John
📲 "John já tenho as provas da traição de Diogo Tavares. Foi fácil demais, o cara não fazia questão de esconder. Não sei como Sofia não descobriu nada ainda. Estou te enviando tudo no seu email."
Estava observando Sofia, que é o que eu mais tenho feito ultimamente, quando recebi a mensagem do Jorge me falando sobre a investigação. Abri meu email e estava lá, a tal Larissa foi secretária do Diogo, quando iniciaram um caso. Tinha fotos dos dois em restaurantes e alguns vídeos. Nesses vídeos que me pareciam ser de circuitos de segurança, Diogo e a tal Larissa aparecem até num elevador em um momento íntimo. O canalha realmente traia a Sofia, e parece ser caso antigo.
- Filha da puta. _ eu não conseguia acreditar no que estava vendo.
- Algum problema? _ acabei falando o palavrão alto demais e Sofia ouviu.
- Ah, desculpa por isso. Não é nada não. Vou descer um pouco. _ fechei o notebook, peguei meu celular e fui para o elevador. - Já volto.
Precisava falar com Jorge, mas não poderia ser na frente da Sofia, então desci e fui para a frente da sua loja. Liguei para ele que me explicou que ainda estava investigando outras coisas sobre o Diogo, mas que a traição já estava comprovada.
Eu não sabia o que fazer com essas informações. Se eu contasse para ela não sabia qual seria sua reação, então decidi deixar Adam, que sempre foi muito próximo a ela, contar tudo. Liguei para ele e repassei o que tinha descoberto.
Esse era meu plano, mas quando voltei para o ateliê, vi Sofia em frente a um espelho grande que ela tem ali, estava em um lindo vestido de noiva, e a maneira como ela se olhava no espelho e passava suas mãos delicadamente pelo vestido, me fez ter a certeza que aquele era o seu vestido de noiva para se casar com o idiota do Diogo.
Movido pelo ciúmes, fui impulsivo, e quando dei por mim, já estava atrás dela com minhas mãos segurando em seus ombros, depois fui descendo delicadamente meus dedos pelos seus braços.
- É lindo. Pena que é para usar com homem que não merece.
A raiva que estava sentindo depois de ter a certeza da traição, misturado com os ciúmes de imaginar Sofia se casando com ele, me fez perder o controle e ultrapassar os limites. Já não era o seu segurança ali, e sim o cara que era perdidamente apaixonado por ela desde que ela ainda era uma adolescente.
E esses sentimentos me fizeram ser imprudente e contar tudo. Achei que Sofia ia começar a chorar, ou até me expulsar dali por achar que estava inventando aquelas coisas sobre seu noivo. Mas para minha surpresa, ela reagiu bem. Me fez imprimir as provas da traição e foi confrontar Diogo.
Preciso ressaltar dois momentos memoráveis enquanto Sofia jogava tudo na cara daquele idiota. Primeiro foi o prazer que tive em dar dois socos nele. Só não fiz mais porque Sofia estava ali.
Segundo foi quando Sofia tirou o vestido. Ali estava a Sofia inconsequente da adolescência, com a diferença que agora está mais mulherão, e puta merda, ela ficou ali, no meio da sala daquele idiota, só de calcinha. E depois ela veio me pedir para esquecer o que eu vi. Impossível! Essa mulher já fazia parte dos meus sonhos e dos meus pensamentos, agora então.
Se antes eu queria esclarecer os fatos que me fez terminar nossa relação no passado, agora quero muito mais.
- Podemos conversar outra hora? Temos uma conversa pendente, lembra?
- Não é o momento John. Mas conversamos outra hora sim. Obrigada por me trazer. Até amanhã.
Sofia me deu um fio de esperança, e eu não ia desperdiçar. No dia seguinte fui a pegar na casa dos seus pais, fiquei esperando encostado no carro e quando a vi, ela vinha sorrindo para mim.
- Bom dia John.
- Bom dia Sofia. Feliz?
- Dia bonito né!? Acordei feliz, mas atrasada. Então vamos.
E os dias que se seguiram foram assim, Sofia estava mais sorridente e feliz. Isso me deu coragem para dar um próximo passo. Na sexta-feira quando chegamos no seu ateliê, assim que ela desceu do carro, eu a segurei pela mão a fazendo parar e se virar para mim.
