Dor

Frâncio continuou no seu caminho até o dia amanhecer, a estrada estava calma e silenciosa com aquele frio extremo trazido pelo vento do Norte, o carro em que estavam já estava quase sem gasolina, porém Frâncio avistou uma cabana, que parecia ter pessoas morando, e então ele resolveu encostar lá para procurar mantimentos, ao encostar em Sarah percebeu que a menina estava quente, ele desceu do carro, carregou Sarah em seus braços, a levou para perto da casa e gritou pedindo ajuda.

-Por favor! -gritou Frâncio em frente a cabana. -Eu preciso de ajuda aqui.

De repente uma mulher apareceu na porta e fez a seguinte pergunta:

-O que você quer aqui? -questionou a mulher em tom de arrogância.

-Ela está muito doente. -disse Frâncio mostrando Sarah em seus braços. -Você poderia nos ajudar?

-Vejo que você tem armas, não ajudo soldados. -prosseguiu a mulher.

-por favor nos ajude! -insistiu Frâncio. -A cada minuto que passa ela fica pior.

-Hum… Ok! -bufou a mulher. -Venha! Entre!

Frâncio colocou Sarah na cama da mulher enquanto ela foi observar mais de perto o estágio da doença de Sarah, por ironia do destino essa mulher estudava medicina e tinha uma caixa de primeiros socorros a sua disposição.

Quando ela se aproximou de Sarah, a pequena acordou e a olhou com um olhar de medo.

-Quem é você? -Sarah perguntou.

-Calma! -pediu a mulher. -Eu vou te ajudar.

-Por que todo mundo quer me ajudar? -disse Sarah. -Eu só causo o mal por onde passo.

-Por que você diz isso? -questinou a mulher supressa, porém Frâncio a interrompeu.

-Ela está triste, deve ser por isso a febre.

-Pode ser. -concordou a mulher. -Mas preciso de mais um pouco de tempo para dar uma resposta definitiva.

Finalmente os pais de Sarah foram ao encontro de Rodrigo e os seus amigos, os policiais federais os levaram até a fazenda, na qual estavam, e promoveram um encontro emocionante da parte dos meninos.

-Vocês são os rapazes que estão tentando ajudar a minha filha? -Gérald Perguntou-lhes.

-Sim. -Afirmou Rodrigo. -Estamos a alguns dias tentando resgatá-la das garras dos sequestradores, por pouco íamos conseguindo obter esse feito aqui, porém eles conseguiram fugir levando Sarah.

-Soube que um de vocês foram mortos por um daqueles selvagens. -prosseguiu Marta em tom de receio. -Sinto muito pela sua perda.

-Lamento não poder agradecer, senhora…

-Marta!

-Senhora Marta. -disse Rodrigo.

-Mas por que não pode agradecer? -Marta quis saber.

-Ouvimos coisas terríveis a seu respeito. -Miguel disse sem arrependimentos. -Sarah contou que vocês a batiam e a maltratavam frequentemente por besteiras e por isso ela fugiu.

-Os pais tem direito de educar os filhos, certo? -questionou Marta em tom irônico.

-Educar, sim, não maltratar -respondeu Miguel.

Marta estava ansiosa para responder quando um policial federal os interrompeu nesse exato momento.

-Senhores, por favor. Vamos nos concentrar no que realmente importa.

-Eu concordo. -disse Rodrigo. -Vamos nos concentrar primeiro em salvar Sarah e, depois, decidirmos de quem é a culpa.

-Enfim. Nós enviaremos uma patrulha para tentar achar Sarah nessa cidade ou na outra, estamos fazendo o maior cerco que já existiu, eles nunca vão passar por nós.

-Eu só espero que eles não sejam loucos de ir para o tudo ou nada. -disse Miguel. -Não podemos pôr em risco a segurança de Sarah.

-Estamos esperando notícias, a qualquer momento o rádio pode tocar para nos darem uma resposta.

-E o que faremos enquanto isso? -pergunto-lhes Rodrigo.

-Descansem, rapazes. -disse o Policial federal. -Vocês já nos ajudaram bastante.

Bruna acordou do seu descanso e, mais uma vez, olhou a mensagem que Rodrigo tinha escrito a ela. Os seus olhos começaram a lacrimejar e o seu coração tinha voltado a ficar apertado em sabe que Rodrigo, Sarah e os meninos estavam passando por vários problemas e ela não podia fazer nada para ajudar. Bruna abraçou o pedaço de papel, como se fosse Rodrigo, porém tomou um susto, mas logo depois uma enorme felicidade ao ver alguém muito especial que entrou em seu quarto. Era Karina, que estava acompanhado de Pâmela.

-Oi, amigas! Venham aqui.

-Como você tá meu amor? -Karina deu-lhe um abraço e um beijo em Bruna.

-Já me sinto melhor, ainda mais com essa surpresa de vocês. -respondeu Bruna com uma alegria imensa.

-Deixa eu te dar um abraço, minha flor. -pediu Pamela. -Lamento não está tão alegre.

-Aconteceu alguma coisa, meu anjo? -questionou-lhes Bruna com entusiasmo.

-Foi o Lucas… -disse Karina com uma voz baixa.

-O que tem ele? -perguntou Bruna.

-Ele morreu. -Afirmou Pamela com uma expressão serena.

-Ah… -Bruna tomou um susto e em pouco momento já estava chorando com às duas. -Você precisa ser forte, saiba que vou está sempre com você.

-Nós vamos estar. -prosseguiu Karina. -Vamos cuidar de você.

-Muito obrigado, meninas. -Pâmela agradeceu bastante emocionada. -Eu sei que ele deu a vida por um objetivo nobre, mas me dói muito saber que o nosso filho vai crescer sem o pai.

-Os meninos vão ocupar esse papel. -disse Karina. -Tenho certeza que eles vão levar o seu filho para cima e para baixo.

-Obrigado, gente. De verdade. -disse Pâmela. -Está difícil suportar essa dor, mas é bom saber que posso contar com vocês.

Pâmela, Karina e Bruna continuaram a conversar e a por o papo em dia, a harmonia das três era incrível e uma fazia questão de ajudar a outra. Pouco a pouco cada uma estava esquecendo dos seus problemas, pelo menos por enquanto, e poderão relaxar um pouco diante de tudo o que tinha ocorrido.

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Comments

Rute Luiza

Rute Luiza

como relaxar?
perder alguém não é fácil 😢😔😔😢

2023-06-08

1

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