No dia seguinte, Jon e Onurb começaram sua jornada pelo castelo de Segara, fascinados pela magnitude do local e pela imensidão dos corredores e salas que se abriam diante deles. O castelo, uma fortaleza imponente construída com pedras sólidas e sustentada por torres que tocavam o céu, era ainda mais grandioso de perto. As paredes eram adornadas com tapeçarias de ricos bordados, mostrando cenas de batalhas antigas e vitórias que marcaram a história do reino. Cada detalhe parecia contar uma história própria, transmitindo a grandeza e o poder de Segara.
Enquanto caminhavam, Jon e Onurb foram guiados por um dos servos do castelo, que lhes mostrou as partes mais importantes do local. Eles visitaram os cômodos reais, onde o rei Vitares passava a maior parte de seu tempo, salas luxuosas decoradas com móveis esculpidos e espelhos que refletiam a luz suave das velas. As largas janelas ofereciam uma vista espetacular da cidade e do mar, tornando o ambiente ainda mais impressionante. Passaram também pela sala do trono, um espaço vasto, com um enorme trono de ouro e pedras preciosas, onde o rei costumava receber seus súditos e tomar decisões importantes.
O servo os conduziu por diferentes alas do castelo, mostrando a biblioteca real, repleta de livros e pergaminhos antigos, e o salão de banquetes, onde grandes festas eram realizadas para nobres e visitantes importantes. Cada ambiente estava impregnado de história e poder.
Mas o que realmente chamou a atenção de Jon e Onurb foram os caminhos secretos que o servo, com um tom misterioso, lhes revelou. Passagens escondidas atrás de tapeçarias e portas disfarçadas nas paredes finas. Esses corredores não eram apenas estratégicos para o caso de uma invasão, mas também para questões mais discretas, de onde os membros da realeza podiam se mover sem ser vistos, ou onde negócios sigilosos poderiam ser tratados em segredo.
Ao conhecerem essas partes secretas, Jon e Onurb ficaram mais impressionados com a complexidade do castelo e o quanto ele estava preparado para proteger não apenas o rei, mas todo o reino de Segara. Cada entrada e saída que os servos os mostraram parecia ter sido projetada para uma defesa eficiente e uma vigilância constante, proporcionando uma sensação de segurança, mas também de mistério.
Embora o castelo fosse grandioso e rico em história, Jon e Onurb começaram a perceber que sua jornada como membros da Guarda Real estava apenas começando. A cada passo, o castelo de Segara parecia revelar mais sobre si mesmo, como se convidasse os novos integrantes da guarda a descobrirem seus segredos e a proteger sua realeza com honra e coragem.
Enquanto Jon e Onurb continuavam sua caminhada pelos corredores do castelo, observando cada detalhe, o ambiente ao redor parecia mais vívido e cheio de história a cada passo que davam. O som de seus passos ecoava pelas paredes imponentes, mas logo foi interrompido pelo som de outros passos que se aproximavam. Ao virar uma esquina, Jon e Onurb avistaram Lady Elara, acompanhada por outros membros da Guarda Real. Ela caminhava com postura firme, a capa da guarda real esvoaçando atrás de si, enquanto os soldados a seguiam em perfeita ordem.
Quando seus olhares se encontraram, Lady Elara parou por um momento, e seus olhos brilharam com um reconhecimento imediato. Ela olhou para Jon e perguntou com uma leveza na voz:
– Este é seu nome, Jon?
Onurb, que estava alguns passos atrás, trocou um olhar cúmplice com Jon e piscou discretamente, como se estivesse ansioso para ver como Jon reagiria. Jon, surpreso com a abordagem direta de Elara, sentiu um leve desconforto, mas rapidamente recobrou a compostura, lembrando-se das formalidades que havia aprendido nas últimas semanas. Ele se curvou levemente e respondeu, com a voz firme, mas respeitosa:
– Sim, Lady Elara, é um prazer encontrá-la. Sou Jon, integrante da nova guarda real.
Ela sorriu de forma amigável, como se a formalidade não fosse necessária, e disse:
– Pode me chamar apenas de Elara. Não sou muito chegada a títulos ou formalidades.
Jon ficou surpreso com a simplicidade e a simpatia dela, mas, ainda assim, manteve a postura respeitosa. Eles trocaram um breve sorriso, e, sem mais palavras, Elara acenou de forma suave com a cabeça, sinalizando que a conversa havia chegado ao fim. Ela se virou para continuar seu caminho, e os outros soldados a seguiram com a mesma disciplina e calma.
Jon ficou ali por um momento, refletindo sobre o breve encontro, e antes que pudesse se perder em pensamentos, ouviu Onurb chamar seu nome. Olhou rapidamente para o lado e viu Onurb e o servo já à frente, seguindo em direção a uma nova ala do castelo. Sem hesitar, Jon se despediu de Elara com um aceno de cabeça e correu para alcançar seus companheiros.
Enquanto corria pelos corredores, Jon sentiu uma leveza no coração, ainda pensando sobre o encontro com Elara. Sabia que, embora fosse apenas um momento breve, ele significava algo mais. Agora, de volta ao seu papel na guarda real, ele e Onurb continuavam a explorar o castelo, prontos para enfrentar o que viesse a seguir em sua jornada.
Enquanto continuavam a caminhar pelos corredores do castelo, Onurb não resistiu e, com um sorriso travesso, olhou para Jon. Ele inclinou a cabeça de maneira descontraída e disse:
– Você tá afim da princesa, não é mesmo?
Jon, pegando de surpresa, soltou um suspiro, quase rindo da sugestão de Onurb, mas logo negou com firmeza.
– Não, não estou.
Onurb, com a expressão mais séria, fez uma pausa antes de responder de maneira mais enfática:
– Então, deixa eu te dar um conselho. Não se meta com esse povo, se você não quer perder a cabeça.
Jon olhou para Onurb, surpreso com a seriedade na sua voz, mas logo percebeu que, por trás da advertência, havia uma nota de humor. Os dois se encararam por um momento, e logo, a tensão se quebrou quando começaram a rir juntos, seus risos ecoando pelos corredores vazios do castelo. Era um momento leve, um alívio, após os intensos dias que haviam passado no torneio e na nova vida como membros da Guarda Real.
– Eu vou tomar cuidado, não se preocupe, Onurb – respondeu Jon entre risos. – Mas não acho que o reino vai me oferecer grandes chances de me meter com a princesa.
Onurb deu um tapinha nas costas de Jon, ainda rindo, e respondeu:
– Melhor assim, amigo. Isso pode ser mais complicado do que parece.
Eles continuaram sua caminhada, agora com uma leveza no ar, sabendo que, apesar da vida na guarda real ser cheia de desafios e responsabilidades, ao menos podiam contar um com o outro para manter o bom humor.
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Atualizado até capítulo 45
Comments
Bruno Rafael
a piscada é o diacho kkkkkkk
2025-01-07
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