Tentáculos, profundezas e trevas 2

A equipe estava em estado de choque, compreendendo que estavam diante de uma escolha que poderia mudar o curso da história. A ideia de um demônio poderoso oferecendo sua força era tentadora, mas também carregava riscos inimagináveis.

— O que acontece se não aceitarmos sua oferta? — perguntou o comandante, tentando manter a calma.

— Então permanecerão como estão — Insernos respondeu. — Mas saibam que a escuridão está se espalhando, e aqueles que hesitam podem se tornar vítimas dela. O poder que eu ofereço pode ser sua única chance de sobrevivência.

O silêncio na sala era opressivo. A equipe estava dividida entre o medo e a possibilidade de poder. Eles sabiam que qualquer decisão que tomassem moldaria não apenas seus destinos, mas também o futuro de todos os que habitavam a Terra.

A tensão na sala era palpável enquanto Insernos continuava a falar, sua voz distorcida ressoando como um eco em um abismo.

— Eu ficarei aqui, aguardando um hospedeiro adequado — disse ele em um tom sádico, quase divertido. — A proposta é simples: pensem bem em quem irão enviar. Se escolherem mal, e me mandarem alguém que não tenha a fortaleza necessária para suportar meu poder, a explosão será catastrófica. Esse corpo não suportará a força que carrego, e eu permaneceria aqui, apenas assistindo enquanto o caos se desenrola.

Os membros da equipe se entreolharam, a gravidade da situação começando a se assentar sobre eles. A menção de uma explosão fez o coração de todos acelerarem.

— E o que você pretende fazer enquanto isso? — perguntou o comandante, tentando manter a calma. — O que você fará aqui, na cratera?

— Ah, eu não sou uma ameaça, apenas um parasita — respondeu Insernos, com um sorriso que não se refletia na sua voz. — Eu não avanço, não retrocedo. Apenas me mantenho aqui, neste buraco, à espera do meu hospedeiro ideal. Enquanto isso, me alimento da luz, especialmente da luz da lua. É uma dieta modesta, mas suficiente para sustentar minha existência.

Um dos cientistas, com a voz trêmula, perguntou: — E o que exatamente você quer de nós?

Insernos se inclinou para frente, como se estivesse se divertindo com a situação. — Se o hospedeiro certo for encontrado, eu poderia ajudar em suas pesquisas, fornecer informações valiosas sobre o que está além da sua percepção. O lugar de onde venho — o Inferno — é repleto de segredos que poderiam beneficiar suas investigações.

— E por que deveríamos confiar em você? — questionou um dos soldados, a desconfiança evidente em seu tom.

— Porque, meus caros, ao me enviar um hospedeiro, vocês não apenas me libertariam, mas também formariam uma "Coalizão Demoníaca Arcana". — A voz de Insernos se elevou com entusiasmo. — Pensem nas possibilidades! Com minha ajuda, seus esforços contra os demônios seriam multiplicados. E se meus irmãos de nível se juntarem a mim, oferecendo-lhes hospedeiros também, vocês teriam uma aliança poderosa ao seu lado.

Um silêncio pesado se seguiu. A ideia de uma coalizão com demônios, mesmo que sob a promessa de ajuda, parecia tanto uma oportunidade quanto uma armadilha.

— E qual seria o custo disso? — perguntou o comandante, sua voz agora cautelosa. — O que você exigiria em troca?

— Ah, isso é simples. Eu precisaria que meus irmãos tivessem a liberdade de agir como desejarem. Vocês não precisariam interferir em suas ações, desde que não perturbaram a paz que vocês tentam manter. — Insernos fez uma pausa, permitindo que suas palavras pairassem no ar. — De qualquer forma, ter um hospedeiro seria um grande começo para mim. O poder que eu poderia trazer para suas operações é inestimável.

As palavras de Insernos criaram um dilema moral entre os presentes. A ideia de trabalhar com demônios era um conceito que desafiava tudo o que haviam aprendido e lutado contra.

— O que você sabe sobre nós? — perguntou um dos cientistas, tentando entender até onde a ligação poderia ir. — Você não mencionou a Insurgência ou a Hidra, nem a Distrito, durante nossa conversa. Por que não?

Insernos sorriu, a expressão em seu rosto se tornando mais astuta. — Porque, meus amigos, o que realmente importa não é o nome da sua organização, mas o poder que vocês têm para moldar a realidade ao seu redor. Nomes são apenas etiquetas. O que importa é a intenção e a força que cada um de vocês possui.

O comandante respirou fundo, considerando as implicações. — Então, você está nos dizendo que, ao aceitarmos sua proposta, poderíamos ter acesso a um poder que nunca sonhamos em controlar?

— Exatamente! — exclamou Insernos, sua voz vibrando com entusiasmo. — Uma oportunidade como essa não aparece todos os dias. Pensem bem, e quem sabe um novo futuro pode surgir para todos nós.

O dilema pairava no ar, e a equipe da Insurgência sabia que a decisão que tomariam não apenas moldaria seu futuro, mas também o destino de muitos outros. A batalha entre o bem e o mal estava prestes a tomar um novo rumo, e as escolhas feitas nas próximas horas poderiam ressoar por gerações.

K ...Continua... K

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