Você é minha e de mais ninguém.

“Lara”

Vi ele por um pouco de arroz, feijão e um filé ao ponto na minha frente e começar a comer. Minha barriga está roncando porque ele me fechou no chalé cedo e só voltou à noite. Vou comer, mas não vou parar de ser rebelde.

— Só vou comer porque vou precisar de forças para fugir de você, quando tiver chance.

— Isso… Coma para conseguir fugir de mim e da atração que sentimos um pelo outro.

— Isso é só porque nunca tive outro homem, assim que conseguir beijar outro, seu poder sobre mim vai acabar.

— Não seja louca de deixar outro homem te tocar, não gosto de dividir o que é meu, e você é minha.

Resolvi não o irritar porque é bem capaz de me deixar sem comer, peguei os talheres e comecei a comer, não sei se é a fome, mas a comida está uma delícia, coloquei um pedaço do filé na boca e, quando senti o gosto, soltei um gemido.

Ergui a cabeça e Tony está me encarando, lambe os lábios e não tira os olhos de mim, sei que estou ficando vermelha de vergonha.

— Para de me olhar assim, Tony.

— Assim como?

— Desse jeito que você está me olhando.

— De que jeito estou te olhando, Ragazza?

— Como se eu fosse esse filé e você estivesse com muita fome.

— É bem assim que me sinto, com vontade de provar você todinha.

Abaixei a cabeça e continuei comendo para ver se consigo parar de sentir borboletas no meu estômago.

Acabei de comer, peguei uma troca de roupa na mala e fui me fechar no banheiro. Pelo menos no banheiro, estou sozinha.

Liguei o chuveiro, tirei minha roupa e entrei na água, sentei no chão embaixo d'água e me perdi em pensamentos.

Tony vai ser meu marido, eu não sei se sinto alguma coisa de verdade por ele ou se é só uma ilusão porque nunca havia tido contato com outro homem. Não tenho muita opção, vou deixar as coisas acontecerem e vamos ver onde isso vai dar.

Ele me conhece mais que meus pais que conviveram comigo a vida toda, não é um homem agressivo, irritei-o de várias formas, mas não perdeu a paciência, ouvi bater na porta, mas não respondi, não estou a fim de falar com ele.

De repente, a porta se abre em um estrondo e Tony entra com tudo no banheiro, agacha perto de mim, me abraça sem se importar com a água que molha a roupa dele.

— Ragazza, você está bem?

Ergue meu rosto, olha meus pulsos e aí a respiração dele muda porque acho que caiu em si que estou nua e agora no colo dele, que senta no chão e não me deixa sair.

— Me solta, Tony, eu estou bem. Isso não está certo.

— Fica aqui só mais um pouco, eu fiquei desesperado achando que você poderia ter tentado se matar, mas agora estou sentindo um calor me consumindo. Beatrice, você é linda.

Desceu a mão e tocou meu seio, continuou descendo até minha intimidade, começou a fazer massagem em mim, eu preciso pensar rápido antes que meu corpo sem vergonha se entregue para ele.

— Tony, nosso acordo começa quando eu fizer 18 anos e ainda não fiz, por favor, pare.

— Você sabe que isso é só uma formalidade, que, se você me permitir, começamos nosso casamento hoje.

 — Não quero, prefiro esperar. E, pelo que entendi das leis da máfia, você vai ter que provar que sou virgem, senão nosso casamento é anulado.

— Tudo bem, você tem razão, vou saber te esperar, mas vou te dar prazer o suficiente para você me querer na sua cama antes de chegar o final do ano. Relaxa e aproveita a sensação que vou te causar agora, minha Ragazza.

Com uma mão no meu seio e a outra no meio das minhas pernas, ele me colocou em chamas. Quando achei que tinha acabado, ele enfiou um dedo em mim, eu assustei, tentei tirar a mão dele.

— Calma, Ragazza, não vou te machucar, só relaxa.

Parei de me debater e comecei a sentir o dedo dele entrando e saindo de mim.

— Rebola para mim, Ragazza.

Comecei a mexer o quadril em direção à mão dele.