- Lembra da nossa conversa?
- John não acho que a gente tem o que conversar na verdade.
- Temos sim Sofia. Tenho coisas do passado que preciso esclarecer com você.
- Não quero reviver nada do passado. E acho que você já me falou tudo que queria naquela época. Vamos manter o que conseguimos até aqui John. Estabelecemos uma boa relação de trabalho e quem sabe podemos até ser amigos com o tempo.
- Por favor Sofia. Só me dá uma chance, uma conversa.
- Ok John. Vamos ver um dia para essa conversa. Agora me deixa entrar por favor.
- Quando? Só me diz isso.
- Vou ver John. Prometo.
Eu ia ter paciência, afinal para quem nem olhava na minha cara, aceitar ter uma conversa comigo, já era um avanço. Eu tinha esperança de nos acertarmos depois dessa conversa.
Mas talvez não fosse tão simples assim. Fui a deixar em seu apartamento no final do dia, e quando saímos do elevador tinha um cara encostado do lado de fora da sua porta. Ela olhou para ele com uma expressão de surpresa e depois sorriu.
- Ricardo? O que está fazendo aqui?
- Olá vizinha. Estava te esperando, primeiro para te dar isso._ ele estendeu um buquê de flores para ela. - Como um gesto de boa vizinhança, já que seremos vizinhos agora. E segundo para isso.
- Eu não acredito. Como você conseguiu? Esse show está esgotado a muito tempo. Sem falar que o show é amanhã. _ Sofia pegou dois ingressos das mãos deles e ficou muito feliz.
- Tenho meus contatos, e como você falou que queria muito ir, eu corri atrás e consegui. É um para você e seu segurança.
- Ricardo eu não consigo acreditar. Eu queria muito esse ingresso, mas quando fui comprar já tinham esgotado. Muito obrigada._ ela falou dando um abraço nele.
- Que bom que gostou. Talvez a gente se esbarre por lá, eu também vou ir.
- Claro. Muito obrigada mesmo, e pelas flores também, são lindas.
- De nada. Bom vizinha, vou indo. Até amanhã no nosso treino.
- Ah não, eu treino de manhã, só ontem que fui a noite, mas não gosto. Então não vamos treinar juntos novamente.
- Então, eu gostei tanto da sua companhia para treinar que pedi para mudarem meus horários de treino. E agora não sou apenas seu novo vizinho como seu colega de treino.
- Ah. Então até amanhã Ricardo.
- Até sofia._ ele deu um sorriso para ela e um aceno de cabeça para mim, e foi para o seu apartamento.
E eu? Fiquei igual um idiota, parado ali, presenciando essa cena. O cara estava nitidamente dando em cima dela.
Depois que o cara se foi, ela lembrou da minha presença.
- Obrigada por me trazer John. Até segunda então.
- Acho que isso é meu._ peguei um dos ingressos da mão dela.
- Hein, é para meu segurança, e até onde sei nos finais de semana é o André.
- Não perco esse show por nada. _ falei e fui em direção ao elevador. - Ah, que horas você costuma ir malhar mesmo?
Sofia estava parada no mesmo lugar me olhando sem acreditar.
- As 7 da manhã. Porque?
- Nada não. Agora entra para eu poder ir embora.
- OK. Boa noite John.
- Boa noite Sofia.
Não ia ser fácil para mim, mas também não ia facilitar para o vizinho.
Quando cheguei em casa Maju estava sentada no chão da sala rodeada de presentes.
- Oi filha._ dei um beijo em sua cabeça depois de conseguir passar por aquele monte de papel de presentes e caixas. - O que é isso tudo?
- Ganhei pai. Olhas as minhas Barbies.
Era uma coleção de Barbies, fora outros presentes. Olhei para minha mãe que vinha da cozinha.
- Boa noite mãe. O que é tudo isso?
- Os pais da Sofia passaram deixar esses presentes para Maria Júlia. Saíram agorinha daqui.
Eles realmente gostaram da minha pequena. E Maria Júlia demorou ir dormir por causa dos presentes novos.
No sábado acordei cedo, e como todos os dias me vesti para ir correr, mas hoje estava afim da companhia de uma certa estilista para minha corrida.
