O TORNEIO

Como a semana passou rápido. Parecia que o torneio, uma promessa de glória e desafios, estava tão distante, mas agora, no final da semana, faltava apenas um dia para que as primeiras lutas começassem.

Pela manhã, os jovens de Vasques começaram a jornada rumo a Segara, com os rostos iluminados pela primeira luz do dia e o vento suave acariciando suas peles. O céu, de um azul profundo, parecia prometer uma vitória. O rei Vitares, em um gesto de hospitalidade, disponibilizou algumas casas e cômodos para os lutadores, proporcionando-lhes um local tranquilo para se prepararem.

Jon, que tinha o peito apertado pela ansiedade, caminhava entre os demais, mas seu olhar estava fixo no horizonte distante. Seus pensamentos se atropelavam, como ondas quebrando em uma praia. “E se eu cair? E se não for o suficiente?” Ele pensava. Mas logo se refutava, tentando dissipar a nuvem escura que pairava em sua mente: “Não, eu não posso cair. Tenho que vencer. Não só por mim, mas por todos que acreditaram em mim.”

Noah, seu pai, observando o olhar distante e inquieto do filho, se aproximou e, com a voz calma, mas firme, o confortou. “Calma, Jon,” disse ele, colocando a mão em seu ombro. “Estaremos na torcida, você vai ganhar. Foi muito bem treinado, é hora de mostrar a todos o quanto você é capaz.”

As palavras de Noah, como um bálsamo, acalmaram o coração de Jon por um breve momento. Mas a pressão da competição ainda pairava sobre ele. Seguia em frente, sentindo cada passo como uma preparação para o grande desafio que o aguardava. O vento que cortava o ar parecia carregar consigo todas as suas dúvidas, mas também suas esperanças. A jornada até Segara seria longa, mas ele sabia que ao final dela, algo grandioso o aguardava.

Depois de longas horas de caminhada, Jon olhou pela primeira vez, Segara que se desdobrava diante dos olhos de Jon como um sonho, um lugar onde a natureza parecia abraçar o poder humano. Ao se aproximar da cidade, o vento salgado do mar trazia consigo o cheiro de maresia, misturado com o aroma fresco das árvores que bordeavam a estrada.

Jon ficou em silêncio, absorvendo a vista. As torres do castelo real, imponentes e de aspecto medieval, se erguiam com força sobre a cidade, guardando Segara com uma majestade que só as terras costeiras poderiam possuir. Os campos de cultivo, verdes e bem cuidados, estendiam-se até onde os olhos podiam alcançar, e o azul do mar parecia se misturar ao céu, criando uma linha tênue entre os dois, quase impossível de distinguir.

O som do mar batendo nas rochas do porto era constante, como uma melodia que embalava os habitantes da cidade. Pequenos barcos balançavam suavemente nas águas calmas, prontos para partir ou retornar, enquanto pescadores carregavam suas redes com o fruto do dia.

Mas o que mais fascinou Jon foi o contraste entre a beleza natural e o esforço humano. As ruas de Segara eram bem planejadas, com calçamentos de pedras lisas que se entrelaçavam com jardins floridos, criando um ambiente que transmitia tanto prosperidade quanto uma harmonia incomum entre os homens e a terra. Ele podia ver os rostos das pessoas, trabalhadoras, mas com um brilho nos olhos, como se aquele lugar fosse mais do que um simples lar; era um símbolo de tudo o que podiam conquistar.

Quando Jon finalmente entrou na cidade, sentiu um aperto no peito, mas também uma sensação de acolhimento. Segara não era apenas uma cidade; era um reino que emanava força e tradição, e Jon sabia que ali ele enfrentaria o maior desafio de sua vida. O vento que acariciava seu rosto parecia ser um sinal, como se a própria cidade o convidasse para o que estava por vir.

Algum tempo depois, Jon chegou perto de uma rocha que estava e olhou no horizonte uns navios se aproximando, ele ficou pensando que era inimigos.

Jon permaneceu de pé, os olhos fixos nos navios que se aproximavam, cortando as águas calmas de Segara. O som do mar batendo suavemente nas pedras abaixo parecia distante, como se a própria cidade estivesse em silêncio, aguardando o que viria. Ele sentia a tensão crescer dentro de si, um presságio desconfortável. "Seriam inimigos?" Pensou. Os navios se moviam lentamente, suas velas brancas se erguendo no horizonte, quase como espectros vindos de um lugar distante.