— Isso, continua e não tenta esconder de mim o que você está sentindo, geme que quero ouvir, igual você gemeu comendo aquele pedaço de carne.

Eu, mais por instinto do que por saber, gemi igual ele pediu, me senti indo do céu ao inferno, e comecei a tremer no colo dele. 

Depois que passou, eu ainda podia sentir a parte dura dele trombando em minha bunda, mas não me atrevi a perguntar nada.

Ele me ajudou a acabar de me lavar e me deixou sair, ficou lá no banheiro mais um tempo e eu consegui ouvir ele gemer e falar meu nome, acho que estava fazendo o que fez comigo, mas agora com ele.

Me troquei e fiquei em pé olhando a cama sem saber ao certo o que fazer. 

Tem um sofá pequeno, peguei um cobertor e me amontoei no sofá, de jeito nenhum vou dormir com ele.

Fingi dormir, vi ele saindo do banheiro e se vestindo. Não vi ele de frente, mas a bunda firme vi e nossa, que bunda bonita, será que a frente é igual?

Quando ele se virou, eu fechei os olhos e fiquei parada.

— Beatrice, vem dormir na cama, eu sei que você não está dormindo.

 — Estava, sim, você que é muito barulhento e me acordou.

 — Tá bom, não quero voltar a brigar com você, vem dormir na cama, que lado você prefere?

— Não vou dormir na cama com você, não somos casados.

— Já fizemos várias coisas de casados sem ser, qual vai ser o problema de dormirmos juntos? Prometo não fazer nada que você não queira.

Pensei um pouco e passar a noite toda naquele sofá minúsculo não me pareceu uma boa ideia, então peguei algumas almofadas e construí uma barreira no meio da cama.

Vi Tony rindo.

 — Durmo do lado de cá e você desse lado aí, não se atreva a romper a barreira.

Ele começou a rir, balançou a cabeça.

— Tudo bem, não vou me atrever, você é muito engraçada.

 — Por quê? Só porque gosto do meu espaço?

 — Porque te vi pelada, agora está cheia de dedos para dormir comigo.

 — Você me pegou desprevenida, não foi escolha minha. E manda arrumar a porta que você destruiu.

— Bem que você gostou! Fala a verdade.

— Foi diferente, mas não tenho certeza se gostei.

 — Da próxima vez, vai ter que me pedir, senão não vou te satisfazer.

— Não vai ter próxima vez, mantenha suas mãos grandes bem longe de mim.

— Vamos dormir, Ragazza, que essa conversa está me dando algumas ideias de como te mostrar o tanto que vou ficar longe de você.

— Não esqueça de arrumar a porta do banheiro.

— Eu não achei que ficou feio, acho que vou adotar, assim ficou melhor, não precisamos de porta.

**Alguns momentos antes.

Ela é irritante, está fazendo de tudo para me tirar do sério, mas não vai conseguir.

Saiu da mesa, pegou uma troca de roupa e foi para o banheiro.

Comecei a juntar as coisas para colocar ao lado da porta para a copeira levar, mas dei falta de uma faca. Será que Beatrice seria doida ao ponto de se machucar só para sair daqui?

Tentei ouvir no banheiro e só escutei o som da água. Chamei e nada, bati e continua tudo quieto, se ela se matou, eu vou morrer, não posso perder minha Ragazza agora, bati de novo, contínua sem resposta.

Me afastei e arrumei, enteei com tudo no banheiro e Beatrice está sentada no chão, puxei-a em meu colo e olhei o pescoço e os pulsos, nada cortado.

Ai, vi o problema que arrumei, ela está nua em meu colo, como vou sair daqui sem a tocar?

Não sei se por medo ou sei lá, mas parece ter mais juízo que eu, me lembrou que tem que estar virgem para que nosso casamento seja aceito.

Só fiz com que gozasse e gemesse em minhas mãos, vão ser os seis meses mais longos da minha vida.

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Comments

Ana Lúcia De Oliveira

Ana Lúcia De Oliveira

tem que achar a faca, ela é doidinha

2025-03-25

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