- John?! O que você está fazendo aqui esse horário?_ Sofia abriu a porta do seu apartamento surpresa comigo ali.
- Estava indo correr no parque, aí pensei em te convidar.
- Ah. Eu treino aqui no prédio mesmo. E faz tempo que não corro no parque.
- Então é uma ótima oportunidade para correr hoje. E outra, dispensei o André esse final de semana, então sou seu segurança hoje e amanhã.
- E a sua folga?
- Reponho depois. Agora para de enrolar e vamos correr.
- Ok. Entra aí, vou trocar o tênis e já volto.
Por hoje eu consegui impedir que o vizinho galanteador e com contatos, treinasse com Sofia. O pior seria manter ela longe dele no tal show. Precisava conversar com ela logo.
Depois da nossa corrida a deixei na casa dos seus pais e marcamos de voltar a noite para ir ao show.
Como eu já imaginava, o vizinho da Sofia não demorou muito a aparecer. Eu fiquei próximo a ela, mas não tão perto, para poder ter uma visão do que acontecia ao seu redor, então não conseguia ouvir sobre o que falavam, e por causa do barulho do show, o cara toda hora estava falando no ouvido dela. E aos poucos ele foi evoluindo, chegando mais próximo, mão na cintura dela, até o ponto que eu sabia que ele ia a beijar. E novamente, movido pelos ciúmes, eu interrompi aquele momento deles.
- Senhorita Sofia precisamos ir. Me acompanhe._ falei a conduzindo para fora, sem deixar nem ela, nem ele falarem nada.
Já no carro Sofia foi me questionar.
- O que aconteceu John?_ ela estava assustada achando que era algum perigo eminente a ela o motivo da nossa saída repentina do show.
- Nada não. Apenas hora de ir embora.
- Como assim John? O show ainda estava no meio. Quero uma boa explicação para você me tirar assim, nem consegui me despedir do Ricardo, você foi me levando para a saída.
- Preocupada com seu vizinho Sofia?
- Que atitude é essa? Não te devo explicações de quem me preocupo ou não.
- Estou dirigindo, quando chegarmos no seu apartamento conversamos.
- Eu vou para casa dos meus pais.
- Depois da nossa conversa te deixo na casa dos seus pais.
- Eu não acredito nisso John. Você está totalmente fora de controle.
Não respondi mais nada até chegarmos ao seu apartamento. O ciúmes me cegou totalmente, e como quando ela era adolescente e eu a tirava das festas do seu primo quando algum engraçadinho estava dando em cima dela, fiz hoje ao tirá-la do show.
Ela entrou no apartamento cuspindo fogo. Jogou sua bolsa no sofá e me olhou nervosa.
- Ok, já chegamos. Agora me explica que atitude foi essa John. Se não havia nenhum perigo, porque me tirou do show daquele jeito?
- Por que aquele cara já estava passando dos limites.
- O que?
- Isso mesmo. O cara nem prestava atenção ao show. Era o tempo todo falando no seu ouvido. O que vocês tem tanto para conversar afinal de contas?
- Você só pode estar de brincadeira. Ninguém passou dos limites ali a não ser você. Ele fez a gentileza de conseguir o ingresso para mim e estávamos conversando, apenas isso.
- O beijo ia ser gentileza também?
- E porque isso te importa John? Quem eu beijo ou deixo de beijar é problema meu.
- Por que eu tenho ciúmes Sofia. Não posso imaginar outro te beijando. Já aguentei aquele idiota do Diogo, mas ele era seu noivo. Agora esse vizinho é diferente.
- Que ciúmes?! Porque você teria ciúmes de mim?_ ela falava com a voz alterada e gesticulava.
- Por que eu te amo Sofia._ segurei seu rosto com minhas mãos. - Nunca deixei de te amar.
Ela balançou a cabeça em negativo e vi lágrimas se formando em seus olhos.
- Outra mentira para me levar para cama John? Outra mentira para me iludir e depois jogar fora como se eu fosse um lixo? Não tenho mais 18 anos._ ela tirou minhas mãos do seu rosto e deu um passo para trás.
- Não é mentira Sofia. Eu te amo. Eu menti a anos atrás quando te falei que não amava. Me perdoa, sei que fui um idiota e falei coisas horríveis para você. Mas saiba que doeu mais em mim do que em você cada palavra que falei aquele dia.
