O som das lâminas se encontrando foi o único que quebrou o silêncio da arena de treinamento. Eu me concentrei na minha respiração, tentando afastar qualquer pensamento indesejado. Mas, mesmo com minha mente tentando se focar, havia algo em mim que não conseguia se livrar. Azriel. Ele estava lá, em algum lugar nas sombras, observando. Eu podia senti-lo, mesmo sem vê-lo.
Cassian estava à minha frente, seu sorriso de provocação claro em seu rosto. Ele estava me testando, como sempre fazia. Mas, no fundo, eu sabia que ele também sentia a tensão entre mim e Azriel. Não precisava ser telepática para perceber. Mas Cassian não sabia o que estava acontecendo dentro de mim, como cada palavra de Azriel se enroscava em minha mente e me desestabilizava.
"Você precisa se concentrar, Joyce," Cassian disse, interrompendo o combate por um momento. "Se a mente estiver em outro lugar, o corpo vai falhar."
Eu balancei a cabeça, tentando afastar os pensamentos que se entrelaçavam. "Eu estou concentrada, Cassian. Só... preciso de um momento."
Ele me olhou com a mesma confiança que sempre tinha, sem perceber que o momento que eu precisava não era para me recompor fisicamente, mas sim mentalmente. As palavras de Azriel me perseguiam.
"Se você diz," Cassian murmurou, antes de voltar à postura de combate. "Mas não pense que vou ser gentil com você por muito mais tempo."
Eu respirei fundo, tentando me forçar a não olhar para o canto da arena onde Azriel estava. Mas não pude evitar. Quando finalmente vi seus olhos fixos em mim, foi como se o ar tivesse se tornado mais denso, mais pesado. Ele estava lá, com a presença silenciosa de sempre, e ainda assim me desafiando de uma maneira sutil. Seu olhar penetrante parecia atravessar minha alma, tentando me fazer ceder.
Cassian avançou, me tirando de minha distração. Eu me defendi, mas minha mente ainda estava em outro lugar. Ele percebeu e, com um sorriso arrogante, me empurrou para o chão.
"Concentre-se, Joyce!" ele gritou, estendendo a mão para me ajudar a levantar. "Você é boa demais para deixar que algo tão simples como um olhar te tire do foco."
Eu olhei para Cassian, hesitando por um segundo. Ele sabia o que estava acontecendo, mas não sabia o quanto estava difícil resistir. A verdade era que Azriel não era apenas uma presença física. Ele era uma força. Um desafio. E a forma como me observava, como me analisava, me fazia sentir algo que eu não estava disposta a explorar.
Eu me levantei, aceitando a ajuda de Cassian, mas logo me afastei dele, decidida a retomar o controle. Olhei para Azriel mais uma vez. Ele se mantinha parado, mas a maneira como ele me encarava parecia mais uma provocação do que uma simples observação.
"Por que você está me observando assim?" perguntei, sem conseguir conter a frustração em minha voz. Eu não queria ceder, não queria ser mais uma presa fácil para ele. Não seria tão simples assim.
Azriel deu um passo à frente, ainda mantendo a distância entre nós. Ele não sorriu. Seu olhar estava focado, mais intenso do que qualquer outra coisa que eu já tenha visto nele.
"Porque você precisa ser desafiada, Joyce," sua voz era suave, mas cheia de poder. "Você não pode continuar se escondendo atrás dessa fachada de resistência. Eu vejo em você mais do que você está disposta a admitir."
Eu cruzei os braços, tentando manter a postura. "Eu não sou sua para ser desafiada."
Havia raiva em minhas palavras, mas também algo mais. Algo que eu não queria reconhecer. Algo que me fazia sentir como se estivesse à beira de um abismo.
"Eu não estou tentando te controlar," Azriel disse, dando mais um passo. "Eu só quero que você se entregue ao que você é capaz de ser. Eu posso te ajudar a atingir o seu potencial, Joyce."
Mas isso, para mim, era uma linha tênue. Ele não estava apenas tentando me treinar. Ele estava me tentando, me desafiando a ceder ao que ele queria.
