Conflitos

Os policiais usaram os seus cães farejadores para procurar Sarah e conseguiram os segurar até a floresta gelada, porém os cachorros não conseguiam mais seguir de lá devido ao frio extremo e então os cachorros foram soltos e voltaram para a floresta tropical e os policiais teriam de seguir sozinhos a partir de agora. Parecia impossível encontrar alguém naquela imensidão branca, fria e rodeado de árvores, havia lugares que não dava para passar porque a neve havia se solidificado em alguns pontos, porém mesmo assim os policiais não se abateram e continuaram a procurar a menina naquele temporal de neve.

— Ela deve estar por aqui em algum lugar. — Disse um policial.

— Se a gente se dividir em outros grupos, iremos conseguir achá-la mais depressa. — Prosseguiu outro policial.

Na casa da Pâmela e Lucas enfim eles haviam chegado a uma conclusão, todos concordaram em sair a procura do lugar onde Rodrigo e Bruna tinham levado Sarah para se esconder. Porém, eles se equiparam e foram bem preparados, todos estavam com uma ou duas armas nas mãos e com uma grossa roupa de frio. Miguel sabia bem aonde ficava o esconderijo e então ele guiou o grupo pelo meio da floresta, eles foram andando por cima da neve, passaram pelo lado de umas árvores que tinham um sinal que levava direto ao lugar, mas o erro deles foi ter feito muito barulho. Um policial, que estava por perto, ouviu eles se aproximando e carregou a sua arma e em seguida a apontou para Miguel, porém ele teve uma ideia melhor. Ele resolver seguir o grupo e ir informando aos seus superiores tudo o que via e ouvia por onde o bando de Miguel estava passando para chegar ao esconderijo.

O bando de policiais que estavam procurando Sarah receberam todas as instruções do colega escondido e já estavam preparados para abrir fogo contra o que encontrasse, por outro lado, o bando de Miguel e Lucas estavam bem equipados e prontos para enfrentar o que viesse na frente. Sem esse espião, dificilmente os policiais encontrariam o paradeiro de Sarah, mas agora eles haviam encontrado uma luz no fim do poço revelando o caminho certo para eles irem.

— Vamos ficar de longe. — Ordenou o líder dos policiais.

— Por quê, senhor? - Perguntou outro policial.

— Somos muito, se ficamos muito perto eles nos ouvirão com certeza. — Explicou o líder. — Creio que essa distância é mais que o suficiente.

— Vou avisar os outros. — Terminou o policial.

Sarah pegou uma tosse irritante, Rodrigo mediu a sua temperatura e viu que ela estava com muita febre, chamou Bruna, mas ele tinha que ir para fora do esconderijo testar as suas armas, no momento que ele se virou para ir Sarah segurou a sua mão, olhou para ele com aqueles olhinhos meigos e suplicou-lhe:

— Eu não quero morrer, moço! Não deixa eu morrer!

Rodrigo não pode fazer outra coisa a não sei encher os olhos de lágrimas e dar um abraço e um beijo nela.

— Você não vai morrer, garotinha! Vai ficar tudo bem!

Enquanto isso, o bando de Miguel passava um sufoco para chegar ao esconderijo sem saber que estavam sendo vigiados e sem saberem acabaram mostrando uma boa parte do caminho. Pedro observou uma movimentação estranha por perto, ele foi olhar o que era e acabou vendo o policial os observando, na hora que Pedro iria sacar a arma, o homem escondido sacou primeiro e tomou Pedro como seu refém. O bando de Miguel ouviu a confusão e foram verificar o que estava acontecendo, eles tomaram um susto quando viram Pedro naquela situação.

— Se afastem! — Disse o homem. — Tente qualquer gracinha e eu mato o seu namoradinho.

— Mata logo ele! — Prosseguiu Miguel com um sorrisinho no rosto. — Ele tá me devendo muito dinheiro no baralho. Se você não matá-lo, eu mato.

— Olha que eu não estou brincando, hein. — Disse o homem apontando a arma para a cabeça de Pedro. — Quero que se afastem ou eu atiro nele.

— Faz o que ele quer, seu miserável, ele não tá brincando não. — Gritou Pedro desesperado.

— Tudo bem… -compreendeu Miguel. — Vamos rapazes.

Na hora que eles estavam se afastando, o policial não viu que um deles havia os rodeados entre as árvores e, sem demorar muito, acertou um tiro bem no meio da cabeça do policial que caiu e nem viu da onde que saiu o tiro.

— Ai meu Deus! — Pedro respirou aliviado. — Você não tava falando sério, né?

— A parte do baralho? Sim! — Terminou Miguel com todos a sua volta sorrindo.

A febre de Sarah estava se estabilizando e ela estava dormindo como um anjinho, Bruna ajeitou o seu lençol e mediu mais uma vez a sua temperatura, a febre tinha abaixado.

— Pelo menos ela não está mais febril. — Disse Bruna. — Fique observando ela, caso ela acorde, me chama por favor.

— Tenho que testar essas armas, colocar cartucho, treinar a mira… Eu quero, mas não posso fazer isso agora. — Prosseguiu Rodrigo.

— Hum… não demore muito e trate de não ser visto. — Prosseguiu Bruna. — Alguém pode aparecer e estragar o nosso esconderijo.

— Até logo, meu amor! — Terminou Rodrigo dando um beijo em Bruna. — Te amo! — Sussurrou em seu ouvido.

O fato de terem descoberto o espião no meio do grupo de Miguel foi terrível para os policiais, agora eles não sabiam mais para onde ir.

— O que vamos fazer agora, chefe? — Perguntou um dos policiais.

— Vamos ter de procurá-los no jeito

antigo. — Disse o líder dos policiais.

— Que jeito antigo? — Perguntou o policial

— A sorte também! — Prosseguiu o líder.

— Nesse caso, sugiro chamarmos reforços. — Sugeriu o policial. — O outro grupo é muito forte, com certeza muito mais forte que nós, chame outro pelotão para nos ajudar nessa futura empreitada.

— De acordo! — Terminou o líder e assim o fizeram, ligaram para um grupo de guerrilheiros de confiança e esperaram a sua chegada antes de voltar a procurar a garota.

A vida de Rodrigo, Bruna, Sarah, Miguel e Pedro havia ficado mais complicada, eles já estavam cheios de problemas e agora nem sabiam que as dificuldades só iriam aumentar. Nos próximos capítulos entraram em cena novos personagens e a trama terá um desenrolar surpreendente, assim como começou, ela terá um fim ainda melhor e com muita ação entre os personagens que marcaram a história de uma forma surpreendente.

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