Aquele leve humor de sempre.

A ambulância chegou na casa de Miguel, Pedro saiu da caverna e seguiu para a casa do Lucas, que era a mais próxima, lá ele esperou para recebe-los e mostrar o caminho, eles tiveram pressa para entrar na floresta e resgatar Bruna, mas ao chegarem lá, encontraram Bruna desmaiada na cama e, ao seu lado estava Pâmela, Karina e Rodrigo observando ela.

— Como ela está? — perguntou um enfermeiro.

— Ela está melhor! — respondeu Pâmela. — Também sou enfermeira, cuidei dela direitinho.

— Temos que colocá-la na maca para levá-la para o hospital mais próximo. — disse o enfermeiro. — Somente assim saberemos a gravidade do ferimento.

— Posso acompanhar vocês? — perguntou Miguel.

— Quem é você? — perguntou o enfermeiro.

— Ele é o marido dela, senhor. — respondeu Karina.

— Então venha. — disse o enfermeiro. — Você pode vir, sim.

Rodrigo os ajudou a colocar Bruna na maca e também os ajudou a carregá-la até a ambulância, de lá eles seguiram para o hospital mais próximo para deixar Bruna internada. Rodrigo ficou lá, bem perto de sua esposa e o pessoal, os amigos e amigas de Bruna, vieram logo atrás para obter noticias sobre a sua amiga.

Os meninos fizeram um rápido curativo em Alan e, para a sorte dele, o tiro tinha pegado de raspão.

— Eu achei que iria morrer. — disse Alan sorrindo.

— O tiro foi de raspão, idiota. — prosseguiu Lucas. — Larga de ser fraco.

— Fala isso por que não foi você. — disse Alan.

— Mas eu não iria chorar como uma garota. — prosseguiu Lucas. — Você chora mais que a Sarah.

— CHEGA! — interrompeu Miguel. — Vamos para com isso, ainda temos que procurar Sarah.

— Foi ele que começou. — disse Alan.

— Não interessa. — prosseguiu Miguel. — Terminem com isso agora!

Os meninos terminaram de descansar e continuaram a procura de Sarah, eles já não viam o carro dos policiais e não sabiam para onde ir, mas pelo menos agora eles teriam mais chance de vencer já que eles tinham derrotado os mercenários, e os policiais haviam ficado mais fracos.

Os policiais continuaram levando Sarah de carro pela aquela mesma estrada até que encontraram um atalho que poderia esconder eles do outro grupo e ainda chegariam mais rápido onde queriam. O atalho era ainda mais fechado e cheio de mato que batia na frente do carro e entrava pela janela, o chão ainda era de terra seca, mas era bem arado para os carros poderem passar. Sarah conseguiu dormir por um tempo, ela estava recuperando as suas forças, pois havia acabado de sair de uma febre e não poderia ter se locomovido tanto. O sono de Sarah era pesado, tanto que se podia ouvir uns ronquinhos. Porém, os policiais a acordaram da forma mais rude possível para levá-la para dentro de uma grande fazenda, eles foram recebidos por outro grupo armado que carregaram Sarah no colo.

— Espero que vocês não tenham feito nada com essa menina. — disse um homem que não estavam usando armas. — Ela vale muito e se ela tiver algum machucado vocês vão se ver comigo.

— Me desculpe, chefe. Mas foi bem difícil tirá-la das mãos daqueles caras, eles também estavam bem armados e eram muito bem treinados.

— Quer dizer que vocês que se dizem ser "profissionais" levaram uma surra de um grupinho de nada? — perguntou o homem com um tom de sarcasmo. — Me deem logo a menina aqui.

Eles colocaram Sarah, que já havia acordado, no colo do homem e ele olhou para ela e disse:

— Está tudo bem com você, garota?

— Sim. — respondeu Sarah com cautela.

— Logo você estará com seus pais, se tudo der certo, é claro. — prosseguiu o homem.

— Eles não gostam de mim. — prosseguiu Sarah. — Não vão te dar nada.

— Então mate ela de uma vez, chefe. — interrompeu um policial.

O homem que estava com Sarah no colo pegou uma arma, que estava com um dos seus subordinados, e matou na frente de todo o policial que o interrompeu.

— Alguém mais tem alguma sugestão? — gritou o Homem a todos os seus subordinados, porém ninguém o respondeu. — Ótimo! Vamos entrar!

Bruna havia passado por uma cirurgia complicada, a bala que havia perfurado o seu estômago ficou alojada em um lugar bem difícil de tirar. Os médicos passaram quase 6 horas na cirurgia, eles estavam empenhados em salvar Bruna e enquanto isso Rodrigo ficou esperando no corredor angustiado pela sua mulher. Finalmente, depois de uma longa espera, o médico veio trazendo a informação sobre o estado de Bruna, todos olharam para ele com um olhar muito forte e ficaram ansiosos para saber o que ele tinha a dizer.

— E então? — perguntou Rodrigo. — Qual o estado dela?

— Fico feliz em informar que a cirurgia foi um sucesso. — respondeu o médico. — Mas ela está em coma, portanto, não poderá receber visitas ainda.

Rodrigo sentiu um alívio momentâneo por saber que a sua mulher estava melhor, mas a sensação de alívio rapidamente mudou-se para desespero por saber que Bruna ainda corria risco. Rodrigo estava quase voltando a chorar quando o grupo de pessoas que incluía Pâmela e Karina vieram visitar Bruna, ele as recebeu e contou-lhes sobre o estado de sua esposa, elas compartilharam de sua aflição com ele e todos tentaram se consolar.

— Não desistam. — Gritou Pâmela. — Ainda não acabou!

— A Pâmela tá certa! — concordou Karina. — Eu conheço a Bruna desde quando éramos garotas, sei que ela não vai desistir sem lutar.

— Obrigado, gente. Não vou me esquecer de vocês. — agradeceu Rodrigo. — Alguém tem alguma notícia sobre Sarah?

— Os meninos estão atrás dela. — disse Pâmela. — Não se preocupe, se eu os conheço, eles não vão deixá-la por nada.

— Eu estou preocupado é com esses sequestradores porque vão ter que aguentar esses garotos.

E todos tiveram um instante de descontração e risos por algum tempo e esqueceram de seus graves problemas.

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