Nova Direção

A mãe de Sarah estava entediada com aquele entra e sai de policiais na cabana em que estava, já não suportava mais ouvir os rádios que chegavam e aquele blá blá blá que os policiais não paravam de falar, Marta então resolveu dar uma volta para esfriar a cabeça, respirar um ar puro e foi então que ela viu algo que pareceu familiar. Ela se aproximou devagar e juntou do chão uma camisa que Sarah havia ganhado de presente de sua vó já falecida, Ao segurar a camisa Marta teve um grande flashback de sua mãe e o tempo em que ela viveu com Sarah e como depois de sua partida a relação entre ela e sua filha havia se deteriorado. Marta pensou que talvez a péssima relação entre ela e sua mãe refletiu muito na forma como ela lidava com a sua Sarah, ela sabia que nada justifava as crueldades que tinha feito, porém ainda era orgulhosa demais para se quer derramar uma goto de lágrima dos seus olhos, para ela era preciso muito mais que isso para faze-la chorar, entretanto nesse mesmo momento Marta encontrou o ursinho que o avô de Sarah, o pai de Marta, havia dado para ela. Ele estava todo sujo e rasgado, mas mesmo assim Marta o reconheceria em qualquer lugar, com o coração todo apertado ela tirou o ursinho do chão, limpou a terra que havia nele e o abraçou como se estivesse abraçando Sarah.

Gerald sentiu falta de sua mulher e quando menos esperava Marta apareceu abraçando o ursinho de Sarah e com muita lágrimas nos olhos.

-Marta? -perguntou surpreso. -Aonde encontrou o ursinho de nossa filha?

-Achei no chão. -respondeu Marta com uma voz fraca.

-O que mais você encontrou? -A ansiedade de Gerald por notícias era contagiante.

-Encontrei a minha vergonha na cara! -Exclamou Marta.

-Como assim? -Gerald ficou ainda mais confuso porém Marta manteve o silêncio.

Os meninos estavam todos sentados e entendiados em frente a pacata fazenda, porém Miguel que não argumentava mais ficar sem fazer nada tomou a iniciativa de ligar para sua casa para saber como as coisas estavam, ele recebeu a informação que as meninas estavam bem e que Bruna ja havia recebido o alto dos médicos. Imediatamente ele repartiu essa informação com o grupo e então todos se levantaram e começaram a ligar para as suas esposas para saber como estavam, Pedro até se atrapalhou ao ir pegar o celular que acabou caindo de sua mão e quebrando no chão quando ele tentava pegar em sua bolsa, foi o acontecimento do dia, não faltou zoação com esse miserável. Rs

Do outro lado, as meninas atendiam bem alegres as ligações de seus esposos, Karina por exemplo, falava apenas de sacanagem com o seu marido e todas as meninas, incluindo os meninos puderam ouvir, Rodrigo até gritou para Miguel:

-Ninguém quer saber se ela chupa, senta ou quica. -brincou Rodrigo. -Apenas façam isso bem longe de mim.

E todos cairam na gargalhada.

Pâmela, mulher do falecido Lucas, foi a única que não conseguiu rir, ela estava melancólica e parecia distante, parece que a fixa que o seu marido acabara de morrer havia caído. Bruna, ao avistar que sua amiga estava solitária chegou bem devagar perto dela e lhe deu um abraço fortw junto de um beijo molhado na bochecha.

-Vem comigo, gata. -ordenou Bruna. -quero que você me ajude a invadir as câmeras de segurança da região.

-tudo bem, amiga. -respondeu Pamela com um sorrisinho leve. -Vou sim.

Os federais recebiam várias denúncias anônimas por dia e sempre se deslocavam para o lugar da forma mais rápida possível, entretanto todas as ligações que recebiam sobre o paradeiro de Sarah eram engano ou até mesmo de pessoas que achavam que tinham visto a pequena, mas que na verdade era apenas uma outra pobre criança.

A central que eles haviam construído rapidamente ficava na fazenda que outrora havia sido dos sequestradores de Sarah, de lá eles monitoravam tudo o que ocorria dentro e fora daquele pequena cidade, qualquer coisa incomum era repassado rapidamente a eles por iniciativa de outras forças.

As busca seguiam incessante pela terra, água e ar, porém nada de encontrarem menina os federais já estavam extremamente cansados de tantas falhas e já pensavam na possiblidade da pequena esta sem vida, entretanto depois de tantos fracassos foi autorizado uma nova gerência para ajudar nas busca e uma oficial veio ajudá-los com os seus conhecimentos, além de bela e inteligente ela era respeitada por ter participado de outras experiências como essa e em sua maioria vitoriosa.

-Atenção, senhores! -gritou a oficial a sua tropa. -Os senhores fizeram um ótimo trabalho, porém precisamos de uma nova estratégia pois creio que já não temos mais tanto tempo.

Os homens ficaram motivados com a nova liderança e quiseram ouvi o que ela teria a dizer, na fazenda aonde estavam ela jogou em cima da mesa um mapa da cidade e começou a planejar uma nova procura.

-Ordeno que as tropas terrestre se espalhe ainda mais, em vez de irem todos juntos seria melhor e mais sensato espalhar os nossos homens pois teríamos mais chances de alcançar o nosso objetivo.

Ao terminar de falar um soldado não aceitou bem as novas ordens e tentou questiona-la:

-Desculpe, senhora! Mas creio que não seria sensato separar os nossos homens.

-Você poderia me dizer porquê? -questinou a oficial.

-bem porque estamos lidando com outro grupo armado, eles podem surpreender as nossas tropas se estiverem em pouco, mas se continuamos com todos juntos nada poderá nos deter.

A oficial analisou a questão trazida pelo soldado e manteve a sua decisão.

-Os nossos inimigos sofreram varias baixas e com certeza estão sem recursos, moral ou vontade de continuar lutando. -disse a oficial. -acredito até mesmo que eles venham a se entregar.

Ao terminar de falar a oficial emitiu a ordem e assim foi feito, as tropas terrestre se dividiram e as aéreas fizeram o mesmo. Sobre nova direção as chances de encotrar o paradeiro de Sarah estava muito maior, agora seria apenas questão de tempo.

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