Capítulo 12

John

- Bom dia mãe, Maju.

- Bom dia filho. Feliz numa segunda-feira? Posso saber o motivo?

- Nenhum motivo especial dona Nora. E você Maju, escovar os dentes se já terminou de comer.

- Pai você vai ver a Sofia hoje?_ coração já acelerou quando ouvi seu nome.

- Vou filha. Porque?

- Fiz um desenho para ela. O senhor entrega?

- Entrego. Agora escola mocinha.

Deixei Maju no colégio e fui pegar Sofia no condomínio onde seus pais moram.

Cheguei e mandei uma mensagem em seu celular avisando que já estava esperando.

Fiquei do lado de fora do carro e vi seu Eduardo se aproximando, me parece que vindo de uma caminhada pela roupa.

- John. Bom dia.

- Bom dia seu Eduardo.

- Já se adaptou novamente ao Brasil?

- Ah sim. Sou mais brasileiro que americano seu Eduardo.

- Kkk Isso é. E Sofia? Quero saber se minha filha está te dando trabalho kkk

- Falando de mim pai?_ Sofia apareceu, sorrindo lindamente para seu pai.

- Só falo bem de você minha princesinha, sabe disso.

💭 - Não ria não Eduardo, que logo é Sofia desfilando com um namorado por aí.

Aurora estava namorando, e seu pai e tios estavam conversando. Adam e Lucas estavam sentados próximos a eles e me chamaram para sentar também. Seu Thomas nunca teve essa frescura de funcionários não se misturarem com eles, então eu ficar sentado conversando com Adam era algo normal já.

- Minha filha ainda é um bebê Thomas. E não é qualquer um que vai namorar com minha princesinha não.

Eu não pude deixar de ouvir, já que estavam falando da Sofia. E quando seu Eduardo falou isso, logo me lembrei das palavras do meu pai "não quero nem imaginar quando seu Eduardo descobrir que você levou a princesinha dele para cama".

Eu não queria, mas as palavras do meu pai ficavam ecoando na minha cabeça. 💭

- John, cuida bem da minha princesa._ seu Eduardo falou comigo me trazendo novamente ao presente.

Ele deu um beijo na testa da filha e abriu a porta para ela entrar, mas abriu a porta do passageiro e não de trás.

- Você reclama desde sempre por não ter uma vida normal como as outras garotas e anda como uma patricinha no banco de trás minha filha. Pois bem, garotas normais vão na frente.

- Pai!

- Não esquece o cinto. Bom trabalho para vocês crianças. _ seu Eduardo praticamente empurrou a filha para dentro do carro e me deu um tapinha no ombro, e foi em direção sua casa.

Entrei no carro e Sofia estava vermelha, usando a boa e velha tática do celular kkk

- Vamos para onde?

- Loja. _ me respondeu com a cabeça baixa.

- Se continuar olhando para o celular assim vai ficar com dor no pescoço.

Ela me ignorou. Então me inclinei em sua direção. Ela se assustou. Fiquei bem próximo a ela, nossas respiração chegavam a se misturar. O peito dela subia e descia rápido, sinal que estava nervosa.

- O cinto senhorita Sofia._ falei olhando em seus olhos, coloquei o cinto nela e me afastei.

Chegamos na loja e ela desceu rápido, parecia que queria sair correndo.

Como todos os dias, cumprimentou as moças que trabalham na loja, Maitê e subiu para seu ateliê.

Quando ela saiu do elevador, segurei sua mão, a fazendo se virar para mim. Novamente ela se assustou com minha atitude inesperada.

- O que foi?_ perguntou, e notei seu peito subir e descer rápidos novamente, a respiração alterada e a voz quase falhando.

- Tenho uma coisa para você.

Eu deveria ir direto ao assunto, mas o fato de ver que ainda mexo com Sofia me fez querer prolongar aquelas sensações.

Ela ficou levemente ruborizada e umedeceu seu lábio. Que vontade de terminar o que começamos na porta do seu apartamento.

Sofia estava me enlouquecendo, e faziam apenas dias que estava trabalhando como seu segurança.

Ainda segurando sua mão, peguei o desenho da Maju e entreguei a ela. Só então ela puxou lentamente sua mão da minha e segurou o papel.

- Ah que lindo. Agradeça Maju por mim._ ela me falou olhando o desenho e sorrindo para o papel.

Fiquei curioso com o desenho que tirou dela aquele sorriso lindo.

