Estacionei o carro no subsolo do shopping e fiquei observando a chuva torrencial do lado de fora, batendo contra o teto de vidro da entrada. O tempo estava caótico, e a ideia de jantar em um lugar charmoso parecia cada vez mais distante. Mas, sinceramente? Não importava. Qualquer lugar seria perfeito desde que eu estivesse com Amanda.
Enviei uma mensagem rápida para avisar que estava no estacionamento, e, minutos depois, vi seu reflexo no vidro. Ela usava um vestido simples, mas elegante, que parecia ainda mais bonito com seu sorriso iluminando o rosto.
— Está chovendo um absurdo lá fora. Acho que nosso jantar precisa de um plano B — disse ela ao se aproximar, fechando o guarda-chuva antes de entrar no carro.
— Acho que você tem razão. Por acaso gosta de fast food? — perguntei com um sorriso torto.
Ela riu, aquele som leve que sempre fazia meu dia.
— Se for com você, até pipoca do cinema tá valendo.
— Então estamos resolvidos.
Saímos do carro e subimos até a praça de alimentação. Apesar do barulho e da confusão típica do shopping, estar com ela fazia tudo parecer tranquilo. Escolhemos nossos pedidos em uma das lanchonetes — hamburgers e batata frita, porque jantar sofisticado é para os fracos — e nos acomodamos em uma mesa de canto.
Amanda parecia mais relaxada do que nunca, brincando com os canudos e fazendo piada sobre os adolescentes barulhentos que passavam ao nosso redor.
— Não acredito que você me convenceu a trocar um restaurante elegante por isso — ela brincou, apontando para o milkshake à sua frente.
Ri.
Depois do jantar improvisado, descemos as escadas rolantes rumo ao estacionamento. Foi aí que me lembrei de uma coisa que meu pai sempre fazia quando eu era pequeno.
Eu fiquei um degrau abaixo dela, de propósito, e Amanda logo percebeu.
— O que você está fazendo? — perguntou, franzindo a testa, mas com um sorriso de canto.
— Regra da escada — respondi casualmente.
— Regra da escada? — Ela arqueou a sobrancelha, claramente intrigada.
— Sim. Sempre fico um degrau abaixo caso você caia. Assim, eu te seguro antes que algo aconteça.
Ela parou por um momento, e pude ver seus olhos suavizarem enquanto processava aquilo.
— Antony... — começou, mas deixou a frase morrer no ar, balançando a cabeça com um sorriso genuíno. — Você realmente tem um jeito de surpreender, sabia?
— Só tô cuidando de você, Amanda.
Quando finalmente chegamos ao carro, a chuva ainda caía forte, mas nada parecia importar. Estar com ela, rindo e conversando sobre as coisas mais aleatórias, era exatamente o que eu precisava para fechar o dia com chave de ouro.
E, enquanto dirigia para levá-la para casa, uma ideia martelava na minha cabeça: eu queria mais momentos assim com Amanda. Não como amigos, mas como algo a mais. E, pela maneira como ela olhou para mim naquela escada, eu sentia que talvez ela quisesse o mesmo.
Estacionei o carro no prédio dela, mas nem fiz menção de desligar o motor. A chuva ainda caía forte lá fora, e o som das gotas batendo no teto do carro preenchia o silêncio entre nós. Amanda olhou para mim com um brilho nos olhos que parecia desafiar qualquer razão que eu ainda tentava manter.
— Você não vai subir? — perguntou.
Ela virou-se para mim, soltando o cinto de segurança com calma, mas seus olhos não saíam dos meus. Então, sem aviso, ela se inclinou, apoiando uma das mãos no meu ombro.
— Não agora — disse.
Antes que eu pudesse reagir, Amanda subiu no meu colo, encaixando-se ali como se fosse o lugar certo para estar. Meu corpo reagiu imediatamente, e a proximidade me deixou tonto por um segundo.
— Amanda... — comecei, mas as palavras ficaram presas na garganta quando ela passou os braços ao redor do meu pescoço.
— Você fala demais — respondeu, com um sorriso travesso, antes de colar os lábios nos meus.
O beijo começou lento, quase hesitante, mas rapidamente se tornou algo mais urgente. Suas mãos deslizaram pelos meus ombros, enquanto minhas mãos instintivamente seguravam sua cintura, puxando-a mais para perto. O calor entre nós era tão intenso que o vidro do carro já começava a ficar embaçado.
O som da chuva, os respingos suaves nas janelas, tudo parecia distante. Tudo o que existia naquele momento era Amanda e a forma como ela parecia se moldar a mim.
— Isso é loucura — murmurei contra seus lábios, mas não fiz nenhum esforço para afastá-la.
— Então, vamos ser loucos juntos — respondeu ela, sua voz carregada de provocação e desejo.
Minha mão subiu por sua coluna, sentindo cada curva através do tecido fino de sua roupa. Ela suspirou contra meus lábios, e aquele som fez meu coração disparar. Amanda era tudo o que eu queria, e naquele instante, nada mais importava além de tê-la ali comigo.
O calor entre nós só aumentava, e quando ela puxou meu cabelo suavemente, soltando uma risada baixa, soube que estava perdido. Amanda não era apenas uma paixão passageira. Ela era tudo. E eu faria qualquer coisa para mantê-la ao meu lado.
— Acho que já ficamos tempo demais aqui, não é? — disse, mas a provocação na sua voz não passava despercebida.
— Concordo — respondi, tentando manter o tom controlado, mas meu corpo já estava tenso de antecipação.
Saímos do carro e subimos juntos pelo elevador até o apartamento dela. O silêncio entre nós estava carregado de tensão, mas a troca de olhares dizia tudo. Quando a porta do apartamento se fechou atrás de nós, Amanda se virou para mim, encostando-se contra a parede, os olhos brilhando de desejo.
— Você não vai querer ir embora, vai? — perguntou, baixinho, como se houvesse alguma dúvida na resposta.
Não respondi com palavras. Apenas me aproximei, segurando seu rosto com as mãos, e a beijei. Foi um beijo intenso, faminto, que rapidamente apagou qualquer espaço entre nós. Ela segurou minha camisa, puxando-me mais para perto enquanto caminhávamos, sem perceber, em direção ao quarto.
Cada passo parecia natural, inevitável, como se estivéssemos destinados a estar ali. Quando chegamos à cama, Amanda deu um leve empurrão nos meus ombros, me fazendo sentar. Ela subiu sobre mim, o sorriso no rosto dela me desmontando por completo.
— Você é perigosa, sabia? — sussurrei, enquanto minhas mãos deslizavam pela sua cintura.
— Acho que você gosta de perigo — respondeu, com uma risada baixa, antes de voltar a me beijar.
O resto da noite foi um borrão de sensações. A forma como ela se movia, o calor de sua pele contra a minha, os sons baixos que escapavam de seus lábios... tudo parecia certo. Não era apenas desejo; era algo mais profundo, mais intenso.
...Ps: EITA CABARÉ 🔥...
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 30
Comments
lua 🌙
autora teria que ter detalhes dessa noite quente 🔥 🔥 🔥 🔥 🔥
2025-01-17
2