PERIGO PARA O REINO

ALDEIA…

Honstaz

Chegou o dia de finalmente Honstaz e sua patrulha voltarem para o reino, agora há menos soldados do que antes, e alguns estão aflitos e aterrorizados com o que aconteceu e pensam que esse mal pode atacar eles novamente durante a noite, pois não iram chegar no mesmo dia.

As pessoas da aldeia estão com um olhar de medo estampado em seus olhos, ficam em dúvidas entre si, com incerteza se o rei irá realmente ajudar, várias já abandonaram as aldeias da região.

Honstaz e Sir Wiston estão na frente do pelotão, passando agora pelo vale, agora voltando, o caminho vai ser longo eles podem chegar mais cedo se passarem a noite toda cavalgando, mais isso é quase impossível, os cavalos não suportariam tal caminhada que pode durar mais de 40 horas, sem parar.

DIAS DEPOIS…

O caminho foi tranquilo, exceto alguns ladrões que tentaram atacar a patrulha, já perto do reino, mas foi uma tentativa frustrada da parte deles.

Na cidade é anunciada a chegada da patrulha, Jargan com pressa vai ao encontro de Honstaz e percebe que algo aconteceu, pois o número de soldados e cavalos é bem menor do que o que foi.

Jargan desce ao encontro, Honstaz, seguido por Sir Wiston estão indo em direção ao castelo.

— Soldados, vão em busca de algo para se alimentar e também para os cavalos. Falou Sir Wiston.

Enquanto estão indo em direção ao castelo, encontram o rei vindo em sua direção com uma expressão de preocupação, e lhe pergunta:

“ O que aconteceu? E esse corte no seu ombro Sir Wiston?”

— Conversaremos sobre isso no castelo, Vossa Graça! - respondeu Honstaz.

O povo olhava para todos os soldados e ficavam ansiosos para saber o que tinha acontecido, mas sabiam que era algo relacionado a batalha, pois alguns soldados estavam feridos e sujos de sangue, além disso foi carregado para dentro do castelo um baú grande e misterioso, que a população pensou que eram despojos de batalhas.

Dentro do castelo Honstaz e Sir Wiston, estavam sentados na cadeira do conselho, e pareciam em dúvida de como iam falar aquilo para o rei,mas por outro lado estavam bem convictos, pois tinham provas suficientes.

O rei entra na sala, sua presença imponente preenchendo o ambiente. Antes de se sentar na cadeira real, ele olha para os presentes e, com uma expressão de autoridade, fala:

—Então? O que aconteceu?

Honstaz, com um ar sério, dá um passo à frente, claramente preocupado com o que tinha a dizer.

— Como o senhor pode ver, fomos atacados, mas não foram os Drarkons.

O rei estreita os olhos, a dúvida tomando conta de seu rosto. Ele espera pela continuação, franzindo a testa.

—Quem então? Ladrões?

— Não, Vossa Graça! Foram Barkes que nos atacaram! Respondeu Honstaz com firmeza, mas também um toque de inquietação na voz.

A expressão do rei muda instantaneamente para um ceticismo profundo, ele balança a cabeça como se não estivesse acreditando no que ouvia.

— Barkes? Lendas antigas? Sir Wiston, você sabe me dizer se o meu conselheiro bateu a cabeça? Jargan fala, sua voz carregada de descrença, claramente duvidando da situação.

Sir Wiston, que estava ao lado, suspira e, com um olhar sério, responde sem hesitar, como se fosse algo que ele preferia não ter que afirmar.

—Quem me dera que fosse isso, Vossa Graça! Mas infelizmente ele está falando a verdade.

Enquanto isso, Wiston, com seu rosto endurecido pela experiência, coloca uma erva medicinal em seu ombro, sem desviar os olhos de Honstaz.

Honstaz, sentindo a pressão crescente da situação, fala de forma mais rápida: "Estávamos esperando essa reação do rei, por isso trouxemos um para o senhor."

O rei, com um olhar fixo e um leve franzir na testa, responde com impaciência: Me mostre! - Sua voz estava cheia de autoridade, como quem não tolerava mais demora.

Abrindo a porta do conselho, os soldados entram arrastando um baú grande, o som pesado do arrasto ecoando pela sala. O rei observa em silêncio, seu olhar fixo no baú que parecia carregar algo sinistro. Sir Wiston, com um gesto de comando, ordena que os soldados removam a tampa. O momento parece tenso.

— Ele está vivo? O rei pergunta, sua voz mais baixa, com uma pitada de preocupação.

— Não, eu o matei. Respondeu Wiston, a sinceridade em sua voz não deixando espaço para dúvidas, mas também mostrando o peso da situação.

Quando os soldados finalmente levantam a tampa, o monstro morto é revelado. Um silêncio toma conta da sala. Todos olham surpresos, estupefatos, e os soldados se afastam, desconfortáveis, sem querer se aproximar mais do que o necessário.

— Que merda é essa? Pergunta o rei, com um tom de incredulidade, quase como se estivesse em choque com o que via.

—É um Barke, Vossa Graça! - Responde um dos soldados, tremendo levemente.

— Eu sei o que é. O rei responde, agora com um olhar mais sério, claramente assustado e impressionado com o que estava diante de seus olhos pela primeira vez.

—Envie um corvo para Vitares, ele tem que ver isso. O rei ordena com uma urgência crescente em sua voz.

—Senhor, nós conseguimos deter eles sozinhos, não precisamos de ajuda. Falou Wiston, com uma confiança evidente, mas também preocupado com as repercussões daquela descoberta.