- Posso ver?_ ela me olhou e puxou o papel para ela.

- Não! Perdeu a oportunidade de ver antes de me entregar.

- Nem pensei nisso.

- Sinto muito, vai ficar na curiosidade. Agora vou trabalhar._ girou o seu corpo no calcanhar e foi para sua mesa.

Acabei de notar que uma coisa que nós une é a Maju? Quando é algo relacionado a minha filha, Sofia baixa a guarda comigo, e faz até brincadeiras como agora. Preciso trazer Maju mais vezes para trabalhar comigo kkk

Me sentei e fiquei a observando. Tão linda sentada atrás daquela mesa.

E nossa semana passou assim, tranquila. Fora os dias que Diogo apareceu. Em um dia veio a pegar para almoçar com ele, no outro trouxe flores, assim do nada. No outro veio a buscar para levar embora. E todas as vezes ele me irritava. Não suporto ver ele a beijar ou passando sua mão nas suas costas. Na verdade não suporto ver ele respirar perto dela.

- Só passando para avisar que estou indo embora e hoje tem balada. _ Maitê saiu do elevador já anunciando.

Sofia começou a bater sua testa levemente em sua mesa, demonstrando a prima que não queria ir para balada.

- Nem vem Sofia, deixa de ser velha. Preciso sair, beijar na boca e você me deve muitas kkk

Sofia olhou para mim e desviou o olhar rapidamente, envergonhada com a brincadeira da prima.

- Não garanto Maitê. Preciso ver se o Diogo vai querer ir junto.

- Aquele chato vai também? Aborta a missão.

- Maitê.

- Ok, ok. John você vai também né?

- Estou trabalhando Maitê, mas se sua prima for, eu vou. Afinal sou seu segurança.

- Então você vai, porque Sofi vai também. Né Sofia?

No final das contas Sofia teve que ir.

A deixei em seu apartamento e fui para o meu tomar banho e comer alguma coisa.

No horário marcado passei pegar ela e Maitê, mas para meu desgosto o insuportável do Diogo estava lá também.

- John chegou, podemos ir Sofi.

- Você vai com o segurança Maitê. Minha noiva vai comigo. Segurança pode nos seguir._ o idiota me deu uma ordem e saiu puxando Sofia pela mão.

- Nos encontramos lá._ Sofia falou para a prima e me olhou rapidamente.

- Insuportável!_ Maitê falou assim que eles saíram. - Vamos John.

Me obriguei ir seguindo o carro do insuportável como disse Maitê.

Chegamos na balada e eles subiram para a área vip. Já estavam lá Alice e Felipe, Aurora e Rafael, e mais uns amigos deles que eu não conheço. Fiquei um pouco afastado deles, junto com os outros seguranças da Alice e Aurora.

Eles conversavam animadamente. Percebi que Diogo estava bebendo muito. Em determinado momento vi que Sofia chamou sua atenção por causa disso, e posso jurar que ele apertou seu ombro onde estava com sua mão apoiada. Sofia abaixou um pouco o ombro e fez expressão de dor. Foi muito rápido, então não consegui ter certeza. E as luzes dessas baladas também não ajudam. Mas na dúvida, passei a observar Diogo o tempo todo. Estava bebendo e toda hora mandando mensagem no celular. Sofia estava conversando com as primas e não percebia.

Em determinado momento os primos da Sofia me chamaram e fizeram me sentar com eles. Iam fazer vídeo chamada para o Adam, zoando o primo mais baladeiro que agora estava noivo e só queria ficar em casa.

Vi que Diogo falou alguma coisa no ouvido da Sofia, levantou e desceu.

A vídeo chamada foi divertida, e ver meu amigo que sofreu tanto, feliz ao lado da noiva, me deixou feliz também.

Quando eu ia levantar para voltar para meu posto de segurança, Alice me impediu.

- Nada disso John, você sempre ficou no meio da gente quando era com o Adam, agora fica também.

Olhei para Sofia que fez um sinal com a cabeça para eu ficar com eles.

Passei a conversar com Felipe e Rafael e notei que o noivo da Sofia demorou voltar, mas voltou.

- Vamos Sofia._ ele falou já a puxando pelo braço.

Estava visivelmente bêbado e eu não ia deixar ele a levar naquele estado.

Levantei e segurei Sofia sutilmente no outro braço.

- A senhorita Sofia volta comigo.

- Como é segurança? Quem decide isso sou eu, seu noivo.

