Capítulo 5

A semana passa voando e chega o dia da viagem da minha mãe. Vamos levá-la ao aeroporto.

Me despedir se torna difícil. Sentirei sua falta. A semana foi muito triste, pois mesmo sabendo que ele não está com a Charlotte e que quer estar próximo de mim tenho muito medo de me apaixonar e sofrer.

Quando chamam seu vôo dou um último abraço e deixo-a ir.

- Vai ficar tudo bem filha, se precisar de alguma coisa me ligue.

- Boa viagem mãe. Se divirta bastante.

Assim que ela se vai vamos para nosso portão de embarque que fica do outro lado do aeroporto.

Ele não me força além do que posso e apesar de me sentir distante e evitar falar com ele tenho que admitir que estou admirada com sua força de vontade.

Sempre me pergunta se preciso de algo, pega na minha mão a todo momento. Nossos dedos ficam sempre entrelaçados e seu polegar desenha pequenos círculos no dorso da minha mão.

Nada nem ninguém atrapalha seus esforços.

Nossa viagem é tranqüila e quando chegamos ao aeroporto da cidade de Cincinnati, o pai do Ryan e seu irmão já estão nos esperando no saguão.

Vamos para o estacionamento e depois que estamos acomodados no carro ele me apresenta a seu pai e irmão.

- Angel este é meu pai Clifford e meu irmão Colin.

- Prazer em conhecê-los

- Como estão as coisas filho? - pergunta Clifford

- Bem pai e por aqui?

-Tudo bem. Apenas tivemos a visita inconveniente da Charlotte semana passada para pegar algumas coisas. Sua mãe comentou que você viria.

- Eu sei. Ela foi me procurar.

- Vamos assistir ao jogo da temporada? Já comprei os ingressos. - diz Colin cortando o assunto.

- Claro. Vai ser muito divertido, certo Angel?

- Você não acha que deveria curtir o jogo com seu irmão? Posso ficar na sua casa enquanto vocês vão.

- Tem certeza? - ele está segurando minha mão e sinto que ele a aperta um pouco mais neste momento.

- Claro. Depois você me conta como foi.

O pai dele olha para ele pelo retrovisor e lhe sorri.

- Calma campeão, iremos todos juntos, já comprei ingresso para 4 pessoas.

- Bem sou leiga em jogos mais vou me esforçar. - digo sorrindo

Todos dão risada e ele fica conversando com seu pai e irmão durante a viagem de carro até sua casa.

Ele não solta minha mão em nenhum momento. Quando o carro estaciona na garagem de uma casa linda consigo ver o local onde cresceu.

A frente é toda gramada, com exceção da entrada para a garagem. A casa não possui muros ou cercas e é linda.

Um jardim enfeita parte da frente e na porta surge uma mulher sorridente e três cães que vem nos receber. O Ryan brinca muito com eles e depois de abraçar sua mãe, ele me apresenta a ela.

- Angel esta é minha mãe Megan, mãe está é a Angel.

- Prazer em conhecê-la. Venha vamos entrar. Vou mostrar seu quarto e a casa.

- Oi, prazer.

A casa é térrea, muito espaçosa e iluminada. Um lobby na entrada com armário para guardar casacos e guarda-chuvas, a esquerda uma sala bem equipada, um corredor nos leva para os quartos e quando nos aproximamos da última porta ela me mostra o quarto que vou ocupar.

Deixo minhas coisas e vou até a cozinha e sala de jantar. Uma porta de correr nos leva para o jardim dos fundos e vejo um balanço vermelho pendurado numa árvore enorme que tem neste local.

Churrasqueira elétrica e algumas mesas de ferro terminam dando o toque final ao extenso gramado.

Volto para meu quarto e desmancho minhas malas. Uma batida na porta me tira da inércia.

- Pode entrar.

A porta abre e Ryan entra.

- Já desfez as malas? Quer dar uma volta?

- Já arrumei tudo, mas estava pensando em descansar um pouco. Por que não vai com seu irmão?

- Você vai ficar bem?

- Vou sim. Preciso dormir um pouco.

Ele se aproxima de onde estou e me abraça soltando um longo suspiro.

Sinto sua mão sob meu queixo erguendo meu rosto em sua direção, seus olhos estão com expressão de tristeza e tento sorrir.

