Perigos

Rodrigo estava estranhando que os policiais e os mercenários estavam demorando muito para sair, mas logo quando iria comentar isso com Miguel os policiais saíram devagar da cachoeira segurando Sarah pelo braço e ela estava chorando.

— Onde está a minha mulher? — Gritou Rodrigo apontando a arma para eles.

— Acho que acabo de dar um tiro bem no meio da testa dela. — Prosseguiu um mercenário com um leve sorrisinho no rosto.

Rodrigo não se conteve, pegou a sua arma e estava prestes a atirar, porém, Pedro e Lucas o seguraram e pediram para ele se acalmar, pois se ele atirasse o tiro poderia pegar em Sarah.

— Calma, Rodrigo. — Suplicou Miguel. — A gente vai matar cada um deles, mas tem que ser na hora certa.

E enquanto isso, os Policiais levaram Sarah para dentro da viatura e foram embora levando ela com eles.

Rodrigo correu para dentro da caverna para procurar a sua mulher e Pedro foi com ele, Miguel, Lucas e Alan decidiram seguir os policiais para não deixarem eles escaparem com Sarah.

Rodrigo correu para o quarto em que havia o esconderijo e, acabou encontrando Bruna muito fraca e quase desmaiada de dor. Quando ela o viu lhe deu um olhar forte e segundos depois alegre por ver o seu marido a salvando.

— Calma, meu amor. — Sussurrou Rodrigo. — Eu vou te ajudar.

— Cadê a Sarah? — Perguntou Bruna com uma voz fraca.

— Ela está bem, meu amor. — Afirmou Rodrigo.

— Posso vê-la? — Pediu Bruna com um restante de força que lhe restava.

— Primeiro vamos cuidar de você. — Prosseguiu Rodrigo.

Mas ao dizer isso, Bruna desmaiou.

Rodrigo carregou Bruna nos braços e a levou para um quarto que tinha uma cama, ele tentou fazer alguns primeiros socorros e pediu para Pedro ligar para a ambulância. Pedro teve outra ideia melhor, ele ligou para as meninas, amigas de Bruna, para virem ajudar. Uma delas, Pâmela, mulher do Lucas, era enfermeira.

Nem fazia muito tempo que estavam com ela e os policiais já estavam maltratando Sarah, Eles diziam coisas como: "Você é escorregadia, pequena! Mas vale muito, vamos ganhar muito dinheiro com você". Miguel vinha logo atrás em seu carro seguindo esses criminosos, eles prometeram não deixar Sarah sozinha naquele momento, quando os mercenários perceberam estarem sendo seguidos aceleraram o carro pela longa estrada asfaltada, tudo que podia se ouvir era o barulho dos motores e as rodas quando faziam Draft, Miguel também acelerou e ficou bem na cola deles. A estrada asfaltada havia acabado e eles estavam passando pela estrada de terra, o carro dos policiais levantava poeira, porém mesmo isso não impediu a determinação de Miguel, eles queriam a menina de volta, e não a deixariam por nada.

As mulheres chegaram na casa da Pâmela e do Lucas enquanto Pedro saiu da caverna para ir buscá-las. Elas não sabiam o caminho e nem para onde estavam indo, mas a vontade de ajudar a sua amiga era muito mais forte de que qualquer outra coisa. Após passar pelas duas florestas, elas enfim chegaram na linda cachoeira que jorrava águas cristalinas na vasta fonte que cobria o rio por onde as águas passavam. Em pouco tempo, essa cachoeira já continha tantas histórias que fariam parte dos amigos de Rodrigo para sempre.

Ao entrarem lá dentro, as meninas seguiram o som dos gemidos de Bruna e a encontraram no quarto toda ensanguentada com o Rodrigo tentando ajudá-la.

— Calma, amiga! — Disse Karina. — Nós viemos para te ajudar.

— Não desiste! — Insistiu Pâmela emocionada. — Aguenta só mais um pouquinho que logo nós vamos está fazendo outra festa do pijama.

— Cadê Sarah? — Sussurrou Bruna ao acordar do desmaio e com a voz mais debilitada. — Onde está a minha menina?

— Já vou trazer ela, meu amor. — Rodrigo tentou acalmá-la. — Você tem que aguentar firme para poder estar com ela de novo.

Karina e Pâmela começaram a cuidar de Bruna com muito cuidado, Pâmela, que era enfermeira, realizou uma pequena cirurgia para remover a bala e estancar o sangue. Logo a cirurgia foi um sucesso, porém Bruna desmaiou mais uma vez devido está muito fraca e ter perdido muito sangue.

— Temos que levá-la ao hospital. — Gritou Rodrigo desesperado.

— Vou ligar para a ambulância. — Informou Pedro.

— Alguém vai ter que ir lá fora para mostra o caminho. — Disse Karina.

— Assim que eu terminar essa ligação eu vou para lá. — Avisou Pedro.

Os policiais e os mercenários estavam em carros diferentes, como Miguel e os seus amigos estavam muito próximos um deles teve que ficar para trás a fim de resolver esse problema. Os mercenários desaceleram o seu carro e começaram a soltar tiros em cima do carro de Miguel, ele desviou de quase todos, mas teve alguns que pegaram em partes importantes do carro e acabaram comprometendo os planos de Miguel.

— Rápido, desçam! — Gritou Miguel. — Vai explodir!

Eles se afastaram o quanto puderam e o carro em que estavam explodiu nas suas frentes.

— Depressa! — Gritou Lucas. — Encham de bala o carro daqueles palhaços.

Os meninos também acertaram o carro dos mercenários e estes não tiveram a sorte que eles tiveram, pois os tiros zumbiam por cima deles e foi um acertou o motorista que fez o carro bater.

— Isso! — Gritou Lucas com êxtase. — Agora vocês vão dar tiros no inferno!

— Calma, rapazes! — Respondeu Miguel. — Ainda temos que ir atrás da menina.

— Como vamos achá-la agora? — Perguntou Alan.

— Primeiro temos que…-Miguel iria falar, mas percebeu que Alan estava sagrando, ele tinha levado um tiro na perna, mas parecia que não estava sentido.

— Mano, você levou um tiro. — Informou Miguel.

Alan olhou para a sua perna e descobriu ser verdade.

— Olha, é verdade. — Ele ficou assustado, mas viu que havia sido de raspão e em seguida soltou uma bela gargalhada. — Mais um pouquinho acima e a bala pegaria no saco.

— Venham rapazes, vamos cuidar desse retardado primeiro.

E assim pararam por alguns instantes para cuidar dos ferimentos de Alan e o fizeram com aquele humor incomparável que eles tinham.

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