John
- Vamos Maju, não posso chegar atrasado no trabalho.
- Estou pronta pai, só falta minha mochila.
Ia deixar minha filha no colégio e ir direto para o ateliê da Sofia.
- Uau pai, que carrão.
- É da minha chefe, então não mexe em nada filha.
- Ok pai. Tem um perfume gostoso aqui dentro.
Maju também sentiu o perfume da Sofia que está impregnado no seu carro. A coloquei no banco de trás e coloquei o cinto.
A deixei na portaria do colégio.
- Boa aula meu amor, e se comporta._ dei um beijo na sua testa e coloquei a mochila em suas costas.
Fiquei olhando ela entrar e sumir entre as outras crianças. Olhei para meu relógio e corri para o carro. Não queria chegar depois da Sofia.
Estacionei o carro e fiquei do lado de fora esperando. Não demorou muito e o carro do almofadinha do seu noivo estacionou. Demorou uns minutos, o que deve ter sido o tempo das despedidas deles, que por causa dos vidros escuros do carro eu não consegui ver nada, e Sofia desceu.
Ela passou por mim e apenas disse - Bom dia. Seguiu para loja, onde conversou rapidamente com uma das moças que trabalha ali, e seguiu para o elevador, comigo a acompanhando. Novamente mexendo em seu celular, sem olhar para mim em momento nenhum. Mas hoje parecia mais triste, o que achei estranho, já que passou a noite com seu noivo. Podia jurar que hoje ela estaria soltando fogos de artifício de tão feliz, mas me surpreendi.
Como no dia anterior, ela entrou no seu ateliê, tirou seu casaco, e se sentou à sua mesa de trabalho. Ligou o computador, tablet e pegou uns papéis. Mas não desenhou nada. Ficou por muito tempo sentada ali, olhando para aqueles papéis, com o olhar perdido, distante. De repente se levantou, pegou casaco e bolsa e foi em direção ao elevador.
- Vai sair?
- Vou! Shopping._ falou isso e foi para o elevador.
O que será que ela faria num shopping em plena terça-feira de manhã? Enfim, meu trabalho é ir com ela onde for preciso.
Passamos algumas horas no shopping, com ela entrando em várias lojas e comprando muitas coisas que ela mal olhava o que era. Estava com as duas mãos cheias de sacolas quando fomos para o carro.
- Pare nesse restaurante aqui._ ela me falou mostrando a localização do restaurante.
Desci e novamente ela não me esperou para abrir a porta.
- Vamos almoçar aqui, depois voltamos para o ateliê.
Como ontem, almoçamos em total silêncio. Sofia de vez enquanto mandava mensagem a alguém e voltava a sua refeição, sem olhar para mim.
A tarde ela trabalhou no ateliê e fomos embora. Hoje ela foi para seu apartamento sem o idiota do noivo a impedir.
Parei o carro, abri o porta malas e retirei as várias sacolas de compra que Sofia havia feito no shopping.
Seguimos para seu apartamento, era a primeira vez que estava ali. E como já esperava, era muito lindo e sofisticado, igual a dona.
- Oi menina._ uma senhora veio receber Sofia com um abraço.
- Oi Emilinha, tudo bem?_ Sofia deu um sorriso lindo para a senhora, junto com um abraço e um beijo na cabeça já grisalha da senhora.
- Você deve ser o John, o segurança novo.
- Sim senhora. Muito prazer.
- Bem vindo querido. Me chamo Emília._ ela então olhou para minhas mãos cheias de sacolas e mudou sua expressão.
- Foi as compras querida?
Sofia fez uma expressão que não consegui decifrar, tristeza, culpa, arrependimento? Não sei dizer ao certo.
- Vou subir e tomar um banho._ falou para a senhora. - Deixa as sacolas com a Emília por favor, e já pode ir. Não vou sair mais hoje.
Ela deu outro beijo na cabeça da senhora e subiu as escadas do seu apartamento.
- O que devo fazer com as sacolas querida?
- O de sempre Emília._ ela respondeu sem olhar para trás.
Dona Emília olhou com tristeza da Sofia para as sacolas.
- Aconteceu alguma coisa com ela hoje filho?
Não entendi a pergunta da senhora.
- Como assim? Ela foi com o noivo para o trabalho e depois foi pro shopping, almoçou em um restaurante próximo a sua loja, trabalhou a tarde toda. Nada fora do normal.
- Essas sacolas me dizem que aconteceu alguma coisa sim._ a senhora falou com pesar, pegou as sacolas e as levou para a cozinha.
Ajudei com algumas sacolas.
- O certo não seria levar as sacolas para o quarto da senhorita Sofia?
- Seria filho. Mas essas vão todas para doação.
- Doação?! Ela acabou de comprar. Estão todas com etiquetas.
- Mas é assim mesmo filho. Quando está triste ou acontece alguma coisa, a menina Sofia compra tudo o que vê pela frente, depois se arrepende e manda doar tudo, sem ao menos ver o que tem nas sacolas.
Era uma compulsão. Ela usava as compras como uma forma de escape.
- A quanto tempo ela faz isso?
- Desde a adolescência. Faz acompanhamento com psicólogo. Fazia tempo que isso não acontecia. Vou ter que informar dona Catarina.
Desde a adolescência? Será que eu era a causa dela ter desenvolvido essa compulsão? E agora, voltou porque eu voltei à sua vida também? E porque ela estava triste no dia posterior a jantar e passar a noite com seu noivo?
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Atualizado até capítulo 55
Comments
Josigg Gomes Galdino
Com certeza o querido noivo dela,fez mais alguma coisa, que a deixou assim, talvez ele a induziu a transar com ele,ou falou que já marcou a data do casamento, que raiva de mulher fraca ,ela não tem voz altiva, vontades, sempre faz o que o noivo quer, termina logo esse noivado de merda
2025-02-27
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Gabrielle Lopes
Com certeza o noivo abusa dela tanto psicologicamente usando o fato dela ser rica e sexualmente tbm quase esquecendo com palavras enfim AMEAÇAS ..
Eu q armaram pra ele se separarem e ela acha que ele a abandonou e isso trouxe transtornos pra ela e o medo de ficar só..
2025-03-08
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Jucileide Gonçalves
Coisa boa esse noivo idiota não deve ter feito com ela ou dito.
2025-03-15
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