revelaçao de feyre

Enquanto aquele demônio com asas me carregava pelo céu, eu não conseguia parar de pensar em Feyre. A única coisa que eu queria era tirar-la de lá e conseguir o remédio que meu pai tanto precisava. O vento frio cortou minha pele, mas meus pensamentos estavam fixos no que estava por vir.

Olhei para o feérico que me segurava. "Qual o seu nome?" querendo, tentando desfazer o silêncio.

Ele respondeu com a voz grave e calma: "Azriel. E o seu?"

"Joyce", responde.

Ele fez uma pausa e perguntou: "Que parentesco você tem com Feyre? Conheço suas irmãs e seu pai falecido."

Meus olhos se arregalaram. "O pai de Feyre morreu?"

Azriel concordou levemente. "Sim."

Meu peito aberto. Mesmo sabendo que ele nunca fora um bom pai para ela, ainda era o pai de Feyre. "Espero que você esteja preparado para o que vai encontrar. Feyre mudou muito, mas está seguro."

O resto do caminho do silêncio em silêncio, enquanto eu tentava entender o que ele queria dizer com aquilo.

Quando sobrevoamos a Corte Noturna, fiquei sem palavras. As montanhas negras e imponentes erguiam-se em direção ao céu estrelado. Cidades e vilarejos cintilavam como joias espalhadas pelos vales, e rios sinuosos refletiam o brilho das estrelas. No centro de tudo, Velaris, a Cidade dos Sonhos, brilhava com suas luzes douradas e prateadas, protegida pelas montanhas ao redor.

Azriel começou a descer em direção a uma mansão grandiosa, com torres delicadas que remetem ao céu. O lugar era um contraste de força e beleza. Assim que pousamos, ele me soltou e se virou para mim.

"Antes de qualquer coisa, você precisa tomar um banho. O cheiro... não é dos melhores."

Eu o encarei friamente. "Não vou fazer isso."

Azriel arqueou uma sobrancelha. "Não é um pedido, é uma ordem. Por respeito a Feyre."

Sem entender o que ele queria dizer com "respeito a Feyre", seguimos as empregadas que apareceram. Elas me levaram para um quarto delicado. O espaço era amplo, com paredes de um tom suave de azul-escuro, decoradas com estrelas cintilantes. A cama, com lençóis de seda, parecia convidativa, e as janelas altas ofereciam uma vista deslumbrante da cidade.

Ao lado, havia um banheiro que era ainda mais impressionante. Uma banheira de mármore negro brilhava sob uma luz suave, com jarras de vidro cheias de óleos aromáticos. Quando as empregadas me solicitarem ajuda, recusem-se firmemente.

"Não preciso de ajuda", falei, mas elas ignoraram.

Acabei cedendo, e elas me banharam com cuidado. Meus cabelos foram lavados e secos, e quando me olhei no espelho, quase não me reconheci. Nunca vi meu cabelo tão brilhante e macio. Vestiram-me com um vestido preto tomara-que-caia, com um decote em formato de coração. A saia brilhava como o céu estrelado, algo que nunca imaginei usar.

Quando saiu do quarto, Azriel estava na minha espera. Ele me concentrou com atenção enquanto eu me aproximava.

"Fizeram um verdadeiro milagre", ele comentou, com um sorriso contido.

“Se já terminamos, me leve até Feyre,” respondi, seca.

Azriel me levou a uma sala grandiosa. O espaço parecia uma sala do trono, com tetos altos, janelas que deixavam entrar a luz das estrelas e paredes decoradas com murais das montanhas e do céu noturno. No centro, havia dois tronos: um feito de obsidiana negra e outro de cristal.

"Ela está esperando por você", disse uma voz masculina.

Me virei para encontrar outro feérico. Ele era alto, magro, mas musculoso, com pele bronzeada, olhos violetas que enxergam minha alma, e cabelo azul-preto.

"Rhysand," ele foi apresentado com um sorriso.

Eu tive um tempo ruim de análise antes de ver Feyre. Ela estava parada ao lado dele, e minha insuficiência falhou. Seus cabelos ainda eram os mesmos, mas agora ela tinha orelhas arqueadas e uma presença quase etérea.

"Feyre?" minha voz saiu quase em uma sugestão.

Ela feliz, com lágrimas nos olhos. "É você, Joyce."

"Não pode ser," murmurei, dando um passo para trás.

"Sou eu", disse Feyre, sua voz gentil. "Não se assuste. Estou um pouco mudada."

Ela me deixou para um abraço, e as lágrimas escorreram pelo meu rosto.

"Você passou por tanta coisa," falei, emocionado. "Que bom que ficou bem. Nunca imaginei que minha melhor amiga se tornaria uma Grã-Senhora Feérica."

Feyre riu e olhou para Rhysand. "Esse é meu marido, Rhysand."

Eu o encarei com um aceno curto, e ela contínua. "E esse é Azriel. Ele é espião do meu marido e um dos seus melhores amigos."

Olhei para Azriel novamente. "Ainda não confio nele."

Feyre gargalhou. "Sempre desconfiada."

Antes que eu pudesse responder, outro feérico entrou. Ele era alto, com cabelos escuros nos ombros, asas membranosas e olhos cor de avelã.

"Me disseram que havia uma humana de vestido de festa aqui", disse ele, parando ao me ver. "E vejo que é verdade." Ele pegou minha mão e beijou-a. "Cassiano, ao seu dispor."

"Joyce", respondi, puxando minha mão de volta.

Rhysand riu. "Melhor você soltar a mão dela, Cassian, antes que Azriel anseie uma espada no seu peito."

Cassian apenas pediu, mas soltou minha mão. Ignorei o comentário e voltei minha atenção para Feyre. "Preciso falar com você."

Ela segurou meu braço, como fazia quando éramos crianças, e me levou até seu escritório. Lá, entre risos e lágrimas, ela me contou sua história. Contou sobre Tamlin, a maldição, sua transformação em feérica, a batalha contra Amarantha, e como se tornou Grã-Senhora da Corte Noturna.

No final, eu a abracei com força. "Você passou por tanta coisa, Feyre. Estou tão orgulhoso de você."

Ela sorriu. "E você, Joyce? O que você trouxe até aqui?"

Tomei fôlego e, finalmente, revelei o motivo da minha vinda.

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