Desespero

Frâncio havia conseguido sair da Fazenda que estava sendo invadida pelo bando de Miguel e agora estava levando Sarah para outro lugar mais escondido do que aquele, eles estavam na estrada dentro de um carro que ele havia deixado preparado para uma situação como essa e a rua estava escura, pois ainda era umas 4 ou 5 horas da madrugada, só podia se vê as árvores que os faróis do carro revelava e ouvir os sons de alguns animais que eles não conheciam.

-Para onde vamos? -questinou Sarah com uma voz de sono.

-Temos que encontrar outro lugar para ficar. -respondeu Frâncio. -Aquele foi invadido e não podemos mais voltar para lá.

-Mas e os meus pais? E os amigos que fiz? -Sarah perguntou.

-É melhor você dormir, pequena. -disse Frâncio. -Amanhã teremos um dia longo e será bom você está descansada até lá.

-Tudo bem, mas vou querer respostas quando acordar! -exclamou Sarah.

-Certo! -disse Frâncio. -Vou lhe acordar com um gostoso café da manhã.

-Boa noite Frâncio.

-Boa noite, Sarah.

Na cabeça de Frâncio se passava vários pensamentos negativos e preocupações, pois aquilo que estava fazendo poderia lhe mandar para a cadeia por um bom tempo, porém conversar com Sarah o fazia esquecer dos seus problemas e o ajudava a melhorar o seu humor, esse era o encanto e a beleza da inocência de Sarah, com ele ela conseguia conquistar todos a sua volta, porém menos o amor de seus pais.

A polícia federal havia decidido entrar na história, eles transportaram os pais de Sarah de helicóptero e os trouxeram para essa pequena cidade afastada de tudo, nem os sequestradores, nem os amigos de Rodrigo sabiam nada sobre eles, mas a família de Sarah era muito rica e também bastante conhecida no estado em que moravam.

-O que vamos fazer aqui, Gérald? Não é melhor deixar os policiais façam o trabalho deles sozinhos? -perguntou a mãe de Sarah.

-Não entendo como você pode ficar se divertindo na cidade enquanto a nossa filha está passando por tudo isso. -Respondeu o pai de Sarah. -Maldito dia em que me casei com você.

-Com licença, senhor Gerald. -interrompeu um policial. -Acabamos de receber a notícia de que tem um grupo que está tentado salvar Sarah.

-E onde eles estão? -Perguntou o senhor Gerald.

-Pelo que sabemos eles entraram em confronto com os sequestradores, porém não obtiveram sucesso.

-Devem ser uns imprestáveis mesmo. -disse a mãe de Sarah.

-Cale a boca, Marta. -gritou o senhor Gérald. -Ou eu mando você de volta para a casa de suas irmãs.

A senhora Marta resolveu ficar quieta mesmo e o policial não ousou interromper já que o casal havia brigado o caminho todo.

Bruna ao acordar viu o bilhete de Rodrigo em cima da mesa que dizia a seguinte frase: "Não se preocupe, querida. Eu estou indo ajudar nossos amigos a encontrar Sarah, em breve estaremos todos juntos novamente felizes como sempre". Ao terminar de ler, algumas lágrimas escorreram dos olhos de Bruna e uma forte vontade de se levantar da cama a dominou, ela tentou correr até a porta, porém ainda estava fraca e as suas pernas não aguentaram o seu peso, ela caiu no chão e aquela mesma enfermeira que havia aconselhado Rodrigo a ir ajudar os seus amigos apareceu para ajudar Bruna a se levantar e voltar para a cama.

-Calma, senhorita Bruna. -disse a enfermeira. -Rodrigo está bem.

-Como você pode ter certeza? -perguntou Bruna ainda chorando de preocupação.

-Você precisa confiar nele, e também confie em Deus, sei que as dificuldades parecem impossíveis de serem superadas, mas isso não é motivo para entrar em desespero. -disse a enfermeira.

-Você tem razão. -declarou Bruna. -Eu tenho que ser forte.

-É assim que se fala. -prosseguiu a enfermeira. -Logo vocês estarão todos reunidos outra vez e tudo isso ficará no passado.

-Muito obrigado por suas palavras, é raro encontrar alguém que fale tão bem assim. -disse Bruna.

-Descanse mais um pouco, essa é a sua melhor forma de ajudar Rodrigo. -afirmou a enfermeira.

-Ok! -prosseguiu Bruna. -Mais uma vez obrigado pela ajuda.

-Descanse!

Infelizmente os esforços dos meninos não foram suficiente para ajudar Lucas, ele morreu lá mesmo nos braços de Rodrigo que estava com o coração em pedaços. Nada parecia consolá-lo e os meninos também estavam arrasados.

-O que faremos agora? Perdemos o Lucas e nem temos mais pista de onde está Sarah. -Miguel abriu o coração.

-Talvez seja melhor voltarmos para casa. -Alan estava firme e forte. -quero ser o primeiro a contar isso a esposa dele, eu o devo isso.

-Nada de desistir pessoal, se não todo o sacrifício de Lucas terá sido em vão. -ordenou Rodrigo.

-Nós não temos mais força para continuar, Rodrigo. -disse Miguel. -Vamos voltar antes que mais alguém se machuque.

-NÃO! -gritou Rodrigo. -Eu proíbo vocês de desistir. Sarah precisa da gente mais do que nunca, nós não sabemos que aqueles monstros são capazes.

-E o que faremos? Não sabemos para onde ele fugiram.

-Primeiro vamos ligar para ambulância vir buscar o corpo de Lucas, depois decidimos o que fazer.

-De acordo.

A ambulância chegou na grande fazenda que estava perfurada por vários tiros, eles removeram o corpo de Lucas do chão e o colocaram dentro da ambulância, eles ainda tentaram fazer alguns primeiros socorros, mas não obtiveram nenhum resultado. Infelizmente lucas havia falecido deixando mulher e, sem saber, um filho que não sabia que ia nascer. Os amigos iriam fazer uma bela homenagem depois que encontrassem Sarah, mas por enquanto teriam que concluir a sua missão. Um policial soube o que aquele grupo estava fazendo e procurou ajudá-los de alguma forma, esse policial contactou os pais de Sarah que estavam acompanhados dos policiais federais e eles disseram estarem indo imediatamente ao encontro dos amigos de Rodrigo.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***