- Mentira! Eu não acredito nesse amor que você me diz sentir. E quanto ao que eu senti você não faz nem ideia do quanto doeu. Como é que você falou mesmo? Ah, " você é uma ninfeta se oferecendo para mim", " falei o que você queria ouvir para poder te levar para cama".
- Sofia por favor.
- O que foi John? Não é bom ouvir o que você me falou? Então imagina para mim que convivo a anos ouvindo essas palavras se repetirem nas minhas memórias. Imagina para mim que me arrependo dia a após dia por ter me apaixonado por você e entregue meu coração e meu corpo.
- Sofia por favor não diz que você se arrepende. Olha eu posso te explicar o que aconteceu e porque fiz tudo aquilo._ tentei me aproximar novamente, mas ela fez sinal com a mão para eu parar.
- Não precisa explicar nada John. O que tinha que ser dito você já me falou na época. Eu entendi perfeitamente que eu me ofereci e você como homem não perdeu a oportunidade. Depois que a adolescente fácil perdeu a graça para você, me trocou por uma mulher mais velha.
- Não é nada disso Sofia. Nunca te achei fácil ou qualquer coisa assim. Falei o que te falei porque sou um idiota. Eu queria que você me odiasse, pensei que assim seria mais fácil você continuar sua vida e me esquecer.
- Parabéns, você conseguiu. Por muito tempo te odiei.
- Eu sei. Sei também que merecia pelas palavras que falei. E quanto a mulher que você viu no meu apartamento e..
- Eu não quero saber John. Não precisa me dar satisfação nenhuma, afinal já não estávamos mais juntos.
- Me deixa falar por favor. Vamos sentar e eu vou te explicar tudo o que aconteceu.
Peguei em sua mão e a fiz se sentar no sofá, e me sentei em sua frente. Limpei uma lágrima que escorria por seu lindo rosto.
- Aquela moça é minha prima, e estava hospedada no meu apartamento por alguns dias. Ela foi a doadora de medula para minha mãe que estava com câncer na época, você lembra né?_ ela balançou a cabeça dizendo que sim. - Eu não tive nada com ela Sofia. Apesar de ser uma prima que vi poucas vezes na vida, mesmo assim é minha prima.
- E porque você não me falou quem era ela?
- Tentei, mas você não me deixou falar. Saiu correndo do meu apartamento lembra? E depois tentei conversar com você numa festa do Adam, não queria que continuasse achando que era um canalha, mas outra vez você não me deixou falar.
- Estava muito magoada com você. E na festa tinha acabado de saber, naquele dia mesmo,pelo seu pai que você teria um filho, ou melhor, filha.
- Sinto muito por isso.
- Tudo bem. E quanto a terminar comigo. Se diz que me amava, porque fez aquilo comigo?
- Meu pai me obrigou. Eu fui um idiota que deixei ele me manipular. Mas para você entender o que eu fiz e porque, precisa entender minha relação com o senhor James. Eu sou fruto de uma gravidez indesejada pelo meu pai. Ele até tentou fazer minha mãe abortar, mas ela se recusou. Forçado pelo meu avô, ele se casou contra sua vontade com minha mãe. E nunca conseguiu gostar de mim. Eu era tudo aquilo que tinha dado errado na vida dele, então sempre me tratou mal. Inclusive quando se casou com sua atual esposa, ele tratou os filhos dela com muito mais amor que um dia conseguiu demostrar para mim. E eu passei uma vida tentando conquistar o amor dele. Inclusive sou segurança porque achei que assim poderíamos nos aproximar. Mas a verdade é que ele cumpriu com a parte financeira comigo apenas, e isso forçado. Então por ter crescido com essa rejeição, meu pai sempre conseguiu o que queria de mim. Eu fazia tudo para o agradar. Mas quando ele pediu para eu te deixar, eu me recusei, porque meus sentimentos por você eram muito maiores do que a vontade de agradar meu pai. Foram várias brigas, e eu não cedi, mesmo muitas vezes concordando que em algumas coisas ele tinha razão, como por exemplo a nossa diferença social. Eu nunca poderia te dar a vida que você estava acostumada Sofia. Mas mesmo assim eu não cedi, eu achava que daríamos um jeito nisso. Mas aí, vendo que suas palavras não estavam adiantando, meu pai parou de pagar o tratamento da minha mãe, e ela seria transferida para um hospital público.
