Capítulo 5

Sofia

- Um fettuccine com cogumelo paris para minha noiva, e para mim filé-mignon com batata duchesse.

- Diogo eu não quero fettuccine, a noite não costumo comer massas, você sabe.

- Como não querida? Você ama fettuccine com cogumelo paris. Pode trazer o que pedi mesmo, obrigado._ Diogo não só escolheu o que eu ia comer, como ainda achou ruim eu o contrariar.

-Não deveria falar comigo assim na frente do garçom bonequinha. Sabe que sempre escolho o melhor para você. E comer massa um dia na semana não vai te matar.

Eu não estava com fome, não queria comer massa nem nenhuma outra comida, e também não queria estar ali naquele restaurante em plena segunda-feira.

Mas o pior foi quando fomos para seu apartamento. Diogo começou a me beijar e me despir, e eu achando aquilo tudo um tortura.

Não era loucamente apaixonada por Diogo, porque nunca mais conseguiria amar alguém como amei John. Então me conformei em apenas gostar do Diogo, e nossa relação era agradável, inclusive as relações íntimas. Isso até John voltar a minha vida.

Estava ali com Diogo, mas quando fechava os olhos via a imagem do John. E o sexo com Diogo que era agradável, foi um momento de tortura. Não que tenha sido forçado, isso não. Mas você estar com um homem e a imagem de outro na cabeça, não é nada agradável.

💭 - E então John? Você vai continuar fugindo de mim até quando?

Estava numa festa que Adam estava dando só para amigos, e aproveitei para ir atormentar meu lindo segurança. Meu não era, era do Adam, mas eu o chamava assim.

- Garota se comporta. Você nem idade para estar numa festa assim tem.

- Já tenho 17 anos John. Quanto eu tinha 16 você me disse que era muito nova, e agora?

- Deixa eu ver._ele falou se aproximando e cheirando meu pescoço.- Hummmm.

- Gostou do meu perfume John?

- Tem cheiro de leite materno ainda kkk

- Sem graça. Tenho certeza que muitos dos amigos do Adam que estão nessa festa não devem pensar o mesmo.

- Já te falei, se comporta. Se seu pai sonha que você está numa festa do seu primo, com certeza não vai gostar.

- Você não vai contar. Nunca conta o que o Adam apronta por aí. E outra, você quer me beijar que eu sei John. Vou te esperar no escritório do tio Thomas. Se você não aparecer em 10 minutos, vou beijar outro cara da festa John.

- Está doida garota? Primeiro, estou trabalhando. Segundo, tem câmeras por toda a casa. Quer que eu perca o meu emprego e ainda vá preso? Sou mais velho que você. E você é menor de idade. Chave de cadeia como os brasileiros falam.

- Só um beijo John. Então me fala um lugar que não tem câmeras. Você trabalha aqui e deve saber.

- Só os banheiros.

- Vamos em um então.

- Sofia, por favor.

- Vou beijar outro então. Um menor de idade igual a mim. Mas vou beijar ele imaginando ser você John, então não fica com ciúmes kkk

- Sofia para de graça. Chama seu segurança e vai para casa.

John era o único segurança que Adam permitia participar das suas festas. Os outros tinham que esperar do lado de fora. Na verdade John estava ali como amigo do meu primo, mas fazia de conta que estava trabalhando.

Só que ele tinha razão, tio Thomas olhava as câmeras para ver o que Adam fazia nas suas festinhas. Meus tios, Aurora e Alice estavam em NY, e Adam aproveitou para fazer a festa.

Eu saí de perto do John e fui dançar com os outros. Um cara que eu sempre beijava nas festas era o Lucas, primo do Adam. Nos crescemos todos juntos praticamente, mas nas festas eu dava uns beijos nele só por diversão. Lucas não levava a sério e me respeitava, era só uns beijos mesmo.

Comecei a dançar com Lucas e olhei para John. Ele engoliu um gole da bebida que estava em sua mão e fez um sinal com a cabeça para mim. Voltei até onde ele estava.

- O que foi John? Atrapalhou minha dança com o Lucas.

- Eu sei bem o que você está fazendo garota. Já falei, chama seu segurança e vai para casa.

- A festa está só começando John. Acho que vou beijar o Lucas mesmo.

