoje, mas não sei não.

- Ele chegou a comentar porque teve que ir de última hora?

- Não, ele desconversou todas as vezes que perguntei e não insisti.

Luiza está fazendo carinho no braço do Luke e olha na minha direção.

- Não deve ter sido nada demais.

Depois do almoço eles se vão. Fico arrumando o apartamento quando escuto meu celular tocando, saio em disparada mas ele para antes que consiga atender. No visor aparece que tenho tem cinco chamadas não atendidas. Eu não ouvi tocar antes.

Quando estou retornando a ligação ele começa a tocar e atendo de imediato.

- Oi.

- Oi estava preocupado. Por onde você andava?

- Arrumando o apartamento depois de mandar o povo embora. Desculpe.

- Liguei para avisar que só consegui voo para amanhã, tudo bem?

- Tudo bem. – falo um pouco sem ânimo.

- Ei estarei de volta amanhã, não fique triste ok?

- Tudo bem, então nos vemos amanhã. Tenha cuidado.

- Ok. Então nos vemos amanhã.

- Até amanhã.

Pego um travesseiro e me jogo na cama. Levanto algum tempo depois apenas para trocar de roupa e voltar a dormir.

 

Acordo com uma sensação gostosa. Alguém está tirando meu cabelo do rosto e espalhando beijos por onde seus dedos me tocam. Dou um suspiro e acho que estou sonhando.

As mãos acariciam meus seios e uma brisa fresca me faz perceber que estou sem a camiseta. Sinto um corpo quente se esfregar no meu corpo e isso torna o sonho real demais.

Seu toque se torna urgente. Quase desesperado. Não pode ser sonho.

Ele me toma e a urgência do seu corpo se iguala a minha e quando vejo estou com o corpo mole e cansada.

Fecho meus olhos por alguns momentos e quando me viro estou frente a frente com seus olhos. Seu sorriso é lento e sensual.

- Estava com saudades que não resisti e voltei assim que pude.

- Eu também estava morrendo de saudades. Apenas estou um pouco cansada.

- Venha vamos dormir. Amanhã podemos conversar melhor.

Ryan adormece com seu braço repousado em minha cintura.

Acordo com fome e vou até a cozinha e pego um copo de leite. Retorno ao quarto e a cama está vazia vou até o banheiro e Ryan está fazendo a barba. Encosto no balcão da pia e fico observando ele passar a lâmina por seu rosto coberto por espuma. Ele está me olhando pelo espelho e eu em seu rosto.

- Quer tentar? - pergunta.

Pego o barbeador da sua mão e vou passando em seu rosto com todo cuidado assim que tiro toda a espuma ele lava o rosto. Voltamos para a cama e ele toca no assunto que o levou a viajar as pressas.

Sinto um pouco de medo do que ele irá me falar e ao mesmo tempo algo me diz que eu sempre soube:

- Eu quero pedir para não irmos as aulas hoje. O que acha?

- Ficar na cama o dia todo? E o resultado do teste? Não está curioso?

- Não, quero conversar sobre o que minha mãe me falou.

- Então vamos tomar café da manhã e você me conta?

Vamos para a cozinha e coloco na mesa alguns sanduiches e suco, nos servimos e ele começa a me falar:

- Minha mãe pediu para eu ir para casa pois recebeu o resultado do exame de DNA. Charlotte se recusou a fazer logo de inicio mas minha mãe a convenceu no final, além de ser um risco para o bebê. Por algum motivo ela mudou de ideia e realizou o exame. – ele dá uma mordida no seu sanduíche e espero ele terminar de mastigar para continuar - Resumindo não sou o pai da criança. Ela quer refazer e continua afirmando que é meu. Finalmente ela nunca mais irá invadir nossa vida.

- Ryan eu nem sei o que dizer. Significa que podemos ficar bem.

Ele me puxa para o seu colo.

- Além disso tenho que te contar que após o término das aulas vou começar a gravar um filme e queria que você fosse comigo.

- Preciso ver, tenho uns dois cursos para realizar nas férias. Mas seria ótimo descansar alguns dias.

- Hum só não vale ficar com ciúmes ok?

 - Bobo. É um filme sem romance.

 - Ah você prestou atenção na entrevista.

- Claro! Ouvi com muita atenção. E como ficou  a situação da Charlotte?

