Jade Sinclair
Os papéis espalhados pela minha mesa eram como um campo de batalha, uma visão caótica de tudo que eu estava tentando salvar. A gravadora que meu pai havia construído com tanto esforço estava em risco, e eu precisava encontrar uma solução rapidamente. Cada contrato, cada acordo pendente era uma bomba-relógio prestes a explodir se eu não agisse.
Carla entrou na sala, ao som de seus saltos ecoando no piso de madeira enquanto ela carregava uma pasta volumosa. O olhar dela, normalmente calmo e seguro, estava carregado de preocupação.
— Jade, consegui as informações que você pediu sobre as ações do seu ex — disse ela, colocando a pasta diante de mim. — Foram adquiridas por uma empresa chamada Ashford arquitetura.
Eu senti meu estômago afundar. Ashford arquitetura. Esse nome já havia surgido várias vezes nos últimos meses, sempre com propostas de compra que eu recusava sem pensar. Não estava disposta a vender o legado do meu pai para ninguém, especialmente para uma corporação impiedosa como essa, conhecida por devorar empresas menores e transformá-las em algo irreconhecível.
— Ashford Arquitetura? Eles de novo? — murmurei, abrindo a pasta e passando rapidamente pelos documentos. — Eles não vão desistir, não é?
Carla balançou a cabeça, franzindo a testa. — Parece que não. Eles têm sido bastante persistentes. Não importa quantas vezes recusamos, eles continuam voltando com novas ofertas.
Minha mente começou a trabalhar em alta velocidade. Eu sabia que precisava de um plano. Se Ashford estava se movimentando desse jeito, havia algo grande por trás. Não era apenas uma tentativa casual de expansão; havia um motivo pessoal envolvido. Pelo que sabia, o CEO da empresa, Richard Ashford, era um homem frio e calculista, alguém que fazia o que fosse necessário para conseguir o que queria.
— Precisamos descobrir mais sobre os interesses do Richard Ashford nisso tudo — declarei, fechando a pasta com um estalo. — Não é só pelo dinheiro. Ele está mirando diretamente em mim, e eu quero saber o porquê.
Carla assentiu e ajustou os óculos, seu olhar determinado. — Eu posso agendar uma reunião com alguém da empresa. Talvez possamos ir até lá e exigir algumas respostas.
A ideia de enfrentar Richard Ashford cara a cara era intimidadora, mas eu sabia que era a única maneira de proteger o que meu pai havia deixado para mim. Respirei fundo, reunindo coragem.
— Vamos agora. Não vou esperar enquanto eles tentam engolir minha gravadora — decidi, pegando meu casaco e a pasta. — Vamos descobrir exatamente o que Richard Ashford quer com a nossa empresa.
O caminho até a Ashford Arquitetura foi rápido, mas minha mente estava a mil. O prédio imponente da empresa refletia o poder que Richard Ashford acumulou ao longo dos anos. Assim que entramos, Carla e eu fomos guiadas por uma recepcionista eficiente até uma sala de reuniões luxuosa, decorada com um estilo minimalista que exalava riqueza e controle.
Eu esperava ver Richard Ashford, mas em vez disso, um assistente entrou na sala. Ele parecia despreocupado, quase indiferente, o que só aumentou minha frustração.
— Senhorita Sinclair, o senhor Ashford não pôde comparecer hoje. Mas posso garantir que nossa oferta é justa e visa beneficiar todas as partes envolvidas — disse ele com um sorriso calculado.
— Quero falar com Richard Ashford pessoalmente — interrompi, minha voz firme. — Não vou discutir o futuro da minha empresa com um intermediário. Ele deve a mim e ao meu pai, que construiu essa gravadora do zero, o mínimo de respeito de uma conversa direta.
O assistente manteve a calma, mas eu podia ver que ele estava tentando encontrar uma resposta adequada. — O senhor Ashford é um homem muito ocupado, mas eu posso passar sua mensagem.
Olhei para Carla, que me deu um leve aceno, apoiando minha decisão. Eu sorri, olhando diretamente para o assistente. — Diga ao senhor Ashford que não estou com nenhuma intenção de colocar a minha empresa à venda. E se ele quer realmente essa conversa, que venha pessoalmente.
Saí da sala com Carla ao meu lado, o barulho da minha cadeira de rodas ecoando pelo corredor. Podia sentir o olhar dos funcionários sobre nós, mas não me importava. Tudo o que importava era proteger o legado do meu pai. Richard Ashford não sabia com quem estava lidando, mas ele aprenderia. Eu iria lutar com tudo o que tinha, e ele não ia conseguir destruir o que minha família construiu.
Enquanto saíamos do prédio, uma sensação de determinação tomou conta de mim. A batalha estava apenas começando, e eu estava pronta para cada desafio que viesse.
Continua...
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Atualizado até capítulo 32
Comments
Damares🧚🍃
que comece a batalha 👏🏽👏🏽👏🏽
2025-02-23
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