“Lara”
Entrei em casa, já estava escurecendo, meu pai me olhou feio e disse:
— Você não acha que está passando muito tempo no jardim?
— É o único lugar em que tenho paz e posso ser eu mesma, com meus beija-flores.
— Sei, beija-flores, acho que amanhã seu segurança vai estar de volta.
— Ele já sarou? Que pena, eu estava gostando da liberdade.
— Posso deixar você livre mais alguns dias se você quiser.
— Pai, o senhor está estranho, mas aceito, me deixe mais alguns dias livre, logo me casarei e aí não vou conseguir mais ser feliz.
— Tudo bem, vou te dar mais uma semana. E toma seu banho e vem jantar conosco. Seu irmão está aqui e você nem falou com ele.
— Eu já volto.
Não entendi meu pai, sempre me vigiou de perto, agora me dá liberdade, tudo bem que é no jardim da mansão, mas nunca fiquei sozinha. Vou descer jantar com eles, preciso manter meu pai de bem comigo, será que ele está diferente porque meu irmão está aqui?
“Antônio”
Vou levar Beatrice no parque, mas preciso organizar com os pais dela, porque ela tem que achar que estamos indo escondidos. Esperei ela acender a luz do quarto, então entrei na casa, vi D. Cristina, fui ao encontro dela.
— Boa noite, D. Cristina, preciso que vocês me ajudem, quero sair com Lara, mas ela tem que achar que estamos fugindo para não desconfiar de mim.
— Aonde você vai levar minha filha?
— A senhora não tem que se preocupar, ela vai estar comigo, só quero que, a hora que eu der o sinal, vocês tirem os guardas do portão para podermos sair sem problemas.
— E qual vai ser o sinal?
— Te mando uma carinha feliz.
— Combinado.
— Outra coisa, manda a professora que bateu na mão da Lara embora, não quero ela sendo agredida em meu nome.
— Vou mandar, agora vai, que ela vai descer jantar conosco.
Saí e fui para o chalé, mas quando passei, a luz do quarto de Beatrice ainda estava acesa, resolvi fazer uma visita, grudei na trepadeira e desci na varanda do quarto dela.
Olhei pelo vidro e vi ela de pijama, sentada na beira da cama, parece meio alheia a tudo, entrei e demorou um pouco para ela me ver, ficou assustada e foi até a porta do quarto e trancou.
— Você é louco, o que está fazendo aqui?
— Vim te dar boa noite, Ragazza.
— Já deu, pode ir embora agora.
— De jeito nenhum, quero um beijo, senão vou ficar aqui.
— Tenho que descer, para jantar com meu irmão.
Deitei-me na cama dela e fiquei esperando ver o que ela ia fazer.
Veio até onde eu estava e subiu em cima de mim, levou a mão para tirar meu cabelo do rosto, levei a mão para segurar a mão dela.
— Ou você deixa eu tirar o cabelo, ou não tem beijo.
Pensei um pouco, fechei os olhos e tirei a mão. Senti ela passando a mão pelo meu rosto e tirando meu cabelo.
Fiquei ansioso porque ficou um silêncio, abri os olhos e ela estava a centímetros prontamente para beijar minha cicatriz.
Começou beijando perto da orelha e desceu até o queixo, subiu e me olhou nos olhos.
— Você é muito bonito.
Não vi medo ou nojo no olhar dela, vi desejo, peguei ela pela cintura e girei, deixando-a por baixo, beijei o pescoço e subi para os lábios, comecei beijando de leve.
— Beatrice, vou aprofundar um pouco o beijo, se você não gostar, é só me empurrar que eu paro.
— Tudo bem, me mostra.
Voltei a beijá-la no pescoço e fui subindo, cheguei nos lábios, forcei minha língua na boca dela e comecei a brincar com sua língua.
No começo, ficou parada, achei que ia me empurrar, mas passou as mãos pelos meus cabelos e me puxou para mais perto. Enfiei a mão e subi por dentro da blusa do pijama até perto do seio.
Meu amigo já estava a ponto de bala, aí lembrei que não posso fazer isso com ela, parei e saí sem dizer nada.
“Lara”
Por que será que ele foi embora? Eu estava gostando, será que fiz alguma coisa errada?
Amanhã, ele vai ter que me contar o que aconteceu.
Minha mãe veio me chamar para jantar, eu já tinha esquecido.
Me troquei rápido e desci, já estavam todos na mesa. Cumprimentei e me sentei, estou distraída, não estou conseguindo me concentrar na conversa. Ainda sinto a língua de Toni na minha boca.
Minha mãe falou comigo, me trazendo de volta dos meus pensamentos.
— Beatrice, seu irmão falou com você.
— Desculpa, Rodrigo, o dia foi cansativo, estou aérea.
— Não precisa se desculpar, só te perguntei se está empolgada para conhecer a Itália.
— Não, gosto do Brasil, odeio frio, acho que não vou me adaptar, fala para o Don achar uma noiva melhor que eu.
Meu pai deu um tapa na mesa.
— Estava ótimo, enquanto você não abriu essa sua boca, vá para seu quarto, menina ingrata. Não escute o que ela fala, minha esposa mimou Lara demais, agora acha poder falar o que quer.
— Não tem problema, pai, ela é nova, vai aprender a respeitar as leis da máfia.
Subi para meu quarto ainda escutando Rodrigo falando que vou aprender a respeitar as malditas leis, onde a mulher tem que se submeter a todas as vontades do marido.
