Capítulo 11

Azazel

Eu despertei com Maya deitada praticamente em cima de mim, ela está abraçada ao meu abdômen com a cabeça no meu peito. Sua perna está sob a minha coxa, ela parece confortável assim… Mas eu não estou.

Uma sensação estranha toma conta do meu corpo e preciso me livrar dela. Por que minha mão está no cabelo dela? Como faço algo assim dormindo?

— Maya? — tento levantá-la devagar para que se afaste de mim — Maya, por que está aqui comigo? A cama é muito mais confortável e o seu lugar.

Ela se sentou esfregando os olhos com as costas das mãos. Passa as mãos nos cabelos e depois olha para mim, ela se vira imediatamente dando as costas para mim.

— Maya? — é quando meus olhos vão para o meu päu… Ele está duro.

Pego o travesseiro da minha cabeça e cubro minha vergonha enquanto tento me explicar para ela sem que a faça sair correndo para longe de mim:

— Maya, me desculpe, eu não estou assim por sua causa. Não tenho interesse sexual em você, é que isso acontece com uma certa frequência quando acordo, apenas isso.

— Você não tem interesse sexual em mim? — ela pergunta parecendo chateada — O seu é maior do que o do meu mestre. — ela fala tímida colocando as mãos no rosto.

— Ele não é mais o seu mestre, você não é obrigada a chamar aquele pervertido assim, não mais.

Eu me levanto e vou até o banheiro, isso tinha que acontecer justo agora? Mas ela olhou o tempo suficiente para me comparar com Niklaus… Por que estou sorrindo?

Me encaro no espelho e falo para mim mesmo:

— Não seja um maldito babaca pervertido igual aquele monstro escroto, Azazel Dwight.

Fico sério e decido tomar um banho frio, quando todo meu sangue volta para os lugares certos e meu corpo esfria me visto e saio do banheiro. Ela está sentada na cama, abaixou a cabeça quando me viu.

— Maya, por que deitou ao meu lado e me abraçou?

— Tive outro pesadelo cruel! — ela sussurra ao responder — Nesse pesadelo, eu era suspensa por uma corda e ele me batia com a vara de sempre enquanto introduzia objetos grandes em mim.

— Maya, você ainda é… — não consigo terminar a frase, mas ela pergunta:

— Virgem? Sim, sou. Ele introduz em mim por trás… Pequenos vibradores, plugs. Não quero falar mais sobre isso. Te abracei porque estava com medo, te chamei algumas vezes e como não despertou deitei ao seu lado. Devo ter te abraçado depois que dormi.

— Teve mais pesadelos depois disso? — ela nega com a cabeça — Tudo bem, vou preparar o café da manhã. Tome um banho e descanse mais um pouco, vou trazer seu café da manhã aqui. Evite a sala pelos próximos dias, às vezes recebo visita de alguns seguranças da mansão e não quero que te vejam.

Ela concorda e vai até o guarda roupa, eu saio do quarto e vou para a minha cozinha, o que separa a cozinha da minha sala é apenas um balcão que é onde eu normalmente faço minhas refeições.

Faço um café, dois misto quente para Maya e separo duas fatias de bolo de chocolate. Para mim, apenas um café com leite e uma fatia do bolo. Termino minha refeição e levo a dela, ela ainda está no banho então volto para a sala e pego meu celular.

Tem mais de trinta ligações do Niklaus fora as oitenta e sete mensagens de texto. Todas me obrigando a encontrá-lo para ajudá-lo a encontrar Maya. Sou surpreendido por alguém batendo na porta de forma desesperada. Quando abro ele entra fazendo cara de nojo para tudo enquanto fala:

— Tinha que vir para esse buraco nojento justo agora que preciso de você para encontrar a minha escrava. Olha o que me obrigou a fazer.

Ele está com uma faixa na cabeça, também está mancando o que acho estranho. Mas não chega nem perto do terror que Maya deve estar sentindo ao ouvir a voz dele aqui na sala.

— Você deveria estar no hospital e não na minha casa. Por que veio até aqui?

— Falei assim que entrei! Me contaram que você ficou no mar até anoitecer procurando por ela, mas não a encontrou. Precisamos ver se passou algum barco ali quando aconteceu o acidente. Ela pode ter recebido ajuda e fugiu de mim, aquela piranha filha da puta.

Ele soca uma almofada ao se sentar no meu sofá até que percebe que está sentado num sofá barato e faz cara de nojo mais uma vez.

— Merda, Aza, vou ter que jogar meu terno fora depois de me sentar aqui. Não posso levar essa decadência na minha roupa para a mansão.

— Pode ir embora, vou terminar de fazer umas coisas aqui e te ajudo a procurar por ela.

— Aquela escrava não tem o direito de morrer. Ela precisa ser fodidä por mim antes de deixar essa terra. Mas algo dentro de mim grita que ela está viva e bem perto de mim, quase consigo sentir o coração daquela putinha bater. Ela não morreu, Aza.

Ele fala com fúria em seus olhos, ao ouvi-lo meus olhos vão para a porta do meu quarto e depois para ele que continua falando olhando para o nada:

— Quando eu conseguir trazê-la de volta vou puni-la por fugir de mim, serão sete dias de pura tortura. Vou brincar tanto com ela que precisará de uma internação no final.

A voz dele carrega maldade, sinto vontade de socá-lo mais uma vez. Fecho meus punhos e conto até dez mentalmente.

— Ela pode estar realmente morta, Niklaus. Vai mesmo gastar tanto para encontrar alguém que pode estar no fundo do mar agora?

— Ela não está morta, caralhö. — ele grita ao se levantar e me encarar com fúria — Aquela maldita puta é minha, eu a criei para mim. Ela não tem o direito de morrer até que eu decida que pode.

Ficamos cara a cara por um tempo, e como se não tivesse acontecido nada ele volta a sorrir e fala:

— Vou te esperar lá na mansão, isso aqui é tão pobre que sinto que está me deixando doente. Devo ter contraído trinta e sete doenças diferentes só por sentar nesse sofá.

Ele sai, vou até a porta para garantir que ele vai entrar no carro e ir embora, assim que Niklaus vai eu corro até o quarto onde Maya está.

Ela está ajoelhada no chão, seu corpo dobrado sob suas pernas com seu rosto em seus joelhos e seus braços esticados no chão, está chorando muito.

— Levanta, Maya. Ele já foi embora.

Tento levantá-la, mas ela está irredutível até que eu a pego no colo e a coloco sentada na cama obrigando-a a olhar para mim.

— Meu mestre vai me matar… Ele vai me encontrar e vai me matar de tanta tortura.

Ela chora demais, mal consegue falar, me ajoelho na sua frente e a abraço forte tentando acalmá-la.

— Isso não vai acontecer porque eu não vou permitir. E nunca mais chame ele de mestre novamente, você é uma jovem livre agora.

Ela me abraça de volta e coloca o rosto no meu pescoço enquanto minha mão vai para sua cabeça. Niklaus não vai mais tocar nela.

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Comments

Rosilene Narciso Lourenco Lourenco

Rosilene Narciso Lourenco Lourenco

Azazel precisa da um jeito desse filho do capeta aprontar pesado e o pai dele trancar em casa e Aza ficar livre pra levar Maya pra longe.

2024-12-23

0

Marinêz De Moura Pereira Cortes

Marinêz De Moura Pereira Cortes

Deve ter dado o fiofó no navio, por isso tá mancando. Já que o pau não serve mais pra nada

2025-01-09

0

Celma Rodrigues

Celma Rodrigues

Vai ser difícil Azazel proteger Maya. As buscas iniciaram.

2024-12-13

1

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