Greg Ashford
Naquela noite, enquanto jantava com Jade e Carla, algo na Jade me chamou a atenção. Ela era diferente das mulheres com quem eu estava acostumado. Havia um ar de determinação e independência, algo que parecia inabalável, mesmo diante de tudo que ela tinha passado. E, de algum jeito, isso me intrigava.
Não era só a história dela, embora eu soubesse dos rumores sobre o acidente e como ela perdeu o noivo logo depois. Não, era o jeito que ela lidava com tudo aquilo, como se as dificuldades fossem apenas obstáculos a serem superados, e não desculpas para desistir. Eu fiquei observando seus gestos, sua maneira de falar, e uma pequena parte de mim, uma parte que eu normalmente ignorava, começou a se perguntar se, talvez, tivesse me metido em algo mais complicado do que eu imaginava.
Quando o jantar terminou, nos despedimos educadamente, e eu fui para casa. Mas, diferente das noites anteriores, não consegui simplesmente desligar minha mente. Jade ocupava meus pensamentos, e por mais que eu tentasse afastar a imagem dela, aquela curiosidade permanecia. Como seria fingir ser seu fisioterapeuta? E, mais importante, qual seria a melhor estratégia para convencê-la a vender a empresa?
Eu sabia que o meu pai esperava resultados rápidos, e Jade era o maior obstáculo para conseguir o que ele queria. Eu precisava ser convincente, mostrar que ela tinha muito a ganhar se me deixasse ajudá-la a encontrar uma saída, ou pelo menos fazer com que ela confiasse em mim o suficiente para considerar as minhas sugestões. Eu convenci-me de que, ao final do dia, era só mais um negócio. Não importava quem ela era, só o que ela possuía…
Na manhã seguinte, acordei cedo, determinado a manter o foco. Corri pela cidade, sentindo o vento frio do amanhecer no rosto, tentando me livrar dos pensamentos que ainda teimam em girar em torno dela. Depois da corrida, um café da manhã foi reforçado para me preparar para o dia que tinha pela frente. Eu me vesti com um dos trajes esportivos que o verdadeiro fisioterapeuta havia recomendado, tentando ao máximo parecer autêntico, e dirigi até a casa de Jade.
Assim que cheguei, fui recebido por Carla, que me apresentou como se eu fosse um especialista de confiança. Jade estava na sala, esperando, com uma expressão que misturava ceticismo e resignação. Ela não estava totalmente confortável com a ideia, eu podia ver isso, mas ainda assim, aceitou a ajuda. Eu segui o que o verdadeiro fisioterapeuta havia me ensinado — alongamentos, massagens, exercícios específicos — tudo como mandava o manual.
Quando toquei as pernas de Jade, senti um arrepio percorrer meus dedos, algo que não tinha nada a ver com fisioterapia. Havia uma suavidade na pele dela, uma vulnerabilidade que me pegou desprevenido, e antes que eu percebesse, meu olhar demorou um pouco mais do que deveria. O desejo começou a se infiltrar, uma vontade de ir além das limitações daquela sessão, de descobrir mais do que apenas sua reabilitação física.
Por um momento, me peguei querendo tocar não apenas suas pernas, mas sentir sua pele, explorar cada curva do corpo dela. Balancei a cabeça, me forçando a focar. Isso não era um jogo de sedução, era um trabalho. Ela era um obstáculo, não uma conquista. Não podia deixar que essa atração irracional atrapalhasse meus planos.
Respirei fundo e terminei a sessão, mantendo a fachada profissional. Jade parecia satisfeita com os exercícios, mas eu podia ver em seus olhos que ela também estava tentando entender o que exatamente eu estava fazendo ali. Me despedi educadamente e voltei para o carro, sentindo um peso estranho nos ombros. Eu precisava me livrar daqueles pensamentos e voltar ao plano original.
Dirigi direto para a casa de uma das mulheres que costumava me divertir, uma loira deslumbrante com quem eu sabia que poderia passar algumas horas sem ter que pensar em mais nada. Assim que entrei, fui direto ao ponto, beijando-a com fervor, tentando afogar meus pensamentos na luxúria que eu sabia que ela oferecia. Mas enquanto a levava para a cama, enquanto minhas mãos percorriam seu corpo, era Jade que invadia minha mente de novo.
Fechei os olhos, tentando focar na mulher embaixo de mim, mas tudo que eu via era Jade. Seu rosto, seu olhar determinado, sua maneira de enfrentar a vida mesmo com todas as dificuldades. Me afastei abruptamente, me sentindo frustrado e irritado. Como era possível que ela estivesse tomando conta dos meus pensamentos assim? Não era parte do plano. Não era para ser assim.
Olhei para a mulher na minha cama, esperando por mim, mas a imagem dela se confundia com a de Jade, e isso me incomodava mais do que eu queria admitir. Eu me levantei rapidamente, pegando minhas coisas e saindo às pressas, ignorando os protestos dela. Entrei no carro e dirigi sem destino, tentando encontrar uma maneira de tirar Jade Sinclair da minha podia permitir-media me permitir sentir nada por ela. Era um jogo, e eu precisava vencer. E, de uma forma ou de outra, eu faria com que Jade vendesse aquela maldita empresa. A única pergunta era: quanto isso me custaria?
Continua...
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Atualizado até capítulo 32
Comments
Claudia
Greg não é correto o que está fazendo porém vai pagar todos os seus pecados 🤣🤣😂😂😅😅 tocar em mulher no caso Jade e não fazer nada apenas o seu trabalho fake 🤭🤭🤭🤭🤭🤭 ♾🧿
2025-02-21
2
Regiane Ap.
aiaiai não está certo isso uma hora a verdade vai aparecer e aí eu quero ver
2025-03-21
1
MARIA RITA ARAUJO
esse fisioterapeuta que ensinou ele a fazer os exercícios, não deveria ter aceitado e pior ainda, atuando na área só por este comportamento
2025-02-21
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