- Não vai Sofia!_ ele respirou fundo. - Ok, só um beijo e você vai embora. Essas festas não são para você. Me espera no lavabo próximo a cozinha. Lá não tem câmeras. Vai por aqui que a câmera não vai te pegar entrando, eu vou pelo outro lado daqui a pouco.

E assim eu fiz, esperei John no lavabo por uns cinco minutos, e então ele veio.

- Pensei que tinha desistido.

- Se eu tivesse juízo teria desistido mesmo. Você ainda vai ferrar comigo Sofia._ ele falou me fazendo sentar na pia do lavabo.

John se posicionou entre minhas pernas. Com uma mão segurou minha cintura e a outra me segurou atrás da cabeça, colocando sua mão grande e quente por baixo do meu cabelo, e eu entrelacei meus braços em seu pescoço. Não era meu primeiro beijo, mas era o nosso primeiro beijo. E foi muito bom. Ele apertou minha cintura levemente, inclinou sua cabeça para que nossas bocas se encaixassem, e então o beijo começou lento, com John dando leves sugadas e mordidas nos meu lábio inferior. Mas aí o beijo foi ficando mais forte, mais rápido, John colocou sua língua na minha boca e eu fiz o mesmo. Enquanto nos beijávamos, a mão do John saiu da minha cintura e desceu para minha coxa, onde ele deu um leve aperto e se afastou de mim.

- Pronto garota, ganhou seu beijo. Agora vai para casa.

- Só mais um e vou.

- O combinado era outro. Vem. _ ele me fez descer da pia. - Vamos sair como entramos, cada um por um lado.

- Só mais um John._ falei levantando meus pés para ficar na sua altura, entrelacei meus braços em seu pescoço novamente e o beijei.

John que não queria um segundo beijo, não só me beijou, como me encostou na parede, e dessa vez sua mão foi debaixo da blusinha que estava usando, e deslizou lentamente pelas minhas costas.

- Chega garota, ou vou perder o pouco de juízo que me restou essa noite. Agora vai, sai na frente, se despede do Adam e vai embora. Não quero mais te ver nessa festa quando eu sair daqui._ me deu mais um beijo rápido, abriu a porta do lavabo e me fez sair. 💭

Olhei para o lado e Diogo dormia profundamente. Minha vontade era ir embora para minha casa, mas sair de madrugada não era uma boa ideia. E com certeza Diogo iria ficar irritado comigo, então me forcei a dormir. Foi difícil, mas consegui.

No outro dia eu estava péssima. Tomei um banho e vesti uma das roupas minhas que tinha no apartamento do Diogo. Ele me deixou em frente a loja como o combinado e foi para a empresa dele.

John estava lá me esperando quando chegamos. Dei um bom dia para ele e entrei.

Me sentei em minha mesa, mas não consegui fazer nada. As lembranças do passado, a culpa por ter tido relação com Diogo na noite anterior pensando em outro homem, o fato da minha relação com ele estar ficando estranha, do John estar ali, sentado a minha frente, tão perto e tão longe ao mesmo tempo. Tudo isso me consumia.

E então foi mais forte do que eu. Me levantei daquela mesa e fomos ao shopping. Comprei coisas que eu nunca ia usar na vida, só pelo prazer de comprar. A sensação era tão boa na hora, e parecia que todos os meus problemas iam embora. Mas o arrependimento veio, e mandei dona Emília colocar tudo para doação.

Claro que dona Emília ia contar para minha mãe, que foi no meu apartamento na mesma noite. Conversamos muito e eu abri meu coração a ela.

- Filha, se você quiser trocamos seu segurança novamente. John fica como segurança de uma das suas primas.

- Deixa assim mãe. Preciso encarar meus problemas de frente.

- Você que sabe querida. E quanto ao Diogo, se não está legal a relação de vocês, termina meu amor.

- Mãe só estou abalada por que John voltou a fazer parte da minha vida. Logo me acostumo com ele como meu segurança e fica tudo bem. Não se preocupe mais

- Você vai no psicólogo pelo menos Sofia?

- Vou mãe. Prometo.

Ela deitou minha cabeça em seu colo, e ficou fazendo carinho nos meus cabelos até eu dormir. Era tão bom ter ela ali comigo.

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