Ele aproxima seus lábios dos meus, e sinto meu coração rugindo no meu peito, ele apenas roça levemente meus lábios e se afasta. Abro meus olhos e ele ainda me observa.

- Você algum dia irá me desculpar?

- Não estou com raiva de você, apenas triste.

- Manda essa tristeza embora e sorria. Sinto falta do seu sorriso.

- E eu do seu.

- Descanse quando eu voltar nós vamos ficar juntos, certo?

Concordo e ele me solta devagar saindo do quarto. Me deito para descansar.

Não sei a quanto tempo estou dormindo e sou acordada por lambidas de um cachorro no rosto e não existe outra reação a não ser rir.

Ele é tão lindo deitado com aquele olhar meigo, lembro que quando chegamos o Ryan o chamou de Dylan.

- Ei parceiro o que você quer?

Ele abana o rabo e fica me tocando com seu focinho.

- Estou com sono, você não?

Ele inclina a cabeça e fica me olhando.

- Ok, se eu me levantar você não pula em cima tá?

Só dele perceber que vou levantar se joga e começa a me lamber de novo. Estou rindo quando ouço a mãe do Ryan chamá-lo.

Ele se esconde para que ela não o ache e estou dando gargalhadas dele quando o Ryan entra e o Dylan sai correndo para recebê-lo.

- Então foi aqui que você se escondeu hein?

- Não tem problema ele é tão bonzinho. - digo

- Mas ele te acordou não foi? Ele faz isso direto comigo. É só deixar a porta do quarto aberta.

- Não tem problema. Eu gosto de animais.

- Bem, você precisa se trocar para jantarmos. Vamos numa pizzaria.

- Hum amo pizza.

- Eu sei. - ele sorri

Ele me abraça e seus lábios me devoram em um beijo. Envolvo meus braços no seu pescoço e fico bem junto a ele. Meu corpo está em brasa, ele me aperta mais forte e sinto suas mãos subirem por minha coluna, um arrepio segue este caminho.

O beijo fica mais intenso e ele me pressiona contra a parede. Como vim parar aqui? Levo minhas mãos aos seus cabelos e puxo de leve.

Desço minhas mãos acariciando seu pescoço, ombros, peito, até alcançar seu abdômen e faço o caminho de volta.

Seus gemidos são abafados pelas nossas bocas que não se separam.

Ele me dá pequenos beijos que se tornam beijos longos e que fazem meu sangue ferver.

Suas mãos sobem pelo meu braço, acaricia minha nuca, puxa meus cabelos e desce novamente pela lateral do meu corpo. Ele respira fundo e me segura pelos braços, se afastando um pouco. Ficamos nos olhando sem fôlego.

- Melhor nos arrumarmos senão minha mãe vai acabar vindo nos buscar pelas orelhas. - ele me diz

- Hã, hã.

Estou sem voz, sem pernas, sem tudo. Ele fica me olhando de forma tão intensa que estendo minha mão e acaricio seu rosto, ele fecha os olhos e beija a palma da minha mão.

Sai em direção ao seu quarto e fecho a porta do meu para me trocar.

Coloco um vestido curto florido, sapatilha, brincos e uma corrente com um pingente em forma de gota combinando, deixo meus cabelos soltos e passo apenas um brilho labial, lápis, rímel e um pouco de blush , percebo que estou pálida.

Fico me olhando no espelho e percebo que nesse tempo todo ele sempre ficou ao meu lado. Meu sofrimento foi particular, pois ele nunca me deixou.

Passei todos os dias de tristeza tendo ele ao meu lado. Chegar a essa conclusão me faz sorrir, pois percebo que estou apaixonada pelo Ryan.

Jantar em família é algo novo para mim, meu pai foi embora quando eu era nova e mesmo nos poucos momentos que ele ficou conosco não me lembro de nada, sempre fomos eu e minha mãe somente.

A experiência se mostra maravilhosa.

Os pais do Ryan são muito populares e o tempo todo pessoas veem até eles para conversar ou mesmo cumprimentar, o irmão fica sempre brincando com ele e no final da noite acabamos sentados numa mesa enorme com vários amigos de infância e vizinhos.

Quando já passa das oito horas da noite o pai dele chama a todos.

- Bem já está na hora de irmos.

