“Antônio”
Esperei-a dormir e tirei as almofadas do meio da cama, virei e fiquei por um tempo a observando dormir, tão linda, tão tranquila, mas sei que vou ter dias tumultuados pela frente.
Quando contar para ela que vou voltar para a Itália no final de semana e que ela vai comigo, consigo até ver as garras dela saindo e me atacando, mas não posso te deixar aqui, não vou conseguir dormir tranquilo com você tão longe de mim. E agora desperta para os prazeres físicos.
Mas, por agora, também não vou conseguir dormir com você tão perto e eu não poder te tocar como gostaria.
Mesmo achando que não iria dormir, dormi e acordei sentindo Beatrice encostada em mim, cheirando meu peito.
Abaixei a cabeça devagar para não acorda-lá no seu sonho. Ela começou a me acariciar, desceu a mão até meu abdômen e subiu de novo até meu peito, subiu no meu rosto e tocou minha cicatriz.
— Meu Don, você é lindo, como vou conseguir resistir a você?
Fiquei parado porque sei que ela está achando que está sonhando, então você sonha comigo. Resolvi testar a minha teoria, abaixei a cabeça e beijei-a nos lábios.
— Por que você está tão contido? Ontem, quando sonhei com você, sua mão me tocava em lugares inimagináveis, hoje só um beijinho casto?
Resolvi mostrar para ela o que realmente estava acontecendo.
— Porque você não está sonhando, e eu não sei direito como tratar você.
Beatrice arregalou os olhos e se afastou de mim.
— Como isso pode ter acontecido? Cadê as almofadas?
— Fiquei com calor e tirei.
— Você é sem vergonha, fez deliberadamente.
— Só tirei as almofadas, o resto quem fez foi você, e conta para mim o que faço com você em seu sonho.
— Não faz nada.
— Não foi o que você disse, onde minha mão te tocou? Fala que posso realizar todos os seus sonhos.
Vi ela ficando vermelha e ameaçando fugir, só não fez porque passei a perna por cima dela e a prendi na cama.
— Antes de você fugir, quero um beijo de bom dia.
— Você já me beijou agora há pouco.
— Não valeu, você achou que estava dormindo, quero que você me beije sem eu te obrigar.
— O que eu ganho com isso?
— Meu melhor sorriso.
— Isso é pouco, quero mais.
— O que você quer, Ragazza?
— Quero sair desse quarto, nunca fiquei tanto tempo sem fazer nada.
— Se você me beijar, eu te levo ao jardim ver os beija-flores.
Ela pensou e veio mais perto e me beijou, exatamente como fiz a primeira vez, lambeu meu lábio primeiro, depois começou me beijando de leve e quando a língua dela entrou em minha boca para brincar com a minha, eu fiquei sem ação.
Levei a mão na nuca dela e retribuí o beijo até ficarmos sem fôlego.
— Ragazza, você me enlouquece.
— Não esquece, você prometeu me levar ao jardim ver os beija-flores.
— Vou levar, logo depois do café da manhã.
Vi ele fazendo uma ligação avisando que não vai à reunião, que tem um compromisso importante, sentamos, tomamos nosso café da manhã, Tony colocou calça jeans, regata azul, tênis, a única marca de que é o Capo é a boina.
Coloquei um vestido vermelho, sandália.
Ele colocou a bandeja do lado de fora para a empregada poder buscar, me pegou pela mão e fomos em direção ao pergolado. Chegamos lá, ele sentou e me puxou no colo dele.
— Ragazza, você me deve um agradecimento.
— Não, eu já te paguei de manhã, você me pediu um beijo e eu te dei.
Ele sobe a mão pela minha coxa, vai até minha intimidade, eu tentei levantar, mas Tony não deixou.
— Você fica muito gostosa de vestido, adorei esse vermelho em contraste com sua pele branca.
— Vou usar mais vezes, se isso te deixa feliz Don.
— Você está muito boazinha, o que você está tramando?
— Se brigo, você acha ruim, se fico calma, você desconfia.
— Conheço pouco de relacionamentos, mas pelo que vejo da minha mãe, ela não se acalma tão rápido. E quando faz é porque tem algum plano maligno.
— Posso ser diferente, talvez eu veja que não tenho saída, que sou sua e acabou.
— Você é inteligente demais, minha Ragazza, astuta, mas vou te dar o direito à dúvida, mas já vou te alertar, não tenta fugir de mim, senão quem vai pagar vai ser sua família.
“Lara”
Eu tentei, mas não tem jeito, o Capo sempre aparece e estraga tudo. Já que vou ter que viver esse casamento, pensei em pelo menos ser amiga dele, mas além de desconfiar de mim, ainda ameaçou minha família, levantei-me do colo dele e fui em direção ao chalé.
— Beatrice, aonde você vai?
— Para minha prisão, Don. É o único lugar onde não arrisco machucar alguém com minha imprudência.
Corri atrás dela e segurei seu braço tentando entender essa mulher.
— Olha para mim, Beatrice, não quis te ofender, mas fui sincero, não vou ficar sem você, sei que você ainda não me ama, mas com o tempo vai me amar, quero ser o único pensamento seu na hora que você acorda e o último quando vai deitar.
— Acabou…?, porque se já acabou, posso ir para minha prisão Don.
— Me chama de António ou Tony, não precisa me chamar de Don.
— Desculpa se te ofendi, que jeito o senhor prefere ser chamado?
— Meu Deus, mulher, por que você é tão esquentada?
— Desculpa, senhor, eu não pretendia ser esquentada, se o senhor preferir, eu mudo, serei menos esquentada.
“Antônio”
Perdi a paciência, peguei-a no colo e dei um beijo de punição, porque não consigo lidar com esse jeito submisso dela, sei que só está falando assim comigo porque quer me tirar do sério, e acaba de conseguir.
Então, dei um beijo violento, apertei tanto os braços dela que tenho certeza de que mais tarde, quando eu ver as marcas, vou me arrepender, mas ela consegue me tirar do sério. Só parei porque ouvi ela choramingar, e quando me afastei, vi sangue em seus lábios.
Levei-a de volta ao chalé, fechei a porta e saí meio sem rumo. Será que a machuquei? Mas também ela mereceu, não sabe com quem está lidando, vai pensar duas vezes da próxima vez. Sou a porra do Capo ela tem que me obedecer.
Droga, se a machuquei agora, ela vai ficar brava de verdade.
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Atualizado até capítulo 47
Comments
Gigliolla Maria
pior que vai memso .mas ela esta apaixonada por ele.
2025-03-31
1
Izaura Pessi
Ele vai comer o pão que o diabo 👿👿👿 amassou kkkkkllkk
2025-03-29
1
Ana Lúcia De Oliveira
ela não é fácil, debochada, petulante
2025-03-25
2