- Parem vocês dois. Diogo eu vou voltar com ele e a Maitê.

Ele a sacudiu um pouco pelo braço que estava segurando.

- Não me contrarie bonequinha. Vamos embora que esse lugar já deu para mim.

- Eu já disse que Sofia não sai daqui com você bêbado do jeito que está.

Felipe e Rafael levantaram e vieram para meu lado.

- Sofia senta ali com as meninas. E você Diogo, vai para casa curar a bebedeira._ Felipe falou sério para ele.

Ele olhou bem para nós três e depois para ela e desceu as escadas.

- Você está bem Sofi?_Aurora perguntou preocupada.

- Estou! Eu também vou embora. Vocês levam a Maitê?

Maitê estava dançando e não presenciou a cena que Diogo fez.

- Levamos. Se precisar me liga.

Depois que seu Eduardo a fez se sentar na frente comigo aquele dia, Sofia passou a fazer isso sempre.

Então estávamos indo embora, ela olhando para fora com um olhar triste e perdido outra vez.

- Você está bem?

- Estou.

- Não parece Sofia. Aquele cara te machucou?

- Já disse que estou bem.

Ela respondeu, encostou a cabeça na janela do carro e fechou os olhos.

Dei um soco no volante com a raiva que estava daquele cara, e a assustei.

- Desculpa. Encosta a cabeça de novo, logo checamos._ ela me olhou, mas não falou nada, e voltou a encostar sua cabeça na janela e fechar os olhos.

Chegamos e a acompanhei até seu apartamento a levando até sua porta.

- Você vai ficar bem?

- Vou sim. Maitê me mandou uma mensagem falando que já está vindo, vai ficar aqui comigo. Então você pode ir embora.

- Vou esperar ela chegar.

- Não precisa. Pode ir embora.

- Precisa sim. Pode entrar, vou ficar aqui na porta esperando ela.

- Sério isso?

- Se você me conhece sabe que estou falando sério.

- Ok. Espera sentado pelo menos. Entra.

Entrei e ela me mostrou seu sofá.

- Espera ela aí. Eu vou subir._ ela começou a subir as escadas e eu a chamei.

- Sofia?!_ ela se virou para mim. - Boa noite.

- Boa noite.

Ela subiu e eu fiquei ali, parado olhando onde ela tinha acabado de sumir.

Isso me lembrou o dia que Sofia foi até meu apartamento, disse que ia embora no dia seguinte e queria conversar. Quando ouvi ela falar que ia embora meu coração apertou. Estava descido conversar com ela e lhe contar a verdade. Mas ela viu uma prima minha que veio dos EUA para fazer a doação de medula óssea para minha mãe, que na época estava em tratamento de um linfoma, e entendeu tudo errado. Ela achou que era alguma mulher que estava comigo no apartamento que foi nosso ninho de amor por tanto tempo, e nem me deixou explicar. Na época me convenci que tinha sido melhor assim, mas no fundo não queria que Sofia achasse que fui capaz de ter outra mulher em tão pouco tempo.

Me sentei no sofá da sua sala e fiquei até Maitê chegar.

- Se precisar de mim, é só chamar Maitê._ olhei na direção da escada.

- Vou cuidar dela John. Vai descansar também.

Fui embora com vontade de ficar. No final de semana eu não ia a ver. Sábado e domingo são minhas folgas, e outro segurança fica a disposição dela se ela precisar sair de casa.

Passei o sábado inquieto, e então mandei mensagem para Maitê perguntando da Sofia.

📲 Ela está bem John. Não precisa se preocupar.

Fiquei feliz em saber, mas não era a mesma coisa. Eu precisava ver Sofia com meus próprios olhos.

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Comments

Josigg Gomes Galdino

Josigg Gomes Galdino

Não sei porque Sofia continua com Diogo, ela não o ama, não sente mais vontade de ficar com ele,faz o que ele manda,come o que ele quer, já machucou ela, agora só falta bater nela, é isso que vai acontecer,se Sofia não terminar com ele, e Diogo já está transtornado com os agiotas, está muito nervoso, e vai querer marcar logo o casamento, para colocar as mãos no dinheiro dela.

2025-02-27

7

Josigg Gomes Galdino

Josigg Gomes Galdino

Acho que Maju,pintou os três juntos,ou elas duas

2025-02-27

4

Cecilia do Prado Rodrigues

Cecilia do Prado Rodrigues

Estou achando que o Sr Eduardo quer a relação dos dois!

2025-03-16

1

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