- Vamos. Ainda vou passar na sorveteria. - diz Megan.

- Megan! Você prometeu! – Cliff a olha reprovadoramente.

- Eu? Nossa eu tenho que levar a Angel lá, eu prometi!

Eu olho para Ryan e ele dá de ombros sorrindo, fui a desculpa mais esfarrapada que ela poderia arranjar. Tento ajudar.

- É verdade eu gosto muito de sorvete.

- Então vamos logo para o paraíso da minha mulher.

Eles saem de braços dados e vamos logo atrás rindo muito da expressão de felicidade da mãe do Ryan.

Chegando à sorveteria vejo que na sua maioria são jovens, mas a Megan não se intimida e entra cumprimentando todos se dirigindo ao balcão e escolhendo o que ela quer. O que não é pouco.

Eu vou atrás dela. Ryan e Colin param para falar com alguns amigos.

Apesar de ter feito um pouco de drama o pai do Ryan aparece com uma montanha de sorvete. A mãe do Ryan não deixa passar a oportunidade.

- Nossa e eu que exagero, não?

- Eu falei para não virmos para cá. Agora não fale nada e come o seu.

Eles são um casal muito feliz.

- Gostou Angel? - pergunta Clifford.

- Uma delícia, mas em Barcelona tem alguns sabores que nunca encontrei por aqui.

- Você também é uma viciada? - ele pergunta

- Sim, gosto muito, mas só de sorvete não gosto de colocar nada mais.

- Isso porque nunca provou a calda de caramelo que eles têm aqui.

- Verdade é a melhor que já provamos. - Megan acrescenta.

- Humm vou ter que provar. - digo

Nisso o pai do Ryan estende a colher e me oferece a calda. Dou risada do gesto e a Megan dá gargalhadas e cutuca o marido.

- Clifford olha a cara do Ryan.

O pai dele se vira e fica até sem graça, o Ryan caminha em direção a mesa com cara de poucos amigos.

- Pai o que é isso? Que liberdade é essa?

- Como estava ocupado com seus amigos eu acabei tomando a liberdade de lhe oferecer um pouco da calda.

Ele vira e pisca para mim, dou risada. O Ryan fica ainda mais bravo.

- Angel você não devia ter aceitado!

- Seu pai e sua mãe apenas me falaram que a calda de caramelo é boa, seu pai me ofereceu para provar. Não vejo nada de errado.

- Você quer provar a calda de caramelo? Então espere ai.

Ele sai em direção ao balcão de sorvete e começa a se servir. O pai dele está se divertindo muito.

- Vai ser divertido ver isso. Ele nunca demonstrou ciúmes por nenhuma das namoradas comigo ou com o irmão.

- Bem então espere. Ele está vindo ai. - a mãe dele diz

- Pronto! Agora você pode se acabar de comer a calda, tem o suficiente para nós dois. – ele fala

Quando olho para o pote dele começo a rir sem parar e sou acompanhada pelos seus pais, ele fica olhando para nós como se não entendesse o que está acontecendo.

O pote está transbordando calda. Enxugo as lágrimas e tento me fazer séria, mas não consigo.

Levanto e dou um abraço nele. Neste momento ele começa a rir e entende que o pai o estava provocando de propósito.

- Pai você é muito idiota mesmo.

- Mas admite que você ficou com ciúmes. Quando eu vi você olhando várias vezes para mesa eu não resisti e tive que fazer isso.

- Filho, essa é a primeira vez que vejo você ter este tipo de reação. - a mãe acrescenta

Essa cena será relembrada várias vezes até a nossa partida.

Depois de algum tempo o Colin chega à mesa com uma amiga e me apresenta.

- Beka está é Angel, namorada do meu irmão.

Ela é linda, altura mediana, olhos azuis e cabelos castanhos claros com algumas luzes mais claras.

- Oi, tudo bem?

- Oi tudo e você? - respondo

Ele a puxa pela mão.

- Vamos tomar nosso sorvete, Beka?

Nesse momento olho na direção do Ryan e ele está com cara de poucos amigos. Eu continuo a rir da cara do Ryan.

- Ryan você pegou muita cobertura e vai ter que comer tudo.

- Você tem que me ajudar.

- Por mais delicioso que seja não gosto muito.

