beijo roubado

O ar ainda estava fresco depois da visita à curandeira. O cheiro da terra molhada e das árvores ao redor da clareira parecia intensificado pela experiência que acabaram de passar. Joyce caminhava silenciosamente entre Azriel e Cassian, seus passos mais pesados do que o normal, ainda com os pensamentos ecoando sobre as palavras da velha. A cura, as visões que ela tivera, tudo parecia ter se misturado com a sensação de estar cada vez mais longe de casa. Mas o que mais a perturbava, agora, era a crescente tensão que ela sentia sempre que Azriel estava por perto. Cada vez que ele a tocava, mesmo que de forma sutil, seu corpo reagia de um jeito que ela não sabia como controlar.

Cassian, notando o silêncio, sorriu de forma divertida. Ele estava sempre em busca de alguma diversão, e hoje, parecia que as provocações seriam inevitáveis.

— Então, Joyce — disse ele, quebrando o silêncio com sua voz vibrante e provocante —, está pronta para um treino mais sério? O que acha de um desafio, hein?

Joyce olhou para ele, seus olhos cansados, mas a inquietação na mente dela não desaparecia. Cassian sabia como testá-la. Ele sempre fazia isso.

— Um treino? — Ela perguntou, levantando uma sobrancelha, sua expressão mais fechada do que o normal. Ela não sabia bem como reagir, mas sabia que estava em um território onde sua sobrevivência dependia de seu aprendizado rápido.

Azriel, que até então estava em silêncio, olhou para ela. O olhar dele era intenso, como se ele estivesse esperando por uma reação dela. Um sorriso pequeno, mas carregado de significados, apareceu em seus lábios.

— Um treino é exatamente o que você precisa — ele disse, sua voz mais baixa, mas cheia de uma autoridade suave. Quando seus olhos se encontraram, Joyce sentiu uma onda de calor percorrer seu corpo. Ele estava decidido, como sempre, mas havia algo mais agora. Uma exigência silenciosa, uma tensão crescente.

Cassian não se conteve e, com um tom divertido, disse:

— É claro que a questão aqui é: você vai ser capaz de acompanhar, Joyce? Não sei se está pronta para o que Azriel tem em mente. — Ele olhou de relance para o amigo, e depois para ela, com uma expressão desafiadora.

Azriel, sem tirar os olhos dela, deu um passo à frente.

— O treino não vai ser fácil. — Sua voz era calma, mas havia algo em seu tom que deixava claro que ele queria mais de Joyce do que ela estava disposta a admitir. Ele estava determinado a levá-la ao limite. — Mas é necessário. Você precisa estar preparada para tudo o que está por vir.

Joyce respirou fundo. Não havia mais volta. Ela sabia que estava em um lugar onde os feéricos eram superiores em muitos aspectos, e ela não poderia se dar ao luxo de ser vulnerável.

— Está certo — disse ela, tentando se concentrar. — Quero aprender, então, vamos logo com isso.

Cassian sorriu de forma maliciosa, claramente satisfeito com a resposta dela.

— Então vamos, querida. Mostre o que você tem. — Ele se afastou, empunhando sua espada com confiança.

Azriel permaneceu ao lado dela, observando com atenção. Ele sabia que as palavras dele poderiam ser um jogo, mas a verdade era que ele estava mais interessado no impacto emocional que poderia causar nela. Ele queria que ela se entregasse ao treinamento, mas mais do que isso, queria vê-la perder o controle. E ele sabia exatamente como fazer isso.

— Lembre-se — Azriel disse, sua voz quase um sussurro —, é no combate que você vai perceber o quanto é capaz de resistir... ou ceder.

Ela engoliu em seco, sentindo os músculos tensos, sabendo que isso era mais do que um simples treino. Mas se havia algo que Joyce sabia, era que ela não podia se dar ao luxo de hesitar. Então, ela deu um passo à frente, determinada a fazer o que fosse necessário para sobreviver naquele mundo de sombras e feéricos.

Cassian então disparou para ela com um ataque rápido, e Joyce, ainda um pouco atordoada com a intensidade da situação, conseguiu bloquear o golpe, mas seu movimento foi instável. Ela sentiu as mãos de Azriel em sua cintura, firmes e implacáveis, quando ele se aproximou.

— Você está perdendo o foco — ele disse, sua voz baixa, mas clara o suficiente para ela perceber o desafio em suas palavras.

Joyce tentou se afastar, mas a proximidade dele era sufocante. A pressão de seus dedos nas suas costas, o calor irradiando de seu corpo... tudo a distraía. Ela sabia que o treino não seria apenas físico. O que ele queria, o que ambos queriam, era mais do que isso. Azriel estava testando seus limites de uma maneira que ela não podia controlar.

Cassian, vendo a tensão entre os dois, riu baixinho.

— Acho que Azriel está te mostrando o quão difícil pode ser perder o controle. Ele adora ver as pessoas se entregando. — Cassian deu uma piscadela para Joyce, sabendo exatamente o que estava acontecendo entre ela e Azriel.