- Não sei. Ela afirma que é meu e que o laboratório errou no exame. Vai ser refeito em outro laboratório. Confirmando que não é meu, ela terá que me falar quem é o pai.

- Bem, mais alguns dias de suspense.

- Bem, eu não vou me meter em nenhuma decisão sua a não ser que me afete.

- Só prometo falar o resultado final. Independente de qual seja.

Sinto o peso que isso significa: ainda não acabou.

 

Ryan me chama para sairmos e vamos passear pela cidade. Ele encomenda o almoço num restaurante francês e vamos saboreá-lo a sombra de uma árvore no Central Park.

Deitamos no cobertor até começar a escurecer. No flat ficamos no sofá, eu deitada em seu colo e ele acariciando meus cabelos.

 - Quer pipoca?

- Estou com preguiça.

- Eu faço a pipoca.

- Me traz uma coberta?

- Não senão você vai dormir.

- E daí? Estou de folga hoje mesmo.

- Mas quem te disse isso?

Ele vai para a cozinha rindo e volta com uma tigela enorme de pipoca. Sento a seu lado e fico com a cabeça apoiada no seu ombro comendo.

Minha mente fica trabalhando e olho para seu semblante, dou um sorriso.

- O que está se passando nessa sua cabecinha? - me pergunta.

- Hum queria fazer uma coisa...

Sento sobre seus joelhos e faço com que apoie a cabeça no estofado. Começo a beijar seus lábios delicadamente e depois de algum tempo faço com que intensifique. Ele engole meus lábios e estamos afoitos. Ele me joga sobre o sofá e me acaricia.

Não consigo dizer quanto tempo ficamos assim mas só sei que ele me ergue em seus braços e me deposita sobre os lençóis. A noite se torna infinita. E só termina com meu grito ao atingir meu clímax.

- Ryannn!

 

Acordo nua na cama, com os cabelos jogados no meu rosto. Fico de bruços e percebo que estou sozinha. Levanto meu tronco e olho por todo quarto e não vejo sinal do Ryan. Levanto da cama e me enrolo no lençol. Saio a sua procura e não o vejo em lugar nenhum. Estranho.

Depois de algum tempo a porta se abre e Ryan entra com algumas sacolas e pacotes.

- Oi.

- Oi, dormiu bem?

- Sim.

Ele se aproxima e senta ao meu lado pega meu queixo me obrigando a  olhar em seus olhos. Ele percebe que estou chateada.

- O que foi? O que você tem?

- Nada.

- Angel você não sabe mentir.

- Não é nada.

Levanto, vou para a cozinha e pego um suco. Ele não tem culpa por ter saído. Respiro fundo e tento me acalmar.

Encontro-o com uma expressão desiludida.

- Ei, não foi nada mesmo. De verdade.

- Você não sabe mentir Angel. Foi porque eu saí?

- Não, foi porque acordei sozinha.

Ele me encara, levanto e me sento a seu lado.

- Não vou brigar com você por isso. Eu só fiquei meio perdida, só isso. Sou boba mesmo.

- Eu fui buscar um vestido de festa para você porque no próximo final de semana tenho um evento e você vai comigo. Meu agente me ligou e pediu para ir buscar.

- Tudo bem.

- Já comeu? Estou morrendo de fome.

- Ainda não. Vamos ter que preparar algo ainda.

- Vamos pequena, eu faço omelete para nós dois.

Enquanto ele prepara nosso café fico imaginando como será quando ele for filmar. Me sinto triste por termos que ficar separados, mas em algum momento isso ia acontecer.

Ele me olha nesse momento e eu pisco para ele. Seu sorriso me aquece.

Estamos limpando a cozinha quando ele se vira e me olha:

- Não está curiosa com o seu vestido?

- Não. Se você escolheu deve ser lindo. Vou ter que usar salto alto?

- Suponho que sim por quê?

- Não gosto muito. Tenho medo de cair.

- Ahhh, mas vou estar lá para te segurar se isso acontecer. – ele continua segurando uma ponta do meu cabelo e enrolando nos dedos - E o teste do musical, já sabe o que vai fazer?

- Ainda não. Como não fomos hoje não sei que projeto passou e você não sabe qual papel será o seu.

- Vamos resolver isso então!

Ele pega o celular no bolso da calça, liga para alguém e coloca em viva voz.

- E aí Carl? Tudo bem?

- E ai Ryan, como vão as coisas? Voltou de viagem já?