- E porque você não me falou nada, eu teria te ajudado John.
- Não é simples assim Sofia. Já me sentia muito mal por saber que nunca conseguiria te dar o padrão de vida que você tinha, e ainda ia te pedir dinheiro? Não consegui. Me desculpa, mas não consegui Sofia.
- Não te entendo John. Era para salvar sua mãe, não para algum luxo seu. Eu jamais iria fazer um julgamento ruim de você por isso.
- Eu sei Sofia. Hoje sei, mas na época era diferente. E a questão financeira não foi o que realmente me fez terminar com você. Eu ia pedir o dinheiro para o tratamento da minha mãe ao Adam, sei que ele ia me ajudar. Mas meu pai, não sei como, descobriu, e então usou o fato da sua sobrinha ter feito teste de compatibilidade para doação da medula óssea para minha mãe e ter dado positivo, e usou isso para me chantagear. Ele não permitiu que ela fizesse a doação até eu terminar tudo com você. _ Sofia me ouvia com atenção e incrédula com o que eu lhe contava. - Eu tentei falar com ele, falei com minha prima implorando, mas não adiantou. Até hoje não sei como ele fez para ela se recusar a fazer a doação se não fosse com a autorização dele. E os médicos começaram a fazer pressão. Minha mãe seria transferida para o hospital público, mas precisava da doação com urgência. E esperar até aparecer outra pessoa compatível seria condenar minha mãe a morte. A mesma que se recusou me abortar e aguentou um casamento de sofrimento e humilhação por mim. Eu não pude fazer isso Sofia. _ nesse momento eu já não conseguia segurar minhas lágrimas, e Sofia chorava junto comigo. - Me perdoa por tudo que eu fiz com você, por cada palavra. Era tudo mentira Sofia. Eu nunca te usei, nunca foi apenas sexo. Eu me apaixonei por você quando você ainda era menor de idade e eu um irresponsável por não conseguir me afastar de você. Me perdoa linda. _ segurei seu rosto e sequei o caminho de lágrimas.
- Tudo bem John. Eu não podia imaginar que seu pai fez tudo isso. E porque exatamente ele fez isso mesmo? Só por você ser um filho indesejado?
- Por isso, e também porque ele achou que eu ia prejudicar a carreira dele. Meu pai era o segurança do seu tio Thomas, e depois passou a ser o chefe de segurança da sua família, não só da equipe do Brasil, como de Nova York também. Ele achava que seu Thomas e seu pai não iam permitir o nosso relacionamento, e que ele seria prejudicado, podendo perder seu emprego.
- Entendi. Seu pai tem sérios problemas John.
- Tem. Eu percebi isso tarde demais, infelizmente. Hoje não falo mais com ele, só como segurança e chefe mesmo. Relação filho e pai, que só existia na minha cabeça, já acabou faz tempo.
- Sinto muito por você.
- Tudo bem. Já não me abala mais isso._ passei minha mão por seu cabelo descendo por seu rosto fazendo um carinho que ela não rejeitou. - E quanto a nós Sofia? Será que ainda temos uma chance de recomeçarmos?
- Eu preciso processar tudo isso John. Sem contar que faz apenas uns dias que terminei um noivado.
- Entendo. Só me diz que eu tenho uma chance então. Que posso entrar na competição com seu vizinho galã.
- kkk Eu conheci ele outro dia, e não tem competição nenhuma para você entrar.
- Isso quer dizer que você não vai dar mais atenção aquele engraçadinho?
- Não disse nada disso. Acho que ele pode ser um amigo, sem contar que me ajuda nos exercícios da academia.
- Ele não quer ser seu amigo. Mas tudo bem, eu dou conta do vizinho, desde que você me permita tentar te conquistar novamente.
- Tudo bem. Mas vamos com calma ok?
- De acordo. E esse vamos com calma, inclui que não posso te beijar?