Fui dormir e sonhei de novo com o Tony. Nossa, acordei suada, eu estou ficando louca, sinto falta das mãos dele em mim, fico molhada só de pensar nele. Será que isso é tesão que eles falam nos filmes? Liguei meu notebook e fui pesquisar, digitei, “tesão” apareceu:
tesão · 1. rijeza, tesura · 2. Figurado força · 3. Figurado impetuosidade.
Não consegui entender nada, outra coisa para perguntar para o Tony.
Desliguei e voltei a dormir, hoje é quinta-feira, tenho aula de defesa pessoal, nem sei porque sempre tenho os seguranças para me defender, se duvidar até água pegam para mim.
Com a professora Luciana, eu gosto dela, sempre fala comigo normalmente, me sinto um ser humano quando estou com ela.
Resolvi ficar ligada para não me machucar, assim mesmo ela conseguiu me dar um tombo, mas dei o golpe que dei no Tony e a imobilizei.
— Muito bem, Lara, você conseguiu dar o golpe com perfeição, mas lembre-se, se não conseguir, chute o saco que homem nenhum aguenta.
— Não vou esquecer.
“Antônio”
Vi Beatrice passando com uma roupa justa, parecia roupa de luta, resolvi segui-la, quase morri de orgulho quando vi ela dando o golpe na professora, só não gostei do conselho, se ela resolver me chutar, não vou poder mais ter filhos.
Saí dali pensando em como a vida dela é chata, só estuda, mas vou mudar isso, quando nos casarmos, vou levá-la passear e conhecer vários lugares na Itália.
Fui cuidar do jardim, mas já plantei todas as rosas e comprei uma muda exclusiva para minha Ragazza. Sua cor é azul, que representa mistério, espiritualidade e o alcance do inatingível, o qual é o que Beatrice é para mim no momento.
Estava distraído, olhando meu pé de rosa azul, e ouvi Beatrice me chamar.
Virei-a olhar, ela estava parada a mais ou menos dois metros de distância, com um vestido verde e sandálias, os cabelos negros soltos até o meio das costas. Eu não resisti, me aproximei e enfiei a mão nos cabelos dela, trouxe para mais perto de mim, e seu perfume tomou conta do meu corpo.
Abaixei para cheirar seu cabelo, ela virou o rosto e me beijou, eu a agarrei pela cintura e me perdi naqueles lábios sedentos por conhecimento.
Quando consegui parar, estávamos ambos sem fôlego, ela me pegou pela mão e me puxou para o pergolado, sentou-se comigo no banco, empurrou todo meu cabelo para trás e me disse:
— Não se esconda de mim, eu quero ver seu rosto inteiro.
— Vou tentar me acostumar. Você se vestiu assim para mim?
— Não para meu noivo, O que você acha? Claro que foi para você
--Está linda, minha Ragazza.
— Preciso te fazer algumas perguntas.
— Pode perguntar Ragazza.
— Quando você esteve no meu quarto ontem, por que você foi embora?
Vi ele tentando arrumar uma explicação.
— Não minta para mim, Tony.
— Fiquei excitado e achei melhor te deixar sozinha antes que fizesse alguma coisa estúpida.
— Como você sabe que ficou excitado?
— Por que sei, por que você está me perguntando isso?
— Porque acho que também fiquei.
Comecei a entender onde essa pergunta ia dar, mas não impedi, quero poder sanar todas as dúvidas dela.
Mas não sei como explicar certas coisas para ela.
— Conta o que você sentiu, para eu saber te dizer se você ficou excitada.
— Quando você me beijou pela primeira vez, eu cheguei em casa e tive que trocar minha calcinha porque ela ficou molhada.
De noite, foi pior, senti como se estivesse perdendo o fôlego. Além de molhar minha calcinha, senti uma coisa no meio das pernas, parece um tipo de dor, ou necessidade, o que você acha?
— Você ficou excitada, é normal o corpo se preparar para o ato e umedecer a região.
— Que ato?
— Vou te mostrar, depois você pode fazer sozinha, mas se você se assustar, eu paro e acabamos outro dia.
— Tá bom.
Trouxe-a no meu colo, desci a mão pelo braço dela e subi, fazendo com que se arrepiasse.
Peguei sua cabeça e puxei, comecei beijá-la, ela foi relaxando conforme fui aprofundando o beijo.
Desci minha mão e coloquei em sua coxa, fui subindo até tocar em sua intimidade, ela tentou fechar a perna, parei a mão e o beijo.
— Você quer parar?
— Não, continua, só me assustei, mas quero entender.
Fiquei olhando nos olhos dela e fui subindo a mão até que achei sua calcinha.
Massageei por cima e, quando ela relaxou, abriu a perna para mim.
Puxei a calcinha de lado e toquei seu clitóris, fui fazendo círculos até que ela fechou os olhos e começou a se contorcer em meu colo.
— Aí, Tony, o que é isso?
— Calma, Ragazza, logo você vai chegar ao clímax, deixe a sensação te dominar.
Vi minha Ragazza sentir prazer em meus braços pela primeira vez, e foi tão bom, sei que é minha e não vai ser de mais ninguém.
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Atualizado até capítulo 47
Comments
Ana Lúcia De Oliveira
Ela vai pirar, vai ser uma guerra, não vai querer casar com o Don, vai querer o jardineiro
2025-03-25
1
Marcia 🌻
Autora quando Ele vai falar que é o noivo dela 😊😊 acho que Ela vai ficar muito brava 😊😊😊
2025-03-05
5
Angelica Cristina
Conta logo quem é.
e talvez ela te perdoe logo.
2025-03-26
1