Azazel
Meu dia foi insuportável, Niklaus deu chiliques o dia todo me fazendo perder a paciência algumas vezes.
— Você disse que iria me ajudar a procurar a minha escrava, vamos para a porrä do mar, Aza. Já que lá foi a última vez que a vi. — ele arremessa uma garrafa cara de vodka polonesa na parede.
— Sabe que a vodka Belvedere Pure é a favorita do seu pai, não é?
— Sim! E daí?
— Você acabou de quebrar a última garrafa que tinha!
— Porrä… Que inferno do caralhö. Cedric? Cedric?
— Sim, senhor Huber?
— Vá agora mesmo comprar uma Belvedere Pure para o meu pai!
— Sim, senhor Huber.
— Feliz agora, Aza? Vamos sair e procurar minha escrava?
— Niklaus, ela já deve estar no fundo do mar, compre outra escrava!
— Eu quero aquela, porrä. Quem pensa que é para dizer que ela morreu? Quer por um acaso encontrar a morte?
Ele tira sua arma da cintura, engatilha e aponta para minha cabeça, eu caminho na sua direção fazendo ele encostar a arma na minha testa ao provocar:
— Atira… Só atira. Acho que não se lembra a razão para eu estar nessa família, não é? Seu querido pai me proibiu de morrer, seja pelas suas mãos ou de nossos inimigos porque ele me deu de presente para você… Do que ele me chama mesmo? Ah, sim, seu cãozinho mais leal. Me mate e encare a fúria do seu querido papai.
A história de Fritz é uma só, ele matou a própria esposa durante a prática de BDSM, e não sente remorso por isso. Parece que a corda que usou sufocou a esposa durante o ato sexual matando-a asfixiada. E Niklaus venera o pai por isso, também o teme por saber que Fritz é pior que ele.
— Vamos para a porra do meu iate novo e só iremos voltar se eu quiser. — ele se afasta e guarda sua arma.
Sou levado por ele até seu novo iate e ficamos no mar praticamente o dia todo. Sei que ele não vai encontrar nada porque o que ele quer está na minha casa dormindo na minha cama em sua paz merecida.
— Nós só vamos embora porque eu quero comer algo diferenciado para o jantar. Mas amanhã voltaremos aqui. — ele fala irritado por termos gasto nosso dia a toa.
Volto para o meu refúgio simples onde uma jovem mulher me aguarda. Ela está distraída no quarto e percebo que não se alimentou direito.
Preciso fazer comida e deixar pronta para ela apenas aquecer no microondas. Sei que ela não sabe cozinhar até porque sua única função na vida de Niklaus era ser objeto de sofrimento.
Nós jantamos, ela parece distraída até que eu puxo assunto para saber como foi seu dia e ela engasga ao falar:
— Eu não mexi em nada, juro. — suas mãos estão levantadas.
— Tudo bem… Acredito em você. Eu deixei três pratos diferentes prontos na geladeira para você, talvez eu não volte para casa amanhã. Niklaus está me infernizando querendo descobrir onde você está.
— Vai me deixar sozinha? E se alguém entrar aqui?
— Não acenda as luzes a noite, não faça barulhos altos e evite as janelas. Ninguém entrará aqui se pensar que eu não estou em casa. Vou te ensinar a mexer no microondas para aquecer sua comida, tem coisas na geladeira para sanduíche e misto quente. Se alimente bem na minha ausência, quero você forte para a noite da fuga.
— A noite da fuga? Já sabe quando vai ser?
— Estou com uma ideia na minha cabeça e se eu conseguir o que quero, teremos três dias livres para planejar a fuga e concretizá-la.
— Então não é algo certo?
— Digamos que eu preciso fazer o demônio pai levar o demônio filho para uma viagem importante que acontecerá em quatro dias. Se eu conseguir convencer o Fritz a levar o Niklaus para uma entrevista política importante em Zurique você estará livre de vez.
Ela pela primeira vez sorri para mim, um sorriso sincero e sem medo ou terror por trás. Gostei desse sorriso, acabei me distraindo com o sorriso dela e quando dei por mim ela já tinha limpado a mesa e estava lavando a louça.
Não consegui dormir a noite toda ensaiando o que devo falar para Fritz, sai com Maya ainda dormindo e deixei seu café da manhã na mesa esperando por ela.
Chegando na mansão pego pai e filho discutindo por algo até que observo nossa equipe que se livra de corpos descendo a escada com um saco preto. Sinto algo me esmagar por dentro ao adivinhar o que tem no saco… O corpo de uma mulher inocente. Me aproximo para ouvir a discussão.
— Você foi irresponsável, eu avisei um milhão de vezes que aqui dentro da mansão você não pode trazer prostitutas e muito menos matá-las. Quer afundar o caralhö da minha carreira na política? — Fritz quase grita.
— A culpa de tudo é só sua, papai. A sua maçã não caiu muito longe da árvore. Eu não tenho culpa que a corda arrebentou e a mulher ficou empalada na vara que eu estava enfiando no rabo dela… Foi um acidente incrível de se ver. O carrasco empalava os condenados, sabia, papai?
— Niklaus, sempre achei você algo único, isso era quando eu não tinha minhas ambições políticas… Mas agora está se tornando uma dor de cabeça constante, meu filho.
— Eu tenho uma ideia. — falo depois de escutar todo o absurdo que Niklaus disse — Senhor Huber, que tal levar o Niklaus até sua próxima reunião política? Soube que tem uma em poucos dias.
— Está ficando maluco, Aza? Não tenho tempo para ficar com meu pai, preciso encontrar aquela piranha vadia que fugiu de mim.
— Niklaus, só você não consegue aceitar que ela morreu naquele dia. — falo olhando para Fritz que parece pensar no que eu disse.
— O que o Aza falou faz sentido, só levando você comigo para entender a grandiosidade do meu novo trabalho. Sobre o seu brinquedinho pessoal pelo que o Aza disse ela morreu em alto mar, supera essa merda. Você vai comigo em alguns dias, fim de papo.
Não resisto em abrir um sorriso ao ouvir Fritz e quando o diabo pai se afasta o diabo filho fala:
— Isso não vai ficar assim, Aza.
— Fiz para o seu próprio bem, esfrie a cabeça e agrade seu pai.
Ele sai da sala queimando de ódio e chutando as coisas no caminho… Finalmente, vou tirar a Maya da Suíça.
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Atualizado até capítulo 42
Comments
Celma Rodrigues
Espero que realmente Azazel consiga retirar Maya da Suíça.
2024-12-13
2
Bia
mas se ela fugi e ele encontra ela
2025-01-21
0
Eva Garbin
tomara que dê tudo certo pra eles
2025-01-18
0