Ela me levou a uma praia de areia fina e batida, e ainda tem coqueiros e falésias vivas.
— Antônio, elas são chamadas assim devido à ação dos fenômenos naturais que acontecem com as falésias de até 40 metros, a erosão causada pela água do oceano faz com que seja uma estrutura frágil.
— É muito bonito, Beatrice.
Ficamos ali um momento apreciando a beleza dos paredões e eu puxei Antônio para levá-lo conhecer uma casa transformada em museu.
Fundação Casa José Américo, ela mantém até hoje todas as características de quando José Américo de Almeida morou nela, hoje é um centro de pesquisa, estudo e difusão científica.
— Me conta Beatrice quem foi Jose Américo para conseguir ter um museu em sua casa.
— Ele foi um grande romancista, com algumas obras famosas como:
**A Bagaceira ** e teve um filme também **O Homem de Areia**.
— Não sou muito de literatura, mas com você acho que vou descobrir coisas novas.
— Antônio, não precisa ter conhecimento literário para visitar um marco histórico, só ter vontade de conhecer um pouco da história do lugar já é suficiente.
Fomos a um restaurante à beira-mar chamado **Olho de Lula** que serve frutos-do-mar e afins.
Antônio já viajou bastante, mas não é acostumado a comer comida típica, vamos ver como ele se sai comendo frutos-do-mar.
Quando o prato chegou, a cara dele me dizia que ia vomitar assim que provasse, mas ele se controlou e comeu um pouco, resolvi perguntar se ele gostou.
— E aí, o que você achou?
— Vou ser sincero, faço por você, mas não quero vir aqui nunca mais.
Olhei para ele seriamente e disse:
— Que desfeita, eu te trouxe em um lugar que serve comida afrodisíaca para te fortalecer e você fala que não vai voltar mais?
Ele fica olhando para aquela comida e me diz:
— Eu não preciso disso, mas se um dia eu precisar, eu te prometo que volto aqui e como tudo o que for posto na minha frente.
— Tudo bem, Antônio, eu vou tentar não levar a mal, porque só pensei em seu bem-estar.
Ele me puxou no colo e me disse:
— Sente se preciso que você se preocupe com meu bem-estar.
Levei a mão rente ao meu corpo para que as pessoas não vissem o que eu ia fazer e peguei o amigo do meu noivo, que soltou um gemido.
— Beatrice, o que você está fazendo?
— Testando se você precisa de mais um pouco de frutos-do-mar ou não.
Comecei a apalpar meu noivo, e sem querer ele gemeu encostado com a cabeça no meu ombro.
— Você já satisfez sua curiosidade agora para, estamos em pleno restaurante, preciso relaxar para poder sair da mesa.
— Só mais um pouquinho, fica quietinho que ninguém vai perceber.
Continuei massageando-o, o garçom veio na mesa perguntar se queríamos mais alguma coisa. Antônio estava segurando a mesa para não perder o controle, eu falei para o garçom.
— Meu noivo está com um pouco de dor de cabeça, pode nos deixar a sós, por favor.
Beijei os lábios dele e continuei minha massagem.
— Beatrice, estou ficando louco, por favor pare, senão vou gozar em minha roupa.
Tirei a mão e abracei-o pelo pescoço.
— Acho que devemos ir embora agora, o que você acha?
— Vi uns lugares ali na praia para trocar de roupa, acho que quero passar lá primeiro.
— Não, Antônio, você ficou louco.
— Você começou, agora vai ter que acabar, ou lá, ou aqui no banheiro do restaurante, escolhe…
— Lá, pelo menos, podemos fechar a porta.
Antônio pagou a conta e fomos em direção ao lugar destinado para as pessoas trocarem de roupa, entramos em um cubículo daquele e fechamos a porta. Antônio desceu o short deixando o amigo dele de fora, eu levei a mão para pegar e ele fez que não.
— Não entendi, você não quer que eu te ajude?
— Sim, Ragazza, mas com a boca, chupa.
— Você quer que eu chupe, mas eu nunca fiz isso.
— Tudo tem uma primeira vez, eu também nunca tinha sido tocado em um restaurante, ajoelha e chupa, pensa que é um sorvete e você tem que enfiar inteiro na boca para não escorrer e não pode usar os dentes.
