A atmosfera na mansão De Luca parecia mais leve nos dias que se seguiram ao evento beneficente. Sara e Samuel estavam mais próximos do que nunca, e, pela primeira vez, ela começou a sentir que o relacionamento deles estava se moldando em algo mais verdadeiro. Mas em Villagio Sereno, a tranquilidade sempre parecia prelúdio de uma nova tempestade.
Geovana Rossi não havia desaparecido completamente da vida de Samuel, ao menos não em sua mente. Apesar de tê-la afastado, ela estava determinada a não aceitar o término sem lutar.
Naquela manhã, enquanto Sara trabalhava no escritório da mansão, revisando mais relatórios das fazendas, a governanta entrou com um envelope em mãos.
— Senhora Sara, este foi entregue para a senhora.
Sara agradeceu, mas seu coração afundou quando abriu o envelope e encontrou fotos. Nelas, Samuel estava com Geovana, em encontros que pareciam recentes. Cada imagem vinha acompanhada de datas e locais, como se alguém quisesse deixar claro que aquilo não era coincidência.
Ela sentiu o chão sumir debaixo de si. Samuel havia prometido que as coisas com Geovana tinham terminado. Ele parecia sincero, mas aquelas fotos diziam o contrário.
Mais tarde, quando Samuel chegou em casa, Sara o esperava na sala de estar. Sua postura era firme, mas seus olhos denunciavam o turbilhão de emoções.
— O que é isso? — perguntou ela, jogando as fotos sobre a mesa de centro.
Samuel olhou para as imagens, sua expressão alternando entre surpresa e frustração.
— De onde você tirou isso?
— Isso importa? — retrucou Sara, a voz carregada de dor. — Quero saber se é verdade.
Ele pegou as fotos, examinando-as com cuidado.
— Sara, essas imagens não são recentes. São de antes do nosso casamento.
Ela estreitou os olhos, tentando encontrar alguma mentira em sua voz ou expressão.
— E por que estão sendo enviadas para mim agora? Quem faria isso?
Samuel suspirou, passando a mão pelo cabelo.
— Geovana. Ela está tentando criar problemas. Eu já terminei com ela, Sara. Não há mais nada entre nós.
— E eu devo acreditar em você? — perguntou Sara, a dor evidente em sua voz.
Samuel se ajoelhou diante dela, olhando-a diretamente nos olhos.
— Sim, porque é a verdade. Eu sei que tenho cometido erros, mas estou tentando mudar. E, pela primeira vez na minha vida, eu realmente quero fazer as coisas certas. Por você.
Sara o observou por um longo momento, tentando decidir se acreditava nele. Finalmente, respirou fundo e assentiu.
— Tudo bem. Mas saiba que minha confiança em você não é ilimitada, Samuel. Se isso acontecer novamente, eu não vou ficar.
— Não vai acontecer — prometeu ele.
Apesar da resolução do conflito, Sara não conseguiu evitar uma sensação persistente de desconforto. Ela sabia que Geovana era uma mulher determinada, e aquelas fotos eram um lembrete de que Samuel ainda carregava um passado complicado.
Naquela noite, enquanto estava na biblioteca, Sara começou a escrever em seu diário, algo que fazia desde a adolescência. A escrita sempre fora sua forma de processar emoções.
"Por mais que Samuel diga que está mudando, meu coração ainda teme. Será que é possível construir algo sólido em meio a tantas incertezas? Ou estou apenas me iludindo?"
Na manhã seguinte, Samuel surpreendeu Sara com um convite inesperado.
— Quero levá-la para passar o fim de semana em uma das casas de campo da família. Só nós dois.
Ela ficou surpresa, mas concordou. Talvez aquele tempo juntos fosse exatamente o que precisavam para solidificar o que estavam tentando construir.
A casa de campo ficava em uma região afastada, cercada por colinas e bosques. Era um lugar tranquilo, onde o silêncio só era interrompido pelo som dos pássaros e do vento.
— É lindo aqui — disse Sara, enquanto Samuel a ajudava a sair do carro e acomodar sua cadeira de rodas.
— Este lugar era o favorito da minha mãe. Ela dizia que a paz daqui fazia tudo parecer menos complicado.
Sara sorriu levemente, tocada pela confissão.
— Acho que ela estava certa.
Os dois passaram o dia explorando os arredores e conversando. Era como se, longe da mansão, do banco e de todas as pressões externas, pudessem finalmente ser apenas Samuel e Sara, sem as máscaras e barreiras que costumavam usar.
À noite, enquanto assistiam ao pôr do sol da varanda, Samuel virou-se para ela e disse:
— Eu sei que não posso apagar o passado, mas quero que saiba que estou comprometido em construir algo verdadeiro com você.
Sara olhou para ele, sentindo as palavras dele ressoarem em seu coração. Talvez ele estivesse realmente tentando. Talvez, naquele lugar tranquilo, eles pudessem encontrar um novo começo.
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Atualizado até capítulo 49
Comments
Carmem Lùcia Pimenta
INFELIZMENTE GEOVANA JÁ EXISTIA ANTES DELA E O CASAMENTO SÓ FOI CONTRATO,E ELE NÃO GOSTAVA E NEN CCONHECIA ELA. A LUTA SERÁ GRANDE ELES VERDADEIRAMENTE SE TORNAREM UM CASAL
2025-02-23
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Sil Fernandes
Essa Giovanna é uma vaca. Vai infernizar a vida dos dois.
2025-02-05
0
Carmem Lùcia Pimenta
INFELIZMENTE ELA JÁ EXISTIA VIDA DELE ANTES CASAMENTO, E AGORA VAI TER LUTAR PARA TER VIDA DE ESPOSAS RECONHECIDA E RESPEITADA.E GEOVANA NÃO VAI DEIXAR BARATO.
2025-02-23
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