Ela sorriu para mim de uma forma meio tímida e eu não precisei de palavras. Segurei sua cintura com uma mão, a trazendo mais para mim, enquanto a outra foi por baixo dos seus cabelos, segurando sua nuca com delicadeza. Inclinei meu rosto para que nossas bocas se encaixassem, e quando nossos lábios se tocaram, senti fogos de artifícios no meu estômago e o coração acelerado. Que saudades eu senti desse beijo, dessa boca, dessa pele sob minhas mãos.
- Que saudades de você garota. Não sei como consegui sobreviver sem você todo esse tempo.
- Saudades desse "garota" kkk
- Kkk Você é e sempre será minha garota. E só minha._ voltei a beija-lá.
Precisava sentir mais dela para matar um pouquinho da saudade acumulada em meu peito. Mas o beijo que começou calmo e apaixonado, foi ficando mais ousado e quente. E meu corpo começou a queimar de desejo por ela também. Minha mão que estava em sua cintura, foi descendo sobre sua saia, até tocar a pele da sua coxa. Minha mão foi subindo por debaixo do tecido da saia, sentindo aquela pele macia e aveludada, até sentir nas pontas dos meus dedos o tecido da sua peça íntima. E isso já estava me enlouquecendo. Mas fui parado por Sofia, que me parecia tão entregue quanto eu.
- Vamos com calma, lembra?
- Tudo bem linda. Vou me esforçar para me controlar._ falei descendo minha mão por sua coxa, dando um leve aperto antes de tirá-la totalmente dali. _ Agora preciso de uma distração. Me conta como foi seu curso.
Nos encostamos no sofá, um de frente para o outro. Sofia juntou seus joelhos em frente ao corpo, eu segurei uma das suas mãos e fiquei fazendo um carinho, enquanto ela me contava do tempo que ficou nos EUA para estudar, eu fazia carinho com minha outra mão em seus cabelos e rosto.
Acho que o cansaço do dia, misturado com as emoções da nossa conversa, com o carinho que estava fazendo nela, lhe deu sono, e aos poucos Sofia foi parando de falar e adormeceu com a cabeça encostada no encosto do sofá.
Fiquei um tempo ali olhando para ela e matando as saudades de cada detalhe do seu rosto.
- Você não imagina como eu te amo garota._ lhe dei um beijo na testa, a peguei no colo e levei para seu quarto. Deitei ela delicadamente na sua cama para não a acordar, tirei sua bota e a cobri. Já era madrugada e estava cansado também, então me dei a liberdade de dormir em um dos seus quartos de hóspedes.
No domingo acordei mais tarde do que o meu normal. Tomei um banho no quarto que dormi e desci. O apartamento estava silencioso ainda, o que significava que Sofia deveria estar dormindo. Resolvi preparar um café da manhã para nós, e quando estava finalizando a vi descendo as escadas, de banho tomado, calça jeans, tênis branco e uma blusa fininha de fio.
- Bom dia. _ a cumprimentei com um beijo.
- Bom dia John. Gosto do seu conceito do "vamos com calma" kk
- Kkk Desculpa. Estava cansado para dirigir, então dormi em um dos seus quartos de hóspedes.
- Tudo bem, estou brincando. Obrigada por me pôr na cama. Precisa de ajuda?
Tomamos café da manhã, deixamos a cozinha da dona Emília limpa e eu fui a deixar na casa dos seus pais.
- Não pretendo sair mais hoje, então pode tirar o final do dia para descansar.
- Tudo bem. Se precisar me liga que venho te pegar.
- Ok. Até amanhã então John.
- Até amanhã Sofia. _ ela sorriu para mim e já ia descer.
Mas eu a segurei pela mão, e ela se virou para mim e eu lhe dei um beijo.
- Sei que é para irmos devagar, mas seus beijos são viciantes.
- kkk OK John. Agora eu vou. Tchau.
- Tchau minha garota._ ela olhou e me deu um lindo sorriso antes de fechar a porta do carro e entrar na casa de seus pais.
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Atualizado até capítulo 55
Comments
Leila Cabral
nossa ele. é lindo , ela linda mais casal mais sem sal credo água de salsicha , não tem química nenhuma parei chata demais fui
2025-02-27
0
Adryelle de jesus😍
Agora ela deveria falar na portaria para n deixar Diogo subir
2025-04-02
1
Lucia Carneiro
Eu estou amando e tem que ir no tempo dela, pois pensou que tinha sido usada.
2025-03-26
0