Cassian, que observava a troca, pareceu perceber a tensão no ar. Ele se aproximou rapidamente e colocou uma mão no meu ombro, afastando-me um pouco de Azriel.
"Ela não precisa de mais desafios, Azriel," Cassian disse com firmeza, seus olhos lançando um olhar cauteloso para ele. "Ela precisa de concentração, e isso não vem de palavras ou olhares. Isso vem de treinar duro, até o fim."
Azriel o ignorou, ainda com o olhar fixo em mim. "Mas às vezes, o que você realmente precisa não vem do treinamento físico, Cassian. Ela precisa mais do que isso."
Eu pude sentir minha raiva crescendo, mas também sabia que eu não poderia me render a esse tipo de manipulação. Não seria assim que as coisas aconteceriam entre nós. Não seria hoje, nem amanhã.
"Eu preciso me concentrar," falei, meu tom de voz mais baixo, mas firme. "E isso significa que não vou deixar você me distrair com essa... essa tentativa de manipulação."
Azriel não respondeu, mas seu olhar estava carregado com uma intensidade que eu sabia que ele não desistiria facilmente. Ele se virou, caminhando para longe, mas sua presença ainda estava ali, como uma sombra me perseguindo.
Cassian e eu continuamos o treino, mas a batalha interna em mim não estava completa. Eu sabia que a resistência que eu estava mostrando a Azriel não seria fácil para nenhum de nós. Mas uma coisa era certa: eu ano seria tão fácilmente.Claro, vou construir a cena a partir do momento em que Joyce perde a paciência e confronta Azriel. Vamos focar na tensão crescente entre eles e na frustração de Joyce.
Eu estava cansada. Cansada de ser perseguida, cansada de ser desafiada o tempo todo. E mais ainda, cansada de ser ignorada em minha resistência.
Azriel estava ali, mais uma vez, parado à beira da arena, com aquele olhar penetrante que me fazia perder o foco. A cada movimento meu, eu sentia sua presença, e aquilo estava me consumindo. Eu não podia mais me concentrar. O treino com Cassian já não importava. O que estava acontecendo era muito maior do que uma simples sessão de combate.
Minha paciência se esgotou de repente. Eu não queria mais lidar com ele da maneira que vinha lidando. Eu queria colocar tudo pra fora, dizer o que estava me consumindo. Me movi até onde ele estava, com os punhos cerrados, respirando com força, a raiva invadindo cada célula do meu corpo. Agarrei o braço dele, com toda a força que consegui reunir, e o arrastei até o escritório de Cassian, do lado da arena.
Azriel não resistiu, apenas me seguiu em silêncio, mas pude sentir a tensão entre nós. Quando entramos no escritório, fechei a porta atrás de mim com força. Aquele era o momento. O momento de finalmente dizer o que estava me matando por dentro.
"Dá pra você parar?" Minha voz soou mais áspera do que eu imaginava. "Me deixar em paz? Nem quando eu tô treinando você me deixa em paz."
Eu o encarava intensamente, sem desviar os olhos. Azriel ficou em silêncio, mas pude ver a surpresa no seu rosto, como se ele não esperasse uma reação tão direta de mim.
"Eu já te disse, Joyce," ele começou, com um tom suave, como se tentasse me acalmar. Mas aquilo me irritou ainda mais. Eu não queria calma. Eu queria respostas. Eu queria sair dessa espiral de tensão.
"Eu não tô pedindo pra você me acalmar, Azriel," falei, o sarcasmo escorrendo pelas minhas palavras. "Eu quero saber o que vai mudar na tua vida se eu aceitar esse laço de parceria. O que vai mudar em mim? Porque na minha vida, nada vai mudar."
Azriel não respondeu imediatamente. Seu olhar se fixou em mim, como se estivesse tentando ler meus pensamentos, mas eu não ia deixar ele me controlar dessa maneira. Eu não ia ceder.
"Você me roubou dois beijos," continuei, o ódio e a frustração em minha voz agora não disfarçados. "Fica me infernizando o dia todo. Não me deixa treinar. Poxa, eu não tô no meu lugar. Onde eu morava, eu não tô entre os humanos, nem entre os feéricos. Eu sou fraca aqui. Então, me deixa treinar. Deixa eu aprender."