Foi então que uma voz familiar interrompeu seus pensamentos, suave, mas firme.

— "Lindo, não é?" Disse Sir Will, surgindo ao seu lado, com sua presença calma e imponente.

Jon virou-se rapidamente, surpreso por não ter ouvido os passos do homem. "Sir Will, você já está aqui?" Ele perguntou, sua voz um pouco mais tensa do que pretendia.

— "Claro que sim." Sir Will sorriu, com um brilho nos olhos, e olhou para os navios, parecendo não notar a inquietação de Jon. "Eaí, preparado para amanhã?"

Jon respirou fundo, tentando afastar a ansiedade que se aninhava em seu peito. Ele olhou para o horizonte mais uma vez, os navios ainda se aproximando, mas a resposta não vinha facilmente.

— "Eu estou... eu acho que sim." Ele disse, sua voz vacilando um pouco.

Sir Will não disse nada de imediato. Apenas observou o horizonte, absorvendo o mesmo cenário que Jon, e depois se virou para ele com um olhar sério, mas acolhedor.

— "Não se coloque em dúvida, Jon." Ele falou, a voz firme e tranquila. "Você tem que estar preparado. Não só para o torneio, mas para o que está além dele. A dúvida é o maior inimigo de um guerreiro." Ele fez uma pausa, como se pesasse cada palavra. "Agora, quanto a esses navios..."

Jon seguiu o olhar de Sir Will, seus olhos fixos nas velas que se aproximavam lentamente, agora quase nítidas, ondulando ao vento. Ele não sabia o que pensar, mas algo dentro de si dizia que não eram inimigos, não ainda.

— "Creio que sejam as pessoas de Aderon," Jon disse, sentindo a tensão se dissipar um pouco. "Vindo contemplar as lutas."

Sir Will permaneceu quieto por um momento, os olhos atentos, como se estivesse analisando não só os navios, mas a própria essência de Jon. Então, com um sorriso enigmático, ele disse:

— "Aderon... ou quem quer que seja." Sua voz tornou-se mais grave, mais reflexiva. "Esses navios não são apenas para assistir, Jon. Eles podem trazer lutadores também. Sempre há mais do que os olhos podem ver."

Jon, olhou para Will e perguntou:

—Então eles são inimigos ?

Sir Will sorriu levemente ao ouvir a resposta de Jon, seus olhos fixos nos navios que se aproximavam lentamente, cortando as águas tranquilas de Segara. A brisa que balançava os cabelos grisalhos de Will parecia acompanhar a leveza com que ele falava, como se tivesse o domínio do momento. Ele se aproximou um pouco mais de Jon, seu tom de voz grave, mas acolhedor.

— "Não tenha pressa de julgar, Jon." Ele disse, dando um passo à frente. "Nem tudo que brilha à distância é inimigo. Os navios são de Aderon, sim, mas não é porque estão aqui que devemos achar que tudo é ameaça. Há muito mais por trás de uma batalha do que a espada e o escudo."

Jon franziu o cenho, absorvendo a sabedoria de Sir Will, mas ainda desconfiado do que os navios poderiam significar. Ele sempre acreditara que, em tempos de tensão, qualquer movimento estranho no horizonte poderia ser um sinal de perigo.

— "Eu entendo, Sir Will." Jon respondeu, com um tom de voz mais firme. "Mas, é difícil não ficar preocupado. As coisas aqui são diferentes... e eu..." Ele hesitou, não querendo expressar sua vulnerabilidade.

Sir Will olhou para Jon com um sorriso compreensivo, colocando a mão em seu ombro. O toque de Sir Will era forte, mas gentil.

— "Se fosse fácil, Jon, não seria digno de ser chamado de guerreiro." Ele disse, com uma leve risada, mas seus olhos eram sérios. "O que está por vir, você vai conquistar. Não importa o que aconteça amanhã. O que importa é o que você faz com isso. A verdadeira luta, meu jovem amigo, não está nas armas, mas na mente e no coração. Lembre-se disso quando o dia chegar."

Jon sentiu as palavras de Will se assentarem profundamente dentro de si. Ele olhou novamente para os navios, já mais próximos, e, desta vez, sentiu uma leve paz. Ele não sabia o que o futuro reservava, mas sentiu-se mais forte com a confiança de Will, e com a compreensão de que talvez fosse hora de olhar para as situações com mais clareza. Segara, com sua beleza tranquila e seus mistérios, ainda tinha muito a revelar. E Jon estava pronto para enfrentar o que viesse.