Nesse momento, o mensageiro entra apressado, trazendo duas cartas. O rei, sem perder tempo, ordena que sejam lidas imediatamente.

Leia. Ordena o rei, sua paciência no limite.

— A carta de Segara é apenas um convite para jovens guerreiros que querem entrar no torneio organizado por Vitares, e ele pede a presença do senhor.

— Vitares pensa que eu não tenho coisas para resolver? E ainda por cima que leva os jovens guerreiros. O rei responde com frustração, claramente irritado.

Honstaz, com um brilho nos olhos, se antecipa:

Senhor, isso é uma boa ideia.

O rei o encara com uma expressão cética, sua testa franzida, desconfiado da sugestão.

— Do que você está falando? Pergunta, desconcertado.

— Você pode ir para o torneio, e encontrar bons soldados de Vasques para trazer, para a segurança das aldeias. Explica Honstaz, a confiança em sua voz inegável.

— Você acha que vamos encontrar bons guerreiros naquele fim de mundo? - Wiston questiona, seu tom de voz ácido e incrédulo.

— Boa ideia, muito boa ideia, Honstaz. - O rei finalmente responde, sua expressão mudando para algo mais calculado, um pequeno sorriso curvando os cantos de seus lábios.

— Honstaz sorri, lançando um olhar sarcástico para Wiston, vendo que o rei não deu a mínima para sua indagação.

— E a carta do norte o que diz? Pergunta o rei, voltando à seriedade do momento.

— A carta do norte fala que nesses últimos dias não houve ataque nas aldeias, mesmo eles tendo adormecido com as tochas acesas. Continua... eles acharam o covil dos Barkes.

— O quê? Aqueles demônios têm covis?

Wiston pergunta, sua voz cheia de espanto, a ideia de que aquelas criaturas podiam ter um lugar onde se escondem o surpreende completamente.

— Sim, alguns camponeses com soldados seguiram os rastros deixados por eles, até que os rastros desapareceram na neve. Honstaz explica, a gravidade das palavras em seu tom.

— Na neve?

Pergunta o rei, com uma expressão de puro desconforto, os olhos fixos no conselheiro.

— Sim, os Barkes moram perto de Hiskan ou em Hiskan.

— Por isso os lobos! Exclama Honstaz, sua percepção repentina o fazendo soltar a frase, como se tivesse feito uma descoberta importante.

— Como assim os lobos? - Wiston pergunta, agora intrigado, tentando entender a relação.

— Os lobos são os únicos animais que moram nas redondezas de Hiskan, desde que os Downves foram destruídos. Eles foram os únicos que conseguiram domesticar esses tipos de animais selvagens.

— Mas esses lobos são gigantes. Wiston fala, com uma mistura de descrença e espanto.

— E você acha que os lobos dos Downves eram pequenos? Eram feras gigantes usadas nos campos de batalha, animais bem treinados, resistentes e fortes. Por isso ninguém conseguia vencer os Downves. Jargan responde com um olhar de desafio, claramente se sentindo no controle da situação.

— Mas como essas criaturas conseguiram domá-los? Pergunta Wiston, a dúvida ainda pairando em seu tom.

— Não sabemos. Responde Honstaz, o peso da incerteza em suas palavras.

— Agora, tudo começa a fazer sentido para o rei. Os Barkes, criaturas antigas, tinham registros nos livros de Hiskan, pois somente ali existiam. Então, os Downves poderiam ter enfrentado guerras frequentes contra eles.

— E o que faremos com esse monstro aqui?

Pergunta Wiston, com um tom de urgência.

Enquanto eles conversavam, o chão começou a congelar, vindo da direção do baú, e rapidamente se espalhou pelo ambiente, criando uma camada de gelo espessa.

—Tirem ele daqui! Ordena o rei, sua voz agora alta e autoritária, quase desesperada.

Quando um dos soldados, sem hesitar, colocou a mão no baú, ele imediatamente foi totalmente congelado, ficando parado, congelado até a ponta dos dedos. O gelo então parou de se espalhar, e o baú começou a sacudir violentamente, fazendo a tampa fechar.

— Você não disse que tinha matado ele, Wiston? Pergunta o rei, agora claramente desconcertado.

— Eu pensei. Wiston responde, sua expressão agora séria e tensa, segurando sua espada com mais força.

— O gelo parou, levem ele para fora e abram o baú.

Os soldados, com medo, hesitam, mas obedecem, levando o baú para o lado de fora. Quando finalmente o abrem, virando-o para o sol, a surpresa toma conta de todos.

Não havia mais nenhum Barke dentro do baú.

— Para onde ele foi?

Pergunta o rei, sua voz um sussurro de pura incredulidade.

— Ele estava morto.

Responde Honstaz,

sua voz vacilante, mas firme.

—Estava? Pergunta o rei, com um tom de

desconfiança crescente, sua expressão preocupada.

—Realmente, eu não sei o que aconteceu, mas aqui ele não está mais. - Pondera Honstaz, o mistério agora pairando no ar como uma sombra.

A população em volta ficou em dúvidas do que eles estavam discutindo e o que havia dentro do baú.

Eles voltaram para o lado de dentro para a sala do conselho, e o clima estava muito frio, e o

gelo continuava em um rastro que se estendia de onde estava o baú até a mesa do conselho, que ficou totalmente congelada, junto com o soldado que continuou em pé congelado no meio da sala.

Os soldados trouxeram várias tochas com objetivo de descongelar o gelo, mas foi tudo em vão.

— Tranquemos essa sala, até encontrarmos um jeito de descongelar isso. Ordenou o rei. A sala foi trancada e até o soldado ficou congelado do lado de dentro.

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!