Faço um trejeito com a boca, ele me puxa e me dá um selinho. Fico vermelha, sem graça. Ele começa a rir.

- Agora estamos quites.

Eu dou um soco de leve no seu braço, ele me abraça. Voltamos para a casa tarde da noite, me despeço dele na porta do quarto.

Antes de o sono me levar entendo que não posso deixar uma pessoa acabar com as oportunidades que recebo da vida.

Com a mudança pude conhecer novas pessoas e me permite amar.

Descobrir que amo o Ryan quase que a primeira vista me preenche e me faz sorrir automaticamente.

Quero isso na minha vida, quero poder amar a pessoa maravilhosa que ele é. Quero me permitir dar o amor que ele merece.

Tomo minha decisão: viver um dia de cada vez ao seu lado.

Os dias estão passando rápido demais. Posso afirmar que são as melhores férias que tive, os pais do Ryan são muito legais e sempre estão programando algo legal para fazermos.

Hoje temos o tão esperado jogo que o Colin não para de comentar o tempo todo.

Saímos de casa numa euforia enorme. Vamos de moto e os pais do Ryan de carro. Estamos todos na arquibancada. O Ryan me obrigou a vir uniformizada.

Vamos nos sentar na arquibancada e vários jogadores acenam na sua direção, ele cresceu jogando no colégio com alguns deles.

O jogo é contagiante e ficar ao lado dele, vendo a forma como ele torce pelo seu time do coração, gritar, dar ordens e até xingar nos faz entrar no clima e a cada ponto conquistado pulo e vibro junto com todos.

No intervalo ficamos sentados de mãos dadas e estamos tão entretidos que não ouvimos seu pai falando conosco, só quando ele apoia a mão no ombro do Ryan que conseguimos entender.

- Ryan acho melhor você se preparar, a surpresa não é agradável.

Nesse momento escuto Colin cumprimentar em voz alta.

- Oi Charlotte tudo bem?

Ao som desse nome olho direto para o local onde o Colin está, ele fica tentando impedir a passagem. A mãe do Ryan se aproxima e coloca algo na minha mão. Olho e vejo algumas notas de dinheiro.

- Angel porque você não vai com o Ryan buscar algo para bebermos? - concordo com a cabeça e levanto puxando ele pela mão na direção contrária em que ela está.

- Ok, vem Ryan vamos lá.

O Ryan segura minha mão com força, ele nem percebe que está me machucando. Não posso evitar de ficar preocupada. Será uma reação pelo fato de estar revendo-a ou raiva por ela estar insistindo tanto em se fazer presente?

Chegando à lanchonete ele pede as bebidas e depois de pagar voltamos para nossos assentos. Ele entrega as bebidas para sua mãe distribuí-las e nos sentamos novamente. Percebo que a Charlotte está sentada ao lado do Colin.

Quando volto minha atenção para ele, percebo que está me olhando também.

- O que foi? Aconteceu alguma coisa? Porque está tão nervoso?

- Angel você sabe que é importante para mim, certo?

- Sei sim por quê? - ele está me deixando preocupada.

- Porque... Olha pode parecer o contrário, mas estou feliz ao seu lado e os últimos dias foram maravilhosos. Queria apenas dizer que estou apaixonado por você.

O mundo para de girar. É assim que me sinto. Ele realmente disse que está apaixonado? Ou será por medo de que eu vá embora sabendo que ela ainda gosta dele?

- Ryan você não precisa fazer isso.

- Angel eu não vou deixar nada magoá-la novamente e não quero vê-la sofrendo como eu vi. Você é minha. Só minha.

- Ah Ryan eu também sinto o mesmo.

Sinto seus braços me rodearem e sua boca toma a minha num beijo faminto. Esse momento é nosso. É o nosso mundo.

Ele continua a me beijar cada vez mais intensamente. E me afasto por falta de ar. Deito minha cabeça no seu ombro e começa o segundo tempo do jogo.

Ele ainda está torcendo muito e quando acaba o jogo ele está muito feliz. O time da casa ganha.

Vamos comemorar num restaurante mas o que nos deixa desconfortáveis é a presença da Charlotte e de sua mãe, que insiste em nos acompanhar.

Quando o Ryan percebe que não será indelicado sairmos ele, conversa com sua mãe e nos despedimos de todos.