Depois de algum tempo, Jon percebeu que os lutadores que Will falava eram os que lutariam também no torneio.

DIA DO TORNEIO

O sol começava a aparecer atrás das altas colinas de Segara, tingindo o céu de um amarelo profundo, enquanto o porto da cidade se enchia com uma energia palpável. Navios de todos os tamanhos estavam ancorados, com velas coloridas balançando ao ritmo do vento, enquanto homens e mulheres de diferentes reinos desembarcavam, vindos de terras distantes, prontos para testemunhar a grandiosidade do torneio. O murmúrio da multidão ecoava pelas ruas e praças, enquanto a cidade vibrava com expectativa.

A arena, um colosso de pedra erguido ao longo das gerações, estava repleta de espectadores. As arquibancadas estavam lotadas, os gritos e aplausos abafados pela proximidade da multidão. A poeira subia do chão, misturando-se ao calor do dia, e os sons das botas pesadas pisando nas pedras ecoavam por todo o espaço. A atmosfera era de uma celebração, mas também de tensão. As arquibancadas estavam repletas de camponeses, mercadores e nobres vindos de todos os cantos, todos ávidos por ver o sangue e a bravura que marcariam o início do torneio.

Do lado reservado para a nobreza, o cenário era ainda mais imponente. Sob uma grande tenda de veludo e brocado, com estandartes de cores vibrantes, estavam os reis e suas cortes. Vitares Argan, o rei de Segara, de postura ereta e expressão impassível, observava tudo com um olhar calculista. Ao seu lado estava Dorne, senhor de Vasques, com suas vestes pesadas de couro, que contrastavam com o brilho dourado da coroa que ele usava. Seu olhar, firme e atento, não se desviava dos lutadores.

Jargan Valeris, o rei de Tunskard, de rosto severo e olhos penetrantes, estava sentado, ao lado de sua esposa, acompanhados de seus conselheiros. Honstaz, o conselheiro de Jargan, de barba espessa e mãos firmes, permanecia de pé ao lado de seu rei, trocando palavras com os outros homens de sua comitiva. Sir Wiston, chefe da guarda real de Tunskard, observava a arena com os olhos sempre em movimento, pronto para agir a qualquer sinal de tumulto.

Perto de Dorne, Will Tornis, o chefe da guarda real de Segara, estava em pé, como uma rocha, com a capa de seu uniforme esvoaçando ao vento. Seu olhar fixo e atento passava por todos os detalhes, desde os lutadores até os nobres, sempre calculando os riscos. Ele parecia ter uma presença inabalável, mas seus olhos traiçoeiros captavam até os menores movimentos dentro da arena.

As mulheres dos reis, elegantemente vestidas, estavam sentadas ao lado de seus maridos, sorrisos sutis nas faces, enquanto suas filhas, mais jovens, observavam tudo com olhos curiosos, mas cheios de respeito pela grandiosidade daquele evento. Os filhos dos nobres estavam ali também, alguns já com a postura altiva de quem sabia o que o futuro reservava, outros mais tímidos, ainda absorvendo a magnitude daquele momento.

E ali, entre os olhos atentos da nobreza e os sussurros da multidão, estavam os oito lutadores, prontos para enfrentar o desafio de suas vidas. O primeiro dia do torneio estava prestes a começar, e Jon, com o coração acelerado e a mente cheia de pensamentos conflitantes, sabia que este seria o momento que poderia mudar o rumo de sua vida. Vencer significaria uma vaga na guarda real, um passo para um futuro de honra e poder, mas também um caminho perigoso, repleto de adversários implacáveis.

Enquanto o som das trombetas ecoava pelo ar, anunciando o início das competições, Jon sentiu o peso do olhar dos reis, a responsabilidade de representar não apenas a si mesmo, mas os que confiavam em sua força. Ele sabia que, por mais que fosse um torneio de bravura, ali não se tratava apenas de vencer uma luta, mas de conquistar um lugar entre os mais poderosos, entre os escolhidos para proteger as grandes casas de Midirin. O destino estava prestes a se desenrolar, e Jon estava determinado a escrever seu nome na história.