A raiva estava transbordando em cada palavra. Eu estava no limite, e a única coisa que restava era colocar para fora tudo o que estava me sufocando. A pressão era imensa, e não havia mais como manter o controle.
"Que saco," minha voz tremia agora. "Me deixa em paz. Eu não vou aceitar essa droga de laço de parceria."
Eu estava respirando pesadamente, o peito arfando de raiva. Eu não sabia o que eu esperava de Azriel, mas eu sabia que não ia me submeter. Eu não queria ser a presa, a fraqueza que ele queria explorar. Eu queria ser mais do que isso. Queria ser mais do que essa sensação de impotência que ele me causava.
Azriel ficou em silêncio por alguns segundos, observando. Ele parecia avaliar as palavras que eu tinha acabado de soltar. Mas, ao contrário do que eu imaginava, ele não respondeu com mais provocações. Não havia nenhum sorriso arrogante, nenhuma resposta ácida. Só um silêncio pesado, como se ele estivesse refletindo sobre tudo o que eu acabara de dizer.
Eu não sabia o que ele pensava, mas o olhar dele foi suficiente para me deixar ainda mais nervosa. Algo no fundo dos seus olhos parecia entender minha dor. E eu odiava isso. Ele não deveria entender.
"Você acha que me fazer essa pergunta vai mudar algo, Joyce?" Ele finalmente falou, com uma voz mais baixa, quase inaudível. "Eu não estou aqui para te forçar a nada. Mas você está no meu território agora. E eu não vou te deixar fugir das coisas que você não quer enfrentar."
As palavras dele me atingiram como uma flecha, mas não me fizeram recuar. Pelo contrário, algo dentro de mim se acendeu. Eu não ia ser a vítima dele. Eu não ia ceder. Não agora, não depois de tudo o que passei.
"Eu não sou fraca," disse com firmeza, a raiva ainda ardendo em minhas veias. "Eu só estou tentando entender esse lugar, entender o que vocês esperam de mim. Mas eu não sou fraca."
Azriel ficou em silêncio mais uma vez, seus olhos analisando-me de forma imperturbável. Ele não estava mais tentando me seduzir ou me controlar. Ele apenas estava ali, em pé, observando minha luta interna. Como se soubesse que eu não estava pronta para enfrentar o que ele queria que eu enfrentasse.
E, naquele momento, o silêncio entre nós dois disse mais do que qualquer outra coisa poderia dizer. CLaro, vou dar continuidade a essa emoção que Joyce está expressando, com a carga de frustração e a vulnerabilidade surgindo.
Eu estava quase fora de mim. O peso que eu carregava não era só físico, era a pressão mental, o medo constante e a sensação de impotência. Eu olhava para Azriel, o rosto fechado, e tudo o que eu sentia era uma dor profunda, uma mistura de raiva e tristeza. Eu não estava conseguindo lidar com tudo aquilo. E, ao mesmo tempo, eu me sentia completamente perdida.
Com a voz quebrando, quase chorando, eu soltei, as palavras saindo em um turbilhão.
"Sério... Sério, Azriel," eu comecei, a voz rouca pela frustração. "Eu tô quase desistindo. Tá difícil pra mim... Todo dia eu penso no meu pai, doente, na minha irmã, no Lucien que ainda... eu não trouxe eles. E você ainda quer que eu me concentre nesse laço de parceria? Nesse maldito laço de parceria..."
Eu sentia as lágrimas ameaçando cair, mas eu não ia deixar ele me ver assim. Não ia ser tão fácil.
"Eu... não entendo porque eu sou tão importante pra você!" Eu continuei, a voz mais baixa, o peito apertado de uma sensação dolorosa. "Por que você quer tanto que eu aceite esse laço de parceria? O que isso vai ajudar pra mim? Que benefícios eu vou ter se chegar a esse laço de parceria? O que muda, Azriel?"