Azriel, sem se afastar, olhou fixamente para ela, como se a estivesse avaliando a cada respiração. Ele inclinou-se um pouco para mais perto, seus corpos agora tão próximos que ela podia sentir o calor de sua presença a invadir.

— Às vezes, Joyce... — sua voz era como um sussurro hipnótico —, perder o controle é exatamente o que precisamos para ser mais fortes.

Joyce engoliu em seco, a tensão elétrica entre eles agora visível, quase palpável. Ela queria resistir, mas algo dentro dela estava cedendo, e ela não sabia como parar. A luta interna era feroz, mas os feéricos... eles eram como uma tempestade implacável. E ela estava no centro dessa tempestade.

Claro! Vou reescrever o texto na perspectiva de Joyce, explorando os sentimentos dela e como ela reage à tentativa de Azriel de seduzi-la durante o treino.

Quando Cassian se afastou e me deixou sozinha com Azriel, uma onda de nervosismo percorreu meu corpo, apesar de eu tentar esconder. Ele olhou para mim de uma forma que me fez sentir exposta, como se estivesse me analisando em uma camada muito mais profunda do que o simples treino.

Ele não precisava dizer nada para eu entender o que ele queria. Azriel estava sempre assim — misterioso, enigmático, mas com uma presença que dominava qualquer ambiente. E quando ele falou, com aquele tom suave, como se estivesse me desafiando, algo dentro de mim se mexeu.

— Agora... você e eu.

Não era uma pergunta. Era uma afirmação. Eu não poderia me recusar, não em frente dele. Então, sem pensar duas vezes, empunhei a espada e assumi a postura de combate, tentando não olhar para os olhos penetrantes dele. Mas não conseguia desviar totalmente. Aqueles olhos — eles pareciam enxergar tudo, me desnudando em minha vulnerabilidade, e eu odiava como isso me afetava.

Azriel deu um passo à frente, e seus movimentos fluíram como uma sombra, rápidos, imprecisos, difíceis de acompanhar. A velocidade com que ele me atacou me pegou de surpresa, mas não me permiti mostrar que estava sendo superada. Bloqueei o golpe, mas o impacto me empurrou para trás, e, antes que eu pudesse me reagrupar, ele estava ali, mais perto do que eu queria, seu corpo quase colando no meu.

— Não se deixe distrair. — Ele sussurrou, e sua respiração quente se misturou à minha. O calor dele, a proximidade, tudo estava me deixando fora de controle, e eu sabia que ele estava sentindo isso também. Eu podia ver isso nos olhos dele.

Fingi que não sentia nada. Como se fosse algo natural. Me afastei com um movimento brusco, tentando recuar, mas ele não me deixou ir. Azriel, com uma precisão desconcertante, estava sempre um passo à frente. Ele me dominava de uma maneira que eu não queria admitir. Suas mãos seguraram meu braço com força, mas não de forma agressiva, como se quisesse manter-me perto dele, não por necessidade, mas por prazer.

— Não se faz de forte, Joyce. — Ele falou, seu tom agora mais suave, mais provocador. Sua voz parecia envolver meu corpo, se infiltrar nos meus pensamentos. Ele sabia. Ele sabia que estava me atingindo.

Eu forcei uma risada nervosa, tentando me libertar de sua garra, mas o toque dele me desestabilizava mais do que eu queria admitir. Ele não estava tentando vencer a luta física, não. Estava testando meus limites, meus sentimentos. Ele queria ver até onde eu iria.

Azriel se afastou por um instante, dando-me uma falsa sensação de alívio. Mas eu sabia que ele estava apenas se preparando para o próximo golpe. E quando ele avançou novamente, a rapidez foi tão feroz que eu mal tive tempo de reagir. Ele me empurrou para trás, quase fazendo-me cair, e dessa vez, ele não me deu espaço para respirar.

— Você finge que não sente... — Ele sussurrou, sua voz baixa, cheia de uma cumplicidade cruel. — Mas eu sei que você sente. Sente cada movimento, cada toque, cada... aproximação.

Não podia acreditar no que estava ouvindo. Ele sabia. Como ele sabia? Eu não podia ceder, não podia deixar que ele me visse dessa forma, exposta, vulnerável. Mas cada palavra, cada gesto dele, estava me fazendo desmoronar por dentro.

Tentei manter a postura firme, como se nada estivesse acontecendo, como se ele não estivesse testando minha resistência de uma maneira tão... sedutora. Mas, por dentro, eu estava completamente desfeita. Ele estava me dominando de uma maneira que eu não sabia como resistir.

— Não vou cair nesse truque, Azriel. — Minha voz saiu mais trêmula do que eu queria. Forcei-me a manter a postura, mas ele viu. Ele viu cada pedaço de mim que estava à beira de ceder.