Primeira Luta de Jon

O som da trombeta ecoou pelo campo, anunciando o início das competições. Jon se posicionou na arena, sentindo o calor da multidão vibrante que preenchia os espaços ao redor. O adversário que ele enfrentaria era um homem robusto, com uma expressão desafiadora, mas Jon sabia que não seria um grande desafio. O treinamento com Will Tornis havia sido árduo, mas estava preparado para o que vinha pela frente.

O juiz levantou a bandeira e, ao sinal, Jon avançou. Seu oponente tentou se defender com um grande escudo, mas Jon rapidamente se esquivou e, com um golpe preciso, fez o homem perder o equilíbrio. Ele não demorou para reagir, jogando o adversário no chão com uma força surpreendente, fazendo a arena vibrar com o impacto. A multidão foi à loucura, e Jon, com a respiração pesada, deu um passo atrás, esperando o juiz dar o veredito.

“Vitória para Jon!” anunciou o árbitro, e a multidão explodiu em aplausos. O som de palmas, gritos e cânticos ecoava, mas Jon sabia que essa vitória tinha sido apenas o começo. A luta foi fácil, mas ele precisava se concentrar para o que estava por vir.

Segunda Luta de Jon

A tensão era palpável no ar quando Jon se preparava para sua segunda luta. O adversário dessa vez era um homem ágil e experiente, com um olhar feroz e uma espada longa que ele empunhava com destreza. Jon sentiu a diferença logo de cara. O combate foi mais difícil do que ele imaginava. Seu oponente se movia rápido, buscando brechas em sua defesa, e Jon teve que usar todo o seu treinamento para se manter à frente.

A luta durou mais tempo, o suor escorrendo pela testa de Jon, mas sua determinação era inabalável. Ele esquivava-se com destreza, sempre antecipando os movimentos de seu oponente, até que, no momento certo, aproveitou uma abertura e desarmou o homem com um golpe preciso. O adversário caiu no chão com um baque pesado, e Jon, respirando com dificuldade, se afastou, aguardando o árbitro.

“Vitória para Jon!” foi a confirmação, e dessa vez o aplauso da multidão foi ainda mais ensurdecedor. Mas Jon sentiu o peso da luta. Não havia sido fácil, e a final o aguardava, um adversário ainda mais formidável.

A Final

Jon estava na final, o que parecia um sonho distante, agora se tornando uma realidade tangível. A arena estava tomada por uma energia elétrica, com todos aguardando a grande luta que definiria o campeão. O som das trombetas ressoou, e o ar parecia vibrar com a expectativa de todos.

A filha de Vitares Argan, Lady Elara, estava entre os nobres, no camarote reservado para a realeza. Ela era uma jovem deslumbrante, com cabelos loiros e ondulados que caíam como um manto sobre seus ombros. Seus olhos, de um azul profundo, eram como dois faróis brilhantes, atentos a cada movimento na arena. Ela estava vestida com um vestido de seda dourada, que contrastava com a cor escura de seus cabelos, e sua postura elegante era acompanhada por um olhar que não desviava de Jon.

Quando ele entrou na arena, seus olhos encontraram os dela por um breve momento. Ela o observava com uma intensidade inesperada, seus olhos fixos nele, como se visse mais do que apenas um lutador. Havia algo nos olhos de Lady Elara, uma curiosidade, talvez até uma admiração disfarçada, que não passou despercebido por Jon. Ele tentou se concentrar, mas não pôde evitar sentir um leve desconforto com o olhar atento da princesa. Ela parecia interessada, talvez até fascinada por sua habilidade e pela maneira como ele enfrentava seus adversários.

A multidão estava em pé agora, aplaudindo, gritando o nome de Jon. Mas para ele, tudo parecia ter desacelerado por um momento. O peso do futuro, da honra e da possibilidade de ganhar a vaga na guarda real, a pressão da luta que estava prestes a enfrentar, tudo isso estava a ponto de se fundir com o som abafado de sua própria respiração. Ele olhou novamente para Lady Elara, e por um instante, seus olhos se encontraram novamente. Ela sorriu ligeiramente, um sorriso sutil, mas que fez o coração de Jon bater mais forte. Mas logo ele desviou o olhar, concentrando-se no desafio à sua frente.

A final estava prestes a começar, e Jon sabia que sua vida mudaria, independentemente do resultado. Mas naquele momento, ele estava determinado a lutar com tudo o que tinha. O aplauso da multidão, os olhares da realeza e as expectativas de todos estavam concentrados sobre ele. Ele não podia falhar.