- Ontem de madrugada. Fiquei sabendo sobre você e a Beth. Parabéns cara.

- Valeu! E você e Angel tudo bem?

- Ela está aqui comigo. Estamos no viva-voz.

- Oi Carl.

- Você fez falta hoje anjinho.

- Também senti sua falta.

Começo a rir da cara de poucos amigos do Ryan.

- Bem, te liguei para saber que personagem eu peguei na peça. Se é que vou ficar com algum.

- Cara, você vai fazer Romeu e Jessie a Julieta.

- Você está brincando não? E você?

- Vou fazer o Escalus e Luke o Mercurio.

- Bem, não era para eu fazer papel nenhum na verdade...

- Amanhã começam os ensaios durante as aulas e prepare seus lábios porque vão ficar inchados de tanto beijar a Jessie.

- Cala a boca Carl.

·        Ele começa a rir. Me sinto estranha, uma sensação que me faz imaginar minhas mãos em torno do pescoço dessa Jessie. Ryan muda de assunto:

- Você sabe me falar sobre o projeto do pessoal de dança? Quem conseguiu ganhar?

- O projeto que ganhou foi o da Angel. Pelo menos foi o que a Luiza nos contou no almoço.

Levanto e começo a pular de alegria.

Corro para pegar meu celular, devo ter várias mensagens do pessoal. Não me enganei tenho várias me parabenizando.

Volto para a sala e para o meu lugar com o celular na mão.

- Carl valeu pela ótima notícia.

- Eu fiquei pensando que você ia chorar ao saber quem vai contracenar com o Ryan, mas tudo bem.

- Você está testando minha paciência cara. Mesmo assim valeu nos vemos amanhã. – Ryan diz.

- Falou cara e parabéns.

Ele  desliga e começa a me beijar.

- Eu não falei que você ia conseguir? Eu falei que seu projeto estava muito bom.

- Ryan, uma colega fez um projeto ótimo também e vou conversar com a professora para unirmos as ideias já que são o mesmo tema.

- Você sempre querendo ajudar as pessoas. Você não muda mesmo hein?

- Não quero mudar. Nunca.

- Hum você é muito tentadora.

Ele me puxa em direção ao quarto e depois de um banho nos deitamos, me apoio sobre seu peito.

Estou quase dormindo quando ele pergunta:

- Angel, você não está com fome?

- Não muita por quê?

- Estou faminto.

- Pode ir comer então.

Ele levanta e fico algum tempo lá agarrada ao seu travesseiro. Ele volta com um prato cheio de frutas cortadas e suco, se senta com as costas apoiadas na cabeceira da cama e me puxa para ficar ao seu lado. Me faz comer pedaços de frutas de suas mãos, tento falar que não quero mais, mas não adianta.

 

A semana está passando voando e quando vejo chega o dia dos testes. Estou nervosa.

A Luiza está tão estressada que até brigou com o Luke. Isso me entristece.

Estou toda dolorida dos ensaios e tão cansada que chego em casa e durmo direto. Sempre acordo com aqueles olhos esverdeados me olhando com amor.

Chegou o grande dia e estou muito nervosa. Não consegui dormir e passei a noite toda decorando a coreografia que ensaiei. O Ryan está aqui comigo, pois para piorar minha mãe me deu uma bronca por estar passando tempo demais no apartamento dele.

Agora ela tem que aguentar ele ficando aqui e indo embora só de madrugada.

Estou pronta para ir quando o Ryan chega.

- Bom dia, já está pronta?

- Sim e nervosa, estressada também. E se eu errar?

- Vamos tomar café da manhã e depois acabaremos com essa agonia.

- Não estou com fome.

- Vai comer sim.

Vamos para cozinha, como uma maçã  e tomo um suco. Vamos caminhando e ao chegarmos encontramos todos já no pátio externo. Carl está nervoso.

- Nossa hoje está um dia tenso. Nós fizemos o nosso teste e não ficamos nem um terço nervosos como o pessoal de dança.

- Eu vi como você ficou quando a Beth foi fazer o teste dela ontem e pode parar de me encher a paciência. – digo.

- Verdade, mas a Beth não estava nervosa, ela se saiu muito bem e ficou com a parte principal na peça.

O Ryan me defende imediatamente.

- Deixa a Angel, Carl! E a Luiza, Luke está melhor?