Ele sorriu, aquele sorriso torto, como se soubesse o que estava fazendo comigo. E foi aí que percebi, com um misto de frustração e excitação, que ele não estava apenas me desafiando fisicamente. Ele estava me levando a um jogo psicológico, onde eu era a presa e ele o caçador.

Ele não se afastou. Pelo contrário, aproximou-se ainda mais, até que nossos corpos estavam quase colados. Eu podia sentir o calor dele, o cheiro da pele, o leve toque de sua respiração. Ele estava me provocando, me empurrando para um lugar onde eu sabia que não poderia mais voltar.

— Você não precisa mais lutar contra isso, Joyce. — Ele disse, e cada palavra parecia penetrar na minha pele, fazendo-me sentir como se estivesse em chamas. — Você sente, e eu sinto. O que vai fazer com isso?

Eu queria gritar, queria mandar ele embora, mas algo dentro de mim queria mais. Algo dentro de mim queria ceder. Mas não podia. Eu não podia deixar ele vencer dessa maneira. Não agora. Não ainda.

Com um esforço colossal, afastei-me mais uma vez, tentando manter a calma, tentando manter a distância que ele estava quebrando lentamente. Mas, por dentro, ele já tinha vencido.

E, naquele momento, eu soube. Eu não poderia mais negar. Azriel sabia exatamente o que estava fazendo. E eu não sabia até onde iria me entregar a ele.

Esse é o cenário da luta, onde Joyce tenta manter o controle enquanto Azriel a seduz de maneira sutil, mas intensa, desafiando não apenas suas habilidades de luta, mas seus sentimentos também. Como você gostaria que a história seguisse a partir daqui?Claro, vou construir a cena com esse desenvolvimento! Aqui está como pode ficar o momento da luta entre Joyce e Azriel, com o beijo e a reação dela, incluindo a decisão de deixar a arena

A luta entre nós continuava, mas agora havia algo diferente no ar. Azriel estava se aproximando mais do que antes, de uma maneira mais intensa, mais... intimidadora. Cada movimento dele era calculado, preciso, e seu olhar, tão penetrante, não me deixava em paz. Não conseguia mais focar apenas nos golpes. Ele estava me testando, não fisicamente, mas emocionalmente.

Eu sabia o que ele estava fazendo. Ele queria me desestabilizar, me tirar do controle. Mas eu não seria fácil. Não seria só mais uma mulher nas mãos dele, encantada com um jogo de poder. Eu era Joyce. Eu não caía nessas armadilhas.

Mas quando Azriel avançou novamente, de repente, ele estava tão perto que mal consegui respirar. Antes que eu pudesse reagir, ele me puxou para mais perto com uma força implacável. Eu tentei me afastar, mas ele era rápido demais. E, sem mais nem menos, ele me beijou.

Eu não sabia o que fazer. Um choque percorreu todo o meu corpo, e por um momento, eu parei de lutar. Tudo ao meu redor desapareceu. Só existíamos nós dois, naquele momento silencioso e avassalador. Era como se as sombras ao redor nos envolvessem, e a luta, o orgulho, tudo sumisse por um instante. Eu cedi, sem querer, ao beijo, ao calor da sua boca, ao toque suave, mas firme, que parecia consumir cada parte de mim. A raiva, a frustração... tudo se misturou com a intensidade do que estava acontecendo.

Mas, no instante em que percebi que estava beijando Azriel, minha mente finalmente acordou, e algo dentro de mim explodiu. Eu não podia ceder. Não podia deixar ele vencer dessa maneira. Minha raiva aflorou, mais forte do que nunca.

Com um movimento brusco, empurrei Azriel para longe de mim, afastando-me dele com força, sentindo meu corpo tremendo de raiva e confusão. Eu não queria admitir, mas o beijo tinha me abalado de uma forma que eu não conseguia controlar. E isso me irritava ainda mais.

Sem pensar duas vezes, olhei para minhas armas caídas na arena e, em um ato impulsivo, joguei-as para o lado. Eu não queria mais lutar. Não queria mais fingir que podia continuar naquela arena com ele, com essa tensão, com esse jogo imundo que ele estava jogando comigo.

— Eu não sou sua joguete, Azriel. — Minha voz estava baixa, mas cheia de fúria. — Não venha me testar assim. Eu não sou fácil.

Olhei uma última vez para os dois, para Azriel que ainda me observava com aqueles olhos dourados, e para Cassian, que parecia perplexo com o que acontecera. Não me importei. Estava além de tudo aquilo.

Com raiva e frustração queimando dentro de mim, eu saí da arena. Caminhei com passos rápidos, deixando-os para trás, sem olhar para trás. Deixei os dois feéricos, Azriel e Cassian, naquela arena, sozinhos, imersos nas sombras do jogo que eles haviam tentado jogar comigo. Eu não estava mais disposta a ser parte disso.

Fui embora, sabendo que algo tinha mudado em mim naquele momento. O beijo... a raiva... tudo o que aconteceu me fez perceber que eu não poderia mais ficar ali, me deixando ser envolvida por eles, por esse mundo.

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