DESTINOS CRUZADOS

Jon – Nas ruas de Segara

Era de manhã bem cedo em Segara, os raios do sol atravessavam a janela da casa de Jon e dos seus pais. Jon se preparou, vestiu-se com a sua armadura e saiu. Enquanto caminhava pelas ruas, antes de chegar no castelo, ele viu dois homens com facas nas mãos. Jon se escondeu por trás das paredes de pedra, inclinando-se ao ponto de aparecer somente metade do seu rosto, tentando se esconder o máximo possível e entender o que aqueles homens queriam.

Jon ficou ali por alguns instantes, observando as ações dos dois, mas sentiu que algo não estava certo. A tensão no ar aumentava, e ele sabia que precisava agir rapidamente. Pensando em todas as possíveis consequências, ele respirou fundo e se preparou para tomar uma decisão.

"Podem ser apenas trabalhadores que iriam iniciar os seus trabalhos", pensou ele.

Porém, após alguns instantes, um senhor abriu a porta, e os ladrões invadiram a casa, mesmo com o senhor tentando forçar a porta a permanecer fechada.

Jon imediatamente puxou sua espada da bainha e seguiu em direção à casa. Chegando perto da porta trancada pelos ladrões, ouviu uma voz vinda de dentro.

"Não temos nada, eu juro!" – dizia o senhor.

Noah – Biblioteca

Enquanto isso, Noah estava na biblioteca, lendo manuscritos antigos, coisa que ele gostava muito. Foi quando se deparou com um livro antigo, contendo o título "Memórias de Hiskan", escrito por Vitares I. "Ninguém lê mesmo", pensou Noah. O livro contava sobre a viagem do rei a Hiskan, feita pelo menos dois anos antes da destruição da cidade. Amigo de Tartis II, Vitares I escreveu muitas coisas sobre Hiskan, desde seus jardins até a área do castelo.

"Jon irá se interessar por isso", pensou Noah, mas ele não podia levar o livro, era grande demais. "Vitares I devia estar impressionado com Hiskan para fazer um livro desse tamanho", refletiu, observando o volume espesso.

Jon – Tudo ou Nada

Jon se aproximou cada vez mais da casa, seus pensamentos agitados sobre como agir. Quando ouviu um grito vindo de dentro, não hesitou. Ele deu um forte chute na porta, e com sua espada em mãos, entrou na casa. Logo de cara, deu de encontro com os ladrões.

O primeiro, percebendo que Jon era da guarda real, atacou rapidamente com a faca, tentando perfurar Jon. Em um movimento ágil, Jon esquivou-se da lâmina e, com rapidez, agarrou o braço do ladrão, dando-lhe uma cotovelada forte na cara. Com um empurrão, ele lançou o ladrão contra a rua, fazendo-o voar pela porta.

Enquanto isso, o segundo ladrão tentou atacar pelas costas. Jon, no entanto, girou para a direita, fazendo sua lâmina cortar o estômago do agressor. O sangue começou a escorrer por sua roupa. O homem tentou fugir, mas a dor e a perda de sangue foram demasiadas. Ele tropeçou e caiu, deixando um rastro de sangue pela rua enquanto tentava, inutilmente, escapar.

Jon viu que o ladrão caído já não tinha forças para continuar e correu de volta para dentro da casa. Chegando lá, perguntou ao senhor:

— Eles machucaram algum de vocês?

O homem, ainda nervoso com a situação, respondeu:

— Não, senhor, obrigado.

Jon fez um simples aceno com a cabeça e desceu até o corpo caído do ladrão, informando a alguns guardas sobre o ocorrido. Eles logo retiraram o corpo dali.

Um dos comerciantes, ao ver os soldados levando o corpo, comentou com os moradores que estavam ao redor:

— Se não fosse ele, vocês estariam mortos.

— Ele não é aquele que ganhou o torneio? – questionou um dos curiosos.

— Sim, é ele mesmo – respondeu outro.

A população murmurava entre si, enquanto se reuniam para ver o que tinha acontecido. Jon seguiu em direção ao castelo para concluir mais um dia de trabalho.

Viserys – Na presença do rei

Enquanto isso, no castelo, Viserys estava deitado sobre sua cama, lendo, quando de repente a porta do quarto se abriu, e o rei, seu pai, entrou.

Vitares olhou para ele e disse:

— Temos que conversar!

Viserys largou imediatamente o que estava fazendo, levantou-se da cama e respondeu:

— Oi, pai, pode falar.

O rei se aproximou e sentou na cama, apontando para o local ao seu lado para que Viserys também se sentasse. Após os dois estarem acomodados, Vitares olhou para o filho e disse:

— Filho, você será o futuro rei de Segara, e todo rei precisa de uma rainha.

— Sim, eu sei, pai – respondeu Viserys.

O rei continuou, sua voz firme:

— A única opção na terra de Midirin é Seraphina Valeris, filha de Jargan. Ela é uma moça bonita, filho.

Viserys franziu o cenho, preocupado:

— E eu preciso que esse casamento aconteça, para que nossos reinos se unam ainda mais, entende? – concluiu Vitares.

— E se ela não gostar de mim? – questionou Viserys, um tanto inseguro.

O rei riu, olhando para o filho com um sorriso divertido:

— Você acha que alguma menina rejeitaria um Argan? – disse, fazendo um gesto brincalhão, e tutucando Viserys, que sorriu.

Vitares, no entanto, logo se tornou sério novamente:

— E também preciso falar com sua irmã. Elara casará com Arian Valeris, o herdeiro de Tunskard.

O príncipe visivelmente ficou pensativo, sabendo que a política e as alianças entre as famílias de Midirin nunca eram fáceis.

Elara – O Conflito Interior

Depois de um tempo, Elara ficou sabendo da ideia de seu pai. A notícia a pegou de surpresa, e uma sensação de desconforto a invadiu ao saber que seu futuro estava sendo decidido sem que ela tivesse voz na questão. O rei Vitares, seu pai, planejava o seu casamento com Arian Valeris, o herdeiro do Reino de Tunskard, uma união política necessária para fortalecer os laços entre os reinos. Elara nunca havia conhecido Arian pessoalmente, mas a notícia não foi recebida com o entusiasmo esperado.

Ela se viu em um conflito interno. Apesar de saber que uma aliança como essa seria de grande importância para Segara, Elara não conseguia aceitar a ideia de ser dada em casamento a um homem que ela nunca conhecera, e muito menos com a certeza de que sua vida seguiria um rumo que não desejava. Seu coração se apertava só de pensar na imposição de um destino que parecia não ter espaço para seus próprios sentimentos.

Cada vez que pensava na aliança que seu pai desejava, uma sensação de tristeza se apoderava dela. A aliança entre os reinos era importante, mas ela não conseguia ver como esse casamento poderia ser algo bom para ela. Era uma decisão tomada sem seu consentimento, sem que ela pudesse sequer questionar, e isso a fazia sentir como se estivesse sendo tratada como uma peça de xadrez em um jogo que não escolhera jogar.

Enquanto refletia sobre isso, o pensamento a consumia: como poderia viver com alguém que não escolheu, que não tinha vínculo com ela, enquanto seu próprio coração ainda batia por um destino diferente? Ela se perguntava como seria possível aceitar essa união sem mais nem menos, sendo apenas mais uma aliança política que a separaria de suas próprias esperanças e desejos.

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Comments

leitor12345

leitor12345

😔🫣

2024-12-28

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