- Melhor? Ela está com o demônio no corpo não para um minuto e fica o tempo todo resmungando que não teve tempo para ensaiar e que a culpa é minha.

Nesse momento a Luiza chega.

- Angel a professora está te procurando urgente.

Dou um beijo no Ryan e vou em direção ao teatro. Antes de sair ainda consigo ouvir a resposta da Luiza ao Luke.

- Eu te culpo por você pedir para sair todos os dias sabendo que tinha que ensaiar. Você me paga se eu não passar Luke!

 

No teatro a professora me passa as últimas orientações, me explica que meu teste é o mais longo e ficará por último.

Vou ao vestiário e coloco minha meia calça branca, collant preto, saia frufru preta e prendo meus cabelos num coque. Passo maquiagem leve e fico com sapatilhas simples nos pés e carrego comigo a de ponta.

Vou até a coxia e vejo que o pessoal já está começando a entrar. Meus amigos estão sentados na mesma fileira que ficamos nos testes da semana anterior e peço permissão para ir até a plateia. Ela apenas  concorda.

Sinto seus olhos grudados enquanto caminho em sua direção e estou quase chegando perto quando um rapaz de teatro para na minha frente. O nome dele é Isaac.

- Nossa você está linda Angel! Boa sorte no seu teste.

- Obrigado Isaac, licença.

Passo por ele e encontro o Ryan de pé, pronto para vir na minha direção, me aproximo e pego em suas mãos.

- Desculpe, mas você não pode me abraçar.

- Você está linda meu amor! Vai se sair muito bem.

- Tem certeza que quer assistir?

- Tenho sim.

Nesse momento a Luiza chega toda apavorada.

- Angel você precisa trocar de roupa. Tem outras usando o mesmo estilo de roupa.

- Calma Luiza não se preocupe com isso. Vai ficar tudo bem.

- Vamos tenho uma roupa que vai ficar linda em você.

Ela me puxa pela mão e só tenho tempo de depositar um beijo rápido e dar de ombros sorrindo.

Ela me faz trocar a roupa preta por um collant nude todo trabalhado em bordados em tons de vermelho, fru-fru vermelho e sapatilha vermelha.

Começam os testes me aquecendo. O Peter chega e conversamos. A Luiza é chamada e vai fazer sua apresentação, fico o mais próxima que posso para encorajá-la e ela se sai muito bem. Obtém até aplausos da plateia.

Apesar de saber que 50% deles são do Luke que está como louco aplaudindo de pé com um sorriso de orelha a orelha.

Depois de algum tempo a professora nos chama e nos dá boa sorte. Agora é a minha vez. Vou brilhar.

Começa os primeiros acordes da música e o Peter entra fazendo sua parte inicial. Sou chamada pela música e me deixo envolver.

Sinto a força dos seus olhos me seguindo só que não vejo nada nem ninguém. Estamos nos entregando a coreografia.

Quando acho que ainda estaremos dançando os últimos acordes acontecem e finalizo meu teste, saindo do palco com todos aplaudindo e gritando.

A professora corre até onde estou:

- Angélica poderia dançar outra vez?

Fico olhando para ela sem entender.

- Troque de roupa e dance outra coisa. Eles gostaram e pediram outra dança.

- Srta. Smith eu não sei o que poderia fazer.

Nesse momento a Luiza me puxa pelo braço,

- Angel dance aquela que fez no outro dia.

Arregalo os olhos e nego com a cabeça. Não posso! Nunca dancei fora das aulas! Nem o Ryan nunca me viu dançando.

Elas me levam para o camarim e começam a tirar o fru-fru, quando vão tirar o collant acordo deste transe e peço para deixá-lo, coloco uma saia e amarro um lenço na cintura.

A Srta. Smith volta ao palco e informa que estarei efetuando um solo e começa a tocar uma música muito linda, lenta e romântica.

Começo a dançar e me entrego a tudo que esta música me proporciona: amor, paixão, tristeza, perda, encontro e felicidade.

Enquanto estou dançando consigo encontrar seus olhos, sinto a força do seu amor sendo transmitido até onde estou. Danço como nunca dancei e sinto que estou tocando a todos que estão assistindo. Os movimentos são sensuais, leves como o ar. Nos acordes finais faço uma ligeira inclinação com a mão sobre o coração, e olho exatamente onde ele está. Agradeço e saio.