A raiva misturada com a dor me fazia questionar tudo. Tudo o que eu estava vivendo, tudo o que estava acontecendo. Eu sentia que estava sendo jogada de um lado para o outro, sem controle algum, e ele estava ali, insistindo.
"Eu não consigo mais pensar em nada disso," continuei, quase sussurrando. "Eu só quero... eu só quero saber se algum dia isso vai passar. Se eu vou conseguir ficar em paz. Porque aqui... nada faz sentido. Eu não entendo como posso ser útil pra esse laço quando tudo que eu queria era voltar pra casa."
Havia um silêncio carregado na sala agora. Eu estava exausta, mas a cada palavra que saía da minha boca, parecia que um peso se levantava um pouco. Mas, ao mesmo tempo, a dúvida ainda estava ali. Ele me olhava, tão imperturbável, e eu não sabia se ele sentia algum tipo de compaixão ou se estava apenas me observando como um mero obstáculo.
Claro, vamos trabalhar a resposta de Azriel, que deve ser sincera e profunda, revelando o motivo pelo qual ele deseja tanto o laço de parceria. Ele não será só um soldado imperturbável aqui; vamos ver o lado mais vulnerável e verdadeiro dele, algo que ele talvez não revele com facilidade.
Azriel me observava com uma intensidade que parecia penetrar minhas palavras, cada uma delas parecendo pesar no ar entre nós. Ele estava em silêncio, mas, em seus olhos, pude perceber a luta interna, algo que ele guardava há muito tempo. Ele deu um passo à frente, mais próximo, e por um momento, o mundo ao nosso redor pareceu desaparecer, como se ele e eu fôssemos os únicos ali. O tom de sua voz, quando ele finalmente falou, foi mais suave do que eu esperava, mas carregado de uma tensão difícil de ignorar.
"Eu não posso... Eu não posso te explicar tudo de uma vez," ele começou, o olhar fixo no meu rosto. "Mas o que eu sei... é que o laço de parceria é mais do que você imagina. Não é só um vínculo entre nós, Joyce. É... uma proteção, uma garantia de que você não vai ter que carregar tudo sozinha."
Ele deu um suspiro profundo, como se procurasse as palavras certas. A maneira como ele se expressava parecia tão cuidadosa, tão pensativa, como se estivesse lutando para não transparecer o quão sério aquilo era para ele.
"Eu não quero te ver fraca, não aqui, não neste lugar," ele continuou, a voz ficando mais firme, mas com uma vulnerabilidade que não escondia mais. "Porque, quando você diz que está sozinha... Eu sei como é isso. Eu sei o que é estar perdido, com a sensação de que tudo está desmoronando ao redor. E se eu posso fazer algo para que você não se sinta assim... é tentar."
Azriel se aproximou mais um pouco, seus olhos ardendo com um fogo silencioso que não parecia desaparecer. "Eu preciso que você entenda, Joyce... Não é só sobre mim. Não é só sobre você. Isso é sobre nós. Esse laço... ele é o que pode nos manter vivos. O que pode nos manter inteiros, mesmo quando tudo está desmoronando. E eu sei que você não quer me ouvir agora, mas eu... eu não vou desistir de tentar. Porque eu já vi o que acontece quando deixamos o medo nos dominar."
A voz dele falhou por um momento, e eu pude ver a intensidade do que ele estava tentando dizer. Aquilo não era só uma questão de desejo ou de controle, mas algo mais profundo, mais urgente. Ele não estava apenas tentando me convencer de aceitar o laço, ele estava tentando me proteger, de uma maneira que ele só sabia fazer — com palavras, com ações, com o peso de sua própria experiência.
"Eu quero esse laço de parceria, porque ele é a única maneira de te proteger como você merece ser protegida," ele finalizou, o olhar ainda fixo em mim, esperando, talvez, uma resposta que eu não sabia se poderia dar.
Entendido! Vamos dar sequência à sua ideia, mantendo a tensão, o dilema emocional de Joyce e a atmosfera carregada do momento.