Seu pai e Will Tornis estavam ansiosos para a final.

A Final: Jon vs Onurb

A arena estava repleta, a tensão no ar era palpável. A plateia estava em um silêncio reverente, esperando ansiosamente pela grande final. Jon estava de um lado da arena, seu corpo já marcado pelos esforços das lutas anteriores, mas seus olhos estavam focados, prontos para o desafio que estava prestes a enfrentar. Do outro lado, Onurb, um jovem de Aderon, estava posicionado com confiança. Moreno, com cabelos curtos e uma expressão séria, ele parecia tranquilo, como se soubesse exatamente o que fazer. Ele havia vencido suas batalhas de forma impressionante, mostrando habilidade e domínio, e agora ele estava ali para provar que era o melhor.

O sinal foi dado, e a luta começou com ambos os combatentes se aproximando lentamente, os olhos fixos um no outro. Onurb atacou primeiro, seu movimento rápido e certeiro, mas Jon foi ágil, defendendo com precisão. Cada golpe trocado entre os dois parecia mais forte que o anterior, a luta fluía em um ritmo intenso de ataque e defesa. As espadas reluziam sob o sol da manhã, e o som do metal batendo era seguido por uma onda de murmúrios da multidão.

Jon sentia o peso da luta, a tensão de cada movimento, e ao mesmo tempo a adrenalina correndo em suas veias. Onurb era forte, mas Jon sentia que sua preparação com Sir Will Tornis havia lhe dado a vantagem em resistência e rapidez. Os dois trocaram golpes ferozes, ambos tentando encontrar uma brecha na defesa do outro. Cada passo, cada esquiva, cada golpe parecia calculado, como uma dança mortal onde um erro poderia significar a derrota.

A batalha continuou, cada segundo mais tensa. Jon se movia com precisão, defendendo-se habilmente, mas Onurb não era fácil de se conter. O jovem de Aderon parecia sempre ter uma resposta para os ataques de Jon, usando sua velocidade e agilidade para contra-atacar com força. O público estava em êxtase, assistindo a uma demonstração de habilidades excepcionais de ambos os lutadores, como se cada movimento fosse uma obra-prima de estratégia e destreza.

O suor escorria dos rostos de ambos, os corpos exaustos de tanto esforço. A luta se arrastava por vários minutos, e a pressão estava se tornando insuportável para os dois. A cada movimento, Jon sentia suas forças se esgotando, mas não podia parar agora. Onurb também estava visivelmente cansado, seu ritmo começava a vacilar, mas sua determinação estava intacta.

Quando finalmente, após um último golpe poderoso, ambos caíram para trás, sem forças, os corpos tremendo pela exaustão, o juiz se aproximou. A luta havia chegado a um ponto crítico. O árbitro levantou a mão, sinalizando que não havia um vencedor claro, e que a luta terminava em empate.

A plateia explodiu em aplausos. Os reis, com rostos impressionados, se levantaram. Vitares Argan, Dorne de Vasques e Jargan de Tunskard estavam em pé, aplaudindo a habilidade e a coragem demonstradas pelos dois combatentes. Lady Elara, a filha de Vitares, observava com um sorriso discreto, os olhos brilhando de admiração. Ela sabia que Jon havia dado tudo de si, e seu respeito por ele só aumentava.

Jon, exausto, olhou para Onurb, que também estava recuperando o fôlego ao seu lado. Eles trocaram um olhar de compreensão mútua, ambos reconhecendo a luta feroz que haviam travado. A multidão continuava a aplaudir, e o som dos aplausos ecoava por toda a arena, como uma homenagem ao espírito de luta e honra que os dois haviam demonstrado.

Enquanto os aplausos continuavam, Jon sabia que, independentemente de não ter vencido, ele havia mostrado o seu valor. Ele olhou para o camarote da realeza, onde Lady Elara ainda o observava. Seus olhos se encontraram novamente, e ela deu um pequeno aceno com a cabeça, como se o reconhecesse, não apenas como um lutador, mas como alguém digno de sua atenção.

Jon sorriu para si mesmo, a luta havia acabado, mas algo dentro dele havia mudado para sempre. A honra, a coragem e a determinação que ele havia mostrado na arena o haviam marcado para o resto de sua vida, e, talvez, fosse isso que realmente importava.

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