A Luiza está eufórica gritando e pulando em volta, peço licença e me apoio na parece, meu coração está acelerado e estou com uma sensação estranha, corro para o banheiro e vômito todo o café da manhã.

Fico no banheiro por um bom tempo e é assim que o Ryan me encontra, só sei disso por ouvi-lo brigando com a Luiza que não quer deixá-lo entrar.

Me obrigo a levantar, lavar a boca e abrir a porta. Ele me pega em seus braços e me pergunta o que tenho. Não consigo responder. Estou suando frio e sei que é a adrenalina e o medo de errar no teste.

Depois de algum tempo me esforço a responder, ele está cada vez mais preocupado e a Luiza não está ajudando muito dando certos palpites.

Ponho a mão no seu peito e ele imediatamente pega meu rosto em suas mãos. Olho em seus olhos e dou um sorriso fraco, molho meus lábios com a ponta da língua. Minha garganta está seca devido ao nervoso.

- Eu estou bem Ryan, foi só o nervoso.

- O que você está sentindo?

- Só vomitei o café da manhã.

Ele dá risada e me abraça. Me afasto um pouco e sussurro em seu ouvido.

- Espero que não tenha que fazer isso no espetáculo de final de ano.

- Amor você foi maravilhosa, todos amaram sua apresentação.

- Você ficou muito bravo com a primeira?

- Eu fiquei com muito ciúmes, mas o pior foi ter o Luke e o Carl me enchendo.

Nisso ouço tapas.

- Eu? Não fiz isso não! Ai Luiza pare de me bater.

- Você prometeu não fazer nada.

- Ai cara desculpa.

- Tudo bem. Vamos almoçar? - fala o Ryan.

- Não quero nada. Vou me trocar e podemos sair daqui. - digo com um pequeno sorriso.

Eles vão para fora e me troco, saio em direção ao teatro e tem bastante gente por ali ainda.

Me dirijo ao meu grupo de amigos, várias pessoas me parabenizam pela dança e vou agradecendo. Quando pego na mão do Ryan que está estendida na minha direção minha professora me chama e vem correndo na minha direção.

- Angélica eu tenho orgulho de dizer que você ficará com a parte principal do musical. Parabéns!

- Obrigado Srta. Smith. Obrigado mesmo.

- Estou ansiosa para começarmos os ensaios.

Ryan me puxa para seus braços e me pergunta baixinho.

- Você vai dançar assim com aquele cara de novo?

- Não. Será mais dinâmico e não tem nada além de uma cena de casamento.

Ele solta a respiração e saímos em direção ao refeitório.

Ficamos lá conversando e a Luiza aparece com a notícia de que irá fazer uma das amigas da personagem principal e está feliz, pois achava que nem isso iria conseguir.

Vamos todos para casa andando e chegando na porta do flat o Carl nos chama para irmos ao Central Park. Ficamos lá de bobeira durante algum tempo, conversando e passando o tempo e só saímos depois de anoitecer.

Chegando ao apartamento conto a novidade para minha mãe e ela fica muito feliz, fala que estará na plateia para a minha apresentação.

Ryan e eu ficamos para jantar e depois vou para meu quarto, desmaio, nem consigo me recordar da hora que ele foi embora. Ou se ele foi, pois acordo dormindo de conchinha com ele na minha cama com o abajur da cabeceira acesso, ele está com um livro apoiado no colchão.

Minha cabeça está apoiada no seu braço e sua mão livre está em volta da minha cintura. Me viro lentamente e fico olhando ele dormir. Parece meu anjo.

Ele abre seus olhos e sorri, dou um beijo na ponta do seu nariz e ele me aperta em seus braços.

- Bom dia! Preparada para o dia de beleza?

- Como assim?

- Você vai com a Luiza para um SPA hoje e vocês só voltam amanhã quando for a hora de irmos para a festa.

- Ah não, não quero ficar sem ir para a faculdade hoje ou ficar longe de você esse tempo todo.

- Vai sim. Você vai ficar linda e isso é o que importa. Um dia não é nada.

- Tá bom. Que horas nós vamos?

- A Luiza deve estar chegando, ainda temos que pegar seu vestido, sapatos e sairmos para pegarmos os acessórios.

Levantamos e vou tomar um banho, escovo os dentes e coloco uma roupa.

Quando terminamos o café da manhã a campainha toca e já sei quem deve ser.

Saímos e encontramos o Luke e Luiza no maior dos amores.

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