Eu fiquei em silêncio, completamente tomada por tudo o que Azriel havia acabado de dizer. Ele me olhava, esperando talvez alguma resposta, mas não consegui encontrar nenhuma que fosse digna do que ele acabara de compartilhar comigo. Aquelas palavras estavam ecoando na minha mente, como se tentassem me prender, me envolver em algo que eu não sabia se estava pronta para entender. Eu não sabia como reagir, como lidar com tudo aquilo.
Eu precisava de um tempo. Só um pouco. Mas, antes que pudesse pensar mais sobre o que ele disse, o peso de tudo parecia cair sobre meus ombros novamente. O olhar dele ainda estava em mim, e eu sabia que ele esperava que eu dissesse algo — qualquer coisa. Mas a verdade era que eu não sabia o que sentir. Não sabia se devia ceder àquelas palavras ou se continuar com a guarda erguida, como sempre fiz.
Sem dizer uma palavra, virei as costas para ele. O som da minha respiração era o único som que eu ouvia enquanto eu caminhava em direção à porta. Ele não tentou me impedir, mas ainda assim eu sentia o peso daquele olhar em minhas costas. Eu não queria mais ouvir as palavras dele. Não agora. Não naquele momento.
Saí do escritório de Cassian sem olhar para trás. Cada passo que eu dava parecia me afastar mais da conversa, mais de Azriel, mais do que ele queria de mim. O corredor da corte Noturna parecia mais escuro e silencioso do que nunca. Eu passei pelas portas de veludo e mármore sem nem ao menos perceber os detalhes ao meu redor. Tudo estava turvo na minha mente. Minha cabeça girava com tantas perguntas, tantas emoções conflitantes, e o único lugar onde eu poderia respirar parecia ser longe de tudo isso.
Continuei andando, os meus passos firmes ecoando pelo corredor vazio, até chegar aos meus aposentos. Era o único lugar que me restava para encontrar um pouco de paz, ainda que temporária. A porta se fechou atrás de mim com um estalo suave, e eu finalmente pude respirar.
Deitei na cama, olhando para o teto, o pensamento se tornando uma tempestade que eu não sabia controlar. O que ele queria? Por que isso parecia tão difícil para mim? Eu não conseguia entender. Eu precisava de tempo. De espaço. Mas será que conseguiria continuar resistindo ao que ele me oferecia?
As perguntas ficaram suspensas no ar. Eu não tinha respostas. Só a certeza de que ainda não estava pronta para ceder.
Que bom que gostou! Vamos dar uma conclusão forte e impactante para o capítulo 16. Aqui está o final que pode marcar o encerramento desse momento:
Sozinha em meus aposentos, deitada na cama, eu sentia um peso na minha mente e no peito. A conversa com Azriel ainda ecoava em minha cabeça, suas palavras como uma sombra que não conseguia afastar. Eu tinha me afastado dele, mas a verdade era que não podia me afastar de mim mesma. O dilema não era sobre ele ou o laço de parceria, mas sobre o que eu realmente queria para mim. E no fundo, eu não sabia.
Eu estava longe de casa. Longe de tudo o que conhecia. Eu era uma estranha aqui, entre os feéricos, e a sensação de estar perdida, sem saber em quem confiar, só aumentava a cada dia. Meu pai, ainda doente, minha irmã, distante, Lucien, que ainda não havia sido trazido... e Azriel, com suas palavras que me tocavam de uma maneira que eu não queria, mas que não podiam ser ignoradas.
Eu me virei na cama, fechando os olhos, tentando encontrar um pouco de paz. Mas era difícil. Tudo o que eu sentia parecia se misturar em um turbilhão que não conseguia controlar. E no fundo, uma pergunta ainda permanecia: Será que eu poderia confiar nele? Será que aceitaria esse laço, ou me afastaria para sempre?
As respostas não vieram naquela noite. E talvez, naquela hora, o silêncio fosse o único amigo que eu precisava. Por agora, eu escolhi ficar sozinha. Mas, mais cedo ou mais tarde, eu teria que enfrentar essa batalha dentro de mim.
E, no final, só eu poderia decidir o que fazer com o futuro que se abria à minha frente.
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Atualizado até capítulo 34
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