Ao chegarmos ele se despede e sinto que está chateado por tudo que aconteceu. ndo lá ele ainda está nervoso e me fala que é melhor descansarmos, o dia seguinte será agitado. Fico olhando na sua direção e não discuto.

- Tudo bem.

Ele me leva até a porta do meu quarto.

- Angel descanse bem. Boa noite.

- Boa noite. – sinto como se algo estivesse sendo colocado entre nós. E quando ele se vira e caminha em direção ao seu quarto, sigo minha intuição e chamo-o de volta. – Ryan?

- O que foi? – pergunta

- Você pode ficar comigo hoje? Sabe como naquele dia no sofá?

Estou sem graça por pedir algo assim na casa dos pais dele, mas preciso sentir que estamos juntos. Ele sorri.

- Claro meu amor.

Estendo minha mão e ele a segura.

- Vou me trocar e escovar os dentes. Já volto. - ele diz

- Também vou me trocar.

Vou para o meu quarto e coloco meu pijama, escovo meus dentes e meu cabelo. Deito na cama e fico esperando ele chegar.

Ele aparece de shorts e camiseta, abro espaço para ele deitar. Ficamos um de frente para ao outro, nos olhando.

- Você está chateado com alguma coisa. Não quer me contar?

- É que não acho certo meus pais ficarem fazendo sala para a Charlotte.

Eu não tenho mais nada com ela. Terminou, e por motivos fortes. Ela só veio para cá por saber que você estava aqui e isso me deixa com muita raiva.

- Não fique assim. Por favor? Eu não ligo, de verdade. Sei que fiz um drama quando ela foi ao meu apartamento e me falou que tinham voltado, fiquei com ciúmes.

- Ela falou isso? Não acredito!

- Não quis contar no dia por achar que não era certo sentir ciúmes de você. Nós não estávamos namorando, não havia motivo ou razão para me sentir daquele jeito. Fiquei desnorteada com o que falou e não soube me defender. Eu vi que ela gosta de você de verdade e fiquei com medo de que você gostasse ainda dela a ponto de querer voltar e me fechei. Desculpa!

Estou com lágrimas nos olhos, prometi nunca falar sobre isso com ele e agora despejei tudo de uma vez. Ele chega mais perto e me puxa pela cintura.

Estamos mais próximos agora.

- Você não pode ter pensado que eu ia voltar com ela! Não depois de tudo que ela fez. Ter me deixado para fora no meu próprio apartamento por que eu dancei com uma amiga numa festa. Não depois de tudo que te contei!

- Mas você estava com ela há muito tempo, eu estava apenas te conhecendo. Éramos apenas amigos.

Ele me olha intensamente.

- Quando eu te vi naquele dia no elevador eu pensei comigo: nossa como ela é linda. Quando encontrei você na mesma faculdade pensei: sou um cara de sorte, vou poder conhecê-la e saber mais sobre ela. E você é maravilhosa, meiga, amável, carinhosa, alegre e eu te amo por isso tudo.

- Pare você está me deixando sem graça.

- Mas é a verdade. Eu não quero mais ficar com ela. Eu escolhi você e é com você que vou ficar. Até você não me querer mais.

Nesse momento vejo que na minha frente está o homem que me quer em sua vida, não o famoso e prestigiado ator. Não sei se estamos preparados para a responsabilidade disso tudo.

- Ryan somos de mundos diferentes e você sabe disso, temos que os focar formação. Você precisa entender que ter você ao meu lado é muito importante e que não ligo para o fato dela estar aqui. Só não aceito que ela se aproxime de você.

- Dela ficar muito próxima? Assim?

Ele chega bem perto e toca meu nariz com o dele.

- Isso mesmo!

Dou risada, pois ele está brincando e cada vez se aproximando mais. Tento ficar séria.

- É sério se ela te beijar ou forçar esse tipo de situação eu vou bater nela.

- Nunca brigaram por mim.

- Eu não vou brigar por você! Vou brigar por mim. Vou mostrar a ela que não sou idiota como ela pensa.

- Hum e você vai fazer o que comigo depois.

- Você está falando sério? Eu nunca mais olho para você!

Ele passa a mão pelo meu rosto e fica mais sério.

- Angel estou brincando!

