Capítulo 4

Azazel

Eu conheci Niklaus dias depois de chegar nesse inferno imposto a mim. Quando o conheci pensei: pelo menos ele é legal. Pensei isso cedo demais.

Com um ano de amizade vi ele cometer seu primeiro ato de crueldade. Niklaus é apenas três anos mais velho que eu, ele estava ordenando seu cachorro a se sentar, mas o bichinho queria a bola que estava na mão dele.

— Não quer se sentar? Tudo bem, cachorrinho. — ele falou com um belo sorriso nos lábios.

Niklaus se afastou do cachorro indo na direção do segurança e pediu sua arma. Ele volta saltitando e mira na cabeça do cachorro, pensei que ele só estava brincando ao julgar o jeito que segurava a arma.

O som do tiro mais a cabeça estourada do cachorro me fizeram enxergar tudo preto. Só escutava as gargalhadas do Niklaus enquanto se gabava pelo seu feito. Foi ali que eu me lembrei que só estava aqui para ser seu subchefe e seu cão mais leal e fiel, que a qualquer momento eu estaria no lugar do pobre cachorro morto à minha frente.

Me afastei, caminhei lentamente até o lado da casa onde ficavam os quartos dos funcionários, o meu quarto, me tranquei lá dentro. Coloquei um travesseiro no meu rosto e gritei desesperado, foi um grito que minha alma necessitava.

Quando chegou nossa adolescência, eu tinha apenas dezesseis e ele já estava com seus dezenove. Colocou na cabeça que precisávamos ir até um prostíbulo, eu não queria mesmo. Porém negar algo ao filhinho do papai poderia significar uma punição severa a mim.

Naquela época Fritz deixou bem claro que eu não tinha o direito de morrer, até mesmo para o seu mimado e impulsivo filho, disse que não podia me matar porque eu era um presente de pai para filho.

Fui com aquele maldito psicopata até o prostíbulo onde ele perdeu a virgindade com a mesma idade que eu. Sabia qual era a sua intenção, me fazer deixar de ser virgem, para ele era divertido isso.

Ele escolheu uma virgem para mim e falou alto para que todos escutassem:

— Uma virgem para um virgem… Vamos lá, Aza, föde a bucetä dessa puta virgem. Ela é só sua.

Eu olho para a jovem mulher e me sinto péssimo por ela, mas sei que se eu não fizer isso ele vai fazer e vai machucá-la muito. Olho para ela e falo:

— Sinto muito…

Ela apenas sorri sem graça e se levanta segurando minha mão e me levando para o quarto. Assim que entramos Niklaus entra também, ele puxa uma cadeira e se senta.

— O que você está fazendo? — pergunto enquanto a jovem tira a roupa.

— Tendo certeza que você não vai dar a bíblia para ela e mandá-la para casa! Se você não fudër essa puta eu vou, sem gentileza alguma.

Maldito desgraçado, pervertido filho da puta. Apenas xingo em pensamento, já que não posso desrespeitar o filhinho psicopata do papai filho da puta.

Faço sexo com a jovem sem prazer algum, mal senti meu päu ser desvirginado. Estava mais focado em atirar na cabeça do maldito pervertido. Principalmente quando ele a obrigou a chupar o pau dele enquanto ela estava transando comigo.

Me senti um lixo, queria dar um tiro na minha cabeça, mas antes matar esse maldito. Como se não fosse suficiente fuder a boca dessa mulher ele profere absurdos:

— Vamos, Aza… Estamos fudendö essa putinha juntos. Gozä na bucetä dela que eu gozö na boca. Está preparado? Eu estou… Huuuuummmm, que delícia. Engole tudo, puta.

Eu parei, saí de cima da mulher e comecei a catar minhas coisas pelo chão. Ele está dando risadas pelo fato da mulher ter se engasgado com sua porrä. Eu olho atentamente para minha pistola e começo a planejar atirar nele, mas lembro que se eu fizer isso a mulher também vai morrer.

— Vamos embora, Niklaus. Já terminamos por aqui. — falo enquanto me visto, ao olhar para o lado vejo ele colocar a mulher de quatro — O que pensa que vai fazer?

— Não está vendo? Quero gozär no cu dela.

— Não, por favor, não fui paga para isso. Não suporto dor. Me deixe ir, por favor. — a mulher implora.

Antes que eu pudesse segurá-lo ele mete com tudo na bunda da mulher que grita e desmaia logo em seguida. Quando consigo tirá-lo da cama vejo sangue no päu dele e na bunda da mulher.

— Porrä, Aza, atrapalhou minha fodä, caralhö.

— Olha o que você fez. Se seu pai descobrir que aprontou mais uma aqui sabe o que ele vai fazer. Ele deixou claro que você só pode transar com as mulheres daqui que aceitam o seu sadismo. Ele não quer chamar atenção agora que quer ser governador.

Ele coçou a nuca e olha para o que fez, vai até a mulher e verifica se está respirando. Após verificar, retira um rolo de notas de cem dólares do bolso e joga em cima da cama se vestindo em seguida e saindo do quarto.

Eu vou até o ouvido da jovem e sussurro quase chorando:

— Eu sinto muito… Me perdoa.

Ela geme, parece já estar despertando, eu saio de lá destroçado por dentro. Pensei que o sadismo dele em querer transar com a mesma mulher que eu seria apenas aquela noite… Me enganei.

Todas às vezes que fui obrigado a fazer sexo com ele fudendö a boca da mulher me privava de gozär, fazia isso batendo uma no banho. Não mantive nenhum relacionamento, pois quando tentei ele me fez vê-lo transar com a minha garota apenas para me provar que todas as mulheres são apenas putas.

Decidi desistir do amor por causa desse maldito. Um belo dia eu estava na mansão que ele mantém só para suas atividades privadas, não sabia que ele mantinha mulheres ali, pensei que era apenas para o uso.

Fui até lá por convite dele, olhei a minha volta e parecia festa de aniversário para uma adolescente. Tinha muito rosa, lilás e branco para todos os lados. Mas não tinha convidados, quando vejo ele sair de mãos dadas da mansão com uma linda jovem menina meu coração parou. Ele se aproximou de mim com ela ao seu lado e falou:

— Aza, quero que conheça a Maya, minha nova putinha, minha escrava… Maya, diga oi para o meu melhor amigo e subchefe.

A jovem não se atreve a tirar os olhos do chão nem por um segundo. Eu estou tremendo, essa menina deve ter no máximo quinze anos. Como ele faz uma barbaridade dessas?

Minha mão vai para onde está minha arma, mas eu respiro fundo e penso na garota à minha frente. Esse desgraçado tem mais de trinta anos, como faz isso com uma menina?

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