— Acho que entendi, como se fosse um sorvete, eu gosto muito de sorvete.
Ela olhou para baixo, ajoelhou e lambeu a cabeça, passou a língua na lateral de baixo para cima, pegou ele com a mão e foi enfiando na boca.
Eu quase perdi os sentidos, porque em vez dela enfiar de uma vez na boca, ela foi pondo aos poucos, como se estivesse mesmo chupando um sorvete.
Quando chegou no fim, ela voltou tirando, eu coloquei a mão na nuca dela e fiz o movimento de vai e vem. Soltei para ver se ela havia entendido e me perdi no movimento, não precisou muito para que eu terminasse o que havia começado, e ela ficou olhando, eu me contorcendo todo em êxtase, acabando de me aliviar.
Ela levantou e me perguntou se eu estava bem.
— Acho que nem quando era adolescente fiz uma loucura dessas, você é minha perdição.
Minha Ragazza ficou vermelha de vergonha, não sei como vou conseguir ficar longe dela na Itália, estou viciado em cada descoberta que ela faz.
— Vamos voltar para casa e descansar, que nosso voo sai de manhã.
— Vamos, Antônio, estou cansada.
Voltamos em silêncio para casa e comecei a ficar apreensivo com o silêncio dela. Quando chegamos, ela foi em direção à casa principal, eu corri e segurei o braço dela.
— Você não vai dormir comigo?
— Vou lá na casa ver se minhas malas estão prontas, e se mais tarde der, venho ficar com você, senão nos vemos amanhã cedo.
Virou as costas e foi para dentro, senti uma tensão no olhar dela, posso ter visto errado, mas acho que tem algum pensamento em conflito na mente dela.
“Lara”
Depois do que fizemos na praia e do dia que passamos juntos, comecei a pensar que vai ser muito difícil voltar ao Brasil e largar Antônio, eu estou gostando dele, mas e ele? O que será que sente por mim? Não vou falar de sentimentos com o Capo, ele vai me afastar na mesma hora.
Entrei em casa e minha mãe veio falar comigo.
— Filha, você concorda mesmo com essa história de ir para a Itália?
— Mãe, quem vai enfrentar Don Antônio Maori? Vou com ele e, se não der certo, ele me traz de volta.
Minha mãe começa a chorar, me abraça e pede desculpas.
— Desculpa, minha filha, nunca imaginei que ia ser tão difícil te deixar ir.
— Vou ficar bem, a senhora me criou para viver essa vida, eu vou dar conta.
— Você sabe que ele mora com a mãe dele?
— Sim, sei, e o pouco que estudei sobre ela parece uma dama de ferro.
— Não sei como ela está absorvendo esta história, mas fica esperta com ela. Quando morei lá, ela não perdia a oportunidade de me diminuir.
— Pode deixar, ela vai se tornar minha aliada sem saber, isso se estivermos certas e ela não quiser o casamento.
— Filha, cuidado com o que você vai fazer, só se afasta do Antônio se realmente você tiver certeza de que é isso que você quer, não vai ter volta, ele é um homem poderoso e não vai se deixar humilhar por ninguém, muito menos por uma mulher.
— Vou resolver os problemas conforme forem aparecendo.
— Já sei com aquela história de próximo passo. Você vai dormir aqui hoje?
— Acho melhor não, ele pode desconfiar das minhas intenções, hoje ainda serei a noiva boazinha, mas a partir de nossa chegada na Itália ele vai conhecer meu lado ruim. E minha história de qual o próximo passo sempre deu certo.
Abracei minha mãe, me despedi e fui ao encontro de meu noivo.
Passei na cozinha, preparei alguns lanches e suco de manga e fui para o chalé.
Só com você, Antônio, que não consigo prever seu próximo passo.
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Atualizado até capítulo 47
Comments
Jocilene Santos
mulher tu já gosta dele tem q ficar de olho é na sogra q com certeza vai querer colocar concubina no teu lugar
2025-03-23
3
Beth Silva
Lara vc está apaixonada pelo Antônio como ele está por vc. Só fica esperta com a mãe dele. ela é cão chutando manga.
2025-03-27
1
Renata Nascimento
acho q vc está sendo precipitada c isso é vai acabar magoando os dois
2025-03-22
1