- Bem neste momento eu não. Eu te amo, mas não vou deixar ela me humilhar de novo.

- Jamais permitiria isso. Acredita em mim?

- Acredito! Agora pare de ser tão bobinho e vem me dar um beijo.

- Seu pedido é uma ordem.

Ele me puxa pela cintura e entrelaça suas pernas nas minhas. Seus lábios são tão macios e me deixam louca. Minhas mãos acariciam seu peito e sobem por seu ombro e pescoço. Passo minhas unhas por seu couro cabeludo e puxo de leve seu cabelo.

Ele me aperta mais forte e instintivamente esfrego meus seios no seu peito. Ele deixa minha boca e desce por meu pescoço beijando e mordiscando minha pele.

Seus gemidos me deixam cada vez mais excitada e subo minhas mãos por sua pele que está quente e suada. Ele me afasta ligeiramente.

- Se continuarmos neste ritmo não vou conseguir me segurar. - sua voz está rouca

Dou um sorriso de canto de boca e seguro seu rosto em minhas mãos, aproximo meus lábios dos seus e passo minha língua por seu lábio inferior bem lentamente.

Ele está de olhos fechados e quando ouço seu gemido, mordisco levemente o lábio inferior, seus lábios se abrem e minha língua invade sua boca, sinto seu sabor e me deixo levar por este momento.

Quando sinto que não consigo respirar me afasto e ele está com os olhos quase negros. Ele me abraça, suas mãos acariciam minhas costas lentamente até nos acalmarmos.

Estamos tão entretidos que não ouvimos os outros chegarem e se prepararem para dormir.

Só nos damos conta quando sua mãe bate na porta do seu quarto, ele se levanta e abre a porta do meu quarto e avisa que está ali. Ela não fala nada com relação a isso e apenas entra.

- Oi tudo bem?

- Oi mãe, tudo bem.

Ela está hesitante em falar alguma coisa. Dá um suspiro e lança a bomba.

- Ryan, eu sei que vai ficar bravo, mas ofereci local para Charlotte e sua mãe ficarem esta noite. Você não quer ir com a Angel para o seu quarto e coloco as duas aqui?

Ele passa a mão pelos cabelos e percebo sua fúria retornar. Pego em seu braço e ele me olha por alguns instantes. Respira fundo e só então fala:

- Mãe eu não acredito que depois de tudo que te contei você ainda vai hospedar ela aqui!

- Filho, me desculpe, só notei que não deveria ter feito isso quando já havia convidado. Seu pai e irmão já brigaram comigo o suficiente. Eu conversei com seu pai e amanhã vou arrumar um hotel para elas e você e a Angel podem ficar juntos sem precisarem se encontrar com qualquer uma das duas. Vou dar um jeito e até antes do almoço já terão partido. Prometo.

- Ok mãe, mas se ela não for embora amanhã quem vai para um hotel com a Angel seremos nós. Não vou ficar aqui com ela mais que uma noite.

Ele vira de costas para sua mãe e vai até o armário pegar a mala para juntar minhas coisas. Vejo Megan sair com um olhar triste e vou até ele, faço com que olhe nos meus olhos.

- Ryan não faça isso com sua família. Ignore-a e já será bastante.

- Você é boa demais com ela ainda mais depois do que ela fez a você.

- Vamos para o seu quarto e vamos esquecer isso?

Ele apenas acena afirmativamente.

Juntamos todas as minhas coisas e vamos para o seu quarto que é tipicamente masculino. Com prateleiras com bolas de futebol americano, beisebol e basquete. Todas autografadas.

Tem quadros com camisetas autografadas, vários prêmios que ele ganhou em trabalhos como ator e uma cama enorme que domina o quarto.

Entramos e ele coloca minha mala perto do seu closet e fico observando como ele tem de tudo aqui. Ele me mostra o banheiro do seu quarto e depois vamos nos deitar.

Mais populares

Comments

Elba Anunciacao

Elba Anunciacao

Que mãe sem noção, ridícula. As duas mães são sem cérebro.🙄😤

2024-04-17

0

Maria De Fatima Carvalho

Maria De Fatima Carvalho

tomará que essa ex não apronte muito

2023-09-19

0

Margarida Barbos

Margarida Barbos

gente esses capítulos são muito grandes aff

2023